É fato conhecido que a Fundação Andy Warhol, responsável pelo legado e o espólio do pai da pop art, está vendendo boa parte de seu acervo para se manter em funcionamento. O último leilão, que começou em abril deste ano, colocou à venda 125 peças a preços relativamente acessíveis, a partir de US$ 1.500 (falamos dele aqui no blog). Mas o que espanta é que essa “popularização” não prejudicou, de uma forma geral, o valor da assinatura de Andy Warhol no mercado das artes.
Ao mesmo tempo em que muitos questionam até mesmo a legitimidade das centenas de peças semelhantes umas às outras espalhadas pelo mundo, a reprodução em série é justamente o que caracterizava boa parte da obra do artista.
Diante disso, é possível concluir que este aparente paradoxo é, na verdade, o retrato fiel da personalidade e do legado de Andy Warhol. O próprio artista era controverso no que dizia e fazia e sua obra quebrou diversos paradigmas clássicos do mundo das artes. Até agora, ninguém conseguiu explicar este fenômeno. O que se sabe, apenas, é que os anos passam e o rei do pop não perde a majestade.