As fotografias abaixo são decisivas: um convite para uma viagem no tempo/espaço. Veja Picasso tocando trompete, Marilyn Monroe de ponta-cabeça e Woody Allen com uma boneca inflável. Veja!
Via This is not porn
As fotografias abaixo são decisivas: um convite para uma viagem no tempo/espaço. Veja Picasso tocando trompete, Marilyn Monroe de ponta-cabeça e Woody Allen com uma boneca inflável. Veja!
Via This is not porn
Quantas mulheres você conheceu biblicamente?
SIMENON – Falaram em dez mil.
E você, o que diz?
SIMENON – Talvez uma a mais, ou uma a menos.
Profissionais ou amadoras?
SIMENON – Muitas jovens atrizes e bailarinas.
As perguntas e respostas acima fazem parte de uma entrevista que o escritor Georges Simenon concedeu ao italiano Roberto Gervaso e que foi publicada na íntegra pela Revista Oitenta, editada pela L&PM em 1984. Anos antes, em uma outra conversa com o cineasta Frederico Fellini, Simenon já havia declarado publicamente que dormira com dez mil mulheres (Renato Gaúcho morreria de inveja!). Um comportamento que, cá entre nós, é inversamente proporcional ao de Maigret, o famoso personagem criado pelo escritor. Bem-comportado e fiel à sua esposa, o comissário Maigret pulou a cerca apenas uma vez e só teria feito isso para conseguir uma informação importante de uma prostituta. Criador e criatura, portanto, não poderiam ser mais diferentes.
E não restam mesmo dúvidas de que Simenon era um conquistador (um garanhão?) e que amava o sexo oposto. Tanto que, no final da década de 40, viveu com três mulheres sob o mesmo teto: a oficial e mais duas amantes. Uma delas, Denise Ouimet, viria a ser sua segunda esposa. E foi Denise que, décadas mais tarde, ao se divorciar de Simenon, declararia que o ex-marido não era tudo isso: “Georges não dormiu com 10.000 mulheres, foram apenas 1.200” disse ela. Como um autor que escreveu centenas de livros conseguiu ter tempo para tantas aventuras é a pergunta que não quer calar.
Saiu esta semana o cartaz internacional do filme The Smurfs em 3D. Na versão em espanhol, o cartaz de “Los Pitufos” mostra os personagens azuis presos na porta de um metrô lotado na Times Square, provavelmente tentando escapar de seu maior inimigo, o feiticeiro Gargamel.
Várias cenas da animação que chega aos cinemas do Brasil no dia 12 de agosto já estão circulando na rede. Dá pra sentir o gostinho das peripécias que estas criaturinhas azuis aprontaram em Nova York:
Outra novidade é que este ano a L&PM vai lançar O bebê Smurf em quadrinhos nos formatos pocket e convencional e Smurf repórter em formato pocket. Não dá pra perder!
Hoje, 10 de março, seria o dia de celebrar o aniversário de um dos maiores cartunistas que o Brasil já conheceu. Glauco Villas Boas nasceu em Jandaia do Sul, no Paraná, há exatos 54 anos. Mas no início de 2010, um trágico incidente tirou a vida do criador dos personagens Geraldão, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Zé Malária e Ozetês.
Pela L&PM, Glauco publicou três livros com as tirinhas do Geraldão – sempre pelado e politicamente incorreto – e o célebre “Abobrinhas da Brasilônia“, com prefácio do Angeli – que junto com Laerte e Glauco forma a chamada “santíssima trindade dos quadrinhos brasileiros”.
Glauco era uma figura muito querida entre os artistas, a imprensa e o público em geral. Há um ano, quando a notícia de sua morte violenta chocou o país, dezenas de cartunistas prestaram a sua homenagem. No que depender da gente, o Geraldão vai continuar por aí, nas bancas e livrarias do país, divertindo e provocando como o Glauco gostava de fazer. Veja algumas:
Apesar do estilo intenso de Bukowski levar a vida – tinha o álcool como fiel companheiro e não raro estava metido com drogas e orgias – foi a leucemia que, em 9 de março de 1994, deu fim à vida de Henry Charles Bukowski Jr. – ou Hank para os íntimos.
“Don’t try” é o recado que ficou na lápide de seu túmulo, em Los Angeles. Parece que nem mesmo ele acreditava que chegaria tão longe, pois sempre que o assunto era morte, o tom era de conformismo, beirando a ironia:
“Sei que vou morrer logo e isso me parece estranho. Sou egoísta, gostaria de continuar a escrever mais palavras. Isso me dá um brilho, me joga no ar dourado. Mas, na verdade, por quanto tempo posso continuar ainda? Não é certo continuar. Diabos, de qualquer forma, a morte é gasolina no tanque. Nós precisamos dela. Eu preciso. Você precisa. Nós emporcalhamos o lugar se demorarmos demais.” (em O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio)
No site oficial do escritor, encontramos estas duas fotos em que ele simula seu próprio enterro:
Mas se depender da L&PM, o velho Hank jamais morrerá. Prova disso são os livros da série Bukowski.
No dia 7 de março de 1990, aos 92 anos, morria Luís Carlos Prestes. Para marcar a data, o post da Série Era uma vez… uma editora desta semana será publicado excepcionalmente na segunda-feira e não na terça-feira.
Por Ivan Pinheiro Machado*
Paulo Perdigão, falecido em 2009, foi um dos grandes jornalistas e intelectuais brasileiros. Ganhava a vida programando os filmes da TV Globo e escrevendo sobre cinema no jornal O Globo. Mas escreveu um clássico da cultura brasileira, “Anatomia de uma Derrota”, o livro definitivo sobre a derrota do Brasil para o Uruguai na Copa de 1950. Este livro originou o premiado curta “Barbosa”, de Jorge Furtado. E mais: ele traduziu o livro intraduzível de Jean-Paul Sartre “O ser e o nada”. Pois bem. Perdigão era meu amigo e tinha quatro grandes obsessões intelectuais – aliás, famosas entre os seus amigos –, a saber: Sartre, a final da copa de 1950, o filme “Shane” e a Rádio Nacional. Nós, da L&PM, editamos a maior parte de suas obsessões; um livro sobre o pensador francês, “Existência e liberdade”; o seu clássico sobre a Copa de 50, “Anatomia de uma derrota” e o livro sobre “Shane” (em português, “Os Brutos também amam”) cujo título era “Western Clássico”. Pois esta história começa quando Perdigão lançava justamente seu livro “Western Clássico” no terceiro andar do Shopping da Gávea no Rio de Janeiro. Uma quinta-feira de outubro, livraria “Timbre”. O ano era 1985 (início do primeiro governo democrático depois de 21 anos de ditadura). Estava muito calor e houve um problema de falta de luz que abalou o ar-condicionado. Às 8 da noite, já havia uma fila razoável de amigos e admiradores de Perdigão e resolvi dar uma volta pelo Shopping para refrescar. Ao chegar no primeiro andar, onde havia uma outra livraria (não lembro o nome), notei um certo burburinho, luz de TV, gente que parava e olhava para o interior da loja. Cheguei perto e vi que lá estava Luís Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, maior líder comunista do país.
Eu havia conhecido Prestes em Porto Alegre, pois meu pai, ex-deputado do PCB na Constituinte de 1946 (cassado em 1947), era seu amigo. Pensei em chegar perto, me identificar e trocar umas palavras com o grande chefe da Coluna Prestes. Quando pensei em me aproximar, notei outro burburinho. Parei. Entrava na pequena e super-lotada loja o Dr. Roberto Marinho e sua esposa Lili Marinho. Velhos conhecidos, contemporâneos de juventude, política e história, Roberto Marinho soube que Prestes autografaria um livro coletivo sobre a Coluna Prestes e foi até a Gávea abraçá-lo. Parecia um encontro surreal. Os opostos se abraçando. Eu e todos os que ali estavam, na maioria simpatizantes de Prestes, velhos comunistas, jovens ativistas, pararam curiosos a observar aquela cena. Ouvia-se o zumbido de uma mosca na livraria. Um cinegrafista de TV e seu “pau de luz”, consciente da preciosidade da cena, acompanhava meticulosamente aquele encontro. Roberto Marinho falava com Prestes e olhava curioso para o cinegrafista, até que não resistiu e perguntou:
– O senhor é da nossa TV?
O cinegrafista meio sem jeito respondeu:
– Desculpe Dr. Roberto, mas eu sou da Bandeirantes…
– Não tem ninguém da Globo aí? Insistiu Roberto Marinho.
– Só estou eu aqui, Dr. Roberto. Desculpou-se o cinegrafista.
– Então, meu filho, por favor, filme eu e o Prestes, pois eu vou mandar pedir a fita pro Saad, já que não veio ninguém da Globo…
No outro dia, o Jornal Nacional apresentou em grande destaque o encontro entre Roberto Marinho e Luís Carlos Prestes, “velhos amigos”, segundo disse Dr. Roberto em seu depoimento ao repórter. Abaixo, no vídeo, se lia, “imagens gentilmente cedidas pela TV Bandeirantes”. Diz a lenda que Roberto Marinho interpelou pessoalmente a chefia de reportagem perguntando furioso: “Vocês querem ser mais realistas do que o rei?”.
Para ler o próximo post da série “Era uma vez uma editora…” clique aqui.
Por Paula Taitelbaum
Aline tem dois maridos. Mas não se contenta só com eles. Ela é tarada e totalmente pirada, anda nua na rua, faz suruba, faz de tudo, faz o diabo (e até com o diabo!). Aline é a personagem criada pelo talentosíssimo Adão Iturrusgarai. E quando a gente lê as tirinhas com ela, só tem vontade de fazer uma coisa: rir. Mesmo assim, apesar dos pedidos insistentes da minha filha de nove anos, eu prefiro deixá-la afastada da personagem. Melhor esperar mais um tempo… Pois a Globo adaptou a Aline para a TV e colocou no ar a série homônima que estreou no dia 3 de fevereiro com a promessa de que seriam exibidos oito episódios. A Aline global, vivida pela atriz Maria Flor, ficou muito mais light do que a Aline dos quadrinhos. Os maridos viraram namorados, ela deixou de ser tarada e ficou romântica, as pernas de fora deram lugar a meias-calças coloridas e ela praticamente virou uma menina de família.
Eis que essa semana foi divulgada a notícia de que Aline estava se despedindo da programação e que, no lugar de oito, a segunda temporada da série teria apenas cinco episódios. A matéria dizia que a razão para o adiantamento do fim teria sido uma baixa audiência. Fazer o quê… nem tudo o que é bom agrada a todos. A questão é que, hoje, a Folha de S. Paulo traz um texto cujo título é “Cena de suposto suingue fez Globo encurtar série ‘Aline’”. Hein???!!!! A nota diz ainda que “Segundo fontes ligadas à produção, a direção do canal teria ficado incomodada com cena do capítulo em que os pais de Aline (Maria Flor) e seus respectivos marido e mulher (eles são separados na história) se encontram no motel e vão para a cama, o que de alguma forma sugere um suingue (troca de casais).”. Confesso que fiquei com vontade de rir. Pra não chorar… Porque não posso acreditar que a mesma emissora que exibe o Big Brother, a novela das nove e mais uma penca de programas recheados de “sugestões” eróticas explícitas possa ter tirado a Aline do ar por causa de uma suposta cena de suingue exibida após às 23h20min. A assessoria da Globo negou que o motivo do fim da série tenha sido a tal cena. Mesmo assim, fica a pulga atrás da orelha… Felizmente, pra compensar, as tirinhas continuam aí, sem censura, para quem quiser se divertir com a Aline original.
O livro pode ter diversas funções além da leitura. Há quem use como peso de papel, apoio para o monitor do computador e até enfeite de estantes, dando um ar cult para a decoração da sala. Mas alguns artistas viram nos livros uma outra utilidade talvez tão nobre quando a leitura: a escultura. Só que atenção: não tente fazer isso em casa! Até porque você certamente não vai conseguir chegar no resultado da norte-americana Jennifer Khoshbin e do alemão Alexander Korzer-Robinson:
Outro estadunidense que faz verdadeiras obras de arte com livros é Brian Dettmer. Com ou sem ilustrações, quanto mais páginas tiver o livro, melhor:
Tradicionalmente, o Dia do Livro é comemorado em todo o mundo em 23 de abril, mas no Reino Unido a festa começa bem antes. No dia 3 de março, escolas, bibliotecas e livrarias de todo o país promovem o World Book Day, com vasta programação de peças de teatro infantis e grupos de leituras. Neste dia, as crianças se vestem como seus personagens preferidos e é possível encontrar piratas, fadas, príncipes e princesas andando pelas ruas.
Indeciso, este garoto publicou uma vídeo-enquete em seu canal no Youtube para saber a opinião das pessoas sobre qual fantasia usar no World Book Day. Ele explica a situação com detalhes:
Você já ouviu falar em J.M. Stoddart? Pois prepare-se para guardar esse nome. Editor de uma reconhecida revista literária americana, a Lippincott´s Monthly Magazine, Stoddart estava de passagem por Londres no dia 30 de agosto de 1889, quando resolveu convidar para jantar seus escritores preferidos: Arthur Conan Doyle e Oscar Wilde. Durante o encontro, ele aproveitou para pedir à dupla (e que dupla!) que escrevesse textos originais para seu periódico. Diante de uma boa proposta de remuneração – e já sabendo que a Lippincott´s não era qualquer revista – os dois aceitaram na hora. Em fevereiro, Conan Doyle enviou a Stoddart O signo dos quatro, segundo romance que trazia o personagem Sherlock Holmes. Já Wilde, que também havia prometido um manuscrito inédito para o início do ano seguinte, entregou, em março, nada menos do que a primeira versão de O retrato de Dorian Gray, publicada na edição de julho de 1890 da Lippincott´s. Ou seja: se não fosse o editor americano J.M. Stoddart sabe-se lá se Dorian Gray teria mesmo nascido.
Esta e muitas outras histórias do autor de Dorian Gray estão em Oscar Wilde, livro que faz parte da Série Biografia L&PM.