Arquivo mensais:maio 2011

“A Tempestade” começa hoje em São Paulo

A tempestade foi a última peça escrita por William Shakespeare. Uma história de vingança, amor e conspirações que estreia em nova montagem hoje, no Teatro Raul Cortez, em São Paulo. Tudo começa quando um navio, açoitado por uma grande tempestade, é levado em direção à uma ilha onde vivem o mágico Próspero e sua filha Miranda. Ele, ex-Duque de Milão, foi exilado em meio ao mar depois de perder o trono para seu traiçoeiro irmão, Antônio, que não por acaso é um dos passageiros do navio que naufraga. Sedento por vingança, Próspero preparou a tormenta que atacou a embarcação em que viajavam todos os seus inimigos. Na ilha, o grupo fica à mercê dos poderes de Próspero, do encanto de Miranda e das artimanhas do espírito Ariel. Mas junto com seus desafetos (que deverão ser levados à loucura), Próspero também coloca na ilha um belo príncipe, noivo potencial para Miranda. Se o amor acontece entre os dois jovens, se a vingança de Próspero é bem sucedida, se além de dor haverá reconciliação, só mesmo assistindo a peça para saber. Ou, melhor ainda: lendo o livro que, na L&PM, tem tradução de Beatriz Viégas-Faria.

A direção da peça é de Marcelo Lazzaratto e tem Carlos Palma no papel de Próspero, Thaila Ayala como Miranda, Sergio Abreu como Príncipe Ferdinand e Paulo Goulart Filho como Ariel. A temporada vai de 26 de maio a 26 de junho no Teatro Raul Cortez (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Tel. 11 3254-1631). Quintas e sextas às 21h30min, Sábados às 21h e Domingos às 20h.

Os rascunhos de Pessoa

Escrever à mão, rabiscar páginas, riscar palavras, colecionar cadernos. Difícil encontrar um grande poeta que não tenha passado por isso. Aqui, por exemplo, é possível ver um rascunho de Fernando Pessoa para o poema que abre o livro “O guardador de rebanhos”, que ele escreveu entre 1911 e 1912 e que está no livro Poemas de Alberto Caeiro, Coleção L&PM POCKET. Os que têm olhos de lince (ou um bom computador), talvez consigam ver algumas palavras que Pessoa alterou como a troca de “Pertence” por “Conhece” no início do quarto verso. Embaixo da imagem, você pode ler a primeira parte deste poema sem precisar fazer tanto esforço.

I.

Eu nunca guardei rebanhos,

Mas é como se os guardasse.

Minha alma é como um pastor,

Conhece o vento e o sol

E anda pela mão das Estações

A seguir e a olhar.

Toda a paz da Natureza sem gente

Vem sentar-se a meu lado.

Mas eu fico triste como um pôr-do-sol

Para a nossa imaginação,

Quando esfria no fundo da planície

E se sente a noite entrada

Como uma borboleta pela janela.

Machado de Assis em versão Facebook

Uma dupla de publicitários brasileiros radicados em Portugal teve uma ideia no mínimo diferente: adaptar um livro para o Facebook. Se a princípio fica difícil imaginar como isso seria possível, basta pensar em como nós contamos histórias todos os dias nas redes sociais (sobre o nosso dia, nossas atividades, eventos que participamos, etc). No caso do livro, o personagem principal ganha um perfil e as ações da trama são traduzidas em ações na rede social – curtir, compartilhar, fazer amigos… “Se o personagem escuta uma música, coloco um link com o vídeo dela no YouTube. Se vai para a Itália e cita o Mussolini, complemento com um link sobre ele da Wikipedia”, contou Thiago Carvalho, um dos idealizadores da adaptação, em entrevista à Folha de S. Paulo

A partir da ideia dos rapazes, a ilustradora Beatriz Carvalho desenvolveu o protótipo de como seria  a adaptação de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para o Facebook. Veja como ficou: 

(Clique na imagem para ampliar)

 

29. “Revista Oitenta”: histórias do jornalismo utópico

Por Ivan Pinheiro Machado*

A Revista OITENTA foi uma publicação cultural da L&PM Editores que circulou nacionalmente entre o final da década de 70 e meados da década de 80. Inspirada num clássico da época – a Granta Magazine inglesa – tinha cara de livro e edição de revista. Os ensaios, artigos, entrevistas, resenhas de livros, quadrinhos publicados na Oitenta, traziam a marca do novo, do revolucionário, do singular. Sua presença foi marcante e aqueles que a conheceram não esquecem. Foram 9 volumes. O primeiro foi lançado em setembro de 1979 e o último em setembro de 1984.

Quando concebemos o projeto e o nome, tínhamos a intenção de celebrar a nova década que, segundo se previa, seria a década da ressurreição do país; democracia, liberdade, progresso social e econômico. Os anos 70 terminavam sem deixar saudades. O país preparava-se para mudar. José Antonio Pinheiro Machado, meu irmão, morava em Roma naquela época. Ele era o entusiasta principal do projeto da revista-livro. E numa longa e intensa troca de cartas, nós fizemos o projeto, a pauta e colocamos de pé o primeiro número em setembro de 1979.

Tal foi a repercussão do primeiro volume, que decidimos comemorar o lançamento do volume 2 com uma grande festa de réveillon. Durante muito anos, setores da  inteligentzia portoalegrense relembrariam o fantástico réveillon “Revista 80”, realizado no inesquecível bar “Doce Vida”, na rua da República, primeiro boteco-ícone do bairro Cidade Baixa de Porto Alegre, hoje a meca da boemia local. Neste copioso réveillon, foram destruídos casamentos sólidos, foram bebidas mais de 2 mil garrafas de cerveja, 600 garrafas de champanhe e, às 10 horas da manhã, ainda se comemorava a entrada da nova década que, certamente, seria a porta dourada do futuro. Nosso e do país.

Pela revista OITENTA passaram todos os grandes intelectuais da época. Aquela que Millôr considerava sua melhor entrevista foi publicada em Oitenta. Fellini, Josué Guimarães, Woody Allen, Simenon e muitos outros falaram para a OITENTA. Umberto Eco pré-Nome da Rosa, estreou no Brasil, via Revista OITENTA. Éramos 6 editores, o José Antonio Pinheiro Machado, o Paulo de Almeida Lima, o José Onofre, o Eduardo “Peninha” Bueno, o Jorge Polydoro e eu.

Os seis primeiros volumes da Revista Oitenta

A revista acabou, como tudo acaba. A utopia de uma publicação ousada e eminentemente cultural, sustentada somente pelo leitor, naufragou com o fim das ilusões. As nossas vidas e o país mudaram. Veio a democratização e o que se viu foi um país destroçado pelo projeto fracassado da ditadura. O começo da década que nós celebramos numa festa sem fim naquele réveillon de 1980 foi o contrário do que imaginávamos. A tão sonhada década de ouro virou historicamente a famosa “década perdida”. Inflação, hiper-inflação, corrupção, foram as marcas da volta do país à democracia. O presidente Tancredo, no qual o Brasil acreditava, adoeceu antes da posse. E nós herdamos a era Sarney. E como se não bastasse, ainda teríamos Collor no réveillon de 1990…

*Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o vigésimo nono post da Série “Era uma vez… uma editora“.

Bob Dylan e sua nova casa

Por Paula Taitelbaum*

Ler ao som de Forever Young

Bob Dylan sete vezes dez. “Like a Rolling Stone Age”. Setenta anos na ativa. Altivo: Forever Young. Bob Dylan que nasceu Robert Allen Zimmerman em 24 de maio de 1941. Mas mudou. Inventou fases e faces. Fez, tez, não perdeu a vez. Bob Dylan nos anos setenta. Oitenta. Noventa. Cem. Sem máscaras, sem mordaças, sem…pre mordaz. Bob Dylan americanamente desamericano. Talvez insensato, mas jamais insano. Bob Dylan declaradamente leitor influenciado por Arthur Rimbaud, ThoreauBaudelaire, Jack Kerouac. Amigo de Allen Ginsberg. E amante de Joseph Conrad, Franz Kafka, Mark Twain, John Steinbeck, Lawrence Ferlinghetti, William Shakespeare e até Sun Tzu. Bob Dylan que é L&PM: Lyric, Poet, Master. E que por isso, com certeza, aqui se sentiria em casa… E não apenas na casa dos setenta – esta na qual ele entra hoje como uma pedra que rola.

Bob Dylan e Allen Ginsberg junto ao túmulo de Jack Kerouac em 1976

* Paula Taitelbaum é escritora, coordenadora do Núcleo de Comunicação da L&PM e fã confessa de Bob Dylan.

Um inimigo do povo

Henrik Ibsen nasceu na Noruega em 20 de março de 1828 e morreu em 23 de maio de 1906. Destacou-se pela magnífica obra em dramaturgia, que lhe valeu uma indicação ao prêmio Nobel de Literatura em 1902. Escreveu alguns grandes clássicos do teatro ocidental como Hedda Gabler, Pato selvagem, Casa de Bonecas, Um Inimigo do Povo, entre outras.

No momento em se lembra Ibsen, no aniversário de sua morte, é obrigatório que se lembre de Um Inimigo do Povo, seu trabalho mais polêmico e mais importante, escrito na Itália em 1882. Talvez a primeira grande alusão literária a um crime ecológico. E mais: através deste crime ecológico, Ibsen se coloca diante da constatação melancólica daquilo que Millôr Fernandes diz ser a “inviabilidade” do ser humano.

A peça trata de um médico, o dr. Stockmann, profundamente identificado com sua cidade – uma estação de veraneio no interiror da Noruega –, que descobre que os resíduos de uma fábrica próxima da cidade passaram a poluir o lençol freático da região, contaminando as águas que são procuradas pelos turistas. Num primeiro momento, ele é aclamado pela descoberta. Mas imediatamente os interesses de uma minoria se impõe e ele passa a ser escorraçado pelos cidadãos. Insuflados pelos governantes e proprietários, os moradores da região o acusam de querer acabar com a fonte de renda da cidade…

Profético, no que diz respeito à denuncia de um crime ambiental, Ibsen trata de um tema antigo como o mundo, que é a inveja, a ambição, o egoísmo e a perversidade do ser humano. (Ivan Pinheiro Machado)

A folha de rosto original de "Um inimigo do povo" (En Folkefiende), com a letra de Ibsen

O dia em que Bonnie e Clyde sairam de cena (e entraram no cinema)

O livro de Toland fazia referência a dois criminosos não muito conhecidos da época, Clyde Barros e Bonnie Parker. Benton era de uma pequena cidade do leste do Texas chamada Waxahachie, e tinha mais familiaridade com as façanhas do casal – que foi morto em 1934, quando ele tinha dois anos de idade – do que Newman. “Todo mundo no Texas ouvia falar de Bonnie e Clyde quando criança” afirmou Benton. “Meu pai foi ao enterro deles. Em qualquer festa de Dia das Bruxas sempre havia um menino vestido de Clyde e uma menina vestida de Bonnie.”

O filme Bonnie e Clyde: uma rajada de balas foi uma ideia do diretor de arte da revista Esquire, Robert Benton, e de seu amigo e colega David Newman, jornalista e editor da mesma revista. Benton e Newman nunca haviam escrito um roteiro para cinema antes e quase não conheciam ninguém do meio. Mas escreveram uma história que ajudou a eternizar Bonnie e Clyde e que deu origem a um dos filmes que revolucionou Hollywood – como mostra o recém lançado Cenas de uma revolução, livro de Mark Harris que conta  tudo sobre as cinco produções que concorreram ao Oscar de melhor filme 1967 (além de Bonnie e Clyde, O Fantástico Doutor Dolittle, A primeira noite de um homem, Adivinhe quem vem para jantar e No calor da noite). O trecho inicial deste post, por exemplo, está no primeiro capítulo.

E não é difícil imaginar porque o casal, que nos cinemas foi vivido por Warren Beatty e Faye Dunaway, era perfeito para ser filmado. Os verdadeiros Bonnie e Clyde tinham 20 anos quando se conheceram, em 1930. Foi amor à primeira vista e Bonnie largou tudo para seguir Clyde em uma vida cheia de aventuras e crimes. Juntos, eles formaram uma quadrilha que realizou muitos assaltos e alguns assassinatos.  Tinham ares de pop star e adoravam fazer pose para fotos que, hoje, mais parecem editoriais de moda.

Bonnie e Clyde na vida real e no cinema

A pose de Bonnie inspirou Faye

Bonnie e Clyde viraram mito ao serem mortos numa emboscada, depois de uma longa caçada, numa estrada deserta perto de Bienville Parishem, no estado da Louisiana, em 23 de maio de 1934. Ou seja: há exatamente 77 anos atrás. Abaixo, o vídeo que mostra o verdadeiro carro da dupla, cravado de balas, acompanhado de uma locução que vai dizendo o que havia dentro do automóvel no instante em que Bonnie e Clyde foram pegos pela polícia.

Autor de hoje: Honoré de Balzac

Tours, França, 1799 – Paris, França, 1850

Honoré de Balzac nasceu em Tours, em 20 de maio de 1799, filho do camponês Bernard-François Balssa (mais tarde Honoré mudou o nome para Balzac, precedido de um aristocrático de) e de Anne-Charlotte-Laure Sallambie. A mãe de Balzac, 33 anos mais jovem que Bernard, era filha de uma modesta burguesia da província e teve uma relação distante e ao mesmo tempo marcante com o filho mais jovem, Honoré. Ele conheceu na infância e na adolescência a solidão e a dureza dos internatos, onde fez sua formação básica. Formou-se em Direito, profissão que jamais praticou. Aventurou-se em numerosos negócios em busca de fortuna, fracassando nisso de maneira sistemática. Paralelamente ao sonho de enriquecer, escreveu uma das maiores e mais consistentes obras da história da literatura mundial. Morreu em 18 de agosto de 1850.

Obras principais (Quase a totalidade da obra de Balzac foi publicada sob o título geral de A comédia humana): A pele de Onagro, 1831; Eugénie Grandet, 1833; O Pai Goriot, 1834; O lírio do vale, 1835; A mulher de trinta anos, 1835; Ilusões perdidas, 1843; Esplendores e misérias das cortesãs, 1847.

HONORÉ DE BALZAC por Ivan Pinheiro Machado

A comédia humana é o título geral que dá unidade a obra de Honoré de Balzac, composta de 89 romances, novelas e histórias curtas. Esse enorme painel do século XVIII foi ordenado pelo autor em seis subséries: Cenas da vida privada, Cenas da vida provinciana, Cenas da vida parisiense, Cenas da vida militar, Estudos filosóficos e Estudos analíticos.

A comédia humana é um monumental conjunto de histórias, em que cerca de 2.500 personagens se movimentam por vários livros, ora como protagonistas, ora como coadjuvantes. Genial observador do seu tempo, Balzac soube como ninguém captar o “espírito” do século XVIII. A França, os franceses e a Europa no período entre a Revolução Francesa e a Restauração têm nele um pintor magnífico e preciso. Friedrich Engels, em uma carta a Karl Marx, dizia que “eu aprendi mais em Balzac sobre a sociedade francesa da primeira metade do século, inclusive nos seus pormenores econômicos (por exemplo, a redistribuição da propriedade real e pessoal depois da Revolução), do que em todos os livros dos historiadores, economistas e estatísticos da época, todos juntos (…)”.

Tido como o inventor do romance moderno, Balzac deu tal dimensão aos seus personagens que, já no século XVIII, mereceu de Hippolyte Taine, o maior crítico literário do seu tempo, a seguinte observação: “Como William Shakespeare, Balzac é o maior repositório de documentos que possuímos sobre a natureza humana”. Esse criador de milhares de personagens foi – quem sabe – o mais balzaquiano de todos. Obcecado pela idéia da glória literária e da fortuna, adolescente ainda, convenceu sua família de recursos limitados a sustentá-lo em Paris por no máximo dois anos, tempo suficiente para que ele se consagrasse como escritor e jornalista. Começou a vida literária publicando obras de terceira categoria sob pseudônimo. Era a clássica “pena de aluguel”. Escrevia sob encomenda histórias de aventuras, policiais, romances açucarados, folhetins baratos, qualquer coisa que lhe rendesse algum dinheiro.

Somente em 1829, dez anos depois de sua chegada a Paris, Balzac sente-se seguro para colocar o seu verdadeiro nome na capa de um romance. É quando sai A Bretanha em 1799 – um romance histórico em que tentava seguir o estilo de Sir Walter Scott, o grande romancista inglês de seu tempo. Paralelamente à enorme produção que detona a partir de 1830, seus delírios de grandeza levam-no a criar negócios que vão desde gráficas e revistas até minas de prata. No entanto, fracassa como homem de negócios. Falido e endividado, reage criando obras-primas para pagar seus credores em uma destrutiva jornada de trabalho de até dezoito horas diárias. “Durmo às seis da tarde e acordo à meia-noite, às vezes passo 48 horas sem dormir….” queixava-se em cartas aos seus amigos.

Em 1833, teve a antevisão do conjunto de sua obra e passou a formar uma grande “sociedade”, com famílias, cortesãs, nobres, burgueses, notários, personagens de caráter melhor ou pior, vigaristas, homens honrados e avarentos, que se cruzariam em várias histórias diferentes sob o título geral de A comédia humana. Vale ressaltar que em sua imensa galeria de tipos, Balzac criou um espetacular conjunto de personagens femininos que – como dizem unanimemente seus biógrafos e críticos – tem uma dimensão muito maior do que o conjunto dos seus personagens masculinos.

Aos 47 anos, massacrado pelo trabalho, pela péssima alimentação e o tormento das dívidas que não o abandonaram pela vida inteira, ainda que com projetos e esboços para pelo menos vinte romances, Balzac já não escrevia mais. Consagrado e reconhecido na França e na Europa inteira como um grande escritor, havia construído em frenéticos dezoito anos esse monumento com quase uma centena de histórias. Morreu em 18 de agosto de 1850, aos 51 anos, pouco depois de ter casado com a condessa polonesa Eveline Hanska, o grande amor de sua vida.

Guia de Leitura – 100 autores que você precisa ler é um livro organizado por Léa Masina que faz parte da Coleção L&PM POCKET. Todo domingo,você conhecerá um desses 100 autores. Para melhor configurar a proposta de apresentar uma leitura nova de textos clássicos, Léa convidou intelectuais para escreverem uma lauda sobre cada um dos autores.

A mais leve panqueca de camarão!

Para quem pensa em emagrecer sem fazer esforço, o livro 100 receitas light, de Helena Tonetto e Ângela Tonetto é uma excelente indicação. A Panqueca de Camarão é uma receita que contém apenas 196 calorias e quilos de gostosura. Aprecie sem moderação.

PANQUECA DE CAMARÃO

Ingredientes:

Massa: 360ml de água, 1 ovo, 20ml de cerveja light, 200g de farinha de trigo especial.

Recheio: 700g de camarões perolados, 10g de cebolas liquidificadas, 160g de tomates liquidificados, um dente de alho, 80g de molho de tomates, 800g de champignons laminados, 5ml de conhaque, 180ml de molho branco básico, 10g de queijo parmesão ralado, 300g de tomates liquidificados, 50g de cebolas liquidificadas, 30g de extrato de tomates, orégano, sálvia, manjerona, louro, 10g de amido de milho.

Preparo: Limpe o camarão. Tempere com o suco de limão, sal, alho e molho inglês. Reserve. Doure o louro, as cebolas e o alho no óleo de oliva. Coloque os tomates liquidificados e cozinhe por 15 minutos. Adicione o extrato de tomates e por último os camarões. Refogue por mais 5 minutos. Tempere com sal, orégano, sálvia, manjerona e pimenta-do-reino. Flambe os champignons no óleo de oliva e conhaque. Adicione-os ao molho refogado de camarão. Reserve. Liquidifique a água, a farinha de trigo, o ovo, o sal e a cerveja light. Deixe descansar por 3 minutos. Em uma frigideira, borrifique com óleo de oliva e faça as panquecas bem fininhas. Reserve. Faça o molho branco básico. Recheie as panquecas com o molho de camarão, coloque-as em um prato refratário e cubra-as com molho branco básico e queijo parmesão ralado. Leve ao forno para gratinar.

Rendimento: 10 porções

Calorias por porção: 196 cal

Sábado tem sempre uma “Receita do dia” vinda diretamente dos livros da Série Gastronomia L&PM.

O testamento de Cristóvão Colombo

Cristóvão Colombo foi um dos maiores navegadores da história. “Todos os mares em que hoje se navega, eu o percorri” escreveu ele ao rei da Espanha em 1501. Apaixonado pela ideia de chegar ao Oriente pela rota do Oeste, venceu o desafio das lendas e navegou na direção do poente. Disposto a atingir a qualquer preço o mundo fabuloso descrito por Marco Polo, até o fim de seus dias Colombo recusou-se a admitir que havia descoberto um novo Mundo. Morreu há exatos 505 anos atrás, em 20 de maio de 1406, pobre e esquecido. Anos antes, no entanto, deixou pronto um testamento, onde cita como seus herdeiros Dom Diego e Dom Fernando, seus filhos. Abaixo, a reprodução completa deste documento, que faz parte de Diários da Descoberta da América, obra que, segundo Gabriel García Márquez, é “O primeiro livro de realismo mágico” da história.