Pegue a peça mais famosa de Shakespeare, faça uma música bem brasileira com ela, use como cenário a cidade de Ouro Preto, produza um especial de televisão e acrescente a supervisão geral do criador da Turma da Mônica. Não, nãoé uma receita de “samba do crioulo doido”. É o “Sambão do Romeu e Julieta”, uma música criada por Márcio de Souza, irmão mais novo de Maurício, e que o Brasil cantou em 1978. O samba fazia parte de um filme que foi ao ar pela TV Bandeirantes e que misturava a Turma da Mônica com a obra de Shakespeare. Se você é desse tempo, talvez se lembre da música:
Arquivo mensais:abril 2013
A intimidade de Billie Holiday
Esta é a musa do jazz Billie Holiday fritando um bife ao lado de seu cão Mister na cozinha do apartamento onde morou no Harlem, em Nova York, em 1949. O “flagra” é do fotógrafo americano Herman Leonard.
A intimidade de uma das maiores vozes do jazz de todos os tempos está no livro Billie Holiday da Série Biografias.
via Pinterest
Vêm aí mais três livros de Walter Riso, um especialista em amores de alto risco
Por que falhamos tanto no amor? Por que tanta gente escolhe a pessoa errada ou se concentra em relações tão perigosas como irracionais? Por que nos resignamos a relações dolorosas? Acreditamos que o amor é infalível e esquecemos algo elementar para a sobrevivência amorosa: nem todas as propostas de afeto são convenientes para o nosso bem-estar. Gostemos ou não, algumas maneiras de amar são francamente insuportáveis e esgotantes, mesmo que tenhamos instinto masoquista e vocação para a servidão.
Assim começa Amores de alto risco, de Walter Riso, um livro que examina os oito tipos afetivos que mais causam turbulência na vida amorosa e, assim, mostra que é possível ter equilíbrio nas relações. Terapeuta, professor universitário e escritor, Riso é especialista em livros de psicologia aplicada. Dele, a L&PM publica também Amar ou depender? e, em 2013, lançará outros três livros com sua assinatura: um sobre o que as mulheres devem saber sobre os homens, outro a respeito de como se desapegar do que não nos faz bem e um terceiro que aborda como se pode desfrutar plenamente de um casamento.
Poema de Charlotte Brontë é vendido por 92 mil libras
Um poema de Charlotte Brontë (irmã de Emily Brontë, autora de O morro dos ventos uivantes) foi vendido num leilão da Bonhams Fine Art Auctioneers & Valuer por 92 mil libras. Datado pela própria autora como sendo de 14 de dezembro de 1829 (quando Charlotte tinha apenas 13 anos), o poema possui menos de 8 centímetros – o que torna sua leitura difícil sem uma lente de aumento – e fazia parte da coleção particular do poeta e acadêmico Roy Davids, que também incluia manuscritos de John Keats, Robert Burns, T.S. Eliot, Lord Byron e outros.
O valor alcançado pelo poema foi o mais alto pago por qualquer um de seus trabalhos que já foi à leilão. Segue abaixo a transcrição do pequeno manuscrito:
I’ve been wandering in the greenwoods by Charlotte Brontë
I’ve been wandering in the greenwoods
And mid flowery smiling plains
I’ve been listening to the dark floods
To the thrushes thrilling strainsI have gathered the pale primrose
And the purple violet sweet
I’ve been where the Asphodel grows
And where lives the red deer fleet.I’ve been to the distant mountain,
To the silver singing rill
By the crystal murmering mountain,
And the shady verdant hill.I’ve been where the poplar is springing
From the fair Inamelled ground
Where the nightingale is singing
With a solemn plaintive sound.
A L&PM está preparando uma surpresa para os fãs da autora: no segundo semestre, será lançado uma edição de Jane Eyre, o romance mais célebre de Charlotte Brontë, na Coleção L&PM Pocket.
via The Guardian, com informações do blog Leituras Bronteanas.
O jovem Franz Kafka
Este é o jovem Franz Kafka, quando ainda nem sonhava em ser o autor de A metamorfose, Carta ao pai, O processo e outros grandes clássicos indispensáveis para qualquer leitor que se preze 😉
via Pinterest
Cartas na rua
Bernardo Scartezini, Especial | Correio Braziliense – Da Press – Jornal Zero Hora – 10/04/2010
Correspondências entre Jack Kerouac e Allen Ginsberg trazem as histórias e os bastidores da geração beat
A marca fundamental da literatura beat talvez não seja a vida desregrada, o fascínio pelos subterrâneos ou mesmo a tentativa de fazer a língua escrita soar como se fosse jazz bebop. Talvez o que nos faz ainda hoje tratá-la justamente por “geração” seja a estreita camaradagem e cumplicidade entre os principais envolvidos. É essa intimidade entre dois protagonistas que faz despertar o interesse por As Cartas de Jack Kerouac & Allen Ginsberg (L&PM Editores) calhamaço que o leitor brasileiro agora tem ao seu dispor.
Trata-se de um longo compêndio para além de 500 páginas, com mais de 10 anos de cartas entre Kerouac e Ginsberg, dos meados da década de 1940 ao início da década de 1960. É a fase definitiva e definidora da essência beat. Foi quando se conheceram, viajaram os Estados Unidos de ponta a ponta, caíram na vida e começaram a escrever as obras que ajudariam a nortear boa parte da literatura norte-americana – e ocidental – a ser produzida nas décadas seguintes. O período das cartas corresponde à saída desses autores do anonimato, às suas pioneiras publicações, às primeiras resenhas feitas pela imprensa e ao início do desbunde mundial que seria chamado de contracultura.
As Cartas de Jack Kerouac & Allen Ginsberg foi colhido, organizado e editado por dois peritos na geração beat: David Stanford, editor sênior da gigante editorial Viking Penguin, e Bill Morgan, antigo protegido de Ginsberg que também era uma espécie de bibliógrafo pessoal e arquivista particular. As cartas, portanto, ficaram em poder de Morgan após a morte do poeta.
Kerouac (1922 – 1969) e Ginsberg (1926 – 1997) se conheceram no início de 1944 nos arredores da Universidade de Columbia, em Nova York. A vastidão da América ainda era desconhecida por Kerouac quando ele iniciou sua troca de cartas com Ginsberg. Mas o prezado leitor de On the Road (1957), de Kerouac, por conta dessas mil relações entre vida pessoal e obra literária, já se sente imediatamente à vontade por aqui, totalmente enturmado na companhia daqueles dois.
Nas cartas, os aspirantes a escritor trocam dicas de leitura (Gógol, Céline, Thomas Wolf) e admitem as inseguranças quanto ao ato de escrever. Mas parecem tratar as próprias cartas como um campo de experimentação poética. Neal Cassady, o bom malandro, maconheiro, bígamo e puxador de carros, seria uma terceira ponta desse triângulo sensorial. Era um camarada que não sabia escrever duas frases que fizessem sentido, mas trazia em si o aprendizado das ruas. Cada chegada dele a Nova York era ansiosamente aguardada e festejada por antecipação. E William Burroughs é visto como o amigo doidão. Além de ter viajado mais do que os outros, é o que pareceria estar mais pronto para publicar um livro. Tinha viajado pela Amazônia peruana só para tomar ayahuasca (bebida alucinógena) e de lá ele trocou com Ginsberg longas cartas sobre a experiência.
À sombra da fama
Com o poema Uivo (1956) liberado e o livro On the Road na ponta da lista de mais vendidos do New York Times, Ginsberg comentava com Kerouac sobre as tão belas propostas que passou a receber de megaeditoras prometendo relançar Uivo em maiores tiragens. Já Kerouac nunca entenderia a idolatria que se formou a sua volta. Nestas cartas, ele se mostra primeiro espantado, depois relativamente fascinado e por fim francamente incomodado com o fato de On the Road ter se tornado aquilo que se tornou. Kerouac desprezava os hippies e não queria ser apontado como precursor de nada que pudesse ser relacionado a eles. Allen Ginsberg, por outro lado, parecia adorar ser idolatrado. Andava de moto com Bob Dylan, viajava com os Beatles, pingava ácido em Haight-Ashbury, em São Francisco, e pregava as virtudes do budismo, as benesses da meditação transcendental.
Dessas diferenças, percebe-se que Kerouac e Ginsberg, talvez por responderem ao sucesso e à condição de celebridade de maneira tão distinta, tornaram-se personalidades praticamente opostas. Mas, mesmo assim, mantiveram estreita a amizade.
A grande biblioteca de Morgan
Pierpont Morgan (J.P. Morgan) foi o maior banqueiro de Nova York. E além de ter sido um gigante das finanças (como bem mostra o livro Os Magnatas, de Charles R. Morris – Coleção L&PM Pocket), foi um gigantesco colecionador de livros, manuscritos e raridades ligadas à literatura. Comprava tanta coisa que, no início do século XX resolveu contratar um arquiteto famoso para erguer um grande palácio para abrigar seus livros. E assim, entre 1902 e 1906, a Morgan Library (Biblioteca Morgan) foi construída para abrigar as centenas de milhares de preciosidades de Morgan, bem pertinho de sua residência, na esquina da Madison Avenue com a 36th Street.
Em 1924, J.P. Morgan Jr, filho do Morgan pai, abriu essa extraordinária biblioteca para receber o público. E desde então, ela é uma visita imperdível para quem mora ou vai a Nova York.
Eu estive lá há algumas semanas e, além de ficar boquiaberta com a biblioteca em si (e de ver manuscritos que vão de Maquiavel a Virginia Woolf), lá estavam algumas exposições emocionantes: Desenhos Surrealistas (até 21 de abril), Marcel Proust – 100 anos do Caminho de Swann (até 28 de abril) e Degas – Miss Lola e o Circo Fernando (até 12 de maio).
Portanto, fica aqui a dica para que, além de visitar bibliotecas em território nacional, você não deixe de procurar algumas nas suas viagens. (Paula Taitelbaum)
Clique aqui e visite o site da Morgan Library.
Vinho: um dos paraísos de Baudelaire
Profundos prazeres do vinho, quem não os conhece? Quem quer que tenha tido um remorso a aplacar, uma lembrança a evocar, uma dor a esquecer, um castelo na Espanha a construir, todos enfim já o invocaram, deus misterioso escondido nas fibras da videira. Como são grandes os espetáculos do vinho, iluminados pelo sol interior! Como é verdadeira e abrasadora esta segunda juventude que o homem dele retira! Mas como são, também, perigosas suas volúpias fulminantes e seus encantamentos enervantes. E, no entanto, digam, do fundo da alma e da consciência, juizes, legisladores, aristocratas, todos vocês a quem a felicidade torna doces, a quem a fortuna torna a virtude e a saúde fáceis, digam quem de vocês terá a coragem impiedosa de condenaar o homem que bebe o gênio? (Charles Baudelaire em Paraísos artificiais – O haxixe, o ópio e o vinho – Coleção L&PM Pocket)
Baudalaire nasceu em 9 de abril de 1821. Para saber mais sobre a vida desse que é reconhecido por muitos como o fundador da tradição moderna da poesia, leia Baudelaire, de Jean-Baptiste Baronian, Série Biografias L&PM.
Para ler… Jack Kerouac, com Claudio Willer
“O grande Gatsby” cheio de novidades
Faltam poucas semanas para a estreia do filme O grande Gatsby, baseado no livro homônimo de F. Scott Fitzgerald, na abertura do Festival de Cannes. E as últimas novidades sobre a adaptação dirigida por Baz Lurhmann nos deixam ainda mais ansiosos pelo grande dia!
Depois de uma linda coleção de cartazes apresentando cada um dos personagens principais da história, foram divulgados mais dois com cenas do filme – tão lindos quanto os anteriores!
Na semana passada, foram divulgadas as músicas que farão parte da trilha sonora do filme, incluindo hits de Jay Z, Beyoncé, will.i.am, Lana Del Rey, Florence and the Machine e outros:
- 100$ Bill – JAY Z
- Back To Black – Beyoncé x André 3000
- Bang Bang – will.i.am
- A Little Party Never Killed Nobody (All We Got) – Fergie + Q Tip + GoonRock
- Young And Beautiful – Lana Del Rey
- Love Is The Drug – Bryan Ferry with The Bryan Ferry Orchestra
- Over The Love – Florence + The Machine
- Where The Wind Blows – Coco O. of Quadron
- Crazy in Love – Emeli Sandé and The Bryan Ferry Orchestra
- Together – The xx
- Hearts A Mess – Gotye
- Love Is Blindness – Jack White
- Into the Past – Nero
- Kill and Run – Sia