Arquivo mensais:maio 2013

Editor Ivan Pinheiro Machado participa do Fórum das Letras em Ouro Preto

A nona edição do Fórum das Letras começou na última quarta-feira, dia 29, e segue até o dia 2 de junho, em Ouro Preto (MG). O evento, com discussões norteadas pelo tema “Literaturas da Origem” tem programação gratuita e conta com a presença de grandes nomes da literatura contemporânea, como Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti, Frei Betto, entre outros.

Nesse sábado, dia 1º, Ivan Pinheiro Machado, editor da L&PM, participa da mesa “Espaço Sesc: O livro em questão”, com Silvia Leitão e Ivo Enoc, e mediação de Sérgio França. O debate acontece às 14h30, no Espaço Sesc – Anexo do Museu da Inconfidência.

A programação completa do Fórum das Letras pode ser conferida clicando aqui.

A cidade de Ouro Preto está toda decorada com o "Fórum das Letras"

A cidade de Ouro Preto está toda decorada com o “Fórum das Letras”

Carta revelaria plágio de criador de Mogli

Via Folha de S. Paulo – Caderno Ilustrada – 31 e maio de 2013

O jornal “The Telegraph” de Londres anunciou a existência de uma carta atribuída a Rudyard Kipling em que ele admitiria ter se apropriado de ideias alheias ao escrever sua obra mais conhecida. Na carta, datada de 1895 e endereçada simplesmente a uma “senhora”, ele diz ser “extremamente possível que me tenha servido promiscuamente” de outras fontes ao escrever “A Lei da Selva”, ideia apresentada em sua obra “O Livro da Selva“.

A carta de Kipling

A carta de Kipling

No livro clássico, lançado em 1894, o autor britânico compila histórias sobre o menino Mogli, criado em meio a lobos. A carta está sendo vendida pela empresa Andrusier Autographs por cerca de U$ 3.700.

Leia aqui a matéria do “The Telegraph”.

Rudyard Kipling é autor de "O livro da selva" publicado na Coleção L&PM Pocket

Rudyard Kipling é autor de “O livro da selva” publicado na Coleção L&PM Pocket

Premiado projeto com as peças de Ésquilo chega ao Rio de Janeiro

Nesta sexta-feira, 31 de maio, chega ao Espaço Sesc no Rio de Janeiro, o premiado trabalho “Peep classic Ésquilo”, em que o diretor de teatro Roberto Alvim mergulha na obra de Ésquilo. Segundo o jornal o jornal O Globo, “O projeto pode ser visto como uma tentativa de livrar do caminho tudo que se estabeleceu no campo do teatro entre as primeiras tragédias gregas — o teatro pré-dramático — e o sistema de dramáticas do transumano concebido por Alvim — uma vertente do teatro pós-dramático que rompe com pressupostos do drama moderno.

Durante os próximos três finais de semana, todas as tragédias de Ésquilo serão apresentadas por dez atores da Cia. Club Noir em um programa duplo: sextas às 21h, serão encenadas “As suplicantes” e “Os persas”; sábados às 21h, “Oresteia I” e “Oresteia II” (a trilogia foi condensada em dois espetáculos) e domingo às 19h30min será sempre dia de “Sete contra Tebas” e “Prometeu”.

“É a primeira vez que se torna possível um contato com toda a obra de Ésquilo em um reduzido espaço de tempo” — diz Alvim ao O Globo. — “Assistir a elas em conjunto possibilita uma imersão na poética do primeiro autor teatral, vivenciar a alteridade radical que Ésquilo representa, o mergulho em um planeta estético desconhecido, completamente diferente da nossa ideia sobre o que seja o mundo e do modo como vivenciamos nossa humanidade nos dias de hoje.”

Cena da peça "Sete contra Tebas", que será encenada nos três próximos domingos no Rio de Janeiro

Cena da peça “Sete contra Tebas”, que será encenada nos três próximos domingos no Rio de Janeiro

A L&PM publica Os sete contra Tebas com tradução direta do grego, feita por Donaldo Schüler. Como o título anuncia, esta peça de Ésquilo mostra a tentativa de invasão da cidade de Tebas por um exército comandado por sete guerreiros.

Terminou a disputa entre a banda Velvet Underground e a Fundação Andy Warhol

Chegou ao fim a disputa pelos direitos de uso da famosa capa do disco “The Velvet Underground and Nico” (aquela com a banana) criada por Andy Warhol. A banda, que detém os direitos da capa do disco, processou a Fundação Andy Warhol em janeiro deste ano acusando-a de “uso indevido” por ter licenciado a imagem para uma linha de capas para iPhone. Mas a briga se arrasta desde 2009, quando a Fundação acusou a banda de infringir os direitos autorais ao usar a imagem em outros produtos sem autorização prévia. Segundo a BBC, que noticiou o acordo ontem, os termos do acordo não foram divulgados.

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A capa do álbum com a imagem criada por Andy Warhol

 

A imperdível exposição “Magliani – A Solidão do Corpo”

Abriu ao público nesta quarta-feira, 29 de maio, em Porto Alegre, a exposição Magliani – A Solidão do Corpo. A mostra, com curadoria de Renato Rosa, reúne pinturas, gravuras, desenhos e esculturas da artista plástica Maria Lídia Magliani, realizadas desde os anos 1960. Há também fotografias de um ensaio com a artista assinado por Luiz Carlos Felizardo. A exposição é uma homenagem à pintora e desenhista que faleceu em 2012.  Renato Rosa nos enviou um texto que compartilhamos aqui:

Atendendo a um convite-pedido do Secretário da Cultura de Porto Alegre, senhor Roque Jacoby, fui convidado para ser o curador da mostra e a realização se dá através da Coordenação de Artes Plásticas do Município, sob o comando da artista plástica Anete Abarno e equipe. No primeiro momento de idealização dessa mostra-homenagem à Magliani, pensei imediatamente em alguns nomes e, de pronto, lembrei que o fotógrafo Luiz Carlos Felizardo havia feito um ensaio com ela, nas ruínas do antigo Colégio Anchieta e que isso, hoje, seria um ítem talvez esquecido na totalidade da obra do prestigiado artista, e que este mesmo ensaio, para ser publicado, em 1971 no jornal “O Pato Macho”, sofrera censura. “O Pato Macho” era um jornal alternativo que abrigava nomes como os jornalistas Renato D´Arrigo, Cói Lopes de Almeida e Luis Fernando Verissimo, cuja programação visual (dizia-se assim) era do Signovo, algo avançado para época, um escritório de programação visual, design, logotipias, etc, sob o comando de Cláudio Ferlauto e o Felizardo já estava nessa equipe. Como o Felizardo concordou em participar da homenagem e a Magliani teve um passado de atriz, fui em frente e convidei a atriz Izabel Ibias para realizar uma performance na noite de abertura (a qual abordará aspectos da condição feminina, ou seja, algo a ver com a temática dos trabalhos de Magliani). Avancei mais e reuni textos dos críticos Jacob Klintowitz e André Seffrin, da curadora Denise Mattar e depoimentos do dramaturgo Ivo Bender, e dos artistas visuais Eduardo Vieira da Cunha, dos artistas plásticos Julio Castro (colega de atelier de Magliani no Rio) e Teresa Poester, e ainda a colaboração especial do poeta Luiz de Miranda, com um poema.

Serão exibidos trabalhos desde os anos 1960 até a data de morte da artista, em 21 de dezembro de 2012. O trabalho mais antigo data de 1965 e os demais cobrem as décadas de 1970, 80, 90 e anos 2000, distribuídos entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, esculturas e objetos.

Renato Rosa

Curador

 

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Magliani por Felizardo

Magliani por Felizardo

Magliani por Felizardo

Magliani por Felizardo

SERVIÇO

O que: “Magliani – A Solidão do Corpo”
Quando: De segunda a sexta, das 9h às 12h, e das 13h30min às 18h, até 28 de junho.
Onde: Paço Municipal  – Pinacoteca Aldo Locatelli, Paço Municipal, Porto Alegre�
Quanto: Grátis

Fernanda Montenegro e Millôr Fernandes

Fernanda Montenegro e Millôr Fernandes eram amigos. Ela encenou peças escritas por ele. Ele escreveu um texto sobre ela da Série Retratos em 3 x 4 de alguns amigos 6 x 9 que está no verbete “Fernanda Montenegro” do livro Millôr definitivo – A Bíblia do Caos:

Sua vida é um palco iluminado. À direita, as gambiarras do perfeccionismo. À esquerda, os praticáveis do impossível. Em cima, o urdimento geral de uma tentativa de enredo a ser refeito todas as noites, toda a vida. Atrás, os bastidores, o mistério essencial. Embaixo, o portão, que torna viáveis os mágicos, inspiração do teatro, que é uma fé, e comove montanhas. (…) Incansável operária, pisa na ribalta nua e mostra todas as noites que o teatro e a vida são apenas duas tábuas e uma paixão. (…) E após o final, na solidão da glória, poder escutar, no silêncio e no escuro, o último espectador que se afasta das aleias desertas.

A amizade entre Millôr e Fernanda Montenegro atravessou décadas

A amizade entre Millôr e Fernanda Montenegro atravessou décadas

Fernanda Montenegro e Millôr Fernandes nos anos 1990

Fernanda Montenegro e Millôr Fernandes nos anos 1990

Saudades do amigo: Fernanda participou da inauguração do Largo do Millôr e depois do banquinho do Millôr que aconteceu em 27 de maio de 2013

Saudades do amigo: Fernanda participou da inauguração do Largo do Millôr e depois do banquinho do Millôr que aconteceu em 27 de maio de 2013 na Praia do Arpoador no Rio de Janeiro

Sobre os nomes em russo

 Maria Aparecida Botelho Pereira Soares*

A leitura dos textos literários russos costuma causar alguma dificuldade por causa da grande variação dos nomes dos personagens; por isso, para facilitar, damos aqui uma visão geral de como os russos costumam se dirigir uns aos outros. De acordo com a tradição russa, as pessoas são registradas com três nomes: um prenome (geralmente simples, raramente composto): Anna, Ivan; um patronímico, que é formado a partir do prenome do pai e os sufixos -itch, -ovitch ou -evitch: Ilitch (de Iliá), Ivânovitch, para homens, e -ovna ou -evna para mulheres: Ivânovna, Andrêievna; um sobrenome de família, geralmente o do pai: Gorbatchov, Tchékhov, Dostoiévski.

Na linguagem coloquial, o patronímico masculino costuma ser abreviado: em vez de Aleksândrovitch, torna-se Aleksândrytch (o y representa aí uma vogal posterior, quase um [u] sem arredondamento dos lábios); Ivânovitch se torna Ivânytch. A maneira respeitosa de se dirigir a uma pessoa que ocupa um lugar de destaque na sociedade ou é mais idosa é usar sempre o prenome seguido do patronímico: Maria Ivânovna, Piotr Vassílievitch (ou Vassílhitch numa situação menos formal).

Para crianças, usa-se um apelido. Os russos têm apelidos (às vezes mais de um) para os nome mais usados. (Para fazer uma analogia, no romance Quincas Borba, de Machado de Assis, não era difícil para os contemporâneos deduzir que o personagem se chamava Joaquim, porque Quincas era um apelido usual para Joaquim, assim como Quinzinho; da mesma forma todos sabem que se alguém é chamado de Chico, seu nome de batismo é Francisco, e Chico é um apelido). Em russo, se uma menina se chama Tatiana, ela será chamada pelo apelido de Tânia, e um menino chamado Vladímir será chamado de Volódia. O nome Ielena tem apelidos como Lena e Liôlia. Esses apelidos são também usados informalmente para adultos, no seio da família ou entre colegas. Quando se trata de criados, empregados, pessoas de status inferior, pode-se usar somente o prenome, sem o patronímico (nestas novelas vamos encontrar Iákov, Vassíli), ou então um apelido (Macha, Gacha). Os russos são altamente afetivos no tratamento interpessoal e utilizam inúmeros diminutivos. Esses diminutivos podem incidir no prenome ou no apelido. Por exemplo, O nome de Tolstói, Lev, pode receber os diminutivos Lévotchka e Levucha, maneira afetuosa como ele era chamado pela esposa e parentes; o apelido de Ivan, Vânia, pode ganhar os diminutivos Vaniucha, Vânitchka ou Vanka (este último tem uma nuance pejorativa e nunca era usado para nobres); o apelido de Iekaterina, Kátia, pode ter os diminutivos Kátenka, Katiucha ou Katka, estes dois últimos mais usados nas camadas populares.

* Este texto é um trecho da introdução escrita por Maria Aparecida Botelho Pereira Soares para “Infância, Adolescência, Juventude“, livro de Tolstói traduzido por ela direto do russo.

Tolstói adorava crianças

Tolstói adorava crianças

A inauguração do banquinho do Millôr

Foi inaugurado no fim da tarde desta segunda-feira, dia 27, no calçadão entre as praias do Diabo e do Arpoador, na Zona Sul do Rio, um banco panorâmico em homenagem ao escritor, desenhista e jornalista Millôr Fernandes, morto em março de 2012, aos 89 anos.

Ele sempre dizia que se um dia fosse homenageado, poderia ser com um banquinho de onde fosse possível ver o pôr do sol. É por isso que, bem no horário do pôr do sol, o banquinho com vista para o mar de Ipanema e Leblon foi inaugurado. O local escolhido desde 2012 é conhecido como o Largo do Millôr.

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O projeto assinado pelo urbanista Jaime Lerner dá a impressão de que o banco flutua. Um perfil do escritor foi desenhado por Chico Caruso e apelidado de “O Pensador de Ipanema”. Além de Caruso, estiveram presentes à inauguração o filho de Millôr, Ivan Fernandes, o irmão, Hélio Fernandes, além de amigos como a atriz Fernanda Montenegro.

via G1

Webchat britânico sobre “O Grande Gatsby”

Na sexta-feira, 31 de maio, às 13h pelos relógios britânicos (e às 16h pelo horário de Brasília), Sarah Churchwell, professora de Literatura Americana e uma das maiores especialistas em F. Scott Fitzgerald, conversará com participantes sobre O Grande Gatsby, em um webchat ao vivo.

Será possível enviar perguntas e postar comentários com antecedência comentários e postar perguntas com antecedência. Clique aqui e leia matéria do jornal britânico The Guardian que explica mais sobre o trabalho de Sarah Churchwell, e veja como participar.

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