Arquivo mensais:novembro 2014

O melhor livro sobre ansiedade, escrito por um dos mais renomados psicólogos britânicos

Daniel e Jason Freeman não dividem apenas o mesmo sobrenome. Os irmãos britânicos também costumam dividir a autoria de livros sobre psicologia.

Daniel Freeman é um dos mais renomados psicólogos britânicos da atualidade, professor de psicologia clínica e membro sênior do Conselho de Pesquisa Médica da Universidade de Oxford, consultor da Oxford Health NHS Foundation Trust e membro da Sociedade Britânica de Psicologia. Jasen Freeman é escritor e editor especializado em psicologia de divulgação e autoajuda. Juntos, eles dividem a autoria de Ansiedade – O que é, os principais transtornos e como tratar.

Ansiedade é um considerado um dos melhores livros sobre o assunto por ser claro, acessível e  trazer os mais recentes estudos sobre o tema. Nele, são tratadas as diferentes formas de se compreender a ansiedade (abordagem cognitiva, psicanalítica etc.), os seis principais tipos (entre os quais transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo e síndrome do pânico), sua relação com o estresse, as diferenças entre ansiedade e fobia, o quanto ela é influenciada pelo meio ou por herança genética e os tratamentos disponíveis.

Há ainda depoimentos de ansiosos famosos e testes de autoavaliação.

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“Ansiedade”, em formato 14cm X 21cm

Bibliotecário encontra exemplar raro da 1ª edição das obras de Shakespeare

Um exemplar raro da primeira edição (First Folio) contendo peças de William Shakespeare (1564-1616) foi encontrado nos arquivos da biblioteca de uma pequena cidade no norte de França, Saint-Omer, na região de Pas-de-Calais.

A descoberta, anunciada na terça-feira, 25 de novembro, foi feita pelo bibliotecário e historiador de arte Rémy Cordonnier quando ele procurava material para uma exposição sobre literatura inglesa.

O volume encontrado, com o título “Mr. William Shakespeare, Comédies, histoires et tragédies. First Folio: published according to the original copies”, é o segundo exemplar conhecido na França da famosa edição original das obras do dramaturgo inglês, publicada em 1632 – o outro exemplar encontra-se na Biblioteca Nacional, em Paris.

O livro está em razoável estado de conservação, mas estão faltando três dezenas de páginas e a capa. Em declarações ao jornal The Guardian, Rémy Cordonnier admite ser esta a razão para este First Folio ter passado despercebido durante tanto tempo. “Estava identificado de forma errada no nosso catálogo, como sendo um livro de Shakespeare datado provavelmente do século XVIII”, disse. Mas logo ocorreu a Cordonnier, também especialista em literatura medieval, que poderia tratar-se de “um First Folio não identificado, com uma carga histórica e um valor intelectual muito importante”, como referiu à AFP.

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Depois do achado, os responsáveis pela Biblioteca de Saint-Omer consultaram um dos maiores especialistas mundiais na obra de Shakespeare, Eric Rasmussen, professor de literatura inglesa na Universidade de Reno, no Nevada, EUA. Ele confirmou a autenticidade do volume, que reúne 36 peças do autor de Macbeth.

A razão para este exemplar do First Folio shakespeariano ter ido parar à biblioteca de Saint-Omer, ainda segundo Rémy Cordonnier, se deve ao fato desta pequena cidade ter sido um lugar de refúgio para os ingleses católicos perseguidos pelos protestantes.

Atualmente são conhecidos 230 First Folios – o exemplar agora encontrado será o 231º – dos 750 que saíram da tiragem inicial das obras de Shakespeare feita por John Hemings e Henry Condell, seis anos após a morte do dramaturgo, segundo as investigações de Eric Rasmussen.

O seu valor tem oscilado, no mercado das raridades bibliográficas, entre os 2,5 e os 5 milhões de euros, disse à AFP a diretora da Biblioteca de Saint-Omer, Françoise Ducroquet, admitindo que a falta da capa e de algumas páginas na edição agora identificada baixa o seu valor. Mas a responsável acrescenta que a instituição não tem a intenção de se desfazer deste First Folio. Ele irá valorizar um espólio de uma biblioteca que possui já uma coleção invulgar de obras raras, entre as quais está uma Bíblia de Gutenberg e 800 manuscritos.

Conheça a Série Shakespeare L&PM.

A arte e a alma de Van Gogh em quadrinhos

Vincent, de Barbara Stok, é a história de Vincent Van Gogh em quadrinhos. Barbara, que nasceu na Holanda, foi vencedora do Prêmio Holandês de Melhor autor de HQ 2009. Para criar Vincent, ela trabalhou durante três anos com o apoio do Museu Van Gogh, de Amsterdã.

A HQ emociona ao mostrar passagens da vida do pintor, trechos de cartas a Theo, irmão de Vincent, e cenas em que os famosos quadros – como noite estrelada ou girassóis – foram concebidos.

Vincent

A partir dos desenhos de Barbara Stok para o livro, a banda holandesa de folk music, “Trio Bier”, montou um vídeo com a música chamada “Amsterdam Oude Wolf”, considerada pelo jornal Het Parool como a melhor canção de todos os tempos sobre a capital holandesa.

Vale a pena assistir até para conhecer melhor os desenhos de Vincent:

Uma exposição em homenagem aos 100 anos do nascimento de Cortázar

Começa no dia 2 de dezembro na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, a exposição Cortázar, 100 anos: Raridades & Un Recuerdo. A mostra, que homenageia o centenário de nascimento do escritor argentino, vai exibir exemplares de edições raras e cinco fotografias de Colette Portal, entre elas, esta em que Cortázar está fumando cachimbo em sua casa de Saigon, no verão de 1971.

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Além disso, trechos selecionados dos livros convidam à leitura e permitem que os visitantes aproveitem ainda mais a exposição. Para completar, ainda há a reprodução de ambientes ligados à obra de Cortázar, como a poltrona verde de veludo que faz parte do conto Continuidade dos parques, do livro “Final de jogo”. A entrada será gratuita e a Biblioteca Mário de Andrade fica na Rua da Consolação, S/N.

De Júlio Cortázar, a Coleção L&PM Pocket publica A Autoestrada do Sul & outras histórias.

Eduardo Galeano entre os intelectuais iberoamericanos mais influentes

O canal de comunicação espanhol esglobal.org – um reconhecido meio analítico e reflexivo – divulgou há poucos dias a seleção dos 50 intelectuais iberoamericanos mais influentes de 2014 e entre os escolhidos está Eduardo Galeano.

A lista foi feita a partir da votação dos internautas que deveriam votar em personagens vivos e ativos que realizaram pelo menos parte do seu trabalho em espanhol ou português. Como o próprio “Esglobal” divulga, a lista é discutível, mas seu objetivo é refletir sobre o que significa, hoje, ser um intelectual público na América Latina.

E essa não é a única notícia recente sobre o escritor uruguaio. Segundo a Coluna de Ancelmo Góes no jornal O Globo, Galeano recebeu de um amigo brasileiro, que integra a Comissão da Verdade, cópia de um relatório do Centro de Informações do Exército datado de 23 de novembro de 1971. Nele está escrito: “Eduardo Galeano, jornalista esquerdista, estaria percorrendo os Comitês de Base da Frente Ampla, fazendo conferências contra o Brasil e denunciando adido militar do Brasil, coronel Moacir Pereira, como a pessoa destacada pelo presidente Médici para montar uma rede do SNI no Uruguai.”

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Encontrada a carta perdida que inspirou o estilo de “On the Road”

Foi a partir de uma carta que recebeu de seu amigo Neal Cassady, em 1957, que Jack Kerouac mudou seu estilo de escrita e produziu On the road em uma espécie de fluxo de consciência. Conhecida como “Carta de Joan Anderson”,  nela Cassady descreveu, em 18 páginas, a mulher com que ele passara um final de semana nos anos 1950.

Considerada perdida pelo próprio Kerouac, que havia contado em uma entrevista ao The Paris Review, em 1968, que a ela havia sido emprestada a Allen Ginsberg que, por sua vez, teria deixado com um amigo que morava em uma casa flutuante no norte da Califórnia. Kerouac disse na entrevista que esse amigo havia caído no mar com a carta e que lamentava muito que isso tivesse acontecido, já que era uma das coisas mais impressionantes que ele já havia lido. O que Kerouac não sabia era que a “Carta de Joan Anderson” tinha sido enviada por Ginsberg a uma editora independente chamada Golden Goose, mas que jamais abriu o envelope e nunca a devolveu. A sorte foi que, quando a editora fechou, um operador de áudio que ocupava o mesmo escritório, guardou alguns papéis, entre eles, a valiosa carta de Cassady.

Foi a filha desse operador que resgatou a preciosidade: “Meu pai não sabia quem era Allen Ginsberg e nem quem era Neal Cassady, nem fazia parte da cena beat, mas ele amava poesia e por isso guardou essa carta” disse em Los Angeles a atriz Jean Spinosa que encontrou a carta ao limpar a casa do pai, após a morte dele há dois anos. “Ele não entendia como alguém poderia querer jogar as palavras de outra pessoa no lixo” por isso a guardou.

Especialistas em cultura beat dizem que essa carta possui um valor inestimável, pois se não fosse ela, Kerouac provavelmente não teria tido o “estalo” de escrever o manuscrito original de On the road.

A carta será leiloada no dia 17 de dezembro.

Os amigos Neal Cassady e Jack Kerouac

Os amigos Neal Cassady e Jack Kerouac

 

A agenda de Affonso Romano de Sant’anna

AGENDA

Affonso Romano de Sant’anna

Toda manhã
anoto uma lista
de coisas por fazer:

Contas a pagar
cartas, e-mails, telefonemas
carinhos que responder
livros, palestras, entrevistas
ginástica, compras
remédios, terra, flores
consertos domésticos
desculpas, culpas
livros que ler
e escrever.

Olho o que arquivo:
– o ontem só cresce
não há pasta
que o contenha.

Melhor seria dissolvê-lo
ignorá-lo, sem etiqueta
sem tentar decodificá-lo
entendê-lo.

Vai começar a girândola
de um novo dia.
Ponho o sol na alma
vejo da janela
– a lagoa e o mar.

Olho o presente, o futuro.
Mas o passado, que não passa,
como agendar?

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Uma nova Cinderela em carne e osso

A Gata Borralheira foi uma história recolhida, reescrita e eternizada pelos Irmãos Grimm. Na versão original, a heroína não se chama Cinderela, seu pai segue vivo até o fim, não há fada madrinha e as “irmãs” cortam parte dos pés para calçar o sapatinho.

Quando virou desenho animado da Disney em 1950, a história dos Irmãos Grimm ficou bem mais suave e encantada. A Gata Borralheira ganhou o nome de Cinderela, o pai tomou chá de sumiço já na primeira cena e uma bondosa fada madrinha foi acrescentada ao roteiro. Da versão original, ficaram as agruras da pobre heróina, a maldade da madrasta e suas filhas e, ufa!, o final feliz ao lado do príncipe.

Agora, a Disney divulgou o trailer de uma nova versão da história, dessa vez em carne e osso em com grande elenco. Richard Madden (o Robb Stark, de “Game of thrones”) é o príncipe; Lily James (a Lady Rose, de “Downton Abbey’) é a Gata Borralheira, Cate Blanchett é a madrasta má e Helena Bonham Carter é a fada madrinha. Todos dirigidos por Kenneth Branagh.

A nova “Cinderela” estreia no Brasil no dia 2 de abril.

Ficou curioso para conhecer o conto original dos Irmãos Grimm? A gata borralheira está em Contos de Grimm Volume 2, Coleção L&PM Pocket.

 

Divulgado o trailer oficial do filme de Snoopy & Charlie Brown que estreia em 2015

Foi divulgado no Youtube nesta terça-feira, 18 de novembro, o primeiro trailer oficial de “Peanuts – The Movie”, o filme em 3D com Snoopy, Charlie Brown e toda a turma criada por Charles M. Schulz que vai estrear em 2015.

Aqui no Brasil, o filme já está sendo dublado. 😉

A L&PM tem uma série inteirinha dedicada a Peanuts. Clique aqui para ver.

Em Paris, exposição homenageia o Marquês de Sade nos 200 anos de sua morte

Affiche-Sade

Donatien Alphonse François de Sade, o eterno Marquês de Sade, morreu em 2 de dezembro de 1814. Ao longo de seus mais de 70 anos de vida, somou centenas de orgias, milhares de obscenidades e 11 prisões. Em uma de suas detenções, aos 45 anos, ele escreveu, durante 37 noites consecutivas, a obra que o faria célebre: Os 120 Dias de Sodoma. Gênio para muitos e depravado para outros tantos, o Marquês de Sade pode ser considerado o primeiro escritor underground da literatura. Para celebrar os 200 anos de sua morte, o Museu d’Orsay, em Paris, organizou uma grande exposição em sua homenagem que teve início na sexta-feira, 14 de novembro, e segue até 25 de janeiro de 2015.

“A natureza violenta de alguns trabalhos e documentos pode chocar alguns visitantes” avisa o texto sobre a exposição publicado no site do museu. Ou seja: nem pense em levar as crianças. Já para os que não têm medo nem pudores de ver pinturas, fotos, esculturas e escritos que misturam corpos a amarras, desejos a correntes e amor a ferocidade, abandonando a moral e os bons costumes em prol da arte, a visita é uma verdadeira descoberta do desvio, dos extremos, do bizarro e, por que não, do sublime. Entre as obras, estão trabalhos de Goya, Picasso, Géricault, Igres, Cézanne, Rodin, Kubin e Rops.

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Uma das salas da exposição

Do Marquês de Sade, a Coleção L&PM Pocket publica O marido complacente, Os crimes do amor e O corno de si mesmo.