Arquivo mensais:março 2015

Obra de Van Gogh feita em Arles voltará a ser exibida depois de 100 anos

A bela HQ Vincent – A história de Vincent Van Gogh foi criada pela artista holandesa Barbara Stok. O livro em quadrinhos começa com Van Gogh indo morar em Arles, no sul da França em 1888.

E eis que esta semana, a notícia de uma obra de Van Gogh que foi pintada em Arles está chamando a atenção do mundo depois de mais de um século longe dos olhares do público. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, a pintura “Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille”, que foi exposta pela última vez na Alemanha em 1910, voltará a ser exibida depois de ficar escondida em coleções particulares da Europa.

Recentemente, o quadro foi atestado como sendo realmente de Van Gogh. O que levou pesquisadores britânicos a esta conclusão foram dois números manuscritos que estavam rabiscados atrás da tela e que são quase imperceptíveis. Eles correspondem precisamente aos números de duas listas elaboradas pela cunhada do pintor, Johanna, esposa de Theo, que cuidou da obra de Vincent após sua morte.

“Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille” retrata videiras de um verde vívido que levam até um moinho de vento que está com suas pás quebradas. A investigação sobre a autenticidade desta obra foi conduzida por James Roundell e Simon Dickinson, especialistas do mercado de arte, que contaram com a colaboração com o Museu Van Gogh, de Amsterdã (que também apoiou o livro de Barbara Stok).

“Le Moulin d’Alphonse à Fontvieille” será exibido nesta sexta-feira 13 (!) na abertura da Feira de Arte TEFAF Maastricht, na Holanda. A obra foi avaliada em cerca de 10 milhões de dólares.

“Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille”, de Vincent Van Gogh

“Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille”, de Vincent Van Gogh

O mês de  julho de 2015 marca os 125 anos da morte de Van Gogh e a L&PM prepara uma nova edição de Cartas a Theo.

 

Os 80 anos de “Morte nas nuvens”

MorteNasNuvens“No aeroporto Le Bourget, em Paris, sob o sol forte de setembro, os passageiros atravessavam a área de embarque e subiam a escada do avião Prometeu, prestes a decolar com destino ao aeroporto de Croydon, nos arredores de Londres. Jane Grey entrou na última hora e tomou seu lugar: a poltrona 16, no setor traseiro. Alguns passageiros já tinham cruzado a porta divisória rumo ao setor dianteiro. Entre os dois setores, havia uma pequena copa e dois toaletes.”

Assim começa Morte nas nuvens, livro de Agatha Christie lançado exatamente no dia 10 de março de 1935, há 80 anos atrás, e que é publicado na Coleção L&PM Pocket.

Durante o vôo do Prometeu, Madame Giselle, uma agiota, morre subitamente depois de seu pescoço ser atingido por um dardo envenenado. A partir de então, todos viram suspeitos, incluindo o detetive Hercule Poirot que está a bordo.

Em meados da década de 1930, quando Morte nas nuvens foi escrito, os aviões eram bem diferentes. Havia apenas dezoito lugares, sendo que Agatha colocou onze passageiros no Prometeu. A primeira página do livro traz uma planta baixa do avião com a disposição dos ocupantes.

Depois de muito riscar e rabiscar. Agatha Christie finalmente decidiu que os passageiros ficariam dispostos assim: 2) Madame Giselle; 4) James Ryder; 5) Monsieur Armand Dupont; 6) Monsieur Jean Dupont; 8) Daniel Clancy; 9) Hercule Poirot; 10) Dr. Bryant; 12) Norman Gale; 13) Condessa de Horbury; 16) Jane Grey; 17) A Honorável Venetia Kerr

Depois de muito riscar e rabiscar. Agatha Christie finalmente decidiu que os passageiros ficariam dispostos assim: 2) Madame Giselle; 4) James Ryder; 5) Monsieur Armand Dupont; 6) Monsieur Jean Dupont; 8) Daniel Clancy; 9) Hercule Poirot; 10) Dr. Bryant; 12) Norman Gale; 13) Condessa de Horbury; 16) Jane Grey; 17) A Honorável Venetia Kerr

Agatha Christie pensou bastante nos lugares de seus personagens e mudou-os várias vezes como mostra o livro Os Diários Secretos de Agatha Christie (Leya, 2010).

Enquanto preparava o enredo de "Morte nas Nuvens", Agatha Christie mudou várias vezes os lugares da vítima e dos suspeitos do crime.

Enquanto preparava o enredo de “Morte nas Nuvens”, Agatha Christie mudou várias vezes os lugares de alguns suspeitos do crime.

Conte ao mundo como Agatha Christie mudou a sua vida

Dando início às comemorações dos 125 anos do nascimento de Agatha Christie, o site oficial da escritora lançou uma ideia bem bacana: está convidando leitores do mundo inteiro para compartilhar suas histórias como fãs da Rainha do Crime.

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O projeto batizado de “125Stories” foi inspirado em uma coleção de cartas antigas, enviadas a Agatha Christie quando ela ainda estava viva. Para participar, é só acessar http://125stories.com/feed. Lá você poderá conhecer melhor o projeto e postar a sua história. Vale publicar texto, imagem e até vídeo que ainda podem ser compartilhados no Facebook Agatha Christie Oficial, Twitter, Vine, Youtube ou Instagram com a hashtag #125Stories. Demos uma espiada e já existem algumas até em português.

E olha só: em setembro deste ano, mês do aniversário da escritora, serão escolhidas 125 histórias para serem apresentadas no Agatha Christie Festival em Torquay, na Inglaterra. Já pensou se a sua estiver entre elas?

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As cartas que os fãs enviaram a Agatha Christie foram a inspiração para esta ação comemorativa. Esta foi escrita em 1958.

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Outra carta de uma ardorosa fã da Rainha do Crime

O Dia Internacional da Vida Selvagem

Foi no final de 2013, durante uma Assembleia-geral da ONU, foi decidido que a data de 3 de março seria o “Dia Internacional da Vida Selvagem”. O objetivo é celebrar a fauna e flora do planeta, mas também alertar para os perigos do tráfico de espécies selvagens.

O dia escolhido faz referência à data de criação da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção) que aconteceu em 1973.

Pra marcar a data, sugerimos a leitura dos seguintes livros: O Livro da Selva, de Rudyard Kipling; Walden, de Thoreau e O chamado da floresta, de Jack London.

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Prepare-se: Picasso chega em março a SP

Começa no dia 25 de março e vai até 8 de junho a exposição “Picasso e a Modernidade Espanhola”. A mostra que será apresentada no CCBB de São Paulo vai receber cerca de 90 obras que evidenciaram a influência de Pablo Picasso na arte moderna da Espanha.

Com curadoria de Eugenio Carmona, “Picasso e a Modernidade Espanhola” e as obras fazem parte do acervo do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía.

A exposição ficará aberta de quarta a segunda, das 9h às 21h e será totalmente grátis. Imperdível!

Picasso_facebook

A L&PM Editores publica uma elogiada biografia de Picasso na Coleção L&PM Pocket.

Hunter Thompson já foi menino do Rio

O maluquete Hunter Thompson, criador do gonzo jornalismo e autor de Medo e delírio em Las Vegas, Rum: diário de um jornalista bêbado e Hell’s Angels publicado pela L&PM, morou no Rio de Janeiro. No alvorecer dos anos 60, ele passou uma temporada na América do Sul trabalhando como jornalista free-lancer. Andou pela Colômbia, pelo Peru e acabou dando com os costados no Brasil, onde fixou residência no Rio em 1963. Foi embora antes do golpe de 64, mas chegou a sentir o clima de opressão do exército e, inclusive, escreveu uma reportagem sobre a agitação política do governo Jango e outra a respeito de um atentado que as Forças Armadas promoveram contra uma boate, matando e ferindo vários civis.

Abaixo, vemos Hunter no centro de um amigo e de sua esposa, Sandra “Sandy” Down, na Praia de Copacabana, talvez no Posto 6.