Arquivo mensais:dezembro 2015

Freud, Dalí e as superstições

Virada de ano parece despertar um lado supersticioso até no mais cético dos intelectuais. Sabe como é: não custa nada comer lentilha, apelar para doze uvas, usar roupa branca, pular algumas ondas… Vá que dê certo. Mas e Freud? Será que ele também era do tipo que acreditava em talismãs, previsões e mandingas? “Tenho uma tendência à superstição, cuja origem ainda me é desconhecida” escreveu ele em 1901. Em várias fases da vida, Freud procurou prever a data de sua morte, cercando-a de superstições e receios. Ligou-se à Teoria dos Números Mágicos (desenvolvida por seu amigo, o médico Wilhelm Fliess) e, em 1894, teria previsto que seu falecimento se daria entre os 40 e 50 anos de idade. Aos 51 anos, em correspondência ao colega Ferenczi, mudou de ideia e afirmou que morreria em fevereiro de 1910. Apesar de ter errado todas as previsões, continuou interessado na vida oculta que se escondia atrás de seu id e de seu ego. Em 1938, quando estava exilado em Londres, recebeu a visita de Salvador Dalí, levado até sua casa por Stephan Zweig. Nesse encontro, Dalí fez um retrato de Freud que, ao olhá-lo, teria dito que ele “preconizava inconscientemente sua morte próxima”. E isso não foi só o que Dalí ouviu do pai da psicanálise durante a visita. “Quando tive a honra de encontrar, pela primeira vez, em Londres, Sigmund Freud, ele explicou-me em poucas palavras que as superstições possuíam um fundamento erótico e eficaz junto às forças ocultas. Desde então, mergulho cada vez mais profundamente na superstição. Carrego comigo um pedaço de madeira que nunca me deixa (…)” declarou Salvador Dalí alguns anos depois. Se até Freud e Dalí acreditavam, por que a gente não pode? Vamos lá: prepare seus amuletos e patuás porque o Réveillon vem aí…

Freud por Dalí: o desenho feito quando o Papa do surrealismo visitou o pai da psicanálise

Interessado em saber mais sobre Freud? A L&PM publica Freud na Série Biografias, Sigmund Freud na Série Encyclopaedia, a Correspondência entre Freud e sua filha Anna e ainda O futuro de uma ilusão, O mal estar na cultura, Compêndio da Psicanálise, O homem Moisés e a religião monoteísta, Psicologia das massas e análise do eu, Totem e Tabu e A interpretação dos sonhos,  todos traduzidos direto do alemão. Se a vontade for saber mais mais sobre o pensamento de Salvador Dalí, leia Libelo contra a arte moderna da série L&PM POCKET PLUS.

Papai Noel é pop

Essa é pra voltar a acreditar que Papai Noel existe: Andy Warhol vestido de bom velhinho ao lado de Truman Capote. Com direito a pirulito e cachorrinho… A foto faz parte do material de making off da sessão feita em 1979 pelo badalado fotógrafo Mick Rock. Warhol e Capote eram amigos e se falavam com frequência. Em Diários de Andy Warhol, publicado em dois volumes na Coleção L&PM POCKET, o autor de À sangue frio, Bonequinha de Luxo e Os cães ladram, aparece com frequência.

Sábado, 2 de junho, 1979. Truman telefonou e está furioso com Lee Radziwill por ter deposto contra ele no processo de Gore Vidal. Foi assustador. Disse que ela vai “cagar giletes” depois que ele aparecer no The Stanley Siegel Show de terça-feira para “dizer umas verdades sobre ela”. E ficou dizendo, “E aí, você não concorda? Você não concorda? Qual o problema, você não está dizendo nada”. Foi realmente horrível. Eu disse, “Olhe Truman, ela está tão fraca agora que pode até se suicidar”. E ele disse: “Tanto pior”. E, “Se eu contasse a você todas as coisas que ela disse sobre você…” Eu disse que não me importava, que nunca pensei nela como uma amiga. ( Trecho de Diários de Andy Warhol)

“Sonho de uma noite de verão”

No embalo da chegada da estação mais festiva do ano, lembramos a divertida comédia Sonho de uma noite de verão, escrita por William Shakespeare no final do século 16, quando o autor de Romeu e Julieta, o maior dos clássicos do teatro elisabetano, ainda era um iniciante na carreira literária.

Os desencontros amorosos de Teseu, Hipólita, Hermia, Lisandro, Demétrio e Helena (que parecem ter saído da Quadrilha de Drummond) ganham um tempero cômico com as armações de Oberon e Puck para cima da bela Titânia – como a poção mágica que faz a moça nobre se apaixonar por um tecelão com orelhas de burro.

Vários séculos se passaram e Sonho de uma noite de verão continua em alta. O texto já foi explorado de diversas formas por diferentes “tribos” das artes cênicas, desde adaptações para o teatro infantil até “traduções” para os movimentos delicados da dança clássica.

No cinema, os diretores Max Reinhardt e William Dieterle fizeram a versão premiada com o Oscar de melhor fotografia e melhor montagem em 1936. Abaixo, você assiste à última cena desse filme.

No Brasil, o Bando de Teatro Olodum da Bahia realizou uma montagem da peça com elenco inteiramente negro e texto carregado de influências da cultura afro. A adaptação não podia ser mais adequada, já que verão de verdade só mesmo do lado de cá do Equador.

A L&PM Editores publica Sonho de uma noite de verão em pocket.

sonho_de_uma_noite_de_verao

Dom Casmurro na novela

Foi no capítulo de quinta-feira, 17 de dezembro, que nos surpreendemos ao ver um livro da Coleção L&PM Pocket em uma cena da novela “A Regra do Jogo”.

O personagem Rui, vivido por Bruno Mazzeo, está deitado no sofá lendo “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, quando sua mulher, Indira, chega em casa e diz que ele não está fazendo nada. Rui responde que está lendo um livro e ele mostra qual é. Assista a cena, clicando sobre a imagem:

Dom Casmurro novela

“Dom Casmurro” é leitura obrigatória para o vestibular UFRGS e UPF 2015/2016 e a edição da L&PM traz uma biografia do autor, cronologia e panorama do Rio de Janeiro por Luís Augusto Fischer. Além disso tem fixação de texto, notas e posfácio de Homero Araújo.

Propriedade que pertenceu a Andy Warhol foi vendida por US$ 50 milhões

Os Rolling Stones, Elizabeth Taylor, Jaqueline Kennedy Onassis, John Lennon e Catherine Deneuve são algumas das celebridades que Andy Warhol recebeu em sua propriedade de frente para o mar, em Montauk, Nova York, na ponta mais leste de Long Island. Muitos deles, costumavam alugar a propriedade para passar temporadas ou finais de semana.

A vila de Wahrol, comprada em sociedade com Paul Morrisey em 1971, possui uma casa principal tipo cabana com três casas menores, mais a casa do caseiro. A propriedade custou US$ 220 mil na época.

Mick_Catherine_Andy

Mick Jagger, Catherine Deneuve e Andy Warhol em Montauk

Em 2007, um CEO da empresa J. Orew a comprou o lugar por US$ 27,5 milhões.

E, este mês, uma nova negociação de venda alcançou preço recorde: a propriedade foi vendida por US$ 50 milhões a Adam Lindermann, fundador da Venus Over Manhattan.

Se aquelas paredes pudessem falar, provavelmente justificariam o preço. Veja como é a caríssima propriedade atualmente:

CasaGrande

cozinha

Janela

sala

Praia

 

Andy Warhol cita várias vezes essa propriedade nos dois volumes de Diários de Andy Warhol (Coleção L&PM Pocket).

Peanuts no McLanche Feliz

Você pode dizer que não é mais criança, que é vegetariano, que é contra o imperialismo americano ou simplesmente que não curte McDonalds. Mas uma coisa não poderá negar: esses brindes do McLanche Feliz com os personagens de “Snoopy & Charlie Brown – Peanuts: O Filme!” estão fofos demais!

Peanuts_McDonalds

A linha com os bonecos que ainda falam, dançam, correm ou balançam a cabeça, já virou febre nos EUA e, segundo a informa o site geekpublicitario, os personagens devem chegar aos McDonald’s de todo o Brasil a partir de 5 de janeiro.

Este vídeo mostra os bonequinhos em detalhes e o que cada um deles faz:

E por falar em novidades Com Charlie Brown e Snoopy, a L&PM está cheia de novidades na Série Peanuts! Clique aqui pra ver.

As perguntas sobre Emily Dickinson não querem calar

Emily Dickinson nasceu em 10 de dezembro de 1830 e morreu em 15 de maio de 1886. E apenas depois de sua morte, aliás, a escritora Emily Dickinson surgiu, já que só então foram descobertos os 1.775 poemas que compõem a totalidade de sua obra. Atualmente, a casa onde ela viveu, “The Homestead”, é um museu aberto à visitação. E é no site do museu, aliás, que encontramos uma sessão de “perguntas frequentes”. Veja aqui algumas das dúvidas que pairam no ar:

– É verdade que Emily Dickinson sempre usava branco?
Reza a lenda que, após uma certa idade, Dickinson usava branco o tempo inteiro. Quando Thomas Higginson a conheceu, em 1870, ela estava vestida de branco e também foi enterrada de branco. Mas embora existam muitas teorias sobre a sua preferência assumida por esta cor, Dickinson nunca fez nenhuma referência a isso em qualquer uma de suas correspondências.

Selo de 1971 em homenagem a Emily Dickinson

Selo de 1971 em homenagem a Emily Dickinson

– Por que ela nunca publicou, exceto anonimamente, durante a vida?
Tal como acontece com tantas perguntas sobre Emily Dickinson, a resposta é desconhecida. Seus comentários sobre a publicação tendem a ser negativas (“A publicação é o leilão da mente”), mas ela nunca manifestou qualquer objeção grave à inclusão de alguns de seus poemas em jornais. Dada a natureza reclusa Dickinson, a ideia de se tornar famosa talvez não a agradasse.

– Onde se encontram, atualmente, os manuscritos de Emily Dickinson?
A maior parte destes manuscritos está em dois locais: nos arquivos de coleções especiais do Amherst College e na Biblioteca Houghton da Universidade de Harvard.

– Por que na sua lápide está escrito “Called Back” (Chamado de volta)?
Este é o nome de uma popular novela escrita por Hugh Conway (o nome verdadeiro de John Frederick Fargus). Em uma carta de janeiro de 1885, Dickinson disse que tal livro era uma “história de assombração… ‘realmente impressionante pra mim’”. Além disso, essas duas palavras “Called Back”, são as únicas presentes em sua última carta conhecida, escrita para seus primos em maio de 1886. Sua lápide original tinha apenas suas iniciais, EED. Essa lápide foi substituída por sua sobrinha, Martha Dickinson Bianchi, que incluiu a data de nascimento da escritora e a dita frase.

A lápide de Emily Dickinson, localizada no West Cemetery, no centro de Amherst

A Coleção L&PM Pocket publica, Poemas Escolhidos, de Emily Dickinson, em edição bilingue e com tradução de Ivo Bender.

Cate Blanchett e Rooney Mara indicadas ao SAG Awards

Por suas atuações no filme Carol, a versão cinematográfica do livro de Patricia Highsmith, Cate Blanchett e Rooney Mara estão concorrendo ao SAG Awards. Cate na categoria melhor atriz. E Rooney como melhor atriz coadjuvante.

O SAG Awards, sigla de Screen Actors Guild Awards é uma premiação anual concedida pelo sindicato americano de atores (Screen Actors Guild) que acontece desde 1995 e que premia os atores que mais se destacaram no cinema e na televisão.

A L&PM Editores publica o livro que deu origem ao filme em duas versões: pocket e em formato maior com a capa do filme.

A capa da nova edição de "Carol"

A capa da nova edição de “Carol”