Além da indiscutível qualidade literária de seus textos, outra característica notável de Dalton Trevisan é sua aversão a aparições públicas – tanto que foi difícil encontrar uma foto do autor para ilustrar este post. E para manter a tradição de escritor recluso, ele não compareceu à cerimônia do Prêmio Camões, uma das maiores honrarias da literatura em língua portuguesa no mundo, nesta quarta, dia 12, no Rio.
A vice-presidente da editora Record, Sonia Machado, recebeu o prêmio em nome do escritor e leu um fax enviado por ele. “Os muitos anos, ai de mim, já me impedem de receber pessoalmente o prêmio”, diz Trevisan, em um trecho da carta, onde manifestou espanto por receber o que chamou de “o prêmio dos prêmios”, que lhe rendeu 100 mil euros.
A L&PM publica contos e pequenos textos de Dalton Trevisan em 111 ais, 99 corruíras nanicas, Continhos galantes, Duzentos ladrões, Frufru Rataplã Dolores, A gorda do Tiki Bar, O grande deflorador, Mirinha e Nem te conto, João.