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“Eu não faço entrevistas, eu dou entrevistas” (Gore Vidal)

Gore Vidal faleceu em 31 de julho de 2012 em Los Angeles

Gore Vidal faleceu nesta terça-feira (madrugada de quarta no Brasil), aos 86 anos, em sua casa em Los Angeles. Considerado um dos intelectuais mais importantes dos Estados Unidos, escreveu romances, ensaios e roteiros de filmes. Era um crítico implacável do estilo de vida americano e da religiosidade que domina o sistema educacional. Segundo ele, os EUA vivem um sistema político de um só partido com duas alas direitistas. Candidato eterno ao Nobel da Literatura, era primo do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e meio-irmão da ex-primeira dama Jacqueline Kennedy. Gore Vidal andava de cadeira de rodas desde 2008, quando fraturou a coluna ao cair em um restaurante em Los Angeles. Morreu de complicações pulmonares.

Em Diários de  Andy Warhol, Gore Vidal é citado algumas vezes, como no dia 15 de dezembro de 1981:

Tomei um Vibromycin e depois na minha aula de beleza fiquei com náuseas, então comi uma bolacha e tomei água. Estava chovendo, realmente sujo e úmido. Encontrei John Reinhold e fomos para nosso lugar de costume, que se chama Think Thin. Conversamos sobre desenho de joias. E Bob está tentando resolver quem devemos mandar entrevistar Farrah Fawcett. Gore Vidal se recusou, disse, “Não faço entrevistas – eu DOU entrevistas”. (Andy Warhol em Diários de Andy Warhol – vol. 1)

Anaïs Nin e Gore Vidal

Um quarto de século sem Andy Warhol

Quando Andy Warhol foi hospitalizado, em 20 de fevereiro de 1987, não havia grandes preocupações no ar. Apesar de magro e anêmico, o pop artista seria submetido a uma cirurgia relativamente simples, considerada rotineira. Realizado no dia seguinte, o procedimento de remoção da vesícula  (e de uma velha hérnia) durou pouco menos de três horas e foi considerado um sucesso. Andy foi para o quarto e, sob os cuidados de uma enfermeira particular, ele assistiu televisão, telefonou para casa, falou com os empregados e, por volta da meia-noite, adormeceu. Não acordaria mais. Às 6h31min, do dia 22 de fevereiro de 1987,  Andy Warhol foi declarado morto. Segundo o hospital, a causa foi um ataque cardíaco. Mas o porquê de seu coração ter entrado em colapso ainda é um mistério.

O primeiro a saber da morte foi Fred Hughes, o braço direito de Andy, que somente no dia seguinte avisou os dois irmãos do artista, Paul e John Warhola. Os irmãos, junto com Hughes, herdaram 250 mil dólares cada um, quantia irrisória diante da fortuna de Andy.  

O elemento central do testamento de Warhol dizia respeito, de fato, ao conjunto de seus bens materiais – que logo se perceberia imenso. Esse conjunto, segundo a vontade de Andy Warhol, se destinaria à criação de uma fundação, a Andy Warhol Foundation for the Visual Arts, com o fim de sustentar financeiramente jovens artistas. O posto de presidente coube a Fred Hughes. John Warhola, e não Paul, foi designado membro do conselho de administração, com um salário anual de 100 mil dólares. Essa desigualdade de tratamento foi evidentemente uma fonte de tensão entre os irmãos Warhola. Mas essas tensões foram secundárias em relação ao ponto principal de litígio referente à herança: os irmãos não herdaram nenhuma obra de Andy Warhol. Nem um esboço. Paul não conseguia acreditar que “seu próprio irmão” não quisera lhe deixar nenhuma tela, e deixara tão “pouco” dinheiro. Ele se lembrava de que Andy lhe dissera várias vezes para pegar o que ele quisesse, mas ele deixava para mais tarde: era “orgulhoso” demais. Ele percebia agora que teria “gostado bastante” de uma Marilyn. No entanto, talvez haja razão para se colocar em dúvida “a intimidade” dois irmãos Warhola. Em 17 de maio de 1984, Andy mencionava nos seus Diários que vira entrar na Factory, com a maior surpresa, seu irmão Paul, que ele não via há… vinte anos. (trecho de Andy Warhol, de Mériam Korichi, Série Biografias L&PM)

Seu enterro aconteceu em 26 de fevereiro, um velório de corpo vestido com um terno de caxemira preta, gravata de seda, peruca platinada e óculos escuros. Estava vestido de festa. Sua última festa.

O nada romântico Andy Warhol

Terça-feira, 14 de fevereiro, 1978. Eu não podia acreditar em quantas pessoas estavam na rua este ano comemorando o Valentine´s Day. Era realmente  uma comemoração, um grande feriado. (…) Fui apanhar Catherine para ir à festa de Valentine de Vitas no Le Club. Catherine estava com suas botas (táxi $3). Peter Beard e Tom Sullivan chegaram. Tom e Catherine fizeram um pacto e cada um pode ir onde quiser e fazer o que quiser com outras pessoas, e aí ele estava com uma modelo estonteantemente bela de dezesseis anos e ela estava (risos) comigo. Jerry Hall estava lá e disse que está procurando uma casa para Mick e que ela e ele vão morar juntos por seis meses. Acho que mais tarde eu disse isso para um repórter, mas não me importo. Ninguém gosta de Jerry Hall, todo mundo acha que ela é de plástico. Mas eu gosto dela. Ela é uma graça. Fomos ao Studio 54 e quase todo mundo estava lá.

O papa do pop não parecia ser muito romântico, como bem mostra o trecho acima, que faz parte do volume 1 de “Diários de Andy Warhol“, o número 1000 da Série L&PM Pocket. Para este livro, que vem em uma caixa especial, a L&PM WebTV produziu um vídeo especial:

Lu e seus 15 minutos de fama

A Luciana Rodrigues, nossa colega aqui na L&PM, fugiu do tórrido verão brasileiro e foi resfrescar-se na “velha e querida Inglaterra”. Como o clima aqui na editora era de lançamento dos Diários de Andy Warhol, justamente o pocket 1.000 da L&PM, ela foi visitar o célebre rei do pop em Londres. A foto é testemunha disto; Lú ainda tinha resquícios do bronze adquirido nas praias tropicais e o Andy não fez por menos, sendo fotografado na sua melhor pose de esnobe… Na verdade Andy Warhol está imortalizado em cera no famoso museu de Madame Tussauds (Marylebone Road, London, NW1 5LR). A semelhança é impressionante e a qualidade do trabalho faz deste museu uma visita obrigatória na capital inglesa. Visite o site do museu e encontre as réplicas perfeitas de homens e mulheres que conseguiram bem mais do que 15 minutos de fama… (IPM)

Saiu o pocket número 1.000: “Diários de Andy Warhol” já está nas livrarias

Escritos no auge de sua fama e sucesso, os Diários de Andy Warhol registraram dias, noites, grandes eventos e deliciosas trivialidades de uma das figuras mais enigmáticas e geniais da cultura do século XX. Polêmico e revelador, o livro foi publicado originalmente no Brasil em 1989, pela L&PM, com quase 800 páginas. Agora, mais de 20 anos depois, o livro volta às bancas e livrarias em 2 volumes e formato de bolso para comemorar os 1.000 títulos da Coleção L&PM Pocket. E já que o clima é de festa, a L&PM caprichou no presente e fez a Caixa Especial Diários de Andy Warhol com os 2 volumes (mas você pode comprá-los separadamente, se preferir).

25 anos depois da morte de Andy Warhol, os diários se tornaram história. O tempo aumentou radicalmente a importância do artista e de muitos personagens que habitam suas páginas. O relato do criador do Pop torna-se fonte de referência para entender as décadas do fim do século XX, a cultura da celebridade, a contra-cultura novaiorquina da época, a estética do Pop, o cinema underground e conhecer os registros praticamente diários desta grande aventura da última jornada verdadeiramente de vanguarda da arte moderna. Até as frivolidades que permeiam em abundância este livro adquirem agora um significado histórico. É Nova York pré-11 de setembro. A grande Meca da modernidade, cujos sonhos transgressores e vanguardistas derreteram junto com as torres gêmeas.

Sincero e impiedoso

Andy e o roqueiro Mick Jagger, inseparáveis

Jim Morrison, Calvin Klein, Patti Smith, Martin Scorsese, Tom Wolfe, Roy Lichtenstein, Mick Jagger, Lou Reed, Yoko Ono são alguns dos “alvos” de seus comentários sinceros e impiedosos. O grande cult da chamada “arte de rua”, Jean Michel Basquiat, morto em 1988, aos 28 anos, é mencionado inúmeras vezes, pois foi uma descoberta do criador do Pop. Ele diz em 4 de outubro de 1982:

O Basquiat é o garoto que usava o nome de ‘Samo’ quando sentava na calçada do Greenwich Village e pintava camisetas, e de vez em quando eu dava 10 dólares para ele e mandava ao Serendipity para tentar vendê-las. Era apenas um daqueles garotos que me enlouqueciam. É negro, mas algumas pessoas dizem que é porto-riquenho, aí sei lá (…).

Andy e Basquiat

Enfim, são centenas de pessoas (todas devidamente listadas num índice remissivo ao final do livro) do show business, das artes, da realeza europeia, do rock and roll, do punk rock, da literatura, moda, imprensa, teatro, cultura underground, jet set em geral, milionários, drogados famosos, políticos, enfim, gente que superou a sua previsão de que “um dia todos vão ter pelo menos 15 minutos de fama”.

O rei do pop não poupa ninguém

Sábado, 1º de março, 1980. Victor Bockris telefonou e disse que o jantar com Mick Jagger na casa de William Burroughs estava confirmado. Victor está escrevendo um livro sobre Burroughs. Decidi ficar no escritório e não ir para casa. O motorista não parou no 222 Bowery, estava indo muito depressa (táxi $3). Subimos, eu não ia lá desde 1963 ou 1962. Certa vez foi o vestiário de um ginásio. Não tem janelas. É todo branco e limpo e parece que tem esculturas por toda parte, com aqueles canos daquele jeito. Bill dorme num outro quarto. Não acho que seja um bom escritor, quer dizer, escreveu um único livro, Naked Lunch, mas agora é como se vivesse no passado.

Nem o sisudo William Burroughs escapou da língua afiada de Andy Warhol. No primeiro volume dos diários do rei do pop, o escritor beat é citado três vezes. Sobre o trecho acima, vale comentar que, em 1980, Burroughs ainda não tinha publicado um de seus livros mais reveladores, O gato por dentro (Série Pocket Plus), que traz reflexões e histórias sobre a ancestral relação entre homens e felinos. Nele, Burroughs relembra os gatos que passaram por sua vida, tudo o que fizeram por ele e por sua saúde mental, e parece concluir que, afora as particularidades físicas, pouca diferença há entre humanos e felinos.

O gato por dentro é um livro irresistível, capaz de sensibilizar até o mais exigente dos críticos – principalmente um crítico como Andy Warhol, que amava os bichanos e os retratou em várias de suas obras. Com certeza, se ele tivesse vivido tempo suficiente para ler O gato por dentro, publicado em meados de 1986, pouco antes de sua morte, sua opinião sobre o autor de Naked lunch seria diferente.

As polaroids de Andy Warhol

Entre 1970 e 1987, Andy Warhol fotografou praticamente todas as celebridades (ou aspirantes a tal) com sua Polaroid, dando origem a um retrato fiel do mundo que se revelava no calor dos holofotes. Suas fotografias instantâneas também foram uma espécie de rascunho para seus grandes retratos e pinturas.

Mick Jagger

500 destas imagens poderão ser vistas ao vivo em maio deste ano, em uma exposição organizada no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo. Mas quem quer saber um pouco mais sobre as personalidades clicadas por Andy Warhol e, inclusive, como algumas dessas fotos foram feitas, nada melhor do que ler “Diários de Andy Warhol” que acaba de sair em um caixa com dois volumes em pocket.

William Burroughs

Graças ao índice remissivo, é possível encontrar quem você quiser. Procurando por “Pelé”, por exemplo, você encontra, entre os depoimentos, um que Warhol fez sobre ele em 1977:  Terça-feira, 27 de setembro, 1977. Ahmet Ertegun telefonou e me convidou para um jantar em homenagem a Pelé à noite. Gastei o resto do dia telefonando para convidar pessoas para serem minhas companhias mais ninguém queria ir. (…) Meu retrato de Pelé seria apresentado, o pai e a mãe de Pelé estavam lá e eles são uma graça, e a mulher dele é branca, mas todo mundo é de uma cor diferente na América do Sul – os pais dele também são de cores diferentes. (…)

Pelé

Breve, a L&PM Editores também publicará “América”, livro de fotos de Andy Warhol.

Andy Warhol em três dimensões

Terça-feira, 8 de dezembro, 1981. No vernissage de Iolas encontrei Werner Erhard que estava com a tal Stassinopoulos, e ele é tão bonito! Ele é tão bonito! Deveria fazer cinema. Espero que o retrato dele fique confirmado, porque aí vou fazer uma porção de discípulos da meditação transcedental, todos vão querer retratos.

O trecho que mostra exatamente o que Andy Warhol estava fazendo há 30 anos atrás faz parte de Diários de Andy Warhol, publicado pela L&PM em 1989 e que está sendo preparado para voltar ao mercado em dois volumes, na Coleção L&PM POCKET.

E vem mais Andy Warhol por aí: a L&PM vai lançar também, em breve, a vida de Andy Warhol na Série Biografias e ainda o livro “América”, com textos e fotos de sua autoria. Assim como nos seus diários, “América” expõe e mostra celebridades no backstage e em momentos de descontração. Warhol carregava sempre uma câmera com ele e, nesta obra, registra muitas das cenas citadas em seus diários. Com a biografia, o livro de fotos e os diários, a L&PM terá o papa do pop em três dimensões.

Andy Warhol para explorar, seguir e copiar

Quem é fã de pop art certamente já desejou ser Andy Warhol ou pelo menos conhecer de perto as referências, as inspirações e os processos criativos de um dos maiores ícones da arte do século 20. Para estas pessoas, nós temos uma boa notícia: com uma ajudinha das novas tecnologias de distribuição de conteúdos, geolocalização e mobilidade, isso já é possível!

Esta semana, o Andy Warhol Museum anunciou a criação de três aplicativos que possibilitam explorar materiais inéditos de Andy Warhol, “segui-lo” por meio de um mapa que marca os lugares que o artista frequentava em Nova York e até vestir o personagem e produzir os seus próprios retratos estilizados a la Andy Warhol.

O aplicativo the warhol: art disponibiliza uma série de materiais inéditos como cartas, imagens, áudios, filmes e clipes de vídeo e coloca tudo isso ao alcance de qualquer pessoa que tenha em mãos um iPhone, um iPad ou um aparelho que rode o sistema Android, do Google. Assista ao vídeo explicativo para ter um gostinho do que ele oferece:

Mas se a ideia é mergulhar de cabeça na experiência do artista, você pode brincar de ser Andy Warhol. É só baixar o aplicativo The Warhol: D.I.Y. POP e sair customizando suas fotos com o toque característico do rei da pop art:

E para vestir de vez o personagem, que tal saber mais sobre a vida, o cotidiano e a rotina de Andy Warhol? Por onde ele andava, o que via no caminho de casa para o estúdio, quais a referências de sua cidade natal? Até isso foi feito pelo aplicativo The Andy Warhol Museum Layar, que usa mapas, geolocalização e realidade aumentada para mostrar os principais pontos de referência na vida e na rotina de Andy Warhol. Boa parte de Nova York e Pittsburgh, sua cidade natal, já estão mapeadas pelo Layar:

E as novidades não param por aí! A L&PM está preparando três surpresas para os fãs de Andy Warhol: em breve, vamos publicar os famosos e polêmicos diários do artista em dois volumes na Coleção L&PM Pocket, Andy Warhol na Série Biografias L&PM e o livro de fotos América, que expõe diversas celebridades em bastidores e momentos descontraídos. Tá bom ou querem mais? 😉

Quando Andy Warhol expôs… os outros

Quarta-feira, 2 de setembro, 1981 – Colorado-New York. Os jornais só falam de mim e da minha idade. Todos contam minha idade. (…) Por alguma razão todos nós dormimos no caminho para o aeroporto, exceto Chris, que disse que iria passar a noite em Denver e ir ao Baths. Observar aquele touro deve tê-lo excitado muito. Cheguei a New York, nosso motorista estava esperando por nós. Deixei Fred e ele me deu minha roupa de baixo que estava em sua maleta e aí deixei Bob em casa. Dei uma gorjeta para o motorista ($40)…

A capa dos diários publicados em 1989 pela L&PM

O trecho acima – que mostra exatamente por onde andava Andy Warhol há 30 anos atrás – faz parte de Diários de Andy Warhol, publicado pela L&PM em 1989 e que está sendo preparado para voltar ao mercado em dois volumes, na Coleção L&PM POCKET. De 1976 até sua morte em 1987, A.W. telefonava todas as manhãs para a escritora Pat Hackett, sua amiga e colaboradora, e relatava os acontecimentos das últimas 24 horas: onde tinha ido, o que tinha feito, quem tinha visto e o que achava de tudo isso. O relato que começou despretenciosamente, com o passar do tempo transformou-se no diário mais sincero e compulsivo já escrito por uma personalidade deste século. Após a morte de A.W., “Diários de Andy Warhol” foi organizado por Pat, publicado e provocou processos e arrepios nos billionaires e mega-stars internacionais. Mick Jagger, Ronald Reagan, Truman Capote, John Lennon e Yoko Ono, Fellini, Pelé, Jack Nicholson, Madonna e mais centenas de pessoas famosas estão expostas em comentários que vão do chocante ao hilariante: “A plástica de Truman [Capote] é a primeira que vejo que funcionou realmente bem. A papada dele desapareceu e tinha estado ali durante anos. A única coisa errada é a cicatriz sobre a orelha que ainda tem cinco centímetros…”

“Diários de Andy Warhol” é um relato de quase 800 páginas que, ainda em 2011, sairá em dois volumes no formato pocket que poderão ser adquiridos separadamente ou em uma Caixa Especial. O primeiro volume vai do final de 1976 ao final de 1981 e o segundo contempla de 1982 até 1987.

E vem mais Andy Warhol por aí: a L&PM vai lançar também a vida de Andy Warhol na Série Biografias e ainda o livro “América”, com textos e fotos de sua autoria. Assim como nos seus diários, “América” expõe e mostra celebridades no backstage e em momentos de descontração. Warhol carregava sempre uma câmera com ele e, nesta obra, registra muitas das cenas citadas em seus diários. Como o facelift de Truman Capote:

Uma das fotos do livro "América": Truman Capote clicado por Andy Warhol após o seu "facelift"