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Che Guevara na novela

Ao longo de seus capítulos, a novela “Amor à Vida” mostrou várias cenas de personagens lendo livros. São obras escolhidos pelo próprio autor, Walcyr Carrasco, a partir da sua biblioteca pessoal. Ou seja: muito mais do que meros objetos de cenas, os livros exibidos em horário nobre são uma indicação de quem os leu.

Para nossa surpresa, no capítulo de ontem, 9 de janeiro, a personagem Natasha apareceu lendo um livro publicado pela L&PM:  “Meus 13 dias com Che Guevara”, de Flávio Tavares.

“Eu tava lendo esse livro incrível do jornalista Flávio Tavares: Meus 13 dias com Che Guevara. Ele conheceu o Che, conviveram…” diz Natasha. Clique na imagem para assistir à cena:

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Flávio Tavares acaba de entregar os originais de seu próximo livro: “1964 – O Golpe”.  Previsto para ser lançado em março, no mês que completa 50 anos do golpe, o escritor narra, em seu novo livro, o que viu e testemunhou sobre o movimento militar, sobre a derrubada de João Goulart e sobre os fatos políticos da década de 1960 que acompanhou como jornalista político em Brasília. “A queda foi rápida, mas a conspiração foi longa”, escreve Flávio Tavares na frase inicial do 1º capítulo. O livro penetra na documentação da CIA e da Casa Branca que desembocam na mobilização da frota dos EUA rumo ao Brasil, na Operação Brother Sam, em abril de 1964.

Sobre o Golpe e 1964, Flávio já escreveu Memórias do esquecimento (Coleção L&PM Pocket), onde oferece um relato cru e desencarnado sobre sua prisão e tortura. Este livro recebeu o Prêmio Jabuti 2000 na categoria Reportagem.

Flávio Tavares e seus 13 dias com Che Guevara

Punta del Este, 1961. Não se surpreendam nem estranhme pelo lugar onde convivi com Ernesto Che Guevara durante treze dias. Sim, ali mesmo, nesse balneário grã-fino transformado em sede da Conferênci Interamericana Econômica e Social da OEA.

Eu tinha 27 anos e, como enviado da rede de jornais Última Hora, de Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, cobria a reunião convocada pelos Estados Unidos para concretizar aAliança para oProgresso,um passo a mais para isolar Cuba do resto do continente.

Ele, aos 33 anos, era ministro da Indústria e presidente do Banco Nacional de Cuba e chefiava a delegação cubana à reunião. Acompanhei-o durante as sessões e nos intervalos da conferência. Duas vezes jantei ao seu lado no hotel em que se hospedava.

Perguntei, ouvi e observei.

É nesse período breve e intenso, de 5 a 18 de agosto de 1961, que retrato aqui nas fotografias que dele fiz e na observação de tudo o que ele fez. quatro meses antes, havia fracassado a invasão de Cuba, patrocinada pelos norte-americanos, e em Punta del Este, o mito Che Guevara emergiu como definitivo.

(…)

Estendo minha máquina a Tarso de Castro e ele a dispara duas vezes, da rua, mas as fotos saem fora de foco. No dia seguinte, porém, o jornal El Popular, de Montevidéu, estampa na primeira página uma foto do Che no palanque, eu ao seu lado, similar a uma das que saíram tremidas.

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Che e Flávio Tavares nas fotos tremidas feitas pelo jornalista Tarso de Castro

Flávio ao lado de Che na foto que estampou a capa do jornal El País

Flávio ao lado de Che na foto que estampou a capa do jornal El País

Os textos acima fazem parte de Meus 13 dias com Che Guevara, mais novo livro de Flávio Tavares. Flávio autografa no dia 10 de novembro, domingo, na Feira do Livro de Porto Alegre. 

 

Livro de Flávio Tavares é um dos vencedores do Prêmio AGES

A AGES – Associação Gaúcha de Escritores, revelou no último sábado, 6 de julho, os vencedores deste ano do Prêmio AGES – Livro do Ano de 2013. Flávio Tavares foi o vencedor na categoria “Não Ficção” pela obra 1961- O Golpe Derrotado, lançado em 2012 pela L&PM. No livro, o escritor reconstitui o Movimento da Legalidade em um texto emocionante, que tem a agilidade de um romance de ação.

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Documentário de Camilo e Flávio Tavares ganha mais um prêmio internacional

O documentário “O Dia que Durou 21 anos”, produzido pelo jornalista e escritor Flávio Tavares e dirigido por seu filho, Camilo Tavares, recebeu mais um reconhecimento em terra estrangeira. Depois de ganhar o Prêmio Especial do Júri no 29º Long Island Film Festival, em Nova York, o filme levou também o Prêmio Especial do Júri do 22º Arizona International Film Festival. O longa denuncia, por meio de depoimentos e documentos raros, a atuação do governo norte-americano nos bastidores do golpe militar de 1964 no Brasil.

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Pela L&PM, Flavio Tavares publica 1961 – O golpe derrotado e Memórias do esquecimento.

Aplausos de pé

Zero Hora – Contracapa Segundo Caderno – 04/04/2013 – Por Roger Lerina

Coisa raríssima: o documentário brasileiro “O Dia que Durou 21 Anos” vem sendo ovacionado pela plateia de sete capitais desde que foi lançado na noite da última sexta-feira. O filme dirigido por Camilo Tavares e produzido pelo jornalista e escritor Flávio Tavares está comovendo o público de Brasília, Rio, São Paulo, Salvador, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre – que silencia durante a projeção e bate palmas ao final.

O longa reúne documentos e diálogos da época do golpe de 1964, em que gravações secretas da Casa Branca mostram as vozes dos presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson dando o sinal verde para o movimento militar no país.

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Estreia em 29 de março, o imperdível documentário “O Dia que Durou 21 anos”

Flávio Tavares* tem 78 anos e uma história de luta contra o regime militar que governou o Brasil a partir do golpe de 1964. Ele estava entre os presos políticos que foram trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, sequestrado pelo MR-8 em 1969. Nos anos 1970, esteve exilado no México, onde nasceu seu filho Camilo, o diretor do documentário O Dia que Durou 21 Anos. Flávio Tavares assina a produção e é também o autor das entrevistas vistas ao longo do filme. A pedido do Jornal Zero Hora, ele enviou o depoimento a seguir sobre o projeto:

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“Descobrir segredos nos faz voltar à juventude e assim ocorreu com ‘O Dia que Durou 21 Anos’. A partir de velhos documentos que eu guardara desde 1977, no governo Carter, meu filho Camilo pesquisou os arquivos norte-americanos e lá encontrou coisas estarrecedoras sobre o golpe de Estado de 1964, que instituiu a ditadura no Brasil. Naqueles anos, eu era colunista político em Brasília da Última Hora, o único jornal que não apoiou o golpe, mas não sabia da dimensão e da profundidade da participação direta dos Estados Unidos. Achávamos que, no máximo, eles tinham ‘simpatizado’ com o golpe militar e, depois, mantido a ditadura, até que em 1977 o presidente Jimmy Carter mudou o rumo e a verdade começou a surgir. O filme revela o que se escondeu durante quase meio século. O golpe que levou à ditadura foi arquitetado pelo governo dos EUA e pela CIA em todos os detalhes. A esquadra dos Estados Unidos se mobilizou pelo mar e até a escolha do general Castelo Branco como presidente surgiu de sugestão do adido militar dos EUA, coronel Vernon Walters, que preparou as operações, sob as ordens do embaixador Lincoln Gordon. Parece fantasia, mas é verdade. Os norte-americanos documentam tudo e gravam até as conversas do presidente com seus assessores na Casa Branca, tal qual mostra o filme. Ao iniciar o longa-metragem, Camilo, o diretor, queria saber por que nascera no exílio, no México, e não na terra dos seus pais. Acabou revelando o passado oculto do Brasil, e eu próprio voltei a 1964, quando tinha 30 anos. Voltei à mocidade por saber da verdade.” (Flávio Tavares)

(O texto acima faz parte da matéria publicada em 28 de março de 2013 no Segundo Caderno do Jornal Zero Hora, que traz três páginas sobre o documentário O Dia que Durou 21 anos que estreia amanhã em várias capitais do Brasil).

Veja o trailer do filme:

Confira as salas em que o filme será exibido a partir do dia 29 de março:

São Paulo – Espaço Itaú e Reserva Cultural
Rio de Janeiro – Circuito Estação
Brasília – Espaço Itaú e Cine Cultural Liberty Mall
Porto Alegre – Espaço Itaú
Curitiba – Espaço Itaú
Florianópolis – Cine Spaço
Salvador – Espaço Itaú e Sala de Arte

*Pela L&PM Editores, Flávio Tavares publica Memórias do esquecimento (2012, Coleção L&PM Pocket) e 1961 – O golpe derrotado (2011, L&PM Editores). O documentário O Dia que Durou 21 Anos, produzido por ele e dirigido por seu filho Camilo Tavares, conta a história do acidentado caminho da democracia brasileira, golpeada em um “Dia D” peculiar, iniciado em 31 de março e encerrado no dia 1º de abril de 1964. O trabalho conjunto entre pai e filho deu origem a um documentário essencial para preencher uma lacuna que segue presente na memória do país.

“Memórias do Esquecimento” será publicado na China

A coluna de Ancelmo Gois, no Jornal O Globo desta quarta-feira, 6 de fevereiro, conta que o livro Memórias do esquecimento, de Flávio Tavares, relançado há pouco na Coleção L&PM Pocket, vai ser publicado na China.

Memórias do esquecimento recebeu o Prêmio Jabuti 2000 na categoria melhor reportagem. O livro é um relato descarnado e cru sobre a prisão e a tortura após o golpe militar de 1964 no Brasil. Flávio Tavares participou da resistência à ditadura e foi preso. Acabou libertado com outros catorze presos políticos em troca do embaixador dos Estados Unidos, em 1969, iniciou longo exílio no qual foi vítima (e sobrevivente) da chamada Operação Condor.

Nos bolsos do sobretudo eu carregava “segredos militares” e, daí em diante, tudo mudou. Na manhã seguinte, o Exército uruguaio enviou um emissário a Brasília para me oferecer ao governo brasileiro, “vivo ou morto”, como quisessem. Era, porém uma sexta-feira e em Brasília não havia ninguém para decidir. (Trecho de Memórias do esquecimento)

Retrospectiva: os destaques de 2012

E lá se foi 2012. Deixando boas lembranças e ótimos livros no catálogo L&PM. Foram muitos os lançamentos em formato convencional e pocket. Aqui, destacamos um para cada mês do ano que está terminando, de dezembro até até janeiro.

DEZEMBRO – Não tenho inimigos, desconheço o ódio, de Liu Xiaobo. Por que é destaque: o chinês Liu Xiaobo é um escritor, intelectual, ativista e professor que foi condenado a 11 anos de prisão por suas ideias. Prêmio Nobel da Paz 2010, pela primeira vez seus textos foram reunidos e publicados no Brasil, apresentando uma China que o ocidente ainda não conhece.

NOVEMBRO – Allen Ginsberg e Jack Kerouac: as cartas. Por que é destaque: o livro reúne a correspondência trocada entre os dois escritores beats durante mais de 20 anos. As quase 500 páginas que separarm a primeira da última carta oferecem “uma das mais frutíferas fusões de vida e obra da literatura do século 20” conforme disse a Folha de S. Paulo.

OUTUBRO – Um lugar na janela, de Martha Medeiros. Porque é destaque: a autora de Feliz por nada compartilha com seus leitores as mais afetuosas memórias de viagens feitas em várias épocas da vida, aos vinte e poucos anos e sem grana, depois, já mais estruturada, mas com o mesmo espírito aventureiro.

SETEMBRO – A interpretação dos sonhos, de Sigmund Freud. Por que é destaque: pela primeira vez no Brasil traduzida direto do alemão, a obra maior de Freud chegou à coleção L&PM Pocket em dois volumes coordenados por psicanalistas e professores de renome e que incluindo notas e comentários que Freud adicionou ao longo da vida, mais exclusivo índice de sonhos, nomes e símbolos.

AGOSTO – Guerra e Paz, de Tolstói, na Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos. Por que é destaque: no caso de Guerra e Paz, uma obra bastante extensa, a adaptação para HQ é muito impressionante. “Coleciono HQs, de forma intensa, desde 1958. Nunca, nesses anos todos, vi ou ouvi falar de Guerra e Paz no formato de quadrinhos. Qualquer roteirista, mesmo com experiência e capacidade, deve ter sonhado com essa aventura louca.” disse Goida a respeito do livro.

JULHO – Os filhos dos dias, de Eduardo Galeano. Por que é destaque: inspirado na sabedoria dos maias, Galeano escreveu um livro que se situa como uma espécie de calendário histórico, onde de cada dia nasce uma nova história. Provocante, intenso e sensível como toda obra do escritor, os textos formam uma colcha de retalhos costurada com poesia, emoção e concisão.

JUNHO – Uma breve história da filosofia, de Nigel Warburton. Por que é destaque: a filósofa e escritora Sarah Bakewell definiu este livro como um “manual de existência humana em que poucas vezes a filosofia pareceu tão lúcida, tão importante, tão válida e tão fácil de nela se aventurar”. Partindo da tradição iniciada com Sócrates, o autor traz dados interessantes sobre a vida e o pensamento de alguns dos mais instigantes filósofos de todos os tempos.

MAIO – História secreta de Costaguana, de Juan Gabriel Vásquez. Por que é destaque: Juan Gabriel Vásquez foi um dos convidados da Flip 2012 – Festa Literária Internacional de Paraty. Misturando fatos históricos e ficção, Vásquez cria uma história em que o escritor Joseph Conrad é um dos personagens e que tem como pano de fundo a construção do Canal do Panamá.

ABRIL – Simon’s Cat, de Simon Tofield. Por que é destaque: em abril, Simon’s Cat foi publicado pela primeira vez no Brasil. O gato que não tem nome definido é o mais famoso felino do Youtube. Depois de Simon’s Cat – As aventuras de um gato travesso e comilão, em novembro deste ano foi lançado o segundo volume da série: Simon’s Cat – Em busca de aventura.

MARÇO – Erma Jaguar, de Alex Varenne. Por que é destaque: esta HQ luxo traz todas as aventuras de Erma Jaguar, personagem criada pelo notável ilustrador Alex Varenne. Erma é uma espécie de “madame” moderna que à noite, vestindo seu corpete preto e dirigindo seu carro, vai satisfazer todas as suas fantasias. Insaciável, ela enlouquece homens e mulheres de todos os tipos.

FEVEREIRO – Diários de Andy Warhol. Por que é destaque: esta nova edição dos Diários do artista pop Andy Warhol, dividida em dois volumes em formato de bolso (e reunidos em uma caixa especial), marcou a entrada da Coleção L&PM Pocket na casa dos 1.000 títulos. Um dos mais reveladores retratos culturais do século XX, Diários de Andy Warhol soma mais de mil páginas de glamour, fofocas e culto às celebridades.

JANEIRO – 1961 – O golpe derrotado, de Flávio Tavares. Por que é destaque: este livro conta como um movimento de rebelião popular paralisou e derrotou o golpe de Estado dos ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica e evitou a guerra­ civil. Escrito por um jornalista que testemunhou e participou do Movimento da Legalidade junto a Leonel Brizola,­ então governador­ do Rio Grande do Sul.

Flávio Tavares é um dos destaques do 7º Prêmio Joaquim Felizardo

Será realizada hoje, 12 de dezembro, a partir das 20h30min, a entrega dos troféus do 7º Prêmio Joaquim Felizardo que homenageia iniciativas, veículos de comunicação, artistas e intelectuais que contribuem para o desenvolvimento da cultura em Porto Alegre.

Entre os premiados está o escritor e jornalista Flávio Tavares que recebe o troféu na Categoria Especial Intelectual. Autor, entre outros, do livro Memórias do Esquecimento – obra que recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Reportagem no ano 2000 e que acaba de ser lançado na Coleção L&PM Pocket – Flávio participou de grupos de resistência armada durante a ditadura militar e foi perseguido, preso e torturado. Libertado com outros catorze presos políticos em troca do embaixador dos Estados Unidos, em 1969, iniciou um longo exílio no qual foi vítima (e sobrevivente) da chamada Operação Condor.   

Nos anos 1990, Flávio voltou a ser correspondente internacional, escrevendo de Buenos Aires para os jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Zero Hora.

Seu livro mais recente, 1961 – O Golpe Derrotado, reconstitui o movimento que derrotou a tentativa de golpe de Estado que tentava evitar a posse de João Goulart depois da renúncia de Jânio.

Documentário de Flávio Tavares teve estreia no Festival do Rio

“O Dia que Durou 21 Anos” é o documentário escrito e dirigido pelo jornalista Flávio Tavares junto com seu filho, Camilo Tavares. Produzido em 2011, o trabalho foi realizado pela TV Brasil e aborda o papel dos Estados Unidos no golpe de 1964. Durante o processo de filmagem do documentário, Flávio precisou se distanciar de suas questões pessoais ao entrevistar ex-militares que participaram do golpe. No Cine Odeon, onde ocorreu a estreia, vaias foram direcionadas ao general Newton Cruz, ex-militar que compareceu ao evento. Veja o trailer de “O Dia que Durou 21 Anos”:

Flávio Tavares é autor do livro Memórias do esquecimento: os segredos dos porões da ditadura que, breve, será lançado na Coleção L&PM Pocket. Flávio Tavares também é autor de 1961: o golpe derrotado sobre o Movimento da Legalidade.