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Penadinho e sua turma assombram a televisão

A Turma do Penadinho não se contentou em ficar apenar no cemitério (e nos quadrinhos)… A Mauricio de Sousa Produções está trabalhando na criação de uma nova série em animação que utilizará os mais avançados recursos técnicos de animação gráfica disponíveis no mercado internacional. Durante todo o final de semana de Halloween, foram exibidas as primeiras vinhetas do novo desenho, na Maratona do Medo do canal Cartoon Network. Penadinho, Zé Vampir, Muminho, Lobi, Frank, Cranicola, Alminha e toda a turma devem “assombrar” ainda mais na telinha. A estreia ainda não tem data definida, mas não demora. Aguarde!

A L&PM publica Turma do Penadinho – Quem é morto sempre aparece e outros títulos de Mauricio de Sousa.

O melhor e o pior dos primeiros dias da Bienal

Passados alguns dias do início da Bienal do Livro de São Paulo, já é possível fazer um balanço do que aconteceu de melhor e de pior até aqui. Vamos lá:

Melhor:

Mauricio de Sousa – Lotou o Salão de Ideias e formou filas de autógrafos gigantescas. O grande personagem do primeiro final de semana.

Recorde de público – O sábado bateu o recorde de público em apenas um dia entre todas as edições da Bienal. Cerca de 80 mil pessoas circularam (ou tentaram) nos corredores da feira.

Palestras – A organização caprichou tanto nos nomes nacionais quanto internacionais que integram a programação. E os espaços lotados mostram que valeu a pena o esforço.

Pior:

Sistema de som – Durante sua palestra no Salão de Ideias, o irlandês John Boyne, autor de O menino do pijama listrado (Cia das Letras, 2007), perguntou se estava falando o que não devia depois de ser interrompido duas vezes pelo sistema de som que anunciava para “já, já” o início de outra mesa.

Distribuidores de brindes – “Distribuidores de brindes” é gentileza nossa. A maioria do pessoal contratado para oferecer revistas e folhetos em troca de assinaturas poderia ser chamado apenas de chato mesmo. Teremos pesadelos com corredores escuros e gritos de “moça, moça” por um bom tempo.

Praça de alimentação – O problema nem era exatamente a comida ou os 50 minutos de espera de certas pizzarias, mas alguns lugares não tinham sequer um comprovante de pagamento para oferecer aos clientes. E nem estamos falando de nota fiscal.

Evento com Mauricio de Sousa é garantia de sucesso

Se atrasar para qualquer evento que envolva Mauricio de Sousa na Bienal não é uma boa ideia. Muita gente deu de cara com portas fechadas e plaquinhas de “lotado” hoje à tarde. Quem chegou na hora assistiu a uma conversa descontraída (não se pode chamar de debate) entre Mauricio e Rubem Alves no Salão de Ideias. Os dois foram parceiros nos projetos Pinóquio às avessas e A menina e o pássaro encantado.

Mauricio, Rubem e o mediador, Heitor Ferraz, falaram para uma plateia lotada / Foto: Tássia Kastner

Enquanto isso, em outro ponto do Anhembi, uma fila enorme já esperava pelo autógrafo do criador da Turma da Mônica.

Twitter ressuscita escritores

Já há algum tempo o twitter deixou de ser um simplificado micro-querido-diário de seus usuários. Até o clássico “what are you doing?” foi substituído por um simpático “what’s happening?”. Mas além de ferramenta para publicação de notícias, divulgação de produtos, concursos e interação com clientes (oi, seguidores!), o twitter recebeu também outra função: ressuscitador de escritores. E pelos perfis dá para descobrir várias coisas sobre a personalidade de alguns dos nossos autores preferidos:

– Dostoiévski (@FDosto) não é dos mais assíduos e não posta nada desde março. Mas não é bobo e aproveitou os últimos meses para começar a seguir a musa da Copa, Larissa Riquelme.
– Os amigos Jack Kerouac e Allen Ginsberg parecem ter visões diferentes da coisa. @Jack__Kerouac, um cara simpático (ou será bisbilhoteiro?), segue mais de 300 pessoas. @allen_ginsberg não segue ninguém e parece bem assim.
– O último tweet (de dois) de Charles Bukowski (@hank_bukowski) dizia o seguinte: “Yesterday I met Adolf  H. in hell. He is fuckin stupid”. Tradução: “Ontem encontrei Adolf H. no inferno. Ele é um _ estúpido”. Talvez esse seja real, hein…

Mas nem só de fakes vive o twitter. Alguns autores da casa realmente mantêm contas no microblog, e nós fazemos questão de indicá-los para vocês: @mauriciodesousa, @thedycorrea, @carolteixeira_, @ZPgoulart e @ducaleindecker. Follow them!

Atualização: faltou listar um importantíssimo: no @voltaremos é possível encontrar as ótimas receitas do querido Anonymus Gourmet!

Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e eu

Por Paula Taitelbaum

Cheguei no prédio da Turma da Mônica uma hora depois do combinado. Tudo porque um nevoeiro emparedou a cidade de Porto Alegre, fechou o aeroporto e fez meu avião decolar com cinco horas de atraso. Ou seja: desembarquei do táxi, na Lapa paulista, esbaforida, nervosa e faminta. Enquanto esperava pelo meu crachá na fila, notei que havia uma garota sentada. Juro que ela era a cara da Mônica adolescente. Fiquei pensando se seria algum teste para filme, alguma vaga para recepcionista de parque temático ou se tudo não passava de delírio meu. Ainda na fila da portaria, prestei atenção em quatro estudantes que estavam ali pelo mesmo motivo que eu: entrevistar Mauricio de Sousa. Antes mesmo de conhecê-lo, percebi o quão acessível é o pai da Turma da Mônica.

Com o crachá pendurado no peito, entrei sozinha no elevador e apertei no número cinco. Ao descer no andar indicado, não consegui achar nenhuma recepção, só o que me pareciam ser duas portas de saídas de emergência. Abri a primeira e encontrei a escada. Abri e segunda e, bingo, lá estava a ilha particular de Maurício. Depois de me apresentar e me desculpar pelo atraso, em segundos fui levada ao escritório do chefe. Entrei em uma sala enorme, com uma mesa de trabalho cheia de coisas das mais variadas espécies. Pelas paredes, quadros clássicos com Mônica e Cebolinha. Pelos cantos, estantes, livros de quadrinhos e bichos de pelúcia da turma.

Mauricio chegou sorridente como nas fotos que vemos dele. Mas apesar do sorriso sincero, não consegui relaxar totalmente. Eu estava atrasada, mareada, insone, faminta, lembram? E pior: tinha que montar o tripé, ligar a câmera de vídeo, plugar o microfone, conectar os fones de ouvido, enquadrar, testar… Pode parecer simples pra você, mas pra mim foi uma tarefa de gincana. Normalmente quem faz isso por aqui é a Cris e a Cris não estava lá comigo.

Aparentemente, tinha conseguido fazer tudo direitinho. Quando ia começar a gravar, uma das filhas de Mauricio, Marina, que deve ter uns vinte e poucos anos, entrou. Depois de eu ser apresentada a ela, pai e filha conversaram amenidades. Quando ela saiu, ele me explicou que o assunto era o apartamento novo da moça, que está saindo de casa para morar sozinha. “Já meu filho disse que não sai de casa de jeito nenhum, Inclusive perguntou se, quando casar, pode continuar morando lá”, falou ele entre sorrisos.

Tentando ser o mais rápida e ágil possível, fiz a primeira pergunta: como tudo começou? Com um livro da Turma da Mônica da Coleção L&PM POCKET nas mãos, ele contou que planejou tudo nos mínimos detalhes, usando os quadrinhos americanos como modelo. Falou que sempre quis fazer o pacote completo que incluía brinquedos, filmes, alimentos e até parque temático. E emendou dizendo que o que gostava mesmo de fazer eram as tirinhas iguais as que a L&PM publica. Foi então que a câmera apitou e apagou. Por sorte, diga-se de passagem. Porque eu simplesmente tinha esquecido de apertar no Rec e, por isso, a câmera entrou no modo stand by (só que isso eu só fui descobrir depois). Comecei de onde ele tinha parado, dessa vez captando tudo (o vídeo logo estará disponível na L&PM Web TV). Ai, que atrapalhação…

Como Mauricio estava com pressa, a entrevista foi curtinha. Mas já valeu. Saí da sua sala cheia de gibis para minha filha, ganhei sanduíche e suco de uva e fui conhecer o estúdio. Antes, no entanto, Mauricio avisou que, de jeito nenhum, eu poderia captar imagens dos desenhos que estavam sendo feitos. Era sexta-feira, dia de fechamento de capas, e nenhuma delas poderia vazar na internet. Ele contou que tinha tomado essa decisão desde que a capa do beijo da Mônica e do Cebolinha tinha sido divulgada antes de chegar nas bancas, estragando a surpresa. Sacudi a cabeça dizendo que ele não precisava se preocupar e lá fui eu conhecer onde nascem as histórias da turma.

O estúdio divide-se em mesas de desenhos onde tudo é feito à mão. Repito: à mão! Juro que achei que só artesanato de feirinha hippie ainda era feito à mão… Mas além dos habilidosos desenhistas, também vi computadores bem modernos. Depois de conversar com um roteirista que inventa histórias, de captar algumas imagens (tortas, diga-se de passagem) e trocar endereços eletrônicos com as amáveis secretárias de Mauricio de Sousa, saí com a certeza de que eles são uma grande família. Pena que eu não tirei nenhuma foto com Mauricio. Esqueci, vocês acreditam?

Site da Bienal do Livro do Ceará revela preferência do público


O site da IX Bienal Internacional do Livro do Ceará, onde a L&PM esteve presente com seus livros, fez uma pergunta: “Qual a programação mais interessante da Bienal?”. Interessante mesmo foram as respostas: 40,9% disse que era o Espaço Cordel. 13,5%, os lançamentos de livros. 11,9%, respondeu que era a própria Feira. 10,7% responderam que preferiam as palestras e debates. 7,2% votou nos shows. E só 2,6%, escolheram os seminários. A Bienal, que aconteceu em Fortaleza entre os dias 09 e 18 de abril, fechou os trabalhos com Maurício de Sousa que no dia 18, Dia do Livro Infantil, falou sobre os seus 50 anos de carreira.