“Fantasia durante a vida inteira, Marilyn só podia continuar fantasia com a morte e na morte. É preciso a qualquer preço procurar saber mais? O que é verdade? (…) Uma coisa é certa: em 5 de agosto de 1962, de manhãzinha, o mundo inteiro era informado com estupor da morte de Marilyn Monroe. Morte turva e trágica em harmonia total com seu mito. Animada, inanimada. E todos, preparados para a tarefa, finalmente fácil, de alimentar a fábula, não perceberam que Marilyn na realidade tinha morrido, assassinada, há muito tempo. Mais do que isso, nunca tinha existido. “ (Trecho de Marilyn Monroe, de Anne Plantagenet, Série Biografias L&PM)
A partir de então, a musa virava o maior de todos os mitos. Marilyn Monroe foi encontrada em se quarto, supostamente morta pela ingestão excessiva de barbitúricos. Mas basta ir um pouco mais fundo nas evidências para se desconfiar de que talvez sua morte não tenha sido tão inocente assim. Como mostra o livro de Anne Plantagenet, as declarações da governanta, Eunice Murray, levantam suspeitas: “Como ela poderia ter percebido luz sob a porta do quarto de Marilyn se um carpete grosso, recentemente instalado, filtrava-a inteiramente? Por que teria esperado quatro horas antes de avisar a polícia? Por que a máquina de lavar estava funcionando em plena noite? Como Marilyn conseguiu engolir tantos soníferos sem um único copo d´água?”
Uma das imagens da mesa de cabeceira de Marilyn como a polícia a encontrou. Em primeiro plano, um cinzeiro possivelmente adquirido no México e, ao fundo, uma das agendas telefônicas da atriz
Além disso, o livro ainda traz outros questionamentos: “Os dois médicos presentes (Greenson e o clínico de Marilyn) pareciam pouco à vontade. A rigidez do cadáver tendia a provar que a estrela provavelmente teria morrido por volta das dez horas da noite. Pouco a pouco, as línguas foram se soltando. Vizinhos contaram que durante essa noite tinham visto uma ambulância, vários automóveis e até um helicóptero em volta da casa da atriz. Teriam escutado uma mulher berrar: ‘Assassinos, estão contentes agora que ela está morta?’
A teoria é a de que Marilyn foi morta pelos Kennedy: queima de arquivo. “Robert Kennedy tinha ido duas vezes naquele dia à casa de Marilyn, ao passo que, oficialmente, ele não estava em Los Angeles” teriam dito também os vizinhos.
Assassinato ou suicídio, o fato é que Marilyn morreu, mas contina viva, amada e cultuada. Hoje, suas tantas fotos estampam os mais variados souvenirs. E nenhuma outra diva de Hollywood jamais foi (ou será) tão cultuada quanto ela.