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Egito: passado, presente e futuro

As manifestações populares no Egito estão atraindo a atenção do mundo inteiro desde a última terça, dia 25. E nem mesmo a renúncia do ditador Hosni Mubarak neste sábado, após 30 anos no poder, foi capaz de conter o levante civil pelo fim da corrupção e da repressão no país. A imprensa local tem atuação bastante limitada devido ao forte controle do estado e a censura acabou respingando também nas redes sociais online: boa parte do acesso à internet no país está suspenso com o objetivo de impedir a proliferação de informações pelo mundo via Twitter ou Facebook.

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Manifestantes vão às ruas no Egito

O cofundador do Twitter, Biz Stone, divulgou na última sexta-feira um manifesto de apoio ao livre fluxo de informações e pensamento por meio da internet e contra a censura do Twitter no Egito. Ele lembrou a importância que tiveram as redes sociais na guerra civil no Irã, pois eram o único canal de comunicação da população local com o mundo, possibilitando a cobertura do conflito pela imprensa mundial, que estava impedida de entrar no país.

O Egito é um país de tradições milenares e  sua cultura contemporânea ainda busca inspiração no passado. No volume sobre o Egito Antigo da Série Encyclopaedia, a historiadora Sophie Desplancques destaca que “a história, segundo os egípcios [antigos], define-se como a busca de um passado que possa fornecer modelos para o presente”. Mas parece que desta vez, as ferramentas para a construção de um país mais democrático e humano estão ao alcance de um clique, bem aqui: no presente.

Islã, um mundo muito distante do nosso

A notícia corre por todos os cantos do planeta: Paulo Coelho foi informado de que seus livros estão proibidos de serem publicados e vendidos no Irã, em uma censura imposta pelo Ministério da Cultura e das Diretrizes Islâmicas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o escritor disse suspeitar que a origem da proibição esteja no fato de, em 2009, ele ter ajudado seu editor iraniano, Arash Hejazi, a deixar o Irã depois das eleições. “Minha obra é publicada no Irã desde 1998, já vendeu milhares de exemplares e, em 2000, eu estive naquele país, sendo esperado por aproximadamente 5 mil pessoas no aeroporto”, disse ele. “O mais surreal é que até as edições piratas estão vetadas. Não sei como vão controlar isso”, completou.

Ontem, também foi divulgada a notícia de que regras mais rígidas foram impostas nas vestimentas das universidades iranianas. As jovens alunas estão proibidas de usar unhas compridas, roupas com brilho e lenços coloridos, além de piercing e tatuagens. Os rapazes também não podem tingir o cabelo, aparar as sobrancelhas, usar jóias ou camisas com “mangas muito curtas”. Tais regras, como sabemos, são só um grão de areia no meio do deserto de radicalismo que envolve o Irã e os outros países árabes-muçulmanos seguidores do islamismo. Mas, afinal, nos perguntamos todos: o que é o Islã? É uma religião? Uma lei? Uma moral? Um estilo de vida? Ou uma cultura?

Na verdade, como explica Paul Balta no livro Islã, da Série Encyclopaedia, ele é tudo isso. Balta, que é especialista no assunto, nos ajuda a entender um pouco melhor como se formou e como funciona esse povo seguidor do Alcorão e que, segundo ele, não é “um todo monolítico, imutável através dos tempos e estático no espaço.” Melhor ler para (tentar) compreender…

Top 10 L&PM, os destaques do ano

Todo ano que se preze termina com listas de “melhores”, “mais lembrados”, “mais influentes”,  “mais importantes”… A restrospectiva faz parte do encerramento em grande estilo. Para nós, aqui da L&PM, foi bem difícil pensar nos 10 livros que marcaram o ano. Porque foram vários e todos eles, especiais. Mas também não vamos negar que alguns se destacaram e chamaram mais atenção dos leitores e da mídia. E são eles, agora, que (re)apresentamos aqui como sendo o “Top Ten L&PM 2010”:

1. Freud traduzido direto do alemãoO ano começou com duas novas traduções das obras de Freud: O futuro de uma ilusão e O mal-estar na cultura, traduzidos direto do alemão por Renato Zwick. São dois livros, mas concluimos que eles são um único destaque.

2. Os informantes – lançado em março,  marcou a estreia do escritor Juan Grabriel Vásquez no Brasil. O romance retrata a conturbada relação entre pai e filho a partir de uma parte esquecida da história da Colômbia.

3. Peanuts Completo – Este ano foram mais dois volumes de Peanuts Completo, a primorosa edição de luxo, com capa dura, que traz tiras dos anos 50 de Charlie Brown e sua turma. Em 2011 tem mais!

4. Surdo Mundo – Comovente e irônico, o romance do inglês David Lodge foi inspirado na própria surdez do escritor e conquistou leitores e críticos de todo o Brasil.

5. Anjos da Desolação – O romance de Jack Kerouac nunca antes traduzido e publicado no Brasil foi lançado no mês de agosto. Diretamente transcrito dos diários de Kerouac, a edição é complementada pela apresentação de Seymour Krim, escritor e crítico literário que participou da geração beat.

6. Pedaços de um caderno manchados de vinho – O livro de Charles Bukowski que apresenta uma seleção de contos e ensaios que ainda não haviam sido reunidos ou publicados. Contém, inclusive, o primeiro e o último contos escritos por Buk.

7. Agatha Christie em Quadrinhos – No ano dos seus 120 anos, Agatha Christie teve destaque na L&PM e ganhou até um Hotsite. Mas foram os HQ que mais chamaram a atenção. O primeiro volume foi lançado em agosto: trouxe Assassinato no Expresso Oriente, seguido de Morte no Nilo. Em outubro, chegou Morte na Mesopotâmia, seguido do Caso dos Dez Negrinhos.

8. As veias abertas da América Latina – O clássico de Eduardo Galeano ganhou nova tradução de Sérgio Faraco e foi lançado, ao mesmo tempo, em formato convencional e pocket. Para completar, ganhou índice analítico.

9. Série Encyclopaedia – Aqui, o destaque foi para uma série. Em 2010, a Série Encyclopaedia L&PM entrou em uma nova fase, com títulos da britânica Oxford University Press e livros trazendo ilustrações, fotos e mapas.

10. WaldenLançado em novembro, o clássico de Thoreau ganhou apresentação de Eduardo Bueno e elogiada tradução de Denise Bottmann.

Os poderes do cérebro

Está circulando nos jornais e blogs de todo o mundo a  noticia de uma nova descoberta sobre os poderes do nosso cérebro. E o melhor é que a novidade tem tudo a ver com livros!!! Um artigo recentemente publicado na revista Science sugere que aprender a ler é uma das experiências mais importantes para o cérebro. A partir da leitura, nossa “caixa pensante” é estimulada e pode até “fazer milagres”. Segundo o artigo, há um consenso entre os pesquisadores de que, quando aprendemos a ler, em vez de confiar em antigos mecanismos de evolução, o nosso cérebro adapta recursos pré-existentes para processar as informações visuais. Mas, a final, como funciona o cérebro? Quão diferente é um cérebro humano de cérebros de outras criaturas? O cérebro humano ainda está evoluindo?  As respostas você vai encontrar no livro O cérebro, de Michael O´Shea que a L&PM lançará até o fim de 2010. No livro O´Shea relata , por exemplo, o que acontece com o nosso cérebro em testes como o do vídeo abaixo…Quantos passes acontecem entre os jogadores de camiseta branca?

Você enxergou o gorila?

O símio aparece cruzando a tela durante cinco segundos! Curioso por saber mais? Logo logo o livro estará nas bancas. A obra é mais um lançamento da serie Encyclopaedia.

As belezas do Islã na cidade maravilhosa

Até 26 de dezembro, cariocas e visitantes que chegam ao Rio de Janeiro podem ver de perto as obras dos principais museus da Síria e do Irã. O CCBB Rio (Centro Cultural Banco do Brasil) apresenta a exposição Islã. São mais de 300 peças que incluem mobiliário, tapeçaria, vestuário, armas, armaduras, utensílios, mosaicos, cerâmicas, objetos de vidro, iluminuras, pinturas, caligrafia e instrumentos científicos e musicais. A mostra faz, ainda, um passeio cronológico por 13 séculos de história da cultura islâmica, que nasce na Península Arábica e se expande, até dominar o território da península Ibérica e terminando no pé dos Himalaias. Os acervos vêm de importantes museus da Síria e do Irã: Museu Nacional de Damasco, do Palácio Azem (Museu das Tradições Populares) e Museu da Cidade de Aleppo, na Síria; e Museu Nacional do Irã, Museu Reza Abassi e Museu dos Tapetes, em Teerã. A curadoria é de Rodolfo Athayde e Paulo Daniel Farah.

A exposição será realizada no CCBB São Paulo, de 17.01 a 27.03.2011, e CCBB Brasília, de 25.04 a 10.07.2011.

Exposição Islã
Até 26 de dezembro de 2010
Local: CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro, Centro
de terça a domingo das 9h às 21h
Entrada franca



Quem quiser se preparar e visitar a exposição conhecendo mais sobre aspectos essenciais da cultura islâmica, não pode deixar de ler Islã, da série Encyclopaedia. O livro, escrito por Paul Balta com tradução de William Lagos, aborda alguns problemas essenciais do islamismo e procura demonstrar que, embora alguns preconceitos tragam em si elementos de verdade, o Islã não somente fixo, imutável e intolerante como muitos crêem.

Angelina Jolie viverá Cleópatra em novo filme de Cameron

Angelina, que já viveu a rainha Olympia em "Alexandre O Grande", será Cleópatra no novo filme de James Cameron

Depois de quebrar todos os recordes de bilheteria e iniciar uma nova era no cinema, James Cameron promete surpreender novamente.  Além de estar preparando uma versão 3D do blockbuster  Titanic, a lista de tarefas de Cameron incluiria uma sequência de Avatar e um filme 3D sobre a vida de Cleópatra. Quem personificaria a grande monarca egípcia seria a atriz Angelina Jolie.

Cleópatra subiu ao trono com dezoito anos e se transformou numa das figuras mais célebres da Antigüidade, juntamente com Alexandre Magno e Júlio César. Sétima rainha com esse nome, teve que desposar seu irmão, Ptolomeu, então com dez anos de idade, para honrar a vontade do defunto rei, seu pai.

Enquanto o filme não chega, você pode ler “Cleópatra” livro da Série Encyclopaedia publicada pela L&PM e conhecer mais sobre a história desta grande mulher.