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41. Delirando com Bukowski em quadrinhos

Por Ivan Pinheiro Machado*

Em 1984, estava andando pelos corredores de uma livraria em Paris quando um grande álbum de HQ chamou minha atenção. Era um título de uma importante editora francesa de quadrinhos, a Glénat: “Folies Ordinaires”, de Charles Bukowski, ilustrado pelo alemão Matthias Schultheiss. Naquela época, publicávamos a coleção L&PM Quadrinhos, só de álbuns clássicos e que chegou a ter 120 títulos.

A edição francesa que deu origem a tudo ainda está na prateleira de Ivan Pinheiro Machado

De volta ao Brasil, com a certeza de que aquele deveria ser mais um dos títulos da Coleção, escrevi uma carta à Glénat pedindo o contato de Schultheiss (naquele tempo se escreviam cartas!). Começamos a nos corresponder e marcamos, para o ano seguinte, um encontro na Feira de Frankfurt.

Matthias Schultheiss era (provavelmente continua sendo) um alemão alto e simpático que se mostrou muito agradável. Perguntei a ele de onde havia surgido a ideia daqueles quadrinhos e Schultheiss me contou que ficara muito impressionado com os livros de Bukowski. Falou ainda que ele e Buk se encontraram pessoalmente e que o escritor tinha gostado muito dos desenhos. E fez questão de salientar que os dois tomaram vários porres juntos.

Meses depois, contrato assinado, publicamos as cinco histórias de “Folies Ordinaires” em dois volumes: “Delírios Cotidianos” e “New York, 25 Cents ao dia” com tradução de Suely Bastos. Com o passar dos anos, os livros foram se esgotando e o contrato venceu. Até que, em 2008, resolvemos republicar. A primeira coisa a fazer seria encontrar Schultheiss e contatá-lo novamente. Felizmente, o Google ajudou e cheguei ao seu site oficial. Ele lembrava de tudo e, refeitos os contratos, Schultheiss nos enviou a ilustração da capa em alta definição. O novo “Delírios Cotidianos” saiu como na versão francesa, cinco histórias em um único volume.  

A capa da nova edição

Poucas vezes uma adaptação gráfica aproximou-se tanto de seus originais, como em “Delírios cotidianos”. Com um estilo realista, Schultheiss transpôs impecavelmente o universo dos bêbados, das prostitutas, dos marginais e dos desesperados que povoam as páginas do escritor que, se vivo fosse, estaria completando 92 anos hoje.

*Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o quadragésimo primeiro post da Série “Era uma vez… uma editora“.

Pais da literatura

Nem todos foram como Machado de Assis que, sem filhos, “não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa miséria”. Houve escritores que formaram grandes famílias, os que deixaram apenas um herdeiro e também alguns que nem tiveram muito contato com a prole – como Jack Kerouac, por exemplo, que nunca se relacionou com a filha Jan. 

E é pra mostrar diferentes tipos de pais “das palavras” que separamos aqui algumas fotos:

O pai de todos: Mark Twain teve quatro filhos, três meninas e um menino que morreu ainda bebê

O pai amoroso: Georges Simenon fazendo pose com os filhos Jean e Marie

O pai safado: Charles Bukowski teve uma única filha, Marina

O pai desenhista: Charles Schulz, criador de Peanuts, aqui com a filha Amy

O pai gonzo: Hunter S. Thompson mostra seu alvo para o filho Juan

O pai de criação: Robert Louis Stevenson adotou o enteado Lloyd Osbourne (em primeiro plano, abaixado) e para ele escreveu "A ilha do tesouro"

Bukowski e a caixa-preta

Por Paula Taitelbaum

Uma grande amiga minha costumava repetir, nos seus velhos tempos de múltiplas ressacas (sabe aquela época em que você tem vinte e poucos anos? Pois é…), o seguinte bordão: “ontem à noite perdi a caixa-preta!”. De tanto ela falar, acabei adotando a expressão com a certeza de que era praticamente um dito popular, um aforismo de domínio público. Pois eis que acabo de descobrir que, pelo menos aqui na minha sala, ninguém jamais usou a frase “perdi a minha caixa-preta” para designar aqueles momentos etílicos em que todas as suas informações desaparecem, você esquece as mensagens trocadas e seus reflexos entram em pane.

Ok, você deve estar se perguntando porque eu desencavei esta história justo agora (!). E eu respondo: simplesmente porque não pude desassociar a chegada da “Caixa Especial Bukowski” da certeza de que nosso querido escritor devia estar sempre com a sua caixa-preta perdida. E não venha dizer que estou delirando porque a analogia também se deve ao fato de que a “Buk box” é praticamente… preta (verde? que verde?).

A “Caixa Especial Bukowski” reúne Misto Quente, Crônica de um amor louco, Fabulário geral do delírio cotidiano, Factótum e Pulp. Breve, ela estará chegando nas livrarias. Vê se não perde essa caixa-preta, hein?

O fim das máquinas de escrever

A notícia do fechamento da última fábrica de máquinas de escrever mecânicas do mundo causou certo pesar por aqui. Não por nostalgia, mas pela reverência que qualquer amante das letras tem pelas geringonças barulhentas que ajudaram nossos escritores a dar forma a algumas das maiores obras da literatura mundial.

“Desde que Mark Twain estreou como o primeiro escritor a batucar seus textos em quatro fileiras de teclas, a literatura adotou o invento como companheiro inseparável”, diz o texto da jornalista Dorrit Harazim para a revista Piauí deste mês. Desde então, vários outros autores foram flagrados “barulhando” textos geniais por aí:

Jack Kerouac

Millôr Fernandes

Uma sincera demonstração de afeto de Bukowski por sua máquina de escrever

John Fante

Hunter Thompson

Não só a literatura, mas também a música tem muito a agradecer às Olivettis, Remingtons, Hammonds, Olympias e Underwoods da vida…

Bob Dylan

My Buk’s day

Por Reinaldo Moraes*

Women (pronuncia-se Uímem), do velho Buk, me caiu na mão, não lembro como, no início da década de 80, e logo pensei em traduzir a bagaça, de tanto que eu curti a leitura e releitura do livro. Bukowski virou meu ídolo literário da hora. Traduzi uns dois capítulos por conta própria e levei para a Brasiliense, editora forte na época, que topou bancar a empreitada. Meti, pois, mãos e pés e pinto e coração à obra, que saiu em 1984, se não me engano. Durante o trabalho, que levou quase um semestre, eu contava às pessoas que estava traduzindo o Women, do Bukowski, e as ditas pessoas sempre se espantavam com essa informação, pois entendiam que eu estava a traduzir “O hímen”.  Como é que eu podia estar traduzindo essa incômoda membrana que se antepõe à plena realização sexual das mulheres e também dos homens, by the way? E para que outra membrana eu estaria traduzindo o hímem? Para o diafragma? O peritônio?  Quando a minha versão em português de “O hímem” ficou finalmente pronta, batizada naturalmente de Mulheres (o curioso é que todas as mulheres que aparecem no livro já haviam se livrado do seu hímen há muito tempo), tomei um banho, botei uma calça branca comprada em Barcelona e uma camisa azul comprada em Paris, e fui, babando de orgulho, levar o calhamaço datilografado até a editora, que ficava pras bandas do centro de São Paulo.  Ao sair da editora, com o chequinho da tradução no bolso e tomado de grande alívio e sentimento de realização, resolvi entrar num bar com terraço da avenida Angélica, perto de onde eu morava, para tomar um chopinho vespertino de confraternização comigo mesmo. Eis que, meia hora depois, me entra no bar e senta-se na mesa ao lado da minha uma senhorita com uma camisa amarrada na barriguinha saliente, decote fuck-me-baby, calça justíssima realçando o bundão e umas sandálias de salto alto. Naquele tremendo piranha-look,  a fulana parecia saída diretamente das páginas calientes e divertidas de Mulheres que eu acabara de revisar apenas algumas horas antes. A mulher pediu um chope, puxou um cigarro e me pediu fogo, que eu não tinha, pois não fumava e não fumo. O garçom acendeu o cigarro dela. Fiquei na minha, tomando meu próprio chope e lendo, ou fingindo que lia, o jornal que eu tinha trazido comigo. Não muitos minutos se passaram antes que a piranhuda criatura viesse me pedir a página de cinema do jornal. Emprestei a página e logo entabulamos conversação de mesa a mesa. Que filmes legais estavam passando na cidade, quem já tinha visto o quê, esse tipo de conversinha mole. Quando ficou claro que logo nos tornaríamos mais íntimos, ela veio se sentar à minha mesa. Vários, quiçá muitos chopes depois, sem contar alguns Steinhaegers, saímos do bar abraçados, rumo ao meu carro, um Chevette 77, que fez o favor de nos conduzir até um hoteleco fuleiro do Bexiga, onde passamos algumas horas fazendo a mesma coisa que o sacana do Hank, o personagem-narrador de Mulheres, passara as 300 e tantas páginas do livro a fazer com a legião de namoradas, paqueras ocasionais e putas de alto bordo que por ali desfilam gostosamente. Era inacreditável: eu estava vivendo mais uma das aventuras sexuais errantes narradas pelo Buk com uma de suas mulheres teletransportadas da Califórnia para São Paulo, já com tradução simultânea. No fim, trocamos telefones e eu nunca mais vi a vagaba que, bêbada e pelada no nosso ninho do amor provisório do Bexiga, revelara-se muito da tesuda. Impossível uma experiência mais bukowskiana que essa, que conto aqui sem nenhuma intenção de me vangloriar como o grande literato machão que papa todas as bucetinhas desavisadas e mesmo algumas avisadíssimas, no melhor estilo do meu ídolo americano. Ou talvez eu até esteja mesmo tendo aqui essa intenção imbecil, porém viril, de me vangloriar um pouco, em que pese o fato de todas as glórias serem vãs, ao fim e ao cabo, e vice-versa. Afinal, fui Bukowski por um dia, depois de ter passado meses a fio diante da minha Lettera 22 às voltas com as poéticas putarias do velho safado. Eu merecia aquilo, tanto quanto mereço agora me vangloriar um teco daquela façanha erótica-etílica-poética com a peruete galinha da avenida Angélica, 30 anos atrás, inda mais agora que a minha tradução reaparece em formato de bolso pela L&PM, uma das melhores notícias que tive nos últimos tempos. O mesmo dirão, imagino, os futuros leitores de O hímen, esse clássico bukowskiano. E podem ficar todos sossegados: vagabas hão de pintar por aí, ontem, hoje e sempre.

*Reinaldo Moraes é o tradutor do livro Mulheres, de Charles Bukowski, que acaba de chegar à Coleção L&PM Pocket, autor de Pornopopéia, entre outros livros, e escreveu este texto especialmente para o blog da L&PM.

As mulheres de Bukowski estão em casa

A capa de "Mulheres" que breve estará na Coleção L&PM POCKET

“Mulheres” e “Cartas na rua” são dois clássicos de Charles Bukowski (1920 – 1994) que foram contratados pela L&PM depois de vários anos de tentativas. Livros mais antigos, já publicados por outros editores, às vezes caem num “limbo” onde, por questões legais, deixam de ser publicados. Ou seja: por melhores e mais vendáveis que eles sejam, acabam não sendo recontratados porque envolvem filhos, netos, sobrinhos, mulheres, ex-mulheres… E por aqui não foi diferente. Mas finalmente conseguimos e, para completar os 16 títulos de Bukowski já publicados nesta casa, o romance “Mulheres” chegará em junho e “Cartas na rua” entre julho e agosto.  

Charles Bukowski representa o lado sombrio do “sonho americano”. Filho de pai americano de origem alemã e de mãe alemã, sua infância foi marcada pela violenta repressão familiar. Em 1923, o casal Bukowski estabeleceu-se nos EUA. Charles cresceu tímido, anti-social e complexado devido à acne que devastou seu rosto. Na adolescência, descobriu que o álcool fazia com que se comunicasse com o mundo. Mais tarde ele escreveria que a origem de seu alcoolismo era de que “ele havia descoberto no álcool uma forma de suportar a vida”. Curiosamente, antes de ser famoso nos EUA, foi best seller na Itália. Sua editora italiana, SugarCo, lançava os livros ao mesmo tempo em que saiam nos EUA.  Bukowski escreveu muito – mais de 50 livros – e por toda a vida foi fiel a sua editora Black Sparrow que acabou sendo vendida para a gigante Harper Collins.

Transgressor nato, poeta e ficcionista de enorme talento, seus livros são verdadeiros clássicos da contra-cultura. Sua prosa espanta, paradoxalmente, pelo lirismo e pela violência. Mais do que um autor pós beat, Bukowski é único e sua obra é um longo e poderoso grito de dor. O romance “Mulheres” foi lançado originalmente em 1978 e, depois de ser publicado pela primeira vez no Brasil em 1984, ficou décadas fora do mercado. Felizmente, agora ele está de volta.

Conheça aqui outras “Mulheres” de Bukowski que estão (ou estiveram) espalhadas pelo mundo:

A primeira edição, publicada pela Black Sparrow

Uma das edições da Itália, país que sempre acolheu Bukowski

A edição francesa manteve o nome original

Aprenda: "Kobiety" quer dizer "Mulheres" em polonês

A Alemanha mudou o nome para algo como "A vida amorosa de Hyäne"

"Mujeres" também fez sucesso na Espanha

Mãe de escritor só tem uma

No clima do Dia das Mães, aí vai uma homenagem a mulheres sem as quais algumas das pessoas mais admiráveis do mundo não existiriam: 

Gabrielle, mãe de Jack Kerouac

Clara, mãe de Agatha Christie

Amalie, mãe de Freud

Jane, mãe de Mark Twain

Clélia, mãe de Castro Alves

Maria Magdalena, mãe de Fernando Pessoa

Katharina, mãe de Charles Bukowski

23. Um sobressalto nos anos 90: ou a arte de cair para cima

Por Ivan Pinheiro Machado*

No final da década de 1990, o modelo de editora que colocamos em prática lá nos paleolíticos anos 70 começou a dar sinais de fadiga. A L&PM tinha cumprido um ciclo de 20 anos e penava indefinidamente num ambiente econômico adverso. Sem capital de giro (éramos muito jovens e muito duros quando fundamos a editora), tínhamos atravessado ditadura, crises econômicas, inflação de até 80% e 4 moedas; a saber: Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, até chegarmos –  estropiados –  no Real. Era um momento de grande aperto fiscal e os juros eram exorbitantes. Dependentes dos bancos, sofríamos com juros escorchantes. E para piorar o cenário, grandes grupos editoriais nacionais e estrangeiros se movimentavam com grande poderio econômico e acirravam a concorrência pelos grandes autores. Estávamos extremamente fragilizados economicamente. E no meio da crise, como um boxeador cambaleando no meio do ringue, quase “jogamos a toalha”, o que no boxe significa desistir, encerrar a luta. A prova disso é que, em 1996, a L&PM esteve à venda pelo valor simbólico de um Real. Ou seja, se alguém quisesse, entregávamos a editora pelo valor da dívida.

Ninguém apareceu. Foi nesta época de incertezas que conhecemos um economista inglês, casado com uma brasileira e com um escritório de consultoria empresarial estabelecido no Rio de Janeiro. Chamava-se Ken Baxter. Morreu muito jovem, aos 50 anos, e deixou saudades entre os seus amigos. Ken era uma pessoa extraordinária. Interessou-se pelos nossos imensos problemas e foi, juntamente com os advogados José Antonio Pinheiro Machado, Elias Guerra e Fernando Carvalho, decisivo na nossa recuperação. Debaixo desta tempestade, decidimos que íamos lutar para sobreviver. E a primeira coisa a fazer, era… mudar. Quem não tem dinheiro, tem que ter ideias. Foi aí que decidimos concentrar nossa imaginação e nossa energia no projeto L&PM POCKET. Ken e nossos advogados “blindariam” a editora contra um pedido de falência. Enquanto isso, trabalharíamos 20 horas por dia para materializar a ideia dos livros de bolso.

Foi assim que tudo começou. Enquanto o “mercado” previa o eminente naufrágio da L&PM, a magnífica logística de distribuição da coleção POCKET foi sendo montada cuidadosa e vertiginosamente. Era uma corrida contra o tempo. Precisávamos de eficiência empresarial para implantar um sólido projeto cultural. Muitos foram os que nos ajudaram. Os autores, quase na sua totalidade, se mantiveram solidários, especialmente o grande escritor Sergio Faraco, que chegou a dar expediente na L&PM, chamando novos autores e editando antologias de autores clássicos para a Coleção Pocket. Foi criado um anel de solidariedades que nos protegeu e nos deu forças. Neste ambiente de incerteza, repito, nosso amigo Ken foi fundamental. Ele acreditou sempre e tinha uma fé impressionante que a coleção de livros de bolso “salvaria” a editora.

Fomos voltando das cinzas e, devagar, conseguimos retomar e ampliar ainda mais o nosso espaço, conquistando milhares de leitores. Hoje, temos mais de 2 mil livros ativos em catálogo. Neste mês, entre 18 lançamentos, a L&PM estará lançando o livro “Mulheres” de Charles Bukowski.  Volume número 950 da coleção L&PM POCKET, líder de mercado e a maior coleção de livros de bolso do Brasil.

*Toda terça-feira, o editor Ivan Pinheiro Machado resgata histórias que aconteceram em mais de três décadas de L&PM. Este é o vigésimo terceiro post da Série “Era uma vez… uma editora“.

Bukowski no Brasil

Não é miragem! A foto que você está vendo mostra o velho Buk bastante à vontade sentado no sofá da casa de Vinicius de Moraes, aqui no Brasil. Um bebendo, o outro fumando… uma cena bastante típica na vida de ambos. Encontramos a foto e a história sobre o encontro num blog sobre literatura, junto de um poema de Vinicius e um trecho do filme sobre Bukowski. O frenesi foi geral, afinal era o encontro entre dois dos maiores poetas do século passado, os mais bêbados e os mais hábeis na arte de contar o amor.

Mas apesar de toda a verossimilhança, uma simples busca de imagens foi capaz de acabar com qualquer ilusão ou epifania. Eis o choque de realidade:

O que eles pensam antes de sair pra balada?

Só uma inquietação profunda e existencial como esta para inspirar a criação de um site colaborativo dedicado a reunir fotos de grandes escritores com cara de “Tô gato?“, simulando aquele momento derradeiro de cumplicidade com o espelho antes de sair de casa para arrasar numa balada.

A legenda das fotos é inspirada nas orelhas dos livros dos próprios escritores, entre eles H. G. Wells, Franz Kafka, Mark Twain, Julio Verne, Charles Dickens, Jack Kerouac, Hunter Thompson, Charles Bukowski, Jane Austen e Virginia Woolf.

H.G. Wells: "E eu, tô gato? Tô mostrando a verdade através do fantástico, fazendo uma reflexão sobre os valores de nossa sociedade e sobre o mundo que construímos hoje?"

Mark Twain: "Tô gato? Haha… Tô sendo o maior humorista da literatura americana, satirizando acidentalmente a sociedade do meu país, pondo a nu as hipocrisias e a retórica oficial?"

William S. Burroughs: "Tô gato? Tô mesclando o realismo exasperado a experiências estilísticas, apresentando imagens e situações a princípio enigmáticas, mas que aos poucos se tornam familiares?"

Jack Kerouac

Jack Kerouac: "Fala sério: tô gato? Tô fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente numa nova literatura que procura captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas?"

Virgina Woolf: "Tô gata? Tô sendo uma escritora modernista por excelência, reinventando a narrativa de forma a quase sempre fugir da descrição de uma ação linear?"

Se quiser descobrir o que pensam vários outros autores antes de sair para a balada, dê uma olhada no site “Tô gato?”. Divirta-se!