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Barack Obama também recomenda “Sapiens”

Depois de Bill Gates e de Mark Zuckerberg contarem que leram e que adoraram o livro Sapiens (publicado no Brasil pela L&PM), é a vez de Barack Obama indicar a obra de de Yuval Noah Harari. Foi em uma entrevista à revista Wired de novembro que o presidente dos EUA indicou seus livros preferidos. Leia abaixo o trecho:

Prepare-se para arranjar 89 horas para as leituras essenciais recomendadas pelo presidente Obama

Relatórios de serviços de inteligência, documentos secretos, esboços de discursos – o presidente Obama não pode partilhar os detalhes da sua lista de leitura diária do Salão Oval. Mas Obama, um dos maiores oradores da política moderna, foi influenciado por grandes autores desde muito antes de receber passe livre do serviço de segurança nacional. Na nossa edição de novembro, o presidente deu à Wired um curso intensivo sobre os livros que influenciaram sua formação.

Como todas as diligentes pessoas de sucesso, nós levamos a sério nossa lição de casa. Então, calculamos quanto tempo você vai precisar para ler tudo da ementa do professor Obama. Estamos falando de 89 horas na companhia de grandes mentes como Abraham Lincoln, James Baldwin e Elizabeth Kolbert. Obama gosta de romances primorosos como Batalha incerta, de John Steinbeck, mas não se intimida diante de textos pungentes de não-ficção, como Sapiens: Uma breve história da humanidade, de Yuval Harari. E tem um fraco por biografias de grandes inovadores americanos, de Andy Grove a Martin Luther King Jr.

Claro, você sempre pode espaçar essas leituras num período maior de tempo. Mas você também poderia trabalhar na sua declaração de imposto de renda uma hora por semana e termina-la só lá por março. Então, da próxima vez que você tiver uma semana livre, ponha os pés para cima e dedique-se a seu seminário de literatura no Salão Oval. Nunca houve uma desculpa melhor para evitar conversas com a família estendida nas festas de final de ano; que comecem as leituras!

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SapiensEm Sapiens, YuvalHarari escreve sobre inovadores de outro tipo. Muito antes dos chips de computador, nossos ancestrais Homo sapiens viveram uma revolução cognitiva, expandindo e colonizando o resto do mundo. Harari pontua os momentos significativos de mudança, desde as revoluções científicas e industriais até nossos experimentos modernos com a bioengenharia, que podem significar o fim do Homo sapienstal como existimos há 150 mil anos. Uma leitura obrigatória para qualquer humano – ou para qualquer aspirante a robô.

Tempo total de leitura: 6,5 horas

Como ler: Como um livro de cabeceira quando você precisar sentir um pouco de orgulho da espécie.

Obama também falou indicou seus livros preferidos em entrevista à CNN:

É dia de Martin Luther King

Hoje, 21 de janeiro, os EUA está comemorando o Martin Luther King Jr. Day. Desde 1983, ficou decidido que toda terceira segunda-feira de janeiro seria feriado nacional em homenagem ao homem que pregou a não-violência e foi o principal porta-voz do movimento dos direitos civis dos negros. A data foi escolhida por ser próxima ao dia do nascimento de King, 25 de janeiro.

Este ano, o Martin Luther King Jr. Day coincide com o dia em que se festeja o início do segundo mandato de Barack Obama. Infelizmente, King não viveu o suficiente para ver um negro como presidente dos EUA. Mas, com certeza, sua luta pela igualdade de direitos civis ajudou a fazer com que esse dia chegasse.

Em setembro deste ano, a Série Biografias L&PM vai lançar “Martin Luther King”, livro de Alain Foix que conta a vida deste pensador, poeta e discípulo de Gandhi que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964 e morreu assassinado em 4 de abril de 1968.

A capa original da biografia de Martin Luther King que será lançada este ano na Série Biografias L&PM

Obama vence com emoção e povo vai às ruas

Por Ivan Pinheiro Machado direto de Nova York

Foi dura, renhida e emocionante a batalha eleitoral entre Barack Obama e Mitt Romney. Como convém a um show televisivo – pois as eleições aqui nos EUA só aparecem mesmo é na TV – teve emoção e suspense. As principais redes abertas, ABC e CBS, mais as poderosas redes de TV a cabo Fox e CNN, foram ao ar por volta das 18 horas, horário de NY – 21h em Brasília – e entraram madrugada a dentro sem interrupção, dando um verdadeiro show de cobertura. Pode-se dizer que o país parou, acompanhando a batalha, estado por estado, que confirmou o que as pesquisas previam: 49% para cada um. Até às 11h da noite, Romney se encaminhava para uma vitória aparentemente folgada. Nos bares e restaurantes de NY, reduto de Obama, se via a apreensão no rosto das pessoas. Pelo complicado sistema eleitoral, o primeiro que fizesse 270 delegados estaria eleito. Das 19h às 23h, Romney esteve sempre à frente, quando então os grandes estados passaram a despejar votos para Obama. Ohio, Illinois e Flórida fizeram a diferença e, às 23h20min, o atual presidente alcançou o sonhado  número de 270 delegados e a reeleição. E, finalmente, apesar do frio fora de época de -1 grau, a disputa eleitoral foi para as ruas. Carros buzinando e uma multidão no Times Square comemoravam a eleição daquele que novamente ocupará seu lugar na Casa Branca para cumprir o 57º mandato como presidente dos Estados Unidos. E assim foi em Chicago, Dallas, San Francisco, Los Angeles e em quase todas as grandes cidades. As TVs mostraram os festejos pelo país afora e os clássicos discursos dos candidatos. E como cara de quem ganha não é como cara de quem perde, o mundo viu via satélite um Romney breve e desapontado em Boston e um Obama eufórico e aliviado falando com grande emoção para uma enorme multidão em Chicago.

Cara de quem ganha...

...é diferente de cara de quem perde

Enquanto Obama falou por mais de meia hora, Romney não passou de cinco minutos.