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Pelo Twitter, fãs ajudam Bret Easton Ellis a criar novo romance

Bret Easton Ellis, que escreveu o best seller O psicopata americano quando tinha apenas 21 anos de idade, tem usado o Twitter para conversar com seus fãs, propor ideias e colher sugestões para novos romances. No último sábado, 10 de março, ele tuitou sobre a ideia de escrever uma continuação para seu romance mais famoso a partir de uma atualização de seu personagem principal, Patrick Bateman. Ao fim da longa consultoria com seus 260 mil seguidores, ele tinha escrito 14 páginas que mapeiam os prós e os contras da possibilidade de escrever a continuação daquela história.

Ele chegou a “desenhar” como seria a versão atual de seu Bateman em vários drops de 140 caracteres, o que provocou frenesi entre os fãs. Para fazer jus ao novo contexto, o Bateman contemporâneo compartilharia seu cotidiano nas redes sociais por meio de seu iPad, como faz a maioria dos seres urbanos, em geral obcecados por aparências e pela espetacularização da vida. Notem que a essência do personagem se mantém, mas as ferramentas são atualizadas.

Ao final ele agradeceu a participação de todos e prometeu que iria conversar com seu agente sobre as novas ideias, mas antes teria que sentir ao longo do fim de semana se este novo Patrick Bateman realmente poderia existir.

Nós aqui da L&PM, como todos os fãs de Easton Ellis, vamos continuar acompanhando pelo Twitter as cenas dos próximos capítulos 😉

Sem medo de “Abaixo de zero”

“As pessoas têm medo de mudar de pista nas vias expressas de Los Angeles.” Assim começa Abaixo de zero, o aclamado livro de estreia do americano Bret Easton Ellis (o mesmo autor do perturbador O psicopata americano). Fico pensando no que está implícito nessa frase: mudar de pista é mudar de rumo, é tentar ultrapassar, é, quem sabe, se arriscar a encontrar alguém que ande mais rápido do que a gente. E isso às vezes dá medo. Não só em Los Angeles.

Não li Abaixo de zero. Ainda. Mas assisti ao filme de 1987 que conta a história de um triângulo de amigos: o protagonista Clay, sua ex-namorada Blair e seu amigo da faculdade Julian, este último vivido no cinema por um Robert Downey Jr. muito distante do atual Sherlock Holmes. O filme não está muito aceso na minha memória, mas lembro que, na época, gostei. Parece que quem não gostou muito foi o autor do livro, já que Ellis fez cara feia e falou que a adaptação não tinha nada a ver com seu romance.

Dirigido por Marek Kanievska, o Abaixo de zero dos cinemas é centrado numa mensagem “anti-drogas”, enquanto o livro concentra-se no vazio existencial na vida dos personagens. Além disso, as pessoas parecem ter mudado de personalidade no cinema. Clay, por exemplo, que é originalmente bissexual, virou heterossexual convicto.

É por essas e por outras que não basta ver o filme. Tem que ler o livro que acaba de chegar na Coleção L&PM Pocket… Sem medo. (Paula Taitelbaum)

Vai nascer um novo psicopata americano

Está confirmado: o filme O psicopata Americano, realizado em 2000 e baseado na obra homônima de Bret Easton Ellis, vai ganhar um remake. O estúdio Lionsgate contratou o diretor Noble Jones para escrever um novo roteiro e refilmar a perturbadora obra de Ellis. Escrito em 1991 como uma crítica feroz à geração yuppie, o livro conta a história do bem sucedido banqueiro novayorquino Patrick Bateman (que no filme de 2000 foi vivido por Christian Bale) e traz à tona uma trama violenta, em que o personagem divide seu tempo entre o trabalho, prostitutas e assassinatos. Em entrevista recente, Jones disse que seu projeto, que ainda está em fase embrionária, terá orçamento muito mais baixo do que o anterior, que foi dirigido pela escritora e diretora canadense Mary Harron. Também afirmou que a nova versão será situada nos tempos atuais e não nos anos 80 como na história original.