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A graça do novo livro de Martha Medeiros

Está marcado para chegar em 18 de julho o mais recente livro de Martha Medeiros, “A graça da coisa“. A nova obra da autora que é sucesso em todo o Brasil reúne 80 crônicas que abordam o amor, o cinema, os relacionamentos, as relações familiares, entre muitos outros.

Sou uma escritora de apartamento, digo com o mesmo tom pejorativo que classificamos crianças de apartamento. Deveríamos estar cercados por jardins, margens de rio, praias abertas, mas vivemos confinados entre quatro paredes que de certa forma aleijam a inspiração. Escrever, lógico, me oferece várias oportunidades de fuga. Estou onde estou, fisicamente, mas também não estou: invento meu próprio lago, pátio, horizonte. Até que volto a ser atingida pela consciência do inevitável: não é o barulho do mar que escuto, nem o das folhas caindo nesse final de outono, e sim o de betoneiras, perfuratrizes, compactadores, rolos compressores. De poético, me restou apenas a chuva. Quando chove, a obra para. Quando chove, o helicóptero some. Quando chove, o silêncio me pisca o olho: “Aproveita a trégua e me escuta”. (Trecho da crônica “Barulhos urbanos”)

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Cássia Kiss lê Doidas e Santas

Na última quarta-feira, a escritora Martha Medeiros se encontrou com a atriz Cássia Kiss no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília. Martha falou sobre sua carreira e a relação com o público e Cássia fez uma bela leitura de algumas crônicas de Doidas e Santas (assista no vídeo).

Em seu blog, Martha postou suas impressões do encontro: “Fui chamada ao palco e fiquei uma meia hora contando sobre como comecei minha carreira, os desvios e mudanças de rota desde a infância até chegar aqui, o que gosto de escrever, como costuma ser a reação dos leitores, enfim, um tricô regado a muito bom humor e informalismo. Eu me senti em casa, e acho que a plateia curtiu também.
E então chegou o grande momento: Cássia Kiss subiu ao palco para ler algumas crônicas do meu livro Doidas e Santas. Sempre considerei a Cassia uma atriz intensa, e imaginei que ela talvez desse uma certa dramaticidade ao texto, mas que nada, de cara ela foi tirando os sapatos que apertavam e deixou todo mundo super à vontade. Leu com muita graça e leveza, as pessoas riam demais, foi uma delícia.”
Para ler a íntegra do texto de Martha, clique aqui.