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Colin Firth e Emma Stone farão o novo filme de Woody Allen

Via Omelete – Por Marcelo Hessel

Depois que terminar Blue Jasmine, seu novo filme, Woody Allen já tem um próximo engatilhado. Segundo o Deadline, Colin Firth está se juntando a Emma Stone como coprotagonista.

Título e trama são mantidos em sigilo, mas, de acordo com a Variety, especula-se que as filmagens acontecerão na metade do ano. Fontes divergem quanto à locação; a Variety diz Espanha e o Deadline diz Sul da França.

Blue Jasmine, que foi rodado em Nova York e São Francisco entre julho e agosto de 2012, estreia nos EUA em 26 de julho. No Brasil, por enquanto, a previsão de estreia da Imagem Filmes é 28 de junho.

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 A Coleção L&PM Pocket publica quatro títulos de Woody Allen: Cuca Fundida, Sem Plumas, Que loucura e Adultérios.

Falta pouco para a estreia do novo filme de Woody Allen

Estreia na próxima sexta-feira, 29 de junho, o novo filme de Woody Allen, “Para Roma com Amor”, uma comédia ambientada na capital italiana e que traz Allen novamente no elenco depois de seis anos afastado das telas (seu último papel foi em “Scoop – O grande furo” de 2006). Em “Para Roma com Amor”, ele vive um diretor de ópera recém-aposentado que viaja à Roma com a mulher para conhecer o noivo italiano da filha. Enquanto isso, do outro lado da cidade, um jovem casal americano tem a relação abalada com a chegada de uma amiga, ao mesmo tempo em que um outro casal, dessa vez de italianos, se envolve com uma prostituta e um galã de TV. Para completar, há um burocrata que vira celebridade e passa a ser perseguido por papparazzi.

No elenco, estão ainda Jesse Eisenberg (de “A rede social”), Penélope Cruz e Roberto Benigni. Em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo de hoje, o diretor/ator disse que tem vontade de filmar no Rio de Janeiro, mas admite ter medo da violência: “Fico assustado. A publicidade e torno de lá é ruim. Nova York teve o mesmo problema anos atrás, mas, para quem morava em NY, não tinha nada, ninguém via nada, nada acontecia…”. Quando o repórter pergunta o que ele gostaria de filmar no Rio a resposta é: “Como um turista americano que nunca foi ao Rio, a impressão que tenho é de fotos, mitologias, bossa nova, coisas que cresci ouvindo, vendo. E as imagens da praia. (…) para mim o Rio é uma daquelas cidades românticas”. Na entrevista, Woody Allen diz ainda que as ideias lhe vem mais facilmente quando está no chuveiro. Ainda bem que, pelo que tudo indica, ele toma bastante banho.

Se você ainda não viu o trailer legendado de “Para Roma com Amor”, aqui está ele:

De Woody Allen, a Coleção L&PM Pocket publica os livros Adultérios, Cuca Fundida, Sem Plumas e Que loucura!

Woody Allen, quem diria, já foi garoto-propaganda da Smirnoff

Em meados de 1966, uma campanha chamava a atenção nas páginas da Playboy norteamericana. Lá estava ele com sua cara… de pau, vendendo nada menos do que vodka. Nosso querido Woody Allen: 

Woody Allen ao lado da bela Monique van Vooren (clique sobre a imagem para aumentar)

"Para sair da concha... tente Smirnoff" diz o título deste anúncio

Não parece o garoto da Bombril?

Tinha até página dupla

Woody Allen aproveitou a deixa e fez piada de si mesmo. Usou o fato de ter sido garoto-propaganda em um de seus Standup Comics. No texto chamado Vodka Ad ele supostamente contava como tinha ido parar nestes anúncios. “Deixe-me começar pelo início. Eu fiz um anúncio de vodka, que é a primeira coisa importante. (…) Eu vou dizer pra você como eles conseguiram meu nome, ele estava em uma lista no bolso de Eichmann [oficial nazista], quando ele foi pego. Eu estou sentado em casa, assistindo televisão. (…) E o telefone toca e uma voz do outro lado diz: ‘Então, este ano você gostaria de ser o homem vodka?’, e eu digo ‘Não. Eu sou um artista, eu não faço comerciais. Eu não quero agradar ninguém. Eu não bebo vodka e se eu o fizesse, eu não iria beber o seu produto.’ Ele diz: “Que pena. Eles pagam 50 mil dólares.’ E eu digo: “Espere. Vou colocar o Sr. Allen na linha.'”

Deu vontade de rir com Woody Allen? Cuca fundida, Sem plumas, Que loucura! e Adultérios trazem textos impagáveis daquele que um dia, quem diria, já foi o “homem vodka do ano”.

A velha companheira de Woody

Hoje, 01 de dezembro, Woody Allen está completando 76 anos. E para comemorar compartilhamos aqui um trecho especial de  Woody Allen: A Documentary, que mostra de que modo Woody Allen escreve o que escreve. No lugar de um computador, ele continua com sua máquina de escrever “da vida inteira”, onde certamente escreveu Sem Plumas, Cuca Fundida e Que loucura!, livros da Coleção L&PM POCKET.

Mas o melhor é a maneira como Woody edita seus escritos… Nem o Word tem um jeito de colar tão moderno!

Quem disse que ser Woody Allen não cansa?

O que você pensa? Que rodar um filme não cansa? As fotos abaixo não só mostram, como provam que filmar dá uma canseira. E mais: pode dar sono. Eis Woody Allen tirando um cochilo no set de filmagem de seu próximo filme, Bop Decameron, que tem como cenário as ruas de Roma. Quem serão aqueles ali no maior tricô, enquanto nosso diretor preferido sonha com suas cenas?

E não basta cochilar, também é preciso esticar as pernas (para cima)… Será que deu cãimbra no bom e velho Woody? 

E já que o clima deste post é italiano, separamos aqui um trecho de “Uma espiada no crime organizado”, um dos contos que está em Cuca Fundida, um dos livro de Woody Allen que faz parte da Coleção L&PM POCKET. Ainda não sabemos se a Máfia vai estar em Bop Decameron, mas como você verá no texto abaixo, Allen tem lá suas teorias sobre ela:

“A Cosa Nostra é estruturada como qualquer governo ou grande empresa – ou como qualquer quadrilha, o que dá na mesma. À testa de tudo, está o capo di tutti capi, ou chefe de todos os chefes. As reuniões são feitas na sua casa, e ele é responsável pelo gelo e pelos salgadinhos. A falta de uma coisa ou de outra implica em morte instantânea. (A morte, por sinal, é uma das piores coisas que podem acontecer a um membro da Cosa Nostra. Talvez por isso, muitos prefiram pagar uma multa.) Abaixo do chefe de todos os chefes, estão naturalmente os chefes, cada qual comandando uma zona da cidade com sua “família”. As famílias da Máfia não consistem de mulher e filhos que costumam ir a circos ou piqueniques. São formadas por homens de cara fechada, cujo maior prazer na vida é ver quanto tempo certas pessoas conseguiam sobreviver no fundo de um rio antes de começarem a engolir água.”

Duas visões sobre “Meia noite em Paris”, de Woody Allen

Assim que o novo filme de Woody Allen estreou no Brasil, na última sexta-feira, dia 17 de junho, corremos para as salas de cinema mais próximas para conferir o que prometia ser mais uma obra-prima de um dos nossos cineastas preferidos. E, mais uma vez, ele não decepcionou!

O editor Ivan Pinheiro Machado e a editora de vídeos da WebTV, Laura Linn, compartilham a seguir suas impressões sobre o filme.

Meia Noite em Paris: Cinema e literatura como metáfora

Por Ivan Pinheiro Machado

Digamos que você não seja um cinéfilo, um especialista em cinema. Mas mesmo assim gosta muito de cinema e procura acompanhar os lançamentos, vez que outra se aventura num filme de arte, mas também não despreza uma comédia romântica. Eu sou mais ou menos assim. Como, aliás, todo mundo. Adoro cinema. Afora os filmes violentos demais, com tiros demais, que eu abandonei definitivamente, eu vejo tudo.

E ontem vi um filme extraordinário: Meia noite em Paris, de Woody Allen. O filme é um tributo a duas coisas que são caras à muita gente: literatura e Paris.

Woody Allen, o velho bruxo, foi para frente do seu caldeirão fumegante e começou a desfiar seus sortilégios. Uma trama simples, descomplicada, vai tomando corpo tendo como pano de fundo uma cidade-espetáculo e a mitologia cultural gerada pelos anos 20.

Se você leu Autobiografia de Alice B. Toklas de Gertrude Stein (L&PM Pocket), então você é um privilegiado. Se também leu Salvador Dali (Coleção Pocket Plus), Jean Cocteau, se viu Belle de Jour, de Buñuel, se leu Grande Gatsby, de Fitzgerald e O Sol também se levanta, de Ernest Hemngway, se leu os poemas de T. S. Elliot e os livros do próprio Woody Allen publicados na coleção L&PM Pocket como Cuca Fundida, Sem Plumas, Adultérios, Que Loucura, se ouviu Cole Porter, se curte Picasso, Maitisse, Modigliani, então melhor ainda.

A maestria de Woody Allen faz com que os delírios de Gil, o escritor americano semi-frustrado de férias em Paris, fiquem absolutamente naturais. Mas eu não vou contar o filme. Vá ao cinema mais próximo e delicie-se com um mergulho nos velhos e bons tempos. Ajude a aquecer a doce lenda de que Paris foi e sempre será uma festa. E veja um Woody Allen puro sangue, daqueles em que ele acerta a mão e que dá vontade de aplaudir quando o filme acaba.

Meia noite em Paris, um hino de amor à Cidade Luz

Por Laura Linn*

Woody Allen revela todo o encanto da Cidade Luz, em seu novo filme, Meia noite em Paris, enfocando a magia, o charme e a beleza da eterna capital do romantismo. Um homem comum, despretencioso, que sonha em ser escritor e morar em uma Paris chuvosa dos anos 20, onde viveram grandes artistas e escritores como Ernest Hemingway, Gertrude Stein e Pablo Picasso. Allen homenageia a cidade utilizando o nonsense e o realismo fantástico que prende a atenção do espectador do começo ao fim. Une-se a fantasia à realidade, o passado ao presente com o desejo que as pessoas possuem de viver uma realidade diferente da sua.

Nos últimos anos, o diretor deixou sua amada Nova York e migrou para a Europa, realizando filmes maravilhosos como Match Point, Scoop, Vicky Cristina Barcelona, entre outros. Com diálogos divertidos, Woody Allen nos leva pelas ruas da cidade, mostrando o charme de Paris ao dia e a tranformação da cidade ao soar da meia noite. O espectador viaja no tempo, junto ao personagem, aos “loucos anos 20″e à “Belle Époque”, duas das mais marcantes décadas da capital francesa. A câmera passeia pela típica noite parisiense da época com seus cafés e bordéis, mulheres belíssimas e sedutoras, ao mesmo tempo em que encontra subitamente os maiores intelectuais da época, passando a conviver com ídolos na cidade de seus sonhos. Assim, vão desfilando a sua frente, Hemingway, Buñuel, Zelda e Scott Fitzgerald, Cole Porter e Salvador Dali. Sente-se uma vontade de viver aquela mesma história, encontrar esses grandes personagens da literatura, da música e das artes, apaixonar-se novamente.

Meia noite em Paris

Allen não é apenas um grande diretor, mas também um grande roteirista. São mais de 40 anos como cineasta e praticamente um filme realizado por ano. O que fascina nos filmes do diretor novaiorquino são os diálogos, a interpretação dos atores e a forma como ele mostra o cotidiano e o comportamento do ser humano na sociedade com romantismo, humor e drama. Meia noite em Paris é perpassado por um olhar crítico sobre a insatisfação das pessoas com a sua realidade. Com as belas paisagens de Paris, como pano de fundo, um humor sutil e atuações incríveis como de Marion Cottilard – que já ganhou um Oscar de Melhor Atriz como Piaf – o filme é um verdadeiro hino de amor à cidade.

*Laura Linn é editora de vídeos da L&PM WebTV e formada em Cinema pela PUC-RS.

9. Um brinde com Woody Allen

Por Ivan Pinheiro Machado*

Quando publicamos Cuca Fundida, em 1978, Woody Allen ainda não era Woody Allen. Se é que me entendem. Só no ano seguinte ele ganharia todos os Oscars a que tinha direito com seu consagradíssimo “Annie Hall”, que no Brasil foi pateticamente batizado de “Noivo neurótico, noiva nervosa”. O livro foi uma indicação de Luis Fernando Veríssimo, sempre muito bem informado sobre literatura americana. Além disso, houve o acaso de eu encontrar em Frankfurt, na Feira de 1977, o agente de Allen. Avalizado pelo então editor da Nova Fronteira, Roberto Rieth Correa, fizemos o segundo contrato internacional da L&PM. Ruy Castro foi o tradutor e lançamos Cuca Fundida no final de 1978. Em março do ano seguinte, Woody Allen foi “Oscarizado” e o livro decolou na lista dos mais vendidos. Depois disso, editamos Sem Plumas e Que Loucura!, hoje reeditados na Coleção L&PM Pocket, e mais os roteiros Manhattan e Play it again Sam, as peças de teatro Lâmpada Flutuante e Adultérios e um livro em quadrinhos, O nada e mais alguma coisa. O Paulo Lima, que como vocês sabem é o “L” da L&PM, estava em Nova York no final dos anos 80 e resolveu arriscar uma segunda-feira no Michael’s, um tradicional pub na 55th Street (East side), onde Woody Allen costuma (ou costumava) tocar seu clarinete acompanhado de sua banda. O Lima é um cara de sorte, habitué de N. York (veja o post em que ele abafou no Limelight como sósia do Spielberg) e achou que era uma noite propícia para o Woody aparecer por lá. Ele nunca avisa quando vai, mas se for, é sempre numa segunda-feira. Não deu outra. Paulo Lima estava recém brindando com sua jovem companhia, quando o astro surgiu no palco. Tocou cerca de uma hora e, em seguida, foi jantar num lugar mais ou menos protegido dos curiosos, no próprio restaurante. Paulo Lima não confessa, mas tenho certeza de que ele quis impressionar sua companhia. Levantou-se e para espanto da moça ele disse “Vou lá bater um papo como o Woody Allen”. Ela gaguejou: “mas e os seguranças?” (havia um par de trogloditas de 2 metros e meio de altura impedindo a aproximação dos curiosos). “Deixa comigo” sussurrou o Lima. E foi na direção da mesa onde Woody Allen jantava com Mia Farrow e um casal de amigos, Kirk Douglas e sua mulher. Quando o gorila deu um passo para impedir que prosseguisse, Paulo Lima, no seu impecável inglês de Cambridge falou alto “sou o editor brasileiro de Mr. Allen”. Ele ouviu, virou-se e, vendo Lima luzindo no seu terno preto e gravata Hermés, pediu que ele passasse. Afinal, era o seu editor e, nos países civilizados, esta é uma profissão importante. Lima conversou rapidamente, apresentou-se, fez uns poucos comentários e pediu para o garçom 5 taças de Dom Perignon ano 1963 para um brinde com Woody, senhora e seus convidados. A seguir, cumprimentou-os e retirou-se para a sua mesa, olhado com inveja e admiração por todo o Michael’s. Na mesa, sua jovem acompanhante estava perplexa e encantada com aquela contundente demonstração de prestígio…

Abaixo, você pode conhecer o Michael´s Pub em um vídeo que mostra Woody Allen tocando ao lado Eddy Davis:

Para ler o próximo post da série “Era uma vez uma editora…” clique aqui.

Woody Allen está no 63º Festival de Cannes e na Coleção L&PM POCKET


O site oficial de Cannes é uma descoberta e tanto. Todas as notícias, trailers, trechos de filmes, entrevistas, fotos, arquivos, tudo, tudo mesmo, está lá. E sabe o que é melhor? Entre as opções de línguas disponíveis está o português (de Portugal, obviamente), o que facilita muito a navegação e as tantas descobertas. Pois é lá no site também que você pode assistir a trechos do próximo filme de Woody Allen: You Will meet a tall dark stranger. Ele está na seleção oficial, mas fora da competição e a sinopse disponível diz: “Amor, sexo, risos e traições. As vidas de vários personagens cujas paixões, ambições e angústias os conduzirão a todos os tipos de contrariedades, desde a mais maluca até a mais perigosa”. Ou seja: um Woody Allen legítimo. Entre os atores, Antonio Banderas, Anthony Hopkins e Naomi Watts. E o interessante é que, no site do festival, além dos créditos, estão disponíveis contatos e links úteis sobre o filme, como assessoria de imprensa e vendas para o estrangeiro. Quer comprar o filme? Clique aqui e vá direto para a página.

Mas enquanto You Will meet a tall dark stranger não chega por aqui (e provavelmente só chegará em 2011), divirta-se com os títulos de Woody Allen que a Coleção L&PM POCKET tem disponíveis. Entre as reedições que acabam de chegar está Adultérios, que traz três deliciosas histórias que se passam em Nova York e arredores com aqueles personagens que só Woody Allen poderia imaginar.