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A metamorfose da cabeça de Kafka

Uma enorme cabeça de Franz Kafka atrai a atenção dos que passam em frente ao centro comercial Quadrio em Praga. E não é uma cabeça qualquer. Espelhada e com 11 metros de altura, ela está sempre em movimento, se desmanchando e se formando novamente. Ou seja, em constante metamorfose.

A  escultura, de autoria do artista David Čierny, é uma cabeça mecânica rotativa composta por 42 partes feitas com chapas de aço inxodável que pesam 24 toneladas.

A L&PM publica Kafka em livros impressos e digitais.

Kafka ganha exposição na Casa das Rosas em São Paulo

Imagine acordar e perceber que você se transformou em um inseto gigante. Esta atmosfera de estranhamento e transformação poderá ser observada na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Avenida Paulista, 37, São Paulo/SP), a partir do próximo sábado (7), na exposição Um corpo estranho – Centenário de publicação de ‘A metamorfose’, de Kafka. O livro teve sua primeira edição publicada em novembro de 1915. A mostra abordará a vida e obra do autor tcheco Franz Kafka. O destaque será a obra A metamorfose, com uma sala especial inspirada no quarto de Gregor Samsa, personagem clássico que se transforma em um inseto asqueroso da noite para o dia. Porém, também serão relembrados outros livros como Carta ao pai; além de seus diários. A curadoria é de Reynaldo Damazio e mostra poderá ser visitada até 29 de fevereiro de 2016.

Kafka quadrado

A L&PM publica A metamorfose, O veredicto, O processo Carta ao pai, de Kafka, além da biografia do escritor.

A verdadeira metamorfose de Kafka

No começo, como todos os meninos da época, ele usava uma espécie de vestido e ficava contrariado na hora de tirar fotos:

Kafka 3 anos

Então mudou e passou a usar cabelo bem penteado, roupa de cavaleiro e até ganhou um bicho que mais parecia a cruza de um pônei com uma ovelha:

Kafka 5 anos

Um pouquinho mais velho, revoltou-se contra a franja “peniquinho”, dividiu o cabelo e pediu um chapéu:

KAfka 1890

Depois, virou um menino elegante que usava uma bota hipster maior do que o pé:

Kafka em 1896

Na adolescência, mudou o cabelo e começou a usar topete:

Kafka jovem

Já adulto, desistiu do topete e aderiu ao “Gumex” (se você não sabe o que é isso, pesquise) e apertou o colarinho:

Kafka colarinho

Mudou de ideia e voltou ao topete. Na verdade, um topetão (imagina sentar atrás dele no cinema…):

Kafka cabeludo

Daí achou melhor esconder o topetão com um chapéu coco e adotou um cachorro que não parava quieto:

franz-kafka cao

Passado um tempo, tirou o chapéu, foi pra rua e começou a sorrir nas fotos:

Kafka sorridente

Na verdade, liberou geral na praia e resolveu mostrar os músculos (hein?!):

Kafkapraia

Daí ficou sério de novo, colocou gravata novamente e tornou-se ainda mais pensativo:

Kafka serio

No final, terminou colorido, em azul, numa obra do artista pop Andy Warhol:

Kafka_Warhol cortado

Clique aqui e saiba mais sobre a verdadeira história de vida de Franz Kafka lá no site da L&PM.

Vai a Praga? Visite Kafka por nós

Franz Kafka nasceu em Praga no dia 3 de julho de 1883, mas sua presença ainda permanece em muitos dos lugares da capital tcheca. A casa onde ele veio ao mundo, por exemplo, virou museu. E os cafés frequentados por ele seguem de pé. Por isso, se você for a Praga, não deixe de visitar Kafka. Ele merece.

Casa Kafka – A casa em que Kafka nasceu é agora um pequeno museu que exibe fotografias do escritor, de sua família e da Praga do começo do século 20. Fica na Franze Kafky Námestí, 5 (ao lado da Igreja de São Nicolau da Cidade Velha).

A casa em que nasceu Kafka abriga um museu sobre o escritor

A casa em que nasceu Kafka abriga um museu sobre o escritor

Palácio Kinsky e Kafka Bookstore  – Entre 1893 e 1901, Kafka estudou no belo palácio cor-de-rosa localizado no número 12 da Praça da Cidade Velha. Anos mais tarde, seu pai teve uma loja, a Haberdashery Shop num anexo do palácio que atualmente é uma livraria, a Kafka Bookstore, cujas prateleiras exibem as principais obras do escritor.

Aqui ficava a loja do pai de Kafka

Aqui ficava a loja do pai de Kafka

Casa do Carneiro de Pedra –  Também conhecida como Casa do Unicórnio. Fica na Praça da Cidade Velha e possui um emblema de pedra estampado na fachada. Nesse local, Kafka frequentava a roda literária da amante das artes Berta Fanta. Esses encontros teriam sido determinantes para ele.

A fachada não engana, aqui é a Casa do Carneiro de Pedra

A fachada não engana, aqui é a Casa do Carneiro de Pedra

Viela Dourada – É uma pequena rua de casinhas coloridas, localizada dentro do complexo do Castelo de Praga e é preciso pagar para entrar. No prédio azul de número 22 morava Ottla, uma das irmãs de Kafka, com quem o escritor viveu por algum tempo, entre 1916 e 1917. A Viela Dourada ganhou esse nome porque ali viveram ourives do rei no século 17. Depois de anos de decadência, a viela foi restaurada e hoje abriga lojinhas de souvenir.

Kafka morou nessa casinha azul da Viela Dourada

Kafka morou nessa casinha azul da Viela Dourada

Gran Cafe Praha – Um charmoso café em frente ao Relógio Astronômico. Era frequentado por Kafka e já teve o nome de Café Milena em homenagem ao primeiro amor do escritor, Milena Jesenska. Tem mesas na calçada e fica no número 22 da Praça da Cidade Velha.

O Grand Cafe Praha fotografado de cima do Relógio Astronômico

O Grand Cafe Praha fotografado de cima do Relógio Astronômico

Estátua de Kafka – Inaugurada em 2003, ela está localizada na frente da Sinagoga Espanhola. Na obra, Kafka aparece sobre os ombros de uma pessoa sem cabeça, o que é um tanto curioso. Fica na Vezenská, 1.

O que exatamente significa essa estátua em homenagem a Kafka?

O que exatamente significa essa estátua em homenagem a Kafka?

Túmulo de Kafka – Kafka morreu devido a complicações da tuberculose em 1924, num sanatório na Áustria, mas foi enterrado em Praga. Seu túmulo está no cemitério de Zizkov.

A última morada de Kafka

A última morada de Kafka

A metamorfose de “A metamorfose”

Não bastasse Gregor Samsa – personagem mais famoso de Kafka – ter virado uma barata, agora ele também se metamorfoseou em um robô. Isso acaba de acontecer em terras japonesas (claro!), na adaptação para os palcos de A metamorfose.

E encenação que estreia oficialmente nesta quinta-feira, 9 de outubro, em Yokohama, foi concebida pelo célebre diretor japonês Oriza Hirata. Foi dele a ideia de que o personagem principal fosse encenado não por um ator, mas por um androide.

“Na pele” de Samsa está o robô Repliee S1, um androide formado por um exoesqueleto metálico que possui mãos brancas e rosto com feições humanas, desenvolvido pelo professor da Universidade de Osaka e especialista em robótica, Hiroshi Ishiguro.

O diretor Oriza Hirata já utilizou robôs em outras encenações, mas será a primeira vez que um deles atuará em outra língua que não a japonesa. “La Metamorphose Version Androide” apresenta quatro atores franceses (de carne e osso) ao lado do robô que encarnam a família de Gregor Samsa e que atuam no seu idioma.

Em novembro, A metamorfose em versão androide parte em turnê europeia, começando pelo Festival de Outono da Normandia na França.

Gregor Samsa versão androide

Gregor Samsa versão androide

 Os atores Thierry Vy Huu e Laetitia Spigarelli contracena com o robô Repliee S1, que protagoniza a adaptação para o teatro da peça 'A Metamorfose', de Franz Kafka. (Foto: Yoshikazu Tsuno/France Presse)


Os atores Thierry Vy Huu e Laetitia Spigarelli contracena com o robô Repliee S1, que protagoniza a adaptação para o teatro da peça ‘A Metamorfose’, de Franz Kafka. (Foto: Yoshikazu Tsuno/France Presse)

E por falar em versão japonesa, a Coleção L&PM Pocket publica a A metamorfose em estilo mangá. E também o texto clássico para os que preferem menos inovações.

O ritual diário de célebres escritores

Quem não tem um ritual matinal? Nem que seja desligar o despertador do iPhone, escovar os dentes e correr pro trabalho de barriga vazia mesmo. Há outros hábitos mais refinados, no entanto. Jane Austen, por exemplo, costumava tocar piano enquanto a casa ainda dormia e Victor Hugo lia cartas de amor de manhã cedinho…

O escritor nova iorquino Mason Curry pesquisou e colocou no papel 161 diferentes rituais – entre eles os de vários autores famosos – que em algum momento foram descritos em cartas ou nos diários deles. O resultado foi o livro “Rituals: How great minds make time, find inspitation, and get to work”, ainda inédito no Brasil. Dê só uma olhadinha em alguns deles:

JANE AUSTEN

A escritora levantava-se bem cedo, antes das outras mulheres acordarem, e tocava piano. Às 9h, ela organizava o café da manhã familiar, seu principal trabalho doméstico. Em seguida, sentava-se na sala de estar para escrever, enquanto sua mãe e irmã costuravam silenciosamente. Se convidados aparecessem, ela escondia seus papéis e participava da conversa. A principal refeição do dia era servida entre às 15h e 16h. Depois, seguida de uma conversa, uma jogatina, e chá. À noite, leituras em voz alta de romances e era nessa hora que Jane lia seu trabalho em andamento para a família.

O piano de Jane Austen que atualmente está no museu que leva seu nome

O piano de Jane Austen que atualmente está no museu que leva seu nome

VICTOR HUGO

Ele se levantava de madrugada, acordado diariamente por um tiro disparado de um forte relativamente próximo à sua casa, e então recebia uma xícara de café fresco e uma matutina carta de Juliette Drouet, sua amante, que ele havia instalado em Guemsey, há apenas nove portas dali. Depois de ler as apaixonadas palavras de “Juju” para seu “amado Cristo”, Hugo engolia dois ovos crus, trancava-se e escrevia até às 11h em uma pequena mesa que ficava em frente a um espelho.

Hugo)juliette

Os jovens Victor Hugo e Juliette e seus monogramas

MARK TWAIN

Sua rotina era simples: depois de seu café da manhã, ele ía ler e escrever e assim ficava até seu jantar, por volta das 17h. Como ele pulava o almoço, pois sua família não se aproximava durante o estudo – tocariam uma corneta se precisassem dele – ele podia trabalhar sem interrupções por horas a fio. No verão, costumava apreciar o vento: “Em dias quentes”, escreveu ele a um amigo. “Eu abro meus estudos, ancoro meus papéis com pesos, e escrevo em meio a um furacão, vestido com tecido de linho”.

Mark Twain escrevendo

Mark Twain trabalha vestido de linho

FRANZ KAFKA

Em 1908, Kafka conseguiu um emprego no Instituto de Seguro de Acidentes do Trabalhados em Praga, onde ele teve a sorte de trabalhar apenas um turno único. Nessa época, ele estava vivendo com sua família em um apartamento apertado, onde podia se concentrar e escrever apenas de madrugada, quando todos já estavam dormindo. Como Kafka escreveu a Felice Bauer, em 1912, “o tempo é curto, minha força é limitada, o escritório é horrível, o apartamento é barulhento e por isso precisamos ter jogo de cintura para viver a vida de maneira agradável”. Na mesma carta, ele descreve sua rotina: “…às 10h30 (as vezes após, mas não depois das 11h30) eu sento para escrever, dependendo da minha força, inclinação e sorte, até às 14h, 15h, 16h, de vez em quando, até às 6h da manhã.

Kafka 1908

Franz Kafka em 1908

CHARLES DICKENS

Primeiro, ele precisa de absoluto silêncio; tanto que, em uma de suas casas, uma porta extra teve de ser instalada para bloquear o barulho. Seu estudo era precisamente organizado, com uma mesa posta na frente de uma janela e, na própria mesa seus materiais de escrita – canetas de pena e tinta azul – em meio a diversos outros ornamentos: uma pequeno vaso de flores, um grande abre cartas, uma folha dourada com um coelho em cima, e duas estátuas de bronze (uma representando um par de sapos duelando, outra um cavalheiro cercado por filhotes de cachorros).

Dickens

Dickens precisava de silêncio total

Via Shortlist.com

 

 

Quando o assunto é caneta Mont Blanc, os escritores assinam embaixo

Quando se pensa em caneta de luxo, o primeiro nome que aparece escrito na mente é Montblanc. Marca alemã fundada em 1906 e batizada em homenagem à montanha mais alta da Europa Ocidental, a Montblanc é um sonho de consumo caro, mas que oferece garantia para toda a vida. E para despertar ainda mais o desejo entre os adoradores de canetas, ela costuma lançar edições limitadas a cada ano.

Desde 1992, entre estes lançamentos especiais estão vários modelos em homenagem a escritores famosos que trazem as assinaturas dos autores impressas. Dê uma olhada em alguns deles e suspire.

O modelo Agatha Christie, lançado em 1993, traz uma misteriosa serpente com olhos de rubi:

Mont Blanc Agatha Christie

Mont Blanc Agatha Christie

O modelo Oscar Wilde, de 1994, parece homenagear os casacos de pele do autor de O retrato de Dorian Gray:

Mont Blanc Oscar Wilde

Mont Blanc Oscar Wilde

Em 1998, foi lançado o modelo Edgar Allan Poe:

Mont Blanc Edgar Allan Poe

Mont Blanc Edgar Allan Poe

Em 1999, foi a vez de Marcel Proust receber uma luxuosa Montblanc:

Mont Blanc Marcel Proust

Mont Blanc Marcel Proust

Charles Dickens ganhou edição especial em 2001:

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Mont Blanc Charles Dickens

A Montblanc F. Scott Fitzgerald, de 2002, bem poderia ser usada pelo personagem de O grande Gatsby:

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Mont Blanc F. Scott Fitzgerald

Franz Kafka é um dos modelos mais bonitos da Montblanc e foi lançado em 2004:

Mont Blanc Franz Kafka

Mont Blanc Franz Kafka

Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote de La Mancha foi homenageado em 2005:

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Mont Blanc Miguel de Cervantes

Em 2006, Virginia Woolf também ganhou sua caneta Montblanc:

Mont Blanc Virginia Woolf

Mont Blanc Virginia Woolf

Balzac é o modelo mais recente e o único que encontra-se disponível para venda no site da Montblanc, pois foi lançado em 2013:

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Mont Blanc Honoré de Balzac

“A metamorfose” em mangá

Acabou de chegar mais um título na Série L&PM Pocket Mangá: o clássico A metamorfose, de Franz Kafka.

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Ao amanhecer um dia transformado em um inseto gigante, Gregor Samsa viu sua vida e a de sua família se tornar um pesadelo absurdo e interminável. Escrita em 1912, A metamorfose é a história mais conhecida e estudada de Franz Kafka, uma preciosa porta de entrada para a obra de um dos autores mais peculiares do século XX, que retratou como ninguém a perplexidade do ser humano diante de um mundo cada vez mais injusto e sem sentido. Na série L&PM Pocket Mangá, o clássico é adaptado para a linguagem ágil de dinâmica das histórias em quadrinhos japonesas.

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Exposição sobre Kafka começa neste final de semana em São Paulo

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A Casa Guilherme de Almeida, instituição da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, abre neste sábado, 18 de janeiro, a exposição “Franz Kafka e Praga”, que traz oito painéis biográficos do escritor tcheco (1883-1924), autor das obras A Metamorfose e O Processo. A mostra tem curadoria do Consulado Geral da República Tcheca e patrocínio da empresa brasileira BBZ. A exposição ficará em cartaz até 22 de fevereiro.

A exposição lembra os 130 anos do nascimento de Franz Kafka. As reproduções de fotos revelam diversos momentos de sua trajetória, desde a infância até seus últimos dias no sanatório. São mostradas imagens de lugares importantes de sua vida, de sua família e também de seus amores: Felice Bauer, Julie Wohryzek, Milena Jesenská e Dora Diamant.

Também figuram nos painéis capas das primeiras edições de seus livros, manuscritos e vários documentos. Cada painel é introduzido por um breve texto do próprio Kafka relacionado a algum momento de sua vida.

Palestra
Na data de abertura da exposição, dia 18, às 15h, o professor Helmut Galle dará uma palestra sobre Kafka e sua obra. Galle é graduado e doutorado pela Universidade Livre de Berlim e livre-docente em literatura alemã pela USP. Um de seus mais recentes trabalhos editados é o livro Fausto e a América Latina, do qual é organizador.

A Casa Guilherme de Almeida é administrada pela POIESIS Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura.

Serviço:
Exposição Franz Kafka e Praga
De 18 de janeiro a 22 de fevereiro

Casa Guilherme de Almeida
Rua Macapá, 187, Pacaembu
(11) 3673-1883 / 3672-1391
De terça a domingo, das 10h às 18h. Visitas espontâneas e agendadas.
Atende a escolas, mediante agendamento.
Entrada franca.
Site: www.casaguilhermedealmeida.org.br

Ser vegetariano, eis a questão

1º de outubro é Dia Mundial do Vegetarianismo. Entre os adeptos da salada nossa de cada dia, estão escritores e pensadores como Platão, Leonardo da Vinci, Leon Tolstói, Franz Kafka, Mary Shelley, Charlote Brontë, Isaac Bashevis Singer, Thoreau, H. G. Wells e Mark Twain. Einstein também foi vegetariano a partir de certa idade. E há quem defenda que Shakespeare, em alguns de seus sonetos, deu indícios de que não comia carne.

Tolstói chegou a escrever que “a mudança para o vegetarianismo seria a primeira consequência natural para a iluminação.” 

Tolstói, um dos vegetarianos mais militantes da literatura

Tolstói, um dos vegetarianos mais militantes da literatura