Parece a Dorothy do Mágico de Oz, mas na verdade é Agatha Christie. Na foto, ela segura seu cachorrinho, presente dado pelo pai e batizado por ele de George Washington. Em sua autobiografia, Agatha conta que ficou tão feliz ao ganhá-lo que não conseguiu pronunciar nenhuma palavra – o que fez com que o pai pensasse que a menina não tinha gostado do presente:
“Minha mãe contou-me mais tarde que meu pai ficara muito desapontado com a recepção que fiz a seu presente. (…) Mas minha mãe, sempre compreensiva, disse-lhe que eu precisava de tempo. Esse cachorrinho Yorkshire-terrier, de quatro meses de idade, vagueava desconsoladamente pelo jardim, onde se afeiçoara ao nosso jardineiro, um homem mal-humorado chamado Davey. O cão fora criado por um jardineiro e a visão de uma enxada entrando na terra fê-lo sentir-se em casa. Sentou-se no atalho do jardim e ficou contemplando com ar muito atento o homem que cavava. Foi aí que o encontrei e travamos conhecimento. Éramos ambos tímidos e só fizemos algumas tentativas de aproximação. Mas no final da semana Tony e eu já éramos inseparáveis. Seu nome oficial, dado por meu pai, era George Washington – Tony era o apelido, contribuição minha. Tony era um cão admirável para uma criança: bem-humorado, afetuoso, acompanhava de bom grado todas as minhas fantasias. (…) Laços, fitas e outros adornos passaram a ser aplicados em Tony, que os aceitava de boa vontade, como se se tratasse de sinais de apreço, e , ocasionalmente, comia pedaços deles, além de sua ração de chinelos.”