Nos anos 80, a L&PM editava uma revista chamada… Oitenta. O volume 7, publicado na primavera de 1982, trazia um texto de Gore Vidal chamado “O último crítico literário legível”, onde o escritor discorria sobre recordações de Edmund Wilson, autor de “Rumo à estação Finlândia” e considerado “o último representante de uma geração educada no ócio.” Clique sobre a imagem para ler o artigo.
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“Eu não faço entrevistas, eu dou entrevistas” (Gore Vidal)
Gore Vidal faleceu nesta terça-feira (madrugada de quarta no Brasil), aos 86 anos, em sua casa em Los Angeles. Considerado um dos intelectuais mais importantes dos Estados Unidos, escreveu romances, ensaios e roteiros de filmes. Era um crítico implacável do estilo de vida americano e da religiosidade que domina o sistema educacional. Segundo ele, os EUA vivem um sistema político de um só partido com duas alas direitistas. Candidato eterno ao Nobel da Literatura, era primo do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e meio-irmão da ex-primeira dama Jacqueline Kennedy. Gore Vidal andava de cadeira de rodas desde 2008, quando fraturou a coluna ao cair em um restaurante em Los Angeles. Morreu de complicações pulmonares.
Em Diários de Andy Warhol, Gore Vidal é citado algumas vezes, como no dia 15 de dezembro de 1981:
Tomei um Vibromycin e depois na minha aula de beleza fiquei com náuseas, então comi uma bolacha e tomei água. Estava chovendo, realmente sujo e úmido. Encontrei John Reinhold e fomos para nosso lugar de costume, que se chama Think Thin. Conversamos sobre desenho de joias. E Bob está tentando resolver quem devemos mandar entrevistar Farrah Fawcett. Gore Vidal se recusou, disse, “Não faço entrevistas – eu DOU entrevistas”. (Andy Warhol em Diários de Andy Warhol – vol. 1)