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Uma nova Cinderela em carne e osso

A Gata Borralheira foi uma história recolhida, reescrita e eternizada pelos Irmãos Grimm. Na versão original, a heroína não se chama Cinderela, seu pai segue vivo até o fim, não há fada madrinha e as “irmãs” cortam parte dos pés para calçar o sapatinho.

Quando virou desenho animado da Disney em 1950, a história dos Irmãos Grimm ficou bem mais suave e encantada. A Gata Borralheira ganhou o nome de Cinderela, o pai tomou chá de sumiço já na primeira cena e uma bondosa fada madrinha foi acrescentada ao roteiro. Da versão original, ficaram as agruras da pobre heróina, a maldade da madrasta e suas filhas e, ufa!, o final feliz ao lado do príncipe.

Agora, a Disney divulgou o trailer de uma nova versão da história, dessa vez em carne e osso em com grande elenco. Richard Madden (o Robb Stark, de “Game of thrones”) é o príncipe; Lily James (a Lady Rose, de “Downton Abbey’) é a Gata Borralheira, Cate Blanchett é a madrasta má e Helena Bonham Carter é a fada madrinha. Todos dirigidos por Kenneth Branagh.

A nova “Cinderela” estreia no Brasil no dia 2 de abril.

Ficou curioso para conhecer o conto original dos Irmãos Grimm? A gata borralheira está em Contos de Grimm Volume 2, Coleção L&PM Pocket.

 

Os miseráveis em cor e movimento

“Este livro é um drama cujo personagem principal é o infinito. O homem é secundário”. Assim Victor Hugo definiu seu mais célebre romance, Os miseráveis. “O infinito” aparece exatamente como uma tentativa de reunir tudo em um único livro. A amplitude dessa obra-prima é condizente com seus propósitos, que se espalham por todas as direções, e com sua maneira de lidar com a questão do tempo: ao incorporar o presente ao passado para esboçar os horizontes do futuro, Hugo deseja retratar fielmente o seu século, apontar suas zonas de luz e de sombra, suas mazelas e suas esperanças. O infinito é também o território espiritual de seu personagem secundário, “o homem”, dividido em inúmeras figuras, homens e mulheres, crianças, jovens e velhos, de todos os estratos sociais – patrões, aristocratas, bispos, policiais, ladrões, prisioneiros, órfãos, operários, estudantes, prostitutas, meninos de rua, criaturas decadentes, alegres, sofredoras, maliciosas, generosas, apaixonadas… Hugo criou um mosaico de rostos que, reunidos, compõem a humanidade; a esperança do escritor era a união de suas forças.

Por tudo isso, adaptar Os miseráveis seja para o teatro, cinema ou quadrinhos não é tarefa fácil. Mas com talento e conhecendo profundamente a obra, é possível. Tanto que seu sucesso na Broadway é imenso e agora a adaptação deste musical está nos cinemas. Nos quadrinhos, a tarefa de adaptar a grande obra de Victor Hugo coube a Daniel Bardet que traçou um roteiro primoroso desenhado por Bernard Capo e que foi colorido pelo artista Arnaud Boutle. Uma equipe reunida originalmente pela editora francesa Glénat e que agora chega à Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos L&PM com tradução de Alexandre Boide. Para completar, todos os volumes desta série contam com um dossiê sobre o autor, sua obra e sua época. Simplesmente imperdível. Tanto para os que já conhecem o romance de Victor Hugo como para os que querem ter um primeiro contato com sua história.

Nos cinemas, uma super produção de Os miseráveis tem estreia prevista para 14 de dezembro no EUA e 29 de março no Brasil. O filme é uma adaptação quase fiel àquela apresentada na Broadway. E contará com grande elenco: Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter. Veja aqui o teaser do filme em que Anne Hathaway canta a música tema do filme: