Tem gente que é tão, mas tão fã de Hercule Poirot que é capaz de tatuar o detetive de Agatha Christie na pele. Dê só uma olhada e escolha o seu preferido:
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Poirot, quem diria, já foi galã
Desde o final da década de 1920, o famoso detetive belga criado por Agatha Christie vem ganhando diferente rostos no teatro e no cinema. Foram mais de 40 atores com diferentes nacionalidades e bigodes (ou até sem bigode) que ajudaram a desvendar os crimes criados pela Rainha do Crime.
Um dos Poirots mais lembrados é, sem dúvida, aquele que está na mais célebre adaptação de Assassinato no Expresso Oriente, de 1974. Ele foi eternizado por Albert Finney.
Quando o britânico descendente de irlandeses Albert Finney foi escalado para ser Poirot, a primeira impressão foi de estranheza. O galã de 38, bonitão e de porte atlético, não parecia se encaixar no perfil atarracado e gordinho de um detetive cinquentão.
A caracterização exigiu horas de maquiagem diárias. Todas as manhãs, muito cedo, Finney era pego em sua casa e ficava dormindo no trailer enquanto os maquiadores começavam a trabalhar em sua transformação que incluía um nariz falso e um estofamento na barriga.
Finney foi o único ator a interpretar Hercule Poirot que recebeu uma indicação ao Oscar pelo papel, embora não tenha levado a estatueta. Alguns idolatram sua interpretação do detetive, outros a consideram caricata demais, mas todos concordam que sua caracterização física e seu figurino são obras-primas.
E vem aí mais um Hercule Poirot! Em 23 de novembro deste ano estreia a nova adaptação de Assassinato no Expresso Oriente com direção de Kenneth Branagh e o próprio no papel de Poirot.
A L&PM publica Assassinato no Expresso Oriente nas versões impressa e e-book.
Ariadne Oliver, o alter ego de Agatha Christie
Ariadne Oliver é mais do que uma personagem presente em alguns livros da Rainha do Crime. Ela é, na verdade, considerada seu alter ego. Mrs. Oliver é uma escritora de meia-idade, bem-sucedida, criadora de histórias policiais e de um detetive estrangeiro (como Poirot), o finlandês Sven Hjerson. Ela tem horror a jantares literários, não suporta fazer discursos e não gosta de escrever com outros autores. No livro Cartas na mesa, em que é personagem, a escritora criada por Agatha Christie está escrevendo um romance policial chamado Um corpo na biblioteca – título que foi aproveitado pela própria Agatha para um livro que ela lançou anos mais tarde – e que é publicado na Coleção L&PM Pocket.
As semelhanças de pensamento entre criador e criatura são impressionantes e não resta dúvida de que, muitas vezes, quando Mrs. Oliver fala, é a voz de Agatha Christie que se ouve. A escritora personagem também funciona como um alívio cômico das histórias, pois ao tentar ajudar o amigo Hercule Poirot, muitas vezes usa a “intuição feminina” e chega a conclusões erradas.
Abaixo, os livros em que Ariadne Oliver aparece. A L&PM já publica todos:
O detetive Parker Pyne (de 1934)
Cartas na mesa (de 1936)
A morte da Sra. McGinty (de 1952)
A extravagância do morto (de 1956)
O cavalo amarelo (de 1961)
A terceira moça (de 1966)
A noite das bruxas (de 1969)
Os elefantes não esquecem (de 1972)
Os novos selos comemorativos de Agatha Christie
A página oficial de Agatha Christie anunciou esta semana que, para celebrar o centenário de lançamento do primeiro romance policial da Rainha do Crime (O misterioso caso de Styles) e da criação de Hercule Poirot, o Royal Mail do Reino Unido vai lançar seis novos modelos de selos que trazem cenas de seis romances importantes: Assassinato no Expresso Oriente, O Misterioso caso de Styles, E não sobrou nenhum, Um corpo na biblioteca, O assassinato de Roger Ackroyd e Convite para um homicídio. Além dos selos, também serão lançados cartões postais com as mesmas ilustrações.
O lançamento oficial vai acontecer em 15 de setembro (dia do aniversário de Agatha Christie), em Torquay, durante um evento exclusivo que acontecerá em parceria com o Royal Mail. A partir deste dia, será possível comprar o conjunto dos seis selos com um carimbo especial, o conjunto dos seis cartões postais, além de um pacote especial apresentado por Mathew Prichard, neto da escritora, que traz textos e fotos de Agatha Christie sobre sua família, sua vida e sua obra e também reflexões intrigantes sobre seu personagem mais famoso, Hercule Poirot.
Lá no site do Royal Mail você encontra mais informações. Conheça os selos:
Kenneth Branagh poderá ser o novo diretor de “Assassinato no Expresso Oriente”
O jornal britânico The Guardian desta quarta-feira, 17 de junho, divulgou que o diretor e ator britânico Kenneth Branagh está em negociações para dirigir uma nova versão cinematográfica de Assassinato no Expresso Oriente, um dos mais famosos livros de Agatha Christie.
Se o filme realmente sair, será a quarta vez em que essa história da Rainha do Crime irá parar na tela grande. Tudo se passa na famosa linha de trem Expresso Oriente. Na trama, um misterioso assassinato acontece em um dos vagões e passa a ser investigado por Hercule Poirot durante a viagem. A adaptação mais famosa é a de 1974 que teve direção de Sidney Lumet e contou com um elenco estrelar com Albert Finney como o famoso detetive belga de Agatha Christie.
O mais recente sucesso de Branagh como diretor é “Cinderella” e agora estamos torcendo para que ele seja mesmo o diretor e que o novo remake de Assassinato no Expresso Oriente entre logo em movimento.
Agatha Christie para japonês ver
A Rainha do Crime é sucesso em todas as línguas. Suas histórias são adoradas nos mais diferentes continentes e suas tramas reverenciadas entre as mais variadas culturas. Prova disso é que a Fuji TV, do Japão, anunciou a adaptação de O Assassinato no Expresso Oriente, um dos livros mais famosos da escritora inglesa.
A versão televisiva japonesa será adaptada e dirigida pelo escritor e roteirista Mitani Koki (foto acima) – que fez questão de posar com um bigode de Poirot ao anunciar a adaptação – e terá célebres atores no elenco. Essa adaptação está sendo vista como “um dos mais grandiosos dramas de mistério da TV Fuji de todos os tempos”.
40.630 libras por um livro de Agatha Christie
A Rainha do Crime realmente tem súditos dispostos a mostrar-lhe reverência. E não só isso: dispostos, também, a pagar um preço alto por um livro seu. Um exemplar do livro “Poirot Investiga”, de Agatha Christie, foi leiloado por um valor recorde de 40.630 libras. Acredita-se que este é o valor mais alto já alcançado por um livro de Christie. Em 2009, um exemplar de “O Misterioso Caso de Styles” havia sido vendido por foi de 10 mil libras.
A coletânea de contos, de 1924, foi leiloada pela casa Dominic Winter e tinha um preço estimado entre 3.000 e 5.000 libras. Mas depois de muitos lances, foi arrematada por Christian Jonkers, da Jonkers Rare Books. Segundo Chris Albury, que comandou o leilão, o livro era particularmente atrativo a colecionadores porque contém a primeira imagem do famoso detetive belga Hercule Poirot e tem uma sobrecapa de papel por cima da capa dura.
“A sobrecapa é a chave”, disse. “Está perfeita e geralmente sobrecapas dessa época tem pedaços faltando. Nessa o Poirot está completamente intacto. Sobrecapas de antes da Segunda Guerra são muito menos comuns do que as de depois da guerra.”
Já por aqui, você vai encontrar Os primeiros casos de Poirot por 19 reais.
Especial Hercule Poirot no Telecine Cult
“Altura, um metro e sessenta e dois; a cabeça, do formato de um ovo, ligeiramente inclinada para um lado; olhos de um verde brilhante quando excitado; espesso bigode hirsuto como costumam usar os oficiais do Exército; e uma pose de grande dignidade”. É assim que, em sua autobiografia, Agatha Christie descreve seu mais célebre personagem: Hercule Poirot.
De nacionalidade belga, embora muitos pensem que é francês, Poirot é um personagem bem vestido e pouco modesto que, por vezes, pode “obrigar” seu amigo Hatings a explicar aos outros quem ele é. Seu sobrenome vem de “poireau” que, em francês, significa alho-porró ou verruga e sua primeira aparição foi no livro de estreia de Agatha Christie, O misterioso caso de Styles, de 1921.
Este mês, o canal Telecine Cult homenageia este que é o mais extravagante dos detetives da literatura e exibe, às segundas-feiras do mês de agosto, sempre por volta das 18h, quatro adaptações de histórias protagonizadas por Hercule Poirot. O Especial Hercule Poirot oferece títulos da série britânica “Agatha Christie’s Poirot”, com o ator David Suchet no papel principal. Encontro com a Morte abriu o especial no dia 1º. No dia 8 é a vez de Um Gato entre os Pombos . A Morte da Sra. Mcginty vai ao ar no dia 15. E para encerrar o especial, no dia 22, o canal apresenta A Terceira Moça.
Conheça o Hotsite Agatha Christie e saiba tudo sobre a Rainha do Crime.
O dia de Poirot, Maigret, Padre Brown e Sherlock Holmes
O que seria de um boa história de mistério sem eles? Aquela pista que ninguém viu, aquele personagem que ninguém desconfiou, aquele motivo que ninguém suspeitou… Só eles são capazes de chegar ao verdadeiro veredicto, à resposta elementar, ao assassino frio e calculista. Seguindo não apenas as pistas, mas principalmente suas deduções precisas, os detetives são o grande trunfo dos livros da sessão policial. Tanto é assim que os mais famosos nunca aparecem em uma única história.
Por que esse papo todo hoje? Porque ontem, 15 de maio, foi o Dia do Detetive. E nada mais justo do que prestarmos uma homenagem aos nossos velhos conhecidos detetives da literatura: Poirot, Maigret, Padre Brown e Sherlock Holmes. Cada um deles tem a sua própria personalidade, construida com muito esmero por seus “pais”. Ou melhor, pelos escritores que os criaram.
Hercule Poirot – Agatha Christie descreve seu mais célebre personagem: “Altura, um metro e sessenta e dois; a cabeça, do formato de um ovo, ligeiramente inclinada para um lado; olhos de um verde brilhante quando excitado; espesso bigode hirsuto como costumam usar os oficiais do Exército; e uma pose de grande dignidade.”
Para Poirot, é possível resolver um crime estando “apenas sentado na sua poltrona”, pois, ao contrário dos outros detetives que buscam pistas no local do crime, Poirot utiliza como principal método a psique humana. Não é um detetive de ação, mas de dedução.
Jules Maigret – O comissário Jules Maigret, criado por Georges Simenon, é, sem dúvida, um dos grandes personagens da literatura moderna. Mas antes de ser um detetive, é um verdadeiro estudioso da natureza humana. Um homem sensível às fraquezas de seus semelhantes. Sua argúcia está ligada, menos à genialidade dedutiva, do que a uma profunda capacidade de compreender a alma de suspeitos e vítimas.
Maigret nos comove exatamente por isso. Pelo paradoxo que se estabelece quando temos um policial generoso, capaz de sofrer pela sorte de culpados e inocentes.
Padre Brown – Criado pelo escritor britânico G. K. Chesterton, Padre Brown está entre os gandes detetives da literatura. Suas reflexões filosóficas pontuam a ficção de Chesterton e a escolha do método humanístico da intuição em detrimento da dedução garantiram a ele um lugar junto aos grandes.
“A literatura é uma das formas de felicidade; talvez nenhum outro escritor tenha me proporcionado tantas horas felizes como Chesterton”, disse Jorge Luis Borges.
Sherlock Holmes – Ele é sem dúvida o maior de todos. Ao lado de seu fiel amigo, o Dr. Watson, Sherlock Holmes não aceita estar errado. Normalmente, porque ele sempre está… certo. Ao contrário do comissário Maigret, Holmes não demonstra muitos traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser. Sir Arthur Conan Doyle, seu criador, até tentou matar a criatura em um dos seus livros. Mas foi obrigado a ressucitá-lo devido aos protestos de leitores do mundo inteiro.
Sherlock Holmes domina incrivelmente uma vasta quantidade de assuntos do conhecimento humano, como história, química, geologia, línguas, anatomia e literatura.