Nesta quarta, dia 18 de setembro, a Casa de Ideias realiza uma aula aberta sobre J.D. Salinger em Porto Alegre. O autor das novelas Seymour, uma representação, Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira (Coleção L&PM Pocket) e o clássico O apanhador no campo de centeio é o tema da palestra “A volta de J.D.Salinger” com o professor da USP Eduardo Wolf.
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J.D. Salinger tem textos inéditos no prelo
As obras completas de J.D. Salinger ainda não foram publicadas, segundo um filme e um livro que serão lançados na próxima semana.
Salinger, que morreu em 2010, aos 91 anos, ficou conhecido por uma obra literária aclamada, porém escassa, ofuscada pelo livro que lançou em 1951, “O Apanhador no Campo de Centeio”.
Um documentário prestes a ser lançado, acompanhado de um livro que reproduz e complementa o roteiro, ambos com o título “Salinger”, afirma com detalhes que o escritor deixou instruções para os responsáveis por sua obra para que publicassem pelo menos cinco livros adicionais –alguns inteiramente inéditos, alguns que ampliam textos já publicados–, numa sequência que deve começar no início de 2015.
Os novos livros e contos foram escritos muito antes de Salinger assinar essa declaração de intenções em 2008, e vão expandir bastante o legado do autor.
Uma coletânea, que será chamada “The Family Glass”, vai somar cinco novas histórias a um lista de já publicadas sobre a fictícia família Glass, que surgiu no livro “Franny e Zooey”.
Outra deverá incluir uma retrabalhada versão de uma história de Salinger já conhecida mas nunca publicada, “The Last and the Best of Peter Pans”, que será reunida a histórias novas ou já editadas da família Caulfield, entre elas “O Apanhador no Campo de Centeio”.
FILOSOFIA E GUERRA
Os trabalhos inéditos devem incluir um manual romanceado da filosofia hinduísta Vedanta, com a qual Salinger se envolveu, uma novela baseada em seu primeiro casamento e passada durante a Segunda Guerra Mundial, e uma outra novela, inspirada em suas próprias experiências na guerra.
Por décadas, pessoas próximas a Salinger disseram que ele continuou escrevendo assiduamente, embora tenha parado de publicar desde a novela “Hapworth 16, 1924”, que saiu na revista “The New Yorker” em 1965. Mas só agora são revelados tantos detalhado dos planos de publicações póstumas.
Matthew Salinger, filho e controlador do legado do escritor ao lado de sua viúva, não quis discutir os planos do pai como o documentarista. Foi a mesma posição da editora de “Apanhador no Campo de Centeio”, Little, Brown and Company.
O documentário, que será lançado no dia 6 de setembro, é dirigido por Shane Salermo, um cineasta que passou nove anos pesquisando e filmando material. O livro sobre o filme, escrito por Salermo e David Shields, será lançado pela Simon & Schuster no dia 3.
Dando entrevista em seu escritório em Los Angeles, Salermo apontou para mesas e gavetas lotadas de fotos nunca publicadas, centenas de cartas e até um diário manuscrito da Segunda Guerra que pertenceu a um dos mais antigos amigos de Salinger, um soldado chamado Paul Fitzgerald, já morto.
A descoberta dos planos de publicação, segundo Salermo, tomou forma na parte final de suas pesquisas. Ele credita os detalhes do acordo a duas fontes anônimas, descritas no livro como “independentes e sem ligação uma com a outra”. Salermo diz que são pessoas que nunca se falaram, mas ambas sabiam dos planos.
O livro e o filme estão sendo promovidos com a promessa de revelações sobre Salinger, que fez da busca por privacidade sua marca registrada. A campanha promocional inclui um pôster com a imagem de Salinger com o dedo na frente dos lábios, com a inscrição: “Descubra o mistério, mas não revele os segredos”.
DUAS MULHERES
O livro, com 698 páginas, viaja pela vida do escritor que participou do desembarque aliado na Normandia na Segunda Guerra Mundial e voltou aos EUA casado com uma alemã, Sylvia Welter. O livro traz detalhes sob a suspeita de que ela era, na verdade, uma informante da Gestapo. Depois de poucas semanas, Salinger deixou no prato dela, servido para o café da manhã, uma passagem aérea para a Alemanha.
Outro relacionamento descrito no livro vai intrigar os seguidores de Salinger. Logo após a guerra, ele teria conhecido uma garota de 14 anos, Jean Miller, em um resort na Flórida. Por anos, eles trocaram cartas, passaram períodos juntos em Nova York e teriam tido uma única relação sexual. Segundo depoimento de Miller no filme/livro, ele a abandonou no dia seguinte a essa relação. Segundo ela, um de seus contos foi inspirado por ela: “For Esmé – With Love and Squalor”.
Para Salermo, livro e filme concluem uma busca que acompanhou seu trabalho de roteirista em Hollywood, de filmes como “Os Selvagens” e a ainda inédita continuação de “Avatar”.
“Salinger está prestes a ter um segundo ato em sua vida, como nenhum outro escritor na história”, diz Salermo. “Não há precedentes.”
Assista ao trailer do documentário:
De J. D. Salinger, a L&PM publica Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira & Seymour, uma apresentação.
O trailer do documentário “Salinger”
Estreia em setembro o documentário “Salinger” sobre a vida e a obra do autor de “O Apanhador no Campo de Centeio”, morto em 2010. A direção é de Joyce Maynard, uma velha amiga de Salinger, com quem o escritor morou nos anos 70. Entre os entrevistados estão nomes como Tom Wolfe, Danny DeVito e Edward Norton, que falam sobre a influência do escritor em suas vidas. Assista ao trailer:
A L&PM publica Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira de J. D. Salinger na Coleção L&PM Pocket.
via Folha
Escritores que assinam embaixo
Quem não sonha em ter uma primeira edição assinada de próprio punho por um escritor famoso? Mesmo que algumas dessas assinaturas sejam praticamente ilegíveis, elas são pra lá de especiais, você não concorda? Veja aqui algumas delas e tente reconhecer os nomes (todos eles publicados pela L&PM). Caso tenha alguma dúvida, a resposta está no final do post.
Na ordem: James Joyce, Charles Bukowski, Arthur Conan Doyle, Edgar Allan Poe, Francis Scott Fitzgerald, J. D. Salinger, Jorge Luis Borges, Leon Tolstói, Mark Twain, Oscar Wilde, Pablo Neruda, Rainer Maria Rilke.
Rimbaud por Jack Kerouac
Arthur Rimbaud viveu apenas 37 anos, mas foi o suficiente para influenciar uma turma enorme de artistas e intelectuais. A produção literária e musical do século 20 deve muito ao poeta francês: de Bob Dylan e Patti Smith (só para citar alguns) a T. S. Eliot, J. D. Salinger, Henry Miller, Anaïs Nin passando pelos poetas e escritores da geração beat, vários artistas “estamparam” a influência de Rimbaud em seus textos e letras de música.
Uma das homenagens mais escancaradas foi feita por Jack Kerouac com o poema “Rimbaud”, que faz parte da coletânia “Scattered Poems” e foi publicado pela L&PM no Brasil no livro Alma beat, de 1984. Clique sobre a imagem e leia o poema na íntegra:
A L&PM publica a história de Rimbaud na Série Biografias L&PM.
E se David Lynch filmasse “A metamorfose”
Tem livros cujas histórias são tão bem contadas e cheias de detalhes que chegam a ser visuais. Não é a toa que inúmeros diretores já se inspiraram em histórias da literatura para fazer seus filmes como Pedro Almodóvar em Carne Trêmula, Marc Foster no Em busca da terra do nunca e Tim Burton em Alice no país das maravilhas, só pra citar alguns.
Já tentou imaginar como você faria um filme a partir do seu livro preferido? O vídeo abaixo propõem um exercício interessante para estudantes de artes gráficas e cinematográficas: criar uma abertura para um filme (que ainda não foi feito) baseado na história de um livro sob a batuta de determinado diretor, tudo de faz-de-conta. Se David Lynch filmasse A metamorfose, de Franz Kafka, por exemplo, o resultado poderia ser algo mais ou menos assim:
Note que os créditos trazem nomes de pessoas “de verdade” como David Lynch e Meryl Streep, mas é só um exercício. No post Livros reais, filmes imaginários, do jornalista Almir de Freitas no site da revista Bravo!, há outros vídeos inspirados em livros ainda não filmados como O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger e outros.
Do banheiro de Salinger para o seu
Esse post é especial para aqueles leitores/internautas que estão procurando um vaso sanitário e pretendem gastar mais ou menos US$ 1 milhão para adquiri-lo. Pois o eBay colocou à venda por esse valor a (desculpem o termo) privada que teria pertencido ao autor de O apanhador no campo de centeio, J. D. Salinger, até sua morte, em janeiro desse ano.
Vejam a ótima descrição do anúncio:
“Esse é o vaso sanitário que pertenceu e foi usado por J. D. Salinger por muitos anos! Está em sua casa em Cornish, New Hampshire e foi instalado na “nova ala” da residência.
Quando ele morreu, sua esposa herdou todos os seus manuscritos com planos de eventualmente publicar alguns deles. Quem sabe quantas dessas histórias não foram pensadas e escritas enquanto Salinger estava sentado nesse trono!
Esse vaso vintage é de 1962 e está datado sob a tampa. Ele chegará a você “não limpo” e nas condições originais em que estava quando foi removido da antiga casa de Salinger!
Também inclui uma carta de Joan Littlefield. Ela e o marido são os novos donos da casa de Salinger e foram eles que retiraram e substituíram o vaso. A carta é datada de 16 de abril.
Não perca sua chance de possuir um pedaço da história!!”
Não colocamos nossa mão no fogo pela tal “originalidade” do produto, mas que ficou engraçado, ficou.
Do ex-dono do precioso vaso, a L&PM publica Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira e Seymour, uma apresentação.
Revista publica foto inédita de Salinger
A revista Newsweek publicou na última semana uma foto inédita de J. D. Salinger, que morreu em janeiro desse ano. Salinger passou os últimos 45 anos de sua vida recluso e, portanto, fotos suas são raríssimas. Essa, em que ele até esboça um sorriso, foi tirada em abril de 1968.
Leia a íntegra da matéria da Newsweek aqui.