Jardim de verão
Quero ver as rosas neste jardim único
onde uma grade se ergue sem igual,onde as estátuas me recordam jovem
e delas me lembro sob as águas do Nevá.Das tílias no silêncio perfumado
imagino o rangido dos mastros dos navios,e o cisne, como antes, vaga através dos séculos,
admirando o esplendor de sua imagem.Lá, para sempre, os passos se calaram,
amados, odiados, odiados ou amados.E o desfilar das sombras não tem fim,
do vaso de granito ao portal do palácio.Lá minhas noites em claro murmuram bem baixinho
cantando um amor secreto, misterioso.Jade e madrepérola em tudo se irradiam,
mas a secreta fonte de luz fica escondida.
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