Com o lançamento da nova “Enciclopédia dos Quadrinhos“, de Goida e André Kleinert, este Blog publicará, nos domingos, um verbete deste livro. O de hoje é Joe Sacco (1960).
Ele nasceu em Malta, mas antes de completar 20 anos mudou-se para os Estados Unidos. Formou-se jornalista e editou sua primeira publicação, a Portland Permanent Press. A primeira vez que vimos os desenhos de Joe Sacco foi no álbum The Big Book of The Unexpleined (Paradox Press, da DC, em 1997). Ele apresentava a história do Chupa-Cabra, em dez páginas. Em 2000, a Conrad lançou o primeiro álbum de Sacoo, Palestina, uma nação ocupada. Destacando-se no estilo que se chamou “jornalismo em quadrinhos”, Sacco foi novamente publicado em álbum pela Conrad em 2001 (Gorazde, área de segurança), 2003, (Palestina: na faixa de Gaza), 2005 (Uma história de Sarajevo) e 2006 (O derrotista). Esse último possuiu uma série de histórias curtas do autor, começando com a crônica Gênio dos quadrinhos, de uma autoironia incrível. Nesses últimos treze anos, Joe Sacco acumulou prêmios e mais prêmios por seus trabalhos, destacando-se Eisner Award em 2001 (Gorazde, área de segurança), American Book Award em 1996 para Palestina: uma nação ocupada, e 1999, pelo mesmo álbum, o prêmio Tournesol de Angoulême (França). Em 2010, a Companhia das Letras publicou no Brasil o álbum Notas sobre Gaza. Para melhor conhecer seu estilo cáustico e irreverente, é interessante ler as 218 páginas de Derrotista, uma síntese de seu trabalho avulso, às vezes distante do “jornalismo em quadrinhos”.