Por Janine Mogendorff*
Após embarcar numa temida sexta-feira 13 para a 41ª edição da London Book Fair tive a bela surpresa de um ensolarado – e frio – final de semana londrino. Na segunda-feira, com o início do evento, veio também a esperada chuva.
Saindo da estação de metrô já era possível ver o Earls Court Exhibition Centre (foto), onde se desenrolaram os três dias de feira, reunindo mais de 24.500 profissionais ligados ao mundo editorial. Neste ano, o foco esteve na China, que promoveu sua literatura e seus autores em um dos pavilhões.
Tive a oportunidade de assistir a algumas das dezenas de palestras oferecidas, como “Publishing and economics dialogue”, com os professores Li Yining e Christopher Howe (foto), e percorrer os corredores da feira. Falando em percorrer, teve gente que acabou se entregando às massagens que eram oferecidas por lá (foto).
O International Rights Centre (foto) foi o lugar mais concorrido para as reuniões com os agentes, além dos próprios estandes das editoras e dos países que lá estavam representados. Mas para quem não tinha nem um nem outro, era possível ver que reuniões aconteciam nos diversos cafés e restaurantes de Earls Court.
Além de um espaço para negociação de direitos, a feira é um espaço de trocas de informações valiosas entre os diferentes mercados, um espaço para a diversidade de línguas e de propostas editoriais. Nos estandes é possível ver livros que literalmente dão vontade de morder, outros que chamam a nossa atenção pelo cuidado gráfico ou mesmo pelo inusitado. Uma feira é sempre um bom lugar para exercitar o olhar.
Ah, para os que ficaram na dúvida sobre o efeito da sexta-feira 13 durante a jornada, posso afirmar que a viagem foi um sucesso, descontando o fato de que naquele domingo ensolarado tive que dar meia volta na frente do suntuoso palácio de Buckingham, pois naquele dia a troca da guarda não aconteceria.
* Janine Mogendorff é editora da L&PM e viajou a Londres para participar da London Book Fair