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Luz, câmera e ainda mais ação em “O Papai é Pop”

O livro O Papai é Pop de Marcos Piangers é um super sucesso. Isso porque ele conta a história de um homem comum, casado e pai de duas filhas, que descobre a aventura da paternidade. O mérito da obra é justamente esse: a forma como Piangers consegue divertir e comover, enquanto revela as percepções de um pai sobre o desenvolvimento das filhas, suas dificuldades, vitórias e vivências do cotidiano.

Foto Tiago Ghizoni

Foto Tiago Ghizoni

Pois eis que agora as histórias de O Papai é Pop vão ganhar a tela grande. Foi confirmado que a obra de Piangers vai virar filme com produção da Prodigo Films e roteiro de Ricardo Tiezzi (Qualquer Gato Vira Lata e O Outro Lado do Paraíso). As filmagens devem começar em 2019 e ainda não há previsão de estreia, mas estamos loucos para assistir!

O Papai é Pop e O Papai é Pop 2 são publicados na Coleção L&PM Pocket.

A natureza de Inimá de Paula

Acaba de chegar à L&PM a reedição de Os bruzundangas, de Lima Barreto. Na capa do livro, os leitores se deparam com a bela obra Natureza morta, de Inimá de Paula. Nascido em 7 de dezembro de 1918, na pequena cidade mineira de Itanhomi, Inimá exerceu ofícios modestos que lhe garantiriam a sobrevivência. Com uma formação autodidata, transformou-se em um dos principais expoentes da pintura produzida no país no pós-guerra, figurando entre os maiores paisagistas modernos, ao lado de Guignard e Pancetti. Conviveu com artistas como Santa Rosa, Antônio Bandeira, Aldemir Martins, Kaminagai, Portinari, Iberê Camargo, Takaoka, entre outros. Quem visita Belo Horizonte não pode deixar de ir até o Museu Inimá de Paula. Artista fundamental na implementação da arte moderna em Minas Gerais, no Rio de janeiro e no Ceará, Inimá teve sua obra consagrada no cenário artístico brasileiro e é celebrado como “Fauve brasileiro” e “Mestre das Cores”. As obras de Inimá podem ser encontradas nos mais importantes museus brasileiros, em acervos de fundações públicas e privadas e em coleções particulares de renomados colecionadores. Seu nome é citado em diversos dicionários de artes plásticas e livros de arte. Logo abaixo você confere imagens de algumas obras de Inamá.

Inimá de Paula em seu ateliê

Tela de Inimá de Paula, datada de 1968

Natureza-morta - Inimá de Paula

O pai da fábula escrita

Quem não conhece fábulas como A tartaruga e a lebreO Lobo e o CordeiroA Cigarra e a Formiga? Mas ao contrário do que todos pensam, não foi Esopo quem escreveu essas histórias como as conhecemos hoje. Suas fabulações faziam parte da tradição oral grega. As únicas informações sobre a sua vida que chegaram até aos dias de hoje são transmitidas por Heródoto, Plutarco e Heracles Pôntico, mas são contraditórias. Muitos chegam a duvidar da existência de Esopo. Suas fábulas foram reunidas e escritas, tendo inclusive inspirado outros grandes fabulistas, como La Fontaine e Fedro. Consta que Esopo era corcunda, mas a aparência estranha era suprimida pelo seu dom da palavra, ao contar suas histórias carregadas de ensinamentos. Seus personagens  são geralmente animais, personificados, que falam, erram e demonstram bem as muitas saliências do caráter humano. Diz a lenda que Esopo foi escravo e teria sido libertado por encantar seu último senhor com suas histórias de caráter moral e fantasioso. As histórias contadas por Esopo estão reunidas no livro Fábulas, publicado pela L&PM. Lá você encontra histórias como Guerra e Violência e Hermes e o Escultor. Vale a pena ler e refletir.

GUERRA E VIOLÊNCIA
Cada um dos deuses se casou com a mulher que
o destino lhes havia reservado. Quando foi a vez do
deus Guerra, só havia sobrado a Violência: ele se apaixonou
loucamente por ela e a desposou. Desde então,
ele a acompanha por toda parte.
A violência impera numa cidade ou entre as nações,
trazendo guerra e discórdia.

HERMES E O ESCULTOR
Hermes quis saber qual o grau de estima que os homens lhe devotavam. Tomou a aparência de um mortal e foi ao ateliê de um escultor. Ao ver uma estátua de Zeus, perguntou:
– Quanto custa?
– Um dracma – respondeu-lhe o homem.
Hermes sorriu:
– E aquela, de Hera?
– É mais cara.
Hermes viu então sua própria estátua. Achava que, sendo ao mesmo tempo mensageiro e deus do comércio, seu preço seria bem mais alto.
– E Hermes, quanto custa? – quis saber.
– Oh, se comprares as outras duas, a levas de
brinde.
Quem se acha o tal termina valendo menos que
o esperado.

O bosque encantado de Thoreau

“Fui para a mata porque queria viver deliberadamente, enfrentar apenas os fatos essenciais da vida e ver se não poderia aprender o que ela tinha a ensinar, em vez de, vindo a morrer, descobrir que não tinha vivido. (…) Queria viver profundamente e sugar a vida até a medula, viver com tanto vigor e de forma tão espartana que eliminasse tudo o que não fosse vida (…)”  

 Assim Thoreau explica o motivo pelo qual ficou dois anos, dois meses e dois dias apartado da sociedade dos homens, suprindo as próprias necessidades, contemplando a natureza. As belezas naturais encontradas pelo escritor nos anos de reclusão você vê nas imagens abaixo. Elas foram reunidas no projeto The Thoureau Reader, onde fãs do escritor publicam artigos, fotos, análises e resenhas de diversas obras. 

O lago Walden, inspiração da obra de Thoreau - Foto de 1906

Vista do lago Walden da enseada próxima à cabana, conhecida como Enseada de Thoreau, onde o escritor escreveu parte de Walden

Réplica da cabana onde Thoreau morou.

O Museu de Concórdia, no estado de Massachusetts, tem parte do mobiliário original da cabana em exposição.

A L&PM acaba de lançar Walden. Leia aqui a apresentação do livro escrita pelo escritor Eduardo Bueno.

Os céus de Monet sob o céu de Paris

Quem está indo para Paris, já tem programa obrigatório. Desde 22 de setembro, quarta-feira, o magnífico Grand Palais, à beira do Sena, exibe a maior exposição de pinturas de Claude Monet (1840 – 1926) jamais realizada. Vindos dos museus franceses, de grandes museus do mundo inteiro e de coleções particulares, cerca de 200 quadros de Monet cobrem as paredes deste que é o grande palco de exposições em Paris. A mostra irá até 24 de janeiro de 2011.

Esta exposição já é a “vedete” do calendário cultural parisiense de 2010 e busca reunir toda a obra deste que é um dos fundadores do Impressionismo. Aliás, um quadro seu, “Impressão, sol nascente” deu origem ao nome da escola que revolucionou a história da arte. Estão expostos seus principais quadros, desde as paisagens da Normandia, que ele pintou quando jovem, até a célebre série dos jardins da sua casa em Giverny. Como a exposição seguirá até início de 2011, ainda dá tempo de você programar uma viagem à Cidade Luz.

A L&PM publica Impressionismo na coleção L&PM Pocket, série Encyclopaedia.

Confissões de sexta-feira

Angélica Seguí*

Sinto saudades do velho. O safado exercia sobre mim uma espécie de “domínio fatal”. Se é que isso é possível. Não era um domínio sexual, nem apenas intelectual. Era paixão. Pura e avassaladora. Por alguns anos foi assim. Ele e eu. Eu e Ele. Com eventuais traições com algum jornalista americano ou poeta uruguaio. Mas foram poucas…

Foi por meu velho que virei noites e noites, bocejei nas aulas mais divertidas sobre teorias de Roland Barthes e discuti, a ponto de quase pegar na faca, quando alguém quis ofender o velho. Foram bons anos.

Precisava devorá-lo diariamente. Os encontros eram cada vez mais frenquentes. Em casa, na faculdade, no ônibus, em praças, cafés, bares. Naquele tempo, ninguém conseguia prender minha atenção como ele.

Os amigos avisavam: “Larga esse velho! Você merece mais! Ele é um desbocado. Tem que voltar aos clássicos ou conhecer um europeu.” Eu ficava triste. Sentia que podiam ter razão. Mas, que mal poderia haver em gostar de um homem pobre, safado e bêbado? Que moça de família não havia amado alguém assim?

Depois de muitos anos juntos percebi que estava me entregando demais. Toda mulher deve se entregar por inteiro a uma paixão, pero no mucho.

Acordei numa manhã gelada de inverno, com a ressaca habitual de nossos encontros, e decidi: era o dia do fim.

Toda paixão acaba um dia. Ou se transforma.  Charles Bukowski foi uma grande paixão. Mas precisava conhecer outras pessoas.

Por que me apaixonei? Além da realidade crua com que me deparava em cada linha, havia algo mais naqueles livros. Bukowski quis ser escritor. E se entregou. E foi.

Hoje cuido bem do “nosso amor” relendo de tempos em tempos um dos seus livros ou poemas. Vibro com cada novo lançamento e quero, sinceramente, que conquiste outras moças.

Ele me ensinou muito sobre o pensamento masculino. Dos safados, é claro.

Para quem nunca leu, recomendo iniciar com Notas de um velho safado, Ao sul de lugar nenhum e Pulp.

Depois disso? Pare se for capaz…

Na Web TV L&PM tem uma entrevista fantástica com o Buk!

*jornalista e blogueira. Editora online da L&PM

60 anos de preguiça e sátira

“Uma jornada de mil milhas começa com o primeiro passo, dizem, mas tome cuidado com este primeiro passo; é um dos grandes. Começar uma história em quadrinhos é como dar um passo no escuro. Quem sabe onde você vai parar? Eu não sabia.”

É desta forma que o cartunista americano Mort Walker introduz o livro O melhor do Recruta Zero, criação que completou 60 anos de existência este mês. Walker certamente não imaginava onde o Recruta Zero iria parar. O HQ é publicado atualmente em 1.800 jornais ao redor do mundo.

O jornalista Renato Félix, do Correio da Paraíba, realizou uma entrevista especial com Mort Walker. Veja aqui:

A L&PM publica em pocket O MELHOR DO RECRUTA ZERO com tradução de Marco Aurélio Poli.

Restauração de O quarto ganha blog

Mestre da pintura, dono de uma vida polêmica e inovador no uso das cores, Van Gogh tem mais um item de pioneirismo. Dessa vez, sob a responsabilidade do museu que leva seu nome, naturalmente.

A obra O quarto, pintada em 1888, foi retirada de exposição para restauro. Até aí, nada de novo. A diferença é que a equipe responsável por devolver as cores da obra de Van Gogh criou um blog com o passo a passo do restauro.

Confere aqui como está o trabalho. E aqui, mais sobre a biografia de Van Gogh, lançada pela L&PM.