Napoleão Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769 em Ajaccio, capital da Córsega. E, ao longo de sua intensa vida de general, comandante e imperador, deixou um legado de pensamentos que foram reunidos no Manual do líder, publicado na Coleção L&PM Pocket com tradução de Julia da Rosa Simões. São frases que seguem sendo atuais:
“O governo precisa ser posto à prova continuamente.”
“Os grandes poderes morrem de indigestão.”
“Jamais as assembleias reuniram prudência e energia, sabedoria e vigor.”
“Nada funciona num sistema político em que as palavras não condizem com as coisas.”
“A verdadeira sabedoria das nações é a experiência.”
“É preciso demonstrar mais caráter na administração do que na guerra.”
“Qualquer associação é um governo dentro do governo.”
No dia 5 de maio, eu escrevi um texto sobre o aniversário da morte de Napoleão. Coincidentemente, poucos mais de um mês depois, estamos lançandoManual do líder, um livro especialíssimo, preparado por um grande estudioso da história francesa da primeira metade do século XIX, Jules Bertaut (1877-1959). O livro traz frases e aforismos de Napoleão Bonaparte recolhidos de toda a bibliografia existente a seu respeito. Estadista, político e estrategista genial, Napoleão é um personagem grande demais, polêmico demais, fascinante demais a ponto de render milhares de livros, lendas e filmes. Foi comparado aos grandes conquistadores como Julio César, Alexandre, o Grande e Átila, o Huno. Foi endeusado por sua coragem pessoal em episódios como a famosa passagem sobre a ponte de Arcole, na Itália, quando assumiu a vanguarda de suas tropas e enfrentou a metralha austríaca. Chefiou campanhas memoráveis, como Rivoli, Austerlitz, Marengo entre tantas batalhas célebres. Fez tremer todas as monarquias européias e o sólido reino da Rússia e seu Tzar. Este corso audacioso e pobre que lia dois livros por dia, consumindo dezenas de velas nas madrugadas parisienses, soube utilizar sua carreira militar meteórica (com 26 anos era comandante em chefe do Grande Exército francês) e sua inteligência prodigiosa para fechar o ciclo da Revolução Francesa, com o golpe do 18 Brumário em 1799 quando assumiu o poder. Sua ambição territorial e militar é polêmica, mas seu talento como administrador é inquestionável. Ele nomeou-se imperador, mas nunca abandonou os princípios da Revolução que ajudara a consolidar. A França saiu do feudalismo e do atraso com a Revolução e com Napoleão. Ele transformou em leis os princípios de proteção ao cidadão. Ele lançou os preceitos da educação para todos, criou os códigos civil e penal, organizou a administração pública e modernizou o estado francês. Consequentemente, do mundo. Por tudo isso, esse Manual do líder é um lançamento imperdível. Não apenas para entender melhor o pensamento deste homem que soube como ninguém comandar outros homens, mas também um exemplo para aqueles que buscam estimular seu espírito de comando e liderança.
Para entrar ainda mais no clima do Manual do líder, assista à cena de um filme que mostra o emocionante retorno de Napoleão da Ilha de Elba.