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O berço do príncipe

Nascido em 3 de maio de 1469, em Florença, o pensador Nicolau Maquiavel é considerado o fundador da ciência política moderna. Suas considerações empíricas sobre o governo da época e as recomendações contidas no livro O príncipe caracterizam a obra como uma das teorias do Estado moderno – certamente uma das mais importantes e citadas.

Escrito em 1513 e publicado após a morte do autor, em 1532, O príncipe é tido como um modelo imoral de praticar o poder, mas é seguido à risca por quase todos que o criticam.

Capa da edição de “Il prencipe”, de 1550.

Segundo o volume Maquiavel, da Série Encyclopaedia, a escrivaninha da foto abaixo teria sido o “berço do príncipe”, onde Maquiavel escreveu sua obra mais célebre.

A escrivaninha de Maquiavel em sua casa, em Sant’Andrea, sul de Florença, onde redigiu “O príncipe” em 1513.

Segue exposição em homenagem aos 500 anos de “O Príncipe”, de Maquiavel

A Fundação Biblioteca Nacional informou que a mostra “Os 500 anos de O Príncipe, de Maquiavel” segue em exposição durante o mês de fevereiro – e que, por enquanto, não tem dada para terminar. Nela, poderá ser vista a primeira secular edição italiana das obras de Maquiavel. Organizada por Renato Lessa, presidente da FBN, a mostra faz referência à importância da data de publicação de uma das maiores obras que cons­truíram o pensamento politico moderno. Renato é o autor de cinco páginas expostas ao lado do ma­terial, baseadas na complexidade política, cosmo­logia e fortuna e virtude. Temas já trabalhados por Maquiavel em O Príncipe. Em dezembro de 2013 completou cinco séculos desde o lançamento do primeiro volume da obra que segue sendo lida no mundo inteiro.

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SERVIÇO

Os 500 anos de O Príncipe, de Maquiavel

3º andar da Biblioteca Nacional

Av. Rio Branco, 219, Centro do Rio de Janeiro

seg a sex das 10h às 18h | sáb das 9h às 15h

Pockets de luxo a caminho

Eles estão quase chegando. Os primeiros volumes da Coleção Pocket Premium L&PM darão o ar da graça no início da semana que vem. A Premium terá pockets em capa dura, com títulos especialmente selecionados que certamente vão encantar colecionadores. Todas as capas seguirão o mesmo padrão: fundo preto, nome do autor em branco e título sobre faixa amarela. Um luxo só!

Os primeiros quatro títulos são “On the road”, de Jack Kerouac; “O príncipe”, de Maquiavel, “A arte da guerra”, de Sun Tzu e “Morte na Mesopotâmia”, de Agatha Christie.  

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Os lançamentos serão sempre de quatro em quatro títulos, depois destes primeiros, virão “Mulheres”, de Bukowski; “O coração das trevas”, de Joseph Conrad; “Quintana de bolso”, de Mario Quintana e “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen.

A grande biblioteca de Morgan

Pierpont Morgan (J.P. Morgan) foi o maior banqueiro de Nova York. E além de ter sido um gigante das finanças (como bem mostra o livro Os Magnatas, de Charles R. Morris – Coleção L&PM Pocket), foi um gigantesco colecionador de  livros, manuscritos e raridades ligadas à literatura. Comprava tanta coisa que, no início do século XX resolveu contratar um arquiteto famoso para erguer um grande palácio para abrigar seus livros. E assim, entre 1902 e 1906, a Morgan Library (Biblioteca Morgan) foi construída para abrigar as centenas de milhares de preciosidades de Morgan, bem pertinho de sua residência, na esquina da Madison Avenue com a 36th Street.

Em 1924, J.P. Morgan Jr, filho do Morgan pai, abriu essa extraordinária biblioteca para receber o público. E desde então, ela é uma visita imperdível para quem mora ou vai a Nova York.

Eu estive lá há algumas semanas e, além de ficar boquiaberta com a biblioteca em si (e de ver manuscritos que vão de Maquiavel a Virginia Woolf), lá estavam algumas exposições emocionantes: Desenhos Surrealistas (até 21 de abril), Marcel Proust – 100 anos do Caminho de Swann (até 28 de abril) e Degas – Miss Lola e o Circo Fernando (até 12 de maio).

Portanto, fica aqui a dica para que, além de visitar bibliotecas em território nacional, você não deixe de procurar algumas nas suas viagens. (Paula Taitelbaum)

Detalhe da Morgan Library / Foto: Paula Taitelbaum

Detalhe da Morgan Library / Foto: Paula Taitelbaum

Manuscritos de Maquiavel e Shelley / Foto: Paula Taitelbaum

Manuscritos de Maquiavel e Shelley / Foto: Paula Taitelbaum

A letra de Virginia Woolf / Foto: Paula Taitelbaum

A letra de Virginia Woolf / Foto: Paula Taitelbaum

Clique aqui e visite o site da Morgan Library.

 

 

Maquiavel ou o poder a qualquer custo

“Imagine que você seja um príncipe, dotado de poder absoluto, governando uma cidade-estado, como Florença ou Nápoles, na Itália do século XVI. Você dará uma ordem e ela será atendida. Se quiser mandar alguém para a cadeia por ter falado algo contra você, ou por suspeitar de que houve uma conspiração para matá-lo, você pode fazê-lo. (…) Segundo Nicolau Maquiavel (1469-1527), às vezes é melhor mentir, quebrar promessas e até matar os inimigos. Um príncipe não precisaria se preocupar em manter sua palavra. Como dizia ele, um príncipe eficaz tem de “aprender a não ser bom”. O mais importante era manter-se no poder, e quase todas as formas de fazer isso eram aceitáveis. O príncipe, livro no qual ele fala sobre essas coisas, teve fama (e infâmia) mesmo antes de ser publicado em 1532. Algumas pessoas o descreveram como maligno ou, na melhor das hipóteses, como o manual dos facínoras; outras o consideraram o relato mais preciso já escrito sobre o que acontece na política. Muitos políticos atuais leram o livro, embora pouquíssimos admitam, revelando, talvez, que estão colocando em prática os princípios da obra.” (Trecho de Uma breve história da filosofiade Nigel Warburton) 

A estátua de Maquiavel na Uffizi Gallery em Florença

Uma breve história da filosofia é um livro imperdível para quem quer entender melhor os grandes pensadores da história. E para aqueles que, a partir da sua leitura, se sentirem estimulados a mergulhar mais fundo em determinados filósofos, a Coleção L&PM Pocket tem muitas opções, incluindo Maquiavel, de quem publica O príncipe e A arte da guerra. Em tempos de julgamentos (e, felizmente, cassações) no Senado, vale conhecer melhor estas obras.