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No ritmo de William Burroughs

William s. Burroughs é considerado o mais sombrio dos Beats. Guru junkie, escreveu vários livros e inspirou muitos rebeldes das gerações que vieram depois dele. Não são poucas as celebridades do meio musical, por exemplo, que se declararam suas fãs.

Além disso, ele está presente na capa do disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” dos Beatles e no vídeo da música “Last Night on Earth” da banda U2, ele também fez uma parceria musical Kurt Cobain no início dos anos 90 em que compôs uma música que o líder do Nirvana musicar.

William Burroughs com David Bowie

William Burroughs com David Bowie

Com Mick Jagger

Com Mick Jagger

Com Patti Smith

Com Patti Smith

Com Kim Gordon e Michael Stipe

Com Kim Gordon e Michael Stipe

Com Jimmy Page

Com Jimmy Page

Com Madonna

Com Madonna

Com Frank Zappa

Com Frank Zappa

Com Sting e Andy Summers

Com Sting e Andy Summers

Com Blondie

Com Blondie

Com Tom Waits

Com Tom Waits

Com Curt Cobain

Com Kurt Cobain

Em 2012, após a morte do escritor, a banda Chelsea Light Moving, liderada por Thurston Moore, ex-Sonic Youth, lançou seu disco de estreia intitulado “Burroughs” em homenagem a ele.

William Burroughs é um dos personagens do livro “Os rebeldes – Geração beat e anarquismo místico“, de Claudio Willer.

 

Exposição em Londres mostra fotos inéditas de Andy Warhol

As famosas polaroides de Andy Warhol fazem sucesso por onde passam, reunindo multidões em exposições pelo mundo, como a que estreou esta semana na Privatus Gallery, em Londres, com fotos inéditas do rei do pop, além de algumas poses já conhecidas de Mick Jagger, Arnold Schwarzenegger, Liz Taylor e outras celebridades. Os registros que Andy Warhol fez com a sua Polaroid Big Shot retratam pessoas famosas em cenas cotidianas (e até íntimas) e em situações e poses bem diferentes das que estamos acostumados a vê-las. Talvez por isso este trabalho seja tão interessante e venha ganhando destaque na mídia britânica.

As fotos da exposição pertencem ao colecionador James Hedges e ficam na Privatus Gallery até 11 de março. Mas se você não tem planos de ir a Londres nos próximos dias, conheça o livro América, que reúne fotos de celebridades clicadas por Andy Warhol.

Descubra “América”

Imagine colocar lado a lado Sylvester Stallone, Jane Fonda, Michael Jackson, Madonna, Boy George, Mick Jagger, David Byrne, John Travolta, Farrah Fawcett, Ronald Reagan, Calvin Klein, William Burroughs e Truman Capote. Que salada mista, hein? Pois é exatamente o que faz América, livro que traz fotos que o artista pop Andy Warhol fez nas décadas de 70 e 80.

Mas nem só de celebridade vive as páginas de América. Warhol também fotografou cenas das ruas de Nova York e do Texas para mostrar que a arte fotográfica pode estar em todas as esquinas.

América já está sendo distribuído para as livrarias e é um ótimo presente para o Dia dos Pais. Desde que seu pai seja um cara que curta fotografia, é claro.

Michael Jackson está em "América" de Andy Warhol

Rolling Stones há 50 anos

Para ler ao som de “Factory girl”, dos Rolling Stones

Foi em 12 de julho de 1962, há exatos 50 anos, no clube Marquee, em Londres, que os Rolling Stones se apresentaram pela primeira vez. Da formação atual, apenas Mick Jagger e Keith Richards estavam lá e Brian Jones, Dick Taylor, Ian Stewart e Tony Chapman completavam o grupo.

Mick, desde aquela época, sempre foi a maior estrela dos Stones e anos depois ele se tornaria um dos queridinhos de Andy Warhol e viraria personagem de vários retratos e quadros do criador da pop art. No livro America, que chega em breve às livrarias pela L&PM recheado com algumas das melhores fotos de Andy Warhol, Mick Jagger ganhou uma página inteira:

Mick Jagger em foto de Andy Warhol que está no livro América

Uma das sessões de fotos que Andy fez com os Rolling Stones aconteceu no dia 29 de setembro de 1977, como está registrado nos Diários de Andy Warhol:

Quinta-feira, 29 de setembro, 1977
(…)
Mick chegou 20 minutos atrasado e realmente de bom humor – eu estava fotografando os Stones. Aí todo mundo começou a chegar – Ron Wood, Earl McGrath e Keith Richards, que eu acho queé apenas a pessoa mas adorável, eu o adoro. Eu disse que fui a primeira pessoa a conhecer a mulher dele, Anita Pallenberg. Nos anos 60.

O nada romântico Andy Warhol

Terça-feira, 14 de fevereiro, 1978. Eu não podia acreditar em quantas pessoas estavam na rua este ano comemorando o Valentine´s Day. Era realmente  uma comemoração, um grande feriado. (…) Fui apanhar Catherine para ir à festa de Valentine de Vitas no Le Club. Catherine estava com suas botas (táxi $3). Peter Beard e Tom Sullivan chegaram. Tom e Catherine fizeram um pacto e cada um pode ir onde quiser e fazer o que quiser com outras pessoas, e aí ele estava com uma modelo estonteantemente bela de dezesseis anos e ela estava (risos) comigo. Jerry Hall estava lá e disse que está procurando uma casa para Mick e que ela e ele vão morar juntos por seis meses. Acho que mais tarde eu disse isso para um repórter, mas não me importo. Ninguém gosta de Jerry Hall, todo mundo acha que ela é de plástico. Mas eu gosto dela. Ela é uma graça. Fomos ao Studio 54 e quase todo mundo estava lá.

O papa do pop não parecia ser muito romântico, como bem mostra o trecho acima, que faz parte do volume 1 de “Diários de Andy Warhol“, o número 1000 da Série L&PM Pocket. Para este livro, que vem em uma caixa especial, a L&PM WebTV produziu um vídeo especial:

Saiu o pocket número 1.000: “Diários de Andy Warhol” já está nas livrarias

Escritos no auge de sua fama e sucesso, os Diários de Andy Warhol registraram dias, noites, grandes eventos e deliciosas trivialidades de uma das figuras mais enigmáticas e geniais da cultura do século XX. Polêmico e revelador, o livro foi publicado originalmente no Brasil em 1989, pela L&PM, com quase 800 páginas. Agora, mais de 20 anos depois, o livro volta às bancas e livrarias em 2 volumes e formato de bolso para comemorar os 1.000 títulos da Coleção L&PM Pocket. E já que o clima é de festa, a L&PM caprichou no presente e fez a Caixa Especial Diários de Andy Warhol com os 2 volumes (mas você pode comprá-los separadamente, se preferir).

25 anos depois da morte de Andy Warhol, os diários se tornaram história. O tempo aumentou radicalmente a importância do artista e de muitos personagens que habitam suas páginas. O relato do criador do Pop torna-se fonte de referência para entender as décadas do fim do século XX, a cultura da celebridade, a contra-cultura novaiorquina da época, a estética do Pop, o cinema underground e conhecer os registros praticamente diários desta grande aventura da última jornada verdadeiramente de vanguarda da arte moderna. Até as frivolidades que permeiam em abundância este livro adquirem agora um significado histórico. É Nova York pré-11 de setembro. A grande Meca da modernidade, cujos sonhos transgressores e vanguardistas derreteram junto com as torres gêmeas.

Sincero e impiedoso

Andy e o roqueiro Mick Jagger, inseparáveis

Jim Morrison, Calvin Klein, Patti Smith, Martin Scorsese, Tom Wolfe, Roy Lichtenstein, Mick Jagger, Lou Reed, Yoko Ono são alguns dos “alvos” de seus comentários sinceros e impiedosos. O grande cult da chamada “arte de rua”, Jean Michel Basquiat, morto em 1988, aos 28 anos, é mencionado inúmeras vezes, pois foi uma descoberta do criador do Pop. Ele diz em 4 de outubro de 1982:

O Basquiat é o garoto que usava o nome de ‘Samo’ quando sentava na calçada do Greenwich Village e pintava camisetas, e de vez em quando eu dava 10 dólares para ele e mandava ao Serendipity para tentar vendê-las. Era apenas um daqueles garotos que me enlouqueciam. É negro, mas algumas pessoas dizem que é porto-riquenho, aí sei lá (…).

Andy e Basquiat

Enfim, são centenas de pessoas (todas devidamente listadas num índice remissivo ao final do livro) do show business, das artes, da realeza europeia, do rock and roll, do punk rock, da literatura, moda, imprensa, teatro, cultura underground, jet set em geral, milionários, drogados famosos, políticos, enfim, gente que superou a sua previsão de que “um dia todos vão ter pelo menos 15 minutos de fama”.

O rei do pop não poupa ninguém

Sábado, 1º de março, 1980. Victor Bockris telefonou e disse que o jantar com Mick Jagger na casa de William Burroughs estava confirmado. Victor está escrevendo um livro sobre Burroughs. Decidi ficar no escritório e não ir para casa. O motorista não parou no 222 Bowery, estava indo muito depressa (táxi $3). Subimos, eu não ia lá desde 1963 ou 1962. Certa vez foi o vestiário de um ginásio. Não tem janelas. É todo branco e limpo e parece que tem esculturas por toda parte, com aqueles canos daquele jeito. Bill dorme num outro quarto. Não acho que seja um bom escritor, quer dizer, escreveu um único livro, Naked Lunch, mas agora é como se vivesse no passado.

Nem o sisudo William Burroughs escapou da língua afiada de Andy Warhol. No primeiro volume dos diários do rei do pop, o escritor beat é citado três vezes. Sobre o trecho acima, vale comentar que, em 1980, Burroughs ainda não tinha publicado um de seus livros mais reveladores, O gato por dentro (Série Pocket Plus), que traz reflexões e histórias sobre a ancestral relação entre homens e felinos. Nele, Burroughs relembra os gatos que passaram por sua vida, tudo o que fizeram por ele e por sua saúde mental, e parece concluir que, afora as particularidades físicas, pouca diferença há entre humanos e felinos.

O gato por dentro é um livro irresistível, capaz de sensibilizar até o mais exigente dos críticos – principalmente um crítico como Andy Warhol, que amava os bichanos e os retratou em várias de suas obras. Com certeza, se ele tivesse vivido tempo suficiente para ler O gato por dentro, publicado em meados de 1986, pouco antes de sua morte, sua opinião sobre o autor de Naked lunch seria diferente.

As polaroids de Andy Warhol

Entre 1970 e 1987, Andy Warhol fotografou praticamente todas as celebridades (ou aspirantes a tal) com sua Polaroid, dando origem a um retrato fiel do mundo que se revelava no calor dos holofotes. Suas fotografias instantâneas também foram uma espécie de rascunho para seus grandes retratos e pinturas.

Mick Jagger

500 destas imagens poderão ser vistas ao vivo em maio deste ano, em uma exposição organizada no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo. Mas quem quer saber um pouco mais sobre as personalidades clicadas por Andy Warhol e, inclusive, como algumas dessas fotos foram feitas, nada melhor do que ler “Diários de Andy Warhol” que acaba de sair em um caixa com dois volumes em pocket.

William Burroughs

Graças ao índice remissivo, é possível encontrar quem você quiser. Procurando por “Pelé”, por exemplo, você encontra, entre os depoimentos, um que Warhol fez sobre ele em 1977:  Terça-feira, 27 de setembro, 1977. Ahmet Ertegun telefonou e me convidou para um jantar em homenagem a Pelé à noite. Gastei o resto do dia telefonando para convidar pessoas para serem minhas companhias mais ninguém queria ir. (…) Meu retrato de Pelé seria apresentado, o pai e a mãe de Pelé estavam lá e eles são uma graça, e a mulher dele é branca, mas todo mundo é de uma cor diferente na América do Sul – os pais dele também são de cores diferentes. (…)

Pelé

Breve, a L&PM Editores também publicará “América”, livro de fotos de Andy Warhol.