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São Paulo tem Shakespeare e Cervantes

2016 marca o quarto centenário da morte de dois grandes nomes da literatura: William Shakespeare e Miguel de Cervantes (que a história erroneamente se encarregou de divulgar que morreram no mesmo dia, 23 de abril de 1616, mas parece que não é bem assim).

Como não é todo ano que uma efeméride destas acontece, serão muitos os eventos ao redor do mundo. E o Brasil não poderia ficar fora desta. Alguns espetáculos que acontecerão em São Paulo já estão sendo divulgados. Dê uma olhada:

Exposição “Shakespeare”, da fotógrafa Ellie Kurttz. Até dia 7 de março, no Centro Britânico (Rua Ferreira de Araújo, 741, Pinheiros). A fotógrafa Ellie Kurttz acompanhou os espetáculos da Royal Shakespeare Company e, em 2012, foi escolhida para documentar os espetáculos de “Globe to Globe”, festival que aconteceu durante as Olimpíadas de Londres e que aconteceu no Shakespeare’s Globe. A mostra paulista, com cenografia assinada por Gringo Cardia, reúne fotografias de mais de 12 anos da trajetória profissional de Kurttz e representa grande variedade nas interpretações das obras do inglês. A entrada é franca.

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Titus Andronicus, NinagawaRSC,2006©Ellie KurttzRoyal Shakespeare

Romeu e Julieta, ©Ellie KurttzRoyal Shakespeare

Romeu e Julieta, ©Ellie KurttzRoyal Shakespeare

Ópera Dom Quixote. Estreia 2 de março. Primeiro título da temporada lírica 2016 do Theatro São Pedro (Rua Barra Funda, 171, São Paulo/SP). Ópera em cinco atos composta por Jules Massenet, baseada no libreto de Henri Caïn e inspirada no romance de Miguel de Cervantes, Dom Quixote. A estreia acontece no dia 2 de março e será seguida de seis récitas, nos dias 04, 06, 09, 11 e 13 de março, sempre às 17h. A ópera terá regência e direção musical do maestro Luiz Fernando Malheiro e direção cênica de Jorge Takla. Os ingressos custam a partir de R$ 30 e podem ser comprados pelo Ingresso Rápido.

Dom Quixote no Carnaval Carioca

Na segunda-feira, 8 de fevereiro, Dom Quixote entrou na avenida, sambou e fez todo mundo cantar com a Mocidade Independente de Padre Miguel. Inspirada nos 400 anos do nascimento do escritor Miguel de Cervantes, criador de Dom Quixote de La Mancha, a escola carioca apresentou um enredo em que o herói errante vem ao Brasil e se depara com uma realidade repleta de corrupção, desigualdade social e déficit educacional. Dom Quixote entra então em uma luta para limpar todas essas “manchas” da nação. Os carnavalescos Alexandre Louzada e Edson Pereira foram os responsáveis por um desfile gigantesco e suntuoso que, na comissão de frente, apresentava Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança, protegendo os camponeses dos “corruptos invisíveis”.

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Comissão de Frente. Foto: Júlio Cesar Guimarães/UOL

Dom Quixote chega ao Brasil

Comissão de Frente. Foto: Júlio Cesar Guimarães/UOL

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Comissão de Frente. Foto: Júlio Cesar Guimarães/UOL

O carro abre-alas, com 18 metros, um dos maiores do Carnaval 2016, apresentou uma gigantesca escultura do herói, toda articulada, em meio a um Brasil idílico, com torres de petróleo na traseira, representando os escândalos de corrupção.

Dom Quixote no maior abre-alas do carnaval de 2016. Foto: Alexandre Cassiano/ O Globo

Dom Quixote no maior abre-alas do carnaval de 2016. Foto: Alexandre Cassiano/ O Globo

No terceiro carro, a Academia Brasileira de Letras ganhou espaço, com seus integrantes vestidos com o tradicional fardão. A instituição é onde Quixote vai para ler clássicos da literatura e tentar entender o Brasil. Ele lê também Gilberto Freyre e Gonçalves Dias, e é apresentado à triste realidade dos tempos coloniais.

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Carro que representava o momento em que Dom Quixote vai à Academia Brasileira de Letras em busca de clássicos que o ajudem a entender o Brasil. Foto: Marco Antônio Teixeira/UOL

Momentos da história marcados por conflitos, como a Guerra dos Farrapos (por meio da obra de Érico Veríssimo) e Canudos (Euclides da Cunha), também foram lembrados. As agruras da vida no sertão motivadas pela indústria da seca apareceram no quinto carro, cuja traseira ostentava um enorme gavião carcará.   A viagem de Quixote chega à ditadura, representada na fantasia da cantora Anitta, à frente de um carro alegórico transformado em tanque de guerra. A letra do samba também fez referência ao período com as expressões “tenebrosas transações”, retirada do samba “Vai Passar”, de Chico Buarque, e “caminhando e cantando”, de “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré.  Para encerrar o desfile em um tom otimista, a escola transformou o último carro em “lava-jato de felicidade”, mas justamente esta alegoria teve problemas e foi necessário retirar peças e destaques e atrasando o final do desfile, que terminou com 1h20, faltando dois minutos para o tempo máximo.

Dom Quixote é publicado em dois volumes na Coleção L&PM Pocket e também na Série Clássicos da Literatura em Quadrinhos.

Espanha anuncia ter encontrado restos mortais de Miguel de Cervantes

Parece que a ossada que descansava na cripta de um convento de Madri é mesmo do autor de “Dom Quixote”. Pelo menos é o que afirma a equipe de pesquisadores que há mais de um ano trabalha no local. “À vista de toda a informação gerada no caso de caráter histórico, arqueológico e antropológico, é possível considerar que entre os fragmentos da área localizada no solo da cripta da atual igreja das Trinitárias se encontram alguns pertencentes a Miguel de Cervantes”, disse o antropólogo Francisco Etxeberría, coordenador da equipe. “São muitas as coincidências e não há discrepâncias”, completou Etxeberría, que reconheceu que não foi possível rastrear indícios dos ferimentos sofridos pelo escritor na batalha de Lepanto quando Cervantes foi ferido no peito e na mão esquerda por um arcabuz. “Não conseguimos verificar esta circunstância porque o nível de conservação do osso não permitiu, não conseguimos descobrir nenhum sintoma de patologia traumática”, disse o antropólogo. Apesar da boa conservação dos restos mortais para exames de DNA, a única descendência atual da família de Cervantes procede de seu irmão Rodrigo. “E depois de 12 gerações, o DNA que poderia ter em comum com Cervantes é mínimo”, já havia afirmado o historiador Fernando de Pardo. Os restos mortais daquele que é considerado o maior escritor espanhol da história foram localizados na cripta da igreja do Convento de “San Ildefonso de las Madres Trinitarias”, no conhecido bairro da Letras, centro de Madri. Nascido em 1547 em Alcalá de Henares, perto da capital espanhola, o autor de Dom Quixote de la Mancha viveu seus últimos anos neste bairro madrileno e faleceu em 22 de abril de 1616. Cervantes foi sepultado na igreja do convento um dia depois, 23 de abril, data que foi oficializada como a de sua morte, já que na época o dia do enterro era considerado a data do óbito.

Equipe de arqueólogos examinam restos encontrados em caixão que foi determinado como o de Miguel de Cervantes (Foto: AP Photo/Aranzadi Science Society)

Equipe de arqueólogos examinam restos encontrados em caixão que foi determinado como o de Miguel de Cervantes (Foto: AP Photo/Aranzadi Science Society)

A L&PM publica Dom Quixote de La Mancha em dois volumes pocket e também na Série Clássicos da Literatura em quadrinho.

É ou não é o túmulo de Cervantes?

Sábado, 24 de janeiro de 2015 em Madri: um caixão com as iniciais M.C. foi encontrado a uma profundidade de 4,8 metros, em uma cripta no convento das Trinitárias. Os peritos vibraram: M.C. talvez signifique Miguel de Cervantes. E é justamente isso o que os arqueólogos e antropólogos procuram, a ossada perdida do autor de Dom Quixote.

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A localização exata do túmulo do escritor espanhol – morto em 1616 – ser perdeu durante reformas da igreja e, há quase um ano, ela vem sendo procurada.   Para chegar à cripta recém descoberta, os investigadores precisaram retirar dezenas de livros de enormes estantes de madeiras, pois as monjas do convento haviam alugado o espaço para uma editora.

A identificação da ossada deve demorar, pois além de estar em avançado estado de decomposição, o caixão se desmanchou e as ossadas que estavam em seu interior se misturaram com outras que se encontravam do lado de fora. E o exame de DNA já não é mais possível, pois não existem descendentes vivos de Cervantes.

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Os fragmentos do caixão que continha as iniciais M.C. e que talvez seja de Cervantes

A tarefa será separar tudo e tentar identificar os ossos de Cervantes a partir de lesões que se sabia que ele tinha, como uma atrofia nos ossos da mão esquerda. Também será levado em conta que o escritor tinha apenas seis dentes quando morreu, aos 69 anos.

Essa descoberta é fruto de uma cruzada quixotesca empreendida pelo historiador espanhol Fernando Prado com financiamento da prefeitura de Madri.

Editoria de arte / Folhapress - Folha de S. Paulo

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Quando o assunto é caneta Mont Blanc, os escritores assinam embaixo

Quando se pensa em caneta de luxo, o primeiro nome que aparece escrito na mente é Montblanc. Marca alemã fundada em 1906 e batizada em homenagem à montanha mais alta da Europa Ocidental, a Montblanc é um sonho de consumo caro, mas que oferece garantia para toda a vida. E para despertar ainda mais o desejo entre os adoradores de canetas, ela costuma lançar edições limitadas a cada ano.

Desde 1992, entre estes lançamentos especiais estão vários modelos em homenagem a escritores famosos que trazem as assinaturas dos autores impressas. Dê uma olhada em alguns deles e suspire.

O modelo Agatha Christie, lançado em 1993, traz uma misteriosa serpente com olhos de rubi:

Mont Blanc Agatha Christie

Mont Blanc Agatha Christie

O modelo Oscar Wilde, de 1994, parece homenagear os casacos de pele do autor de O retrato de Dorian Gray:

Mont Blanc Oscar Wilde

Mont Blanc Oscar Wilde

Em 1998, foi lançado o modelo Edgar Allan Poe:

Mont Blanc Edgar Allan Poe

Mont Blanc Edgar Allan Poe

Em 1999, foi a vez de Marcel Proust receber uma luxuosa Montblanc:

Mont Blanc Marcel Proust

Mont Blanc Marcel Proust

Charles Dickens ganhou edição especial em 2001:

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Mont Blanc Charles Dickens

A Montblanc F. Scott Fitzgerald, de 2002, bem poderia ser usada pelo personagem de O grande Gatsby:

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Mont Blanc F. Scott Fitzgerald

Franz Kafka é um dos modelos mais bonitos da Montblanc e foi lançado em 2004:

Mont Blanc Franz Kafka

Mont Blanc Franz Kafka

Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote de La Mancha foi homenageado em 2005:

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Mont Blanc Miguel de Cervantes

Em 2006, Virginia Woolf também ganhou sua caneta Montblanc:

Mont Blanc Virginia Woolf

Mont Blanc Virginia Woolf

Balzac é o modelo mais recente e o único que encontra-se disponível para venda no site da Montblanc, pois foi lançado em 2013:

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Mont Blanc Honoré de Balzac

A caça aos restos mortais de Cervantes

O governo espanhol está empenhado em achar a ossada de Miguel de Cervantes, o maior escritor espanhol e autor de “Don Quixote”. Cervantes morreu em Madrid, no dia 23 de abril de 1616, falido e com o corpo crivado de balas. A partir daí, o pobre coitado ficou esquecido até que, só muito tempo depois, seu grande romance foi descoberto e seu nome renascido das sombras. Pena que quando isso aconteceu ninguém sabia mais onde era sua cova. Agora, quatro séculos depois, a Espanha tenta reparar este. No dia 27 de abril, uma equipe de peritos iniciou à caça aos seus restos mortais do escritor em uma operação que terá investimento de 100 mil euros. A  busca está acontecendo no Convento de las Trinitárias Descalzas, localizada no tradicional bairro madrilenho de Las Letras.

A busca pelos restos mortais de Cervantes já começou. Só o que se sabe é que ele foi enterrado em uma pequena igreja.

A busca pelos restos mortais de Cervantes já começou. Só o que se sabe é que ele foi enterrado em uma pequena igreja.

A vida de Cervantes não foi fácil. Em 1606, quando ele foi morar em Madrid, o livro “As Aventuras do Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha” já havia sido publicado e atingido um certo sucesso. Segundo alguns biógrafos, ele acabou virando soldado, foi para a guerra e, ferido em batalha, passou anos como refém na Argélia. Depois ainda teve a má sorte de ser capturado por piratas turcos que exigiram um resgate da família, o que teria arruinado de vez os Cervantes. Há quem seja menos fantasioso, no entanto, e defenda que ele morreu cirrose. (Via Estadão)

A L&PM Editores publica Dom Quixote em dois volumes pocket.

Quatro mestres da ilustração em uma oficina sobre Dom Quixote

Uma oficina muito legal vai acontecer durante o 8º Festival de Inverno de Porto Alegre, promovido pela Coordenação do Livro e Literatura. Dom Quixote em quatro traços irá reunir desenho e literatura. A ideia é trabalhar uma cena, uma personagem ou o livro Dom Quixote La Mancha, de Miguel de Cervantes. Para ministrar essa atividade, foram convidados quatro desenhistas gaúchos, todos eles autores ou ilustradores aqui da casa: Santiago, Edgar Vasques, Gilmar Fraga e Iotti. Cada dia, entre 22 e 25 de julho, um deles irá demonstrar sua técnica e sua interpretação. 

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DOM QUIXOTE EM QUATRO TRAÇOS
22/jul: Santiago
23/jul: Edgar Vasques
24/jul: Gilmar Fraga
25/jul: Iotti
Sempre das 9h às 11h
Atelier Livre – Sala de Desenho 1
R$ 20,00

INSCRIÇÕES
Coordenação do Livro e Literatura:
Av. Erico Verissimo, 307 – subsolo da Biblioteca Municipal Josué Guimarães.
De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h.
Mais informações pelos fones: 3289.8071/3289.8072

A primeira vez de Dom Quixote

A primeira edição de Dom Quixote, datada de 1605

Foi em 16 de janeiro de 1605 que os espanhóis puderam ler, pela primeira vez, a primeira parte das aventuras de El Ingenioso Hidalgo Don Quixote de La Mancha. Lançado inicialmente em Madrid, o grande romance de Miguel de Cervantes somaria 126 capítulos, divididos em duas partes – sendo que a segunda só seria lançada dez anos depois, em 1615.

Dom Quixote é considerado o primeiro romance moderno da história. Em 2002, o livro foi eleito a melhor obra de ficção de todos os tempos pelo Clube do Livro da Noruega em uma pesquisa realizada com 100 renomados escritores de 54 países.

Terceiro livro mais traduzido no mundo, Dom Quixote só perde para a Bíblia e as obras completas de Lênin. Há, inclusive, versões em javanês e tibetano.

Muitos foram os pintores que retrataram Dom Quixote e seu fiel Sancho Pança, incluindo Picasso e Dalí. A partir de 1956, o pintor brasileiro Cândido Portinari começou a produziu uma série de desenhos em lápis de cor inspirada nos personagens de Cervantes.

Dom Quixote por Cândido Portinari

Dom Quixote surrealista por Salvador Dalí

O inconfundível Dom Quixote de Picasso

A Coleção L&PM Pocket publica Dom Quixote em dois volumes com tradução de Viscondes de Castilho e Azevedo. E também na Coleção Clássicos da Literatura em Quadrinhos.

Aleluia!!! Os quadrinhos foram reabilitados!!!

Bons ventos sopram pela chamada “academia”; finalmente foram “descriminalizadas” as histórias em quadrinhos nas escolas. Aqueles que são jovens há mais tempo lembram muito bem que, num passado bem recente, as HQs eram proibidas em sala de aula. Professores de literatura e português faziam sinal da cruz diante de um álbum de quadrinhos, como se estivessem em frente ao demônio.

Mas, como tudo passa, esta onda também passou. Uma geração mais arejada de professores absolveu as HQs dos pecados da superficialidade dos quais era acusada e colocou finalmente nas mãos dos jovens leitores algumas obras-primas de arte e literatura.

Nós aqui da L&PM, que mourejamos nesta área desde os anos 70 – e que tivemos que abandonar temporariamente o barco devido à profunda rejeição – estamos de volta já há algum tempo e com um extraordinário cardápio de lançamentos. Na Coleção L&PM POCKET, os quadrinhos já conquistaram milhares de novos leitores com títulos dos consagrados Garfield, Snoopy, Hagar, Dilbert e o timaço de autores brasileiros composto por Laerte, Angeli, Adão Iturrusgarai, Glauco, Edgar Vasques, Paulo Caruso, Mauricio de Sousa, Santiago entre outros. Todos por R$ 11,00.

Além do quadrinho em livros de bolso, a editora voltou a investir em grandes projetos, como Peanuts Completo, uma série em capa dura e acabamento luxuoso que publicará todo o magnífico trabalho de Charles Schulz. Já foram editados 4 volumes e o quinto sai em março. Publicamos também belas adaptações a cores das histórias de Agatha Christie, o clássico pacifista Valsa com Bashir, cuja versão em animação foi finalista ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010 e iniciamos a publicar a festejada série afro-francesa Aya de Margarite Abouet, que trata da vida dos jovens nos países africanos. Recomeçamos também a publicar álbuns para adultos como o clássico Erma Jaguar do craque do desenho erótico Alex Varenne.

Como estamos livres para publicar o que de melhor se faz no mundo e para recomendar às escolas que usem e abusem das histórias em quadrinhos (já que não é mais pecado), um dos grandes destaques da programação de HQ da L&PM Editores é sem dúvida a série de Clássicos da literatura em quadrinhos. Um coleção espetacular feita por roteiristas e desenhistas belgas e franceses, publicada originalmente pela Editora Glénat com o apoio da UNESCO, órgão cultural da ONU que só chancela projetos de alto valor pedagógico. Estes livros possuem, além da história em quadrinhos a cores, um “dossier” que traça um rico painel sobre o livro, o autor, sua vida e seu tempo. Já foram lançados Volta ao mundo em 80 dias de Júlio Verne, A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson, Um conto de Natal de Charles Dickens, Dom Quixote de Miguel de Cervantes, Odisseia de Homero e Robinson Crusoé de Daniel Defoe. Deverão sair nos próximos meses Guerra e Paz de Leon Tolstoi e Os miseráveis de Victor Hugo.

Mangás

Mas a grande novidade de 2011 foi a nossa entrada no mundo dos mangás. Iniciamos com os dois volumes de Solanin de Inio Asano e Aventuras de menino de Mitsuru Adashi, os três livros disponíveis nos mais de 2 mil pontos de venda da coleção L&PM Pocket pelo Brasil inteiro. Com a colaboração e a consultoria do tradutor e especialista em mangás Alexandre Boide, a L&PM está preparando novos títulos para 2012.

Enfim, a editora está definitivamente retomando uma de suas vocações que sempre foi a de editar HQs. E a prova disso é que, justamente o primeiro título da L&PM Editores, foi um livro de quadrinhos: Rango 1 de Edgar Vasques. (Ivan Pinheiro Machado)