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Novela baseada nas obras de Jane Austen está prestes a começar

Estreia nesta terça-feira, 20 de março, a nova novela das 18h da Globo: Orgulho e Paixão. 

Marcos Bernstein, roteirista carioca que tem em seu currículo longas como Faroeste Caboclo, Terra Estrangeira e Central do Brasil, inspirou-se em obras de Jane Austen para criar este folhetim. “Eu sempre gostei muito do universo da Jane Austen por ser muito encantador e ter bem enunciado a poesia de como as pessoas se relacionam. Todo esse jeito de se comunicar e trazer o romance em primeiro plano me lembra bastante o universo da dramaturgia diária e, sobretudo, uma trama das seis. ‘Orgulho e Paixão’ é uma novela que tem uma vocação romântica, que parte da história desta mãe que busca casar suas cinco filhas de qualquer jeito, e como o próprio nome da novela diz, toda a trama se desenrola com muita paixão, romance, humor, leveza e graça.”

Orgulho e Paixão mistura personagens de diferentes obras da célebre romancista britânica: Orgulho e preconceitoRazão e sentimentoA abadia de Northanger, Emma e Lady Susan.

Elizabeth e Mr. Darcy, de Orgulho e Preconceito, serão Elisabeta e Darcy, vividos por Nathalia Dill e Thiago Lacerda. Para o papel da mãe de Elisabeta, personagem que, no livro de Jane Austen, sonha em ver as filhas bem casadas, foi escalada Vera Holtz, sendo que o patriarca da família caberá a Tato Gabus Mendes.

Do livro Razão e Sentimento, veio a personagem Mariane (Chancelly Braz), uma das irmãs da protagonista, que fará par com o Coronel Brandon (Malvino Salvador).

Cecília (Anajú Dorigon), outra das irmãs, é inspirada na personagem Catherine do romance A Abadia de Northanger. Já Ema, que será vivida por Agatha Moreira, veio do livro homônimo de Austen, e seu par será o advogado Jorge, interpretado por Murilo Rosa.

E como toda novela que se preze precisa de uma vilã, caberá a Alessandra Negrini dar vida à malvada Susana, inspirada em Lady Susan, outro livro de Jane Austen.

Orgulho e Paixão começa quando Darcy chega, vindo da Inglaterra, à cidade fictícia de Vale do Café para construir uma ferrovia. A direção é de Fred Mayrink e a estreia está prevista para março.

Nathalia Dill vive a protagonista Elisabeta, moça a frente do seu tempo com ideias feministas e de liberdade. Foto: Raquel Cunha

Nathalia Dill vive a protagonista Elisabeta, moça à frente do seu tempo com ideias feministas e de liberdade. Foto: Raquel Cunha

Vera Holtz é a matriarca. Foto: João Miguel Júnior

Vera Holtz é a matriarca. Foto: João Miguel Júnior

Thiago Lacerda é Darcy (a pergunta que não quer calar é como será pronunciado este nome). Foto de João Miguel Júnior

Thiago Lacerda é Darcy (a pergunta que não quer calar é como será pronunciado este nome). Foto de João Miguel Júnior

Quer conhecer as histórias originais de Jane Austen? Elas estão na Coleção L&PM Pocket:

Jane Austen livros da novela

O mapa literário mundial

O blog Indy100, do jornal britânico The Independent, apresentou esta semana um mapa da literatura mundial no qual cada país é representado por seu livro mais famoso ou importante.

Ele provavelmente vai despertar divergências — e quem sabe alguma revolta. Por que usaram a capa da HQ de Dom Casmurro e não do romance (óbvio que se enganaram)? Por que não Dom Quixote na Espanha e sim o bestseller Sombras ao Vento, de Carlos Ruiz Zafón?

Mesmo assim, o mapa é bem interessante e traz vários títulos publicados no Brasil pela L&PM. Alguns bem clássicos como Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (Inglaterra); A Metamorfose, de Kafka (Alemanha); Guerra e Paz, de Tolstói (Rússia). E outros mais inusitados como Futebol ao sol e à sombra, de Eduardo Galeano (Uruguai) e a HQ Aya de Yopougon, de Marguerite Abouet (Costa do Marfim).

MAPA DA LITERATURA MUNDIAL

Clique sobre a imagem para ampliar o mapa

A casa onde Jane Austen ainda vive

No início de 1817, Jane Austen, já bastante doente, deixou a casa em que vivia com a irmã Cassandra na cidade de Hampshire (há 80 quilômetros de Londres) e mudou-se para Winchester com o objetivo de ficar mais próxima de seu médico. A mudança, no entanto, não foi suficiente para salvá-la e, no dia 18 de julho de 1817, aos 41 anos, ela faleceu nos braços de Cassandra. A causa morte foi divulgada como sendo câncer, mas hoje considera-se que a escritora sofria de Doença de Addison.

Mas alguns dizem que ela continua habitando a casa em estilo georgiano de Hampshire – em que viveu entre 1809 e 1817 -, e onde ela trabalhou na revisão dos manuscritos de Orgulho e Preconceito e PersuasãoEm 1949, a residência das irmãs Austen virou museu independente e é administrado pelo “Jane Austen Memorial Trust”. Na casa,  não há nenhuma réplica, tudo é real e pertenceu à Jane Austen. Um documentário já revelou que as pessoas que visitam a casa são envolvidas por uma sensação de paz e que, frequentemente, portas se abrem sozinhas e as pessoas ouvem passos e têm a sensação de que alguém passou. Uma funcionária do museu contou que, certa vez, estava sozinha na casa transcrevendo uma das cartas de Cassandra quando ouviu um barulho estranho no jardim. Ao olhar pela janela, ela não viu nada, mas ao sentar-se novamente para continuar a transcrição, escutou uma voz sussurrando “Cas, Cas…” Isso aconteceu algumas vezes e a moça ficou convencida de que, naquele dia, não foi apenas ela quem leu a carta de Cassandra. Para a funcionária, Jane Austen estava mesmo ao seu lado. Ai, que arrepio!

Jane-Austen-House

Olha lá a Jane Austen na janela!

Jane Austen em ritmo sertanejo

Inspirado (livremente) no livro “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen, o musical sertanejo “Nuvens de Lágrimas” estreia nesta quinta-feira, 5 de novembro, em São Paulo, transportando uma história que se passa na Inglaterra Vitoriana para o interior do Brasil nos anos 90.

A trama da escritora inglesa agora é contada através de músicas que ficaram famosas na voz da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó. “É muito interessante ver esse gênero da cultura popular associado a um clássico da literatura”, disse Xororó à Folha de São Paulo.

Em “Nuvem de Lágrimas” – que tem roteiro de Anna Toledo e direção de Tania Nardini e Luciano Andrey -, Elizabeth Benet, a jovem protagonista do romance, virou Bete Borba (Lucy Alves) que além de ser gerente de uma cooperativa agrícola, forma uma dupla musical com a irmã. Logo no início do espetáculo, Bete se desentende com o advogado Darcy (Gabriel Sater, filho de Almir Sater), que faz uma reclamação à cooperativa sobre um erro de português na embalagem das geleias produzidas pela mãe da garota.

A diferença social entre os dois rende mais brigas, mas logo o orgulho da menina e o preconceito do rapaz dão lugar à paixão em comum pela música.

O repertório do musical segue com canções mais dançantes, como “Bailão de Peão”, e os arranjos também trazem variações do sertanejo, como o folk e o country. O espetáculo é acompanhado por uma banda de oito músicos, mas muitos dos instrumentos são tocados pelos próprios atores.

Serviço

Quando: De 5/11 a 20/12 – Quinta às 21h, Sexta às 21:30 , Sábado às 17h e 21h e Domingo às 19h
Onde: Teatro Bradesco – Bourbon Shopping – Palestra Itália, 500
Quanto: De R$ 25 a R$ 190

Lucy Alves e Gabriel Sater são Bete e Darcy

Lucy Alves e Gabriel Sater são Bete e Darcy

Para os puristas, que preferem a história original, a L&PM publica “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen, com tradução de Celina Portocarre.

Legos literários

Como o Dia da Criança passou há pouco por nós, ainda estamos no clima de brincadeira. É por isso que separamos alguns Legos que parecem saídos diretamente das páginas de alguns clássicos. Separamos aqui algumas histórias que fazem parte do catálogo L&PM:

"Romeu e Julieta", de Shakespeare

“Romeu e Julieta”, de Shakespeare

"O retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde

“O retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde

"O grande Gatsby", de F. Scott Fitzgerald

“O grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald

"Assassinato no Expresso Oriente", de Agatha Christie

“Assassinato no Expresso Oriente”, de Agatha Christie

"Drácula", de Bram Stoker

“Drácula”, de Bram Stoker

"Orgulho e preconceito", de Jane Austen

“Orgulho e preconceito”, de Jane Austen

"O médico e o monstro", de Robert Louis Stevenson

“O médico e o monstro”, de Robert Louis Stevenson

Via http://lego-stories.tumblr.com/

Nova estátua de cera mostra era a verdadeira Jane Austen

Fãs de Jane Austen preparem-se para conhecer a verdadeira face da escritora. Uma notícia desta quarta-feira, 9 de julho, do jornal britânico The Guardian, conta que a artista forense Melissa Dring levou três anos para construir a figura de cera de Jane Austen que, segundo ela, é a mais fiel possível à verdadeira.

O The Jane Austen Centre afirma que, agora, chegou-se mais próximo do que nunca do verdadeiro rosto da autora de Orgulho e Preconceito. A estátua de cera estará em exposição no centro de Bath. Melissa Dring teve como seu ponto de partida o esboço feito pela irmã de Jane Austen, Cassandra, em 1810, que até hoje é o único retrato aceito da escritora. Dring também usou descrições de testemunhas oculares como a do sobrinho de Austen, James Edward Austen-Leigh, que descreveu sua tia como “muito atraente”. “Sua figura era bastante alta e magra, seu passo leve e firme, e toda a sua aparência era saudável, expressiva e animada. Ela era uma morena clara, tinha bochechas redondas, boca e nariz pequenos e bem formados, brilhantes olhos castanhos e cabelo castanho formando cachos naturais”, ele escreveu em seu livro de memórias.

Caroline Austen, irmã de James, escreveu que: “(…) Quanto à minha tia, pensando bem, seu rosto era alongado – tinha uma cor brilhante, mas não chegava a ser cor-de-rosa… seu cabelo era castanho escuro, formando cachos curtos ao redor do rosto.”

“O retrato feito por Cassandra faz com que pareça que ela [Jane Austen] está chupando limões”, disse Dring à BBC. “Ela tem uma expressão um tanto amarga e sisuda. Mas sabemos que ela era muito animada, muito muito divertida, uma pessoa muito espirituosa”.

Dring disse que a nova estátua é “muito parecida com ela.”

“Ela veio de uma grande família … e todos eles pareciam compartilhar o nariz comprido, os olhos castanhos brilhantes e cabelo castanho encaracolado”, disse ela. “E estas características vêm através das gerações.”

A sculpture of Jane Austen is unveiled at the Jane Austen Centre, Bath

A nova estátua de cera de Jane Austen. Fotografia: Alastair Johnstone

A sculpture of Jane Austen is unveiled at the Jane Austen Centre, Bath

Muito mais próxima da realidade. Fotografia: Alastair Johnstone

O desenho de Cassandra, o único feito quando Jane Austen estava viva:

3630,Jane Austen,by Cassandra Austen

A sopa branca de “Orgulho e preconceito”

Em certa passagem de Orgulho e preconceito, de Jane Austen, o Sr. Bingley fala à sua irmã sobre a sopa branca que Nicholls está preparando.

Essa sopa, muito comum na época em que o livro foi escrito, era um creme de frango, enriquecido com carne de vitela e amêndoas. Para os que querem se sentir na Inglaterra da virada do século XVIII para o XIX e, quem sabe, imaginar que o Sr. Darcy chegará para o jantar, aí vai a receita original. Mas já avisamos: ela é para os fortes.

Coloque um pedaço de carne de vitela em seis litros de água junto com um frango, um quilo de bacon magro, meio quilo de arroz, duas anchovas limpas, alguns grãos de pimenta, um molho de erva doce, duas ou três cebolas inteiras, três ou quatro cabeças de aipo cortadas em fatias. Cozinhe isso tudo por várias horas até obter um caldo bem forte. Deixe esfriar e coe o caldo com uma peneira, deixe repousar tampada por toda a noite em um pote de barro limpo. Na manhã seguinte, coe novamente e coloque em uma panela. Junte meio quilo de amêndoas e bata bem. Coloque para ferver um pouco e passe novamente na peneira. Em seguida, acrescente um litro de creme de leite e a gema de um ovo. Sirva bem quente.

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A receita está no livro “The London Art of Cookery”, de 1783. (Leia a receita em inglês no site do The Telegraph).

Quer uma versão vegetariana? Tem também. Clique aqui para ver.

Festival Jane Austen é uma viagem no tempo

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2013 marca os 200 anos da primeira publicação de Orgulho e Preconceito, considerado pelos fãs de Jane Austen como “o mais amado romance do mundo”. É por isso que, este ano, o tradicional “Jane Austen Festival” parece estar mais festivo do que nunca.

O evento que acontece em Bath, cidade no sudoeste da Inglaterra, começou na sexta-feira, 13 de setembro e estende-se até sábado, 21 de setembro. Durante esta semana, os muitos fãs – vindos de diversos cantos do mundo – circulam pela cidade vestidos como se fossem personagens dos romances de Jane Austen. E participam de shows, aulas de dança e etiqueta, oficinas de jardinagem, workshops de costura e beleza e muito mais.

Há palestras sobre as obras da escritora, peças teatrais baseadas nos livro da escritora inglesa e o famoso desfile pelas ruas de Bath que é, literalmente, de parar o trânsito.

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Fãs de Jane Austen, vestidos de época, cantam juntos

A rejeitada Jane Austen

(…) Entre 1795 e 1798, Jane Austen começou a redigir seus primeiros romances: Elinor and Marianne (que seria depois Razão e sentimento), First Impressions (Orgulho e preconceito) e Susan (A abadia de Northanger). Os originais circulavam apenas no âmbito familiar, mas o reverendo Austen, com sua acuidade crítica, achou que a filha era de fato uma escritora digna de ser publicada. Em novembro de 1797, escreveu a seguinte carta ao editor londrino George Cadell:

Prezado Senhor,
Tenho em minha posse o manuscrito de um romance, compreendendo três volumes com a extensão aproximada da Eveline, da srta. Burnay. Por estar perfeitamente cônscio do significado que teria uma obra desse gênero se lançada por um editor de respeito é que me dirijo ao senhor. Ficaria, portanto, muito agradecido se o senhor me informasse, caso esteja interessado nela, quais seriam os custos de publicação a expensas do autor, e qual seria o adiantamento que o senhor estaria propenso a pagar por sua aquisição, na hipótese de vir a ser ela aceita. Caso o senhor demonstre algum interesse, estarei pronto a lhe enviar a obra. De seu humilde servidor,
George Austen.

O Sr. Cadell, ao rejeitar a oferta, não imaginava que seu nome ficaria perpetuado na história literária como o editor que recusou Orgulho e preconceito!

(Trecho de “A abadia de Northanger ou a rejeitada Susan”, texto de apresentação de Ivo Barroso que também está em Jane Austen – Obras escolhidas, L&PM Série Ouro)

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Jane Austen é um santo remédio

Logo após a I Guerra Mundial, a leitura de Jane Austen foi prescrita para os soldados ingleses em estado de choque. O assunto entrou em pauta quando a médica britânica Paula Byrne, autora do livro The Real Jane Austen: A Life in Small Things, disse em entrevista ao jornal inglês The Telegraph que as palavras de Austen foram capazes de dar uma segurança aos veteranos de guerra, oferecendo a eles um “grande conforto” em um “mundo louco”.

Provavelmente você não é um veterano de guerra, mas se também estiver precisando de conforto para as loucuras da vida, os médicos recomendam: leia Jane Austen.

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De Jane Austen, a L&PM Editores publica Orgulho e preconceito, Persuasão, Mansfield Park, Razão e sentimento e A abadia de Northanger.