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Viaje no tempo e no espaço para ouvir as palestras de William Faulkner

Pode-se dizer que poucos escritores foram tão premiados quanto o americano William Faulkner. Nobel de Literatura em 1949, ganhador do National Book Awards em 1951 e 1955, Faulkner utilizava a técnica do fluxo de consciência que consagrou gente como James Joyce, Virginia Woolf e Proust.

William Faulkner também dava aulas e palestras. E sabe o que é melhor? É possível ouvi-lo. Isso porque estão disponibilizados na internet os arquivos de áudio de palestras, leituras e conversas com estudantes que o escritor realizou no final dos anos 50 na Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Os áudios foram gravados em fitas e estão disponíveis para download no site da Universidade. Clique aqui para ver a lista e escutar as palestras. Os áudios são acompanhados das transcrições para facilitar o entendimento.

William Faulkner conversa com estudantes e professores da Universidade de Virginia

William Faulkner conversa com estudantes e professores da Universidade de Virginia

De William Faulkner, a Coleção L&PM Pocket publica Enquanto Agonizo.

A Copa do mundo literário: as melhores equipes de todos os tempos dos leitores

Poderia o goleiro Camus lidar com um ataque formado por Burroughs, Ballard e Bolaño? Leitores do jornal britânico The Guardian imaginaram times de futebol feitos a partir de seus escritores favoritos. Como a Copa do Mundo chega ao fim, vamos dar uma olhada nos nossos melhores jogadores fictícios. Mas em qual time você investiria?

Via Twitter, o The Guardian convidou os leitores para formarem seus times literários favoritos de todos os tempos.

Dê uma olhada dois deles:

O leitor TimFootman montou um time com todas nacionalidades. Albert Camus como goleiro (obviamente – pois o autor francês jogou na posição enquanto estudava na Universidade da Argélia). Ele escolheu uma rígida defesa (Leon Tolstói, Marcel Proust, Samuel Richardson e Vikram Seth), “pois você precisa de caras grandes atrás”, um meio de campo com John Galsworthy, Arnold Bennet e Elizabeth Gaskell, e escolheu Bret Easton Ellis, Will Self e DBC Pierre no ataque, pois “com o senhor Suárez provou, são os assustadores, imprevisíveis e os ligeiramente malucos que conseguem bons resultados”.

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Já o leitor Tagomagoman deu uma extensiva justificativa para seu matador e eclético time, treinado pelo “respeitado e inovador técnico com um coração de aço das trevas”, Joseph Conrad. Ele comentou algumas de suas escolhas:

James Joyce (zagueiro): “O famoso zagueiro deixou a Irlanda, seu país nativo, para aprender seu ofício no continente. Raros os jogadores que conseguirão achar um jeito de passar por sua prosa impenetrável”.

F. Scott Fitzgerald (meio campo): “Visto como um dos mais luxuosos jogadores, ele mesmo gostaria de sentar e admirar seus belos passes. Às vezes parece que está mais preocupado com sua vida de celebridade e sua glamorosa esposa do que com sua carreira. Mas quando ele se foca, ele pode jogar muito bem.

William Burroughs (meia direita):  Com seus “velhos e soltos quadris”, é um dos mais temidos alas do jogo. Sofreu com — problemas no passado, mas enquanto ele receber suas “vitaminas” antes do jogo, é confiável. Famoso por aterrorizar os zagueiros com sua notória técnica de corte, que os deixa ofegantes por compreensão.

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Bem vindo à Biblioteca Nacional de França

A “Bibliothèque Nationale de France” (Biblioteca Nacional de França) reúne nada menos do que catorze milhões de livros e impressos, manuscritos, estampas, fotografias, mapas e plantas, partituras, moedas, medalhas, documentos sonoros, vídeos, multimídia, cenários e reportagens. Tudo isso fica guardado em um complexo de quatro prédios e algumas relíquias ficam guardadas a sete chaves, longe dos olhares. E só saem de lá para raras exposições. É o caso dos manuscritos originais de “Em busca do tempo perdido”, de Proust.

São sete volumes. O primeiro, ‘No caminho de Swann’, foi publicado um pouco antes da Primeira Guerra Mundial, em 1913, de forma independente, depois que o autor foi recusado pelas principais editoras do país. O último, ‘O Tempo Redescoberto’, em 1927, cinco anos depois da morte do autor.

As anotações no manuscrito de Proust revelam como se constrói uma obra-prima literária e o processo de criação surpreendente do célebre escritor francês. “O que é emocionante quando folheamos estes cadernos é ver a obra sendo escrita e perceber que a escrita não se trata de um trabalho fácil. É um trabalho que precisa ser retomado. Tem que reescrever, corrigir, nunca ele está satisfeito. Nós mergulhamos de verdade no trabalho de Marcel Proust”, ressalta Isabelle de Chermont, curadora da Biblioteca e uma das poucas autorizadas a folhear a relíquia.

A versão digital da Biblioteca Nacional de França, batizada de Gallica, tem à disposição para consulta mais de um milhão e meio de documentos.

A L&PM Pocket publica Um amor de Swann, a segunda e autônoma parte de No caminho de Swann. Breve, será lançado Em busca do tempo perdido em Mangá.