Arquivo da tag: Raymond Chandler

Casa de Raymond Chandler à venda por mais de 2 milhões de dólares

casa_leilao1

A casa em Brentwood, no sul da Flórida, onde romancista Raymond Chandler viveu, está à venda por $ 2,395 milhões de dólares.

Construída em 1927, a casa em estilo espanhol é rodeada por jardins com muitas árvores. O interior, que foi reformado, possui uma enorme sala de estar com lareira, sala de jantar, uma grande cozinha integrada a uma sala de estar, dois quartos e três banheiros. As portas francesas de todos os cômodos se abrem para um jardim interno. Há também um estúdio com piso aquecido de concreto e painéis solares. E mais uma garagem para dois carros com área de serviço.

Raymond Chandler passava curtos períodos nessa casa, mas foi enquanto estava nela que o escritor de romances policiais escreveu Janela para a morte (Coleção L&PM Pocket) em 1942.

casa_leilao6 casa_leilao5 casa_leilao4 casa_leilao3 casa_leilao2

 

Só os tiras não dizem adeus…

Por Ivan Pinheiro Machado*

Quero relembrar um livro extraordinário, “O longo adeus” de Raymond Chandler, um clássico da chamada “literatura noir”, um gênero tradicionalmente americano e concebido por escritores admiráveis que acabaram colocando o romance policial – outrora considerado um subgênero – dentro da grande literatura. Philip Marlowe, o fascinante detetive de Chandler, figurou em oito romances como protagonista de tramas complicadas, numa época difícil, nos Estados Unidos em pleno período pós-recessão. Um país marcado por incertezas e por uma legião de losers andando pelas ruas em busca de um meio para sobreviver. Philip Marlowe, como o detetive Sam Spade, de Dashiell Hammett, é fruto desse país em crise, onde a construção da futura maior nação capitalista do mundo convivia com hordas de desempregados e aventureiros lutando pela vida. São homens da cidade, habituados a tensões e violência. Seus clientes seguidamente frequentam o mesmo círculo social, e sua atuação nada tem de “genial” no que diz respeito à sagacidade e à técnica investigativa. Marlowe é um cara durão. Aliás, essa tradução de tough guy é um achado dos primeiros tradutores de Chandler, Hammett e seus companheiros da literatura noir. E tornou-se comum a todos os romances, sendo quase uma marca registrada do gênero. Os “durões” aguentavam porrada, metiam-se em toda a sorte de confusões, mas, no fundo, eram uns sentimentais. O belo “O longo adeus” é um clássico sobre a amizade. A curiosa relação entre Marlowe e Terry Lennox, um homem enigmático, sempre envolvido em enrascadas. É um livro que trata também da solidão. Os personagens se aproximam, mas sempre se separam, se afastam. A imagem que fica é como um quadro de Edward Hopper; angústia, imobilidade e solidão. Philip Marlowe é um homem duro, mas sensível. Ele sabe que vai terminar sozinho. É dura a vida de detetive particular. É complicada a vida com as mulheres e os improváveis amigos sempre vão embora. Como está dito no final de “O longo adeus”, – sem dúvida a obra-prima de Chandlder – “só os tiras não dizem adeus”. Eles estão sempre no seu pé. Tiras não gostam de detetives particulares.

"Nighhawks" (Falcões da noite), de Edward Hopper

* Toda semana, a Série “Relembrando um grande livro” traz um texto assinado em que grandes livros são (re)lembrados. Livros imperdíveis e inesquecíveis.

Onde há fumaça… há literatura

Já não se fazem mais escritores como antigamente. Pelo menos não daqueles de cachimbo em punho (ou nos lábios). Acessório que já foi tão fundamental quanto a máquina de escrever, ele parece ter caído em desuso. Ou porque os escritores de hoje andam mais saudáveis. Ou porque a moda mudou. De uma forma ou de outra, que o cachimbo tem (ou tinha) estilo, isso é verdade. Jack Kerouac e seus companheiros que o digam…

Jack Kerouac

Georges Simenon

Hunter Thompson

Mark Twain

Raymond Chandler

William Faulkner

O pai do romance policial moderno

Quando morreu, deprimido e doente, no dia 10 de janeiro de 1961, Dashiell Hammett já não publicava um livro desde 1934. Mas deixou herdeiros na literatura americana: seguidores que o consideravam o “pai” do moderno romance policial.

Ao longo de seus 66 anos de vida, Hammett abandonou a escola, foi estivador, conseguiu um emprego numa agência de detetives particulares de San Francisco e, em 1920, começou a escrever. Publicou cinco romances e dezenas de pequenas histórias, virou roteirista de Hollywood e, em 1951, ficou um tempo preso, acusado de “conspirador vermelho” pelo comitê McCarthy.

Seus contos policiais ganharam importância principalmente porque Hammett tirou o crime dos salões e o colocou nas ruas, com ares de vida real, dando origem ao que viríamos a chamar de literatura noir. “Do vaso veneziano para as valetas” como descreveria mais tarde Raymond Chandler.

Em tempos de gângsters, da lei seca, da corrupção sem freios, Hammett criou uma espécie de anatomia social do crime, em que o assassino e o cadáver eram apenas o ponto de partida – e o pretexto – para descrever uma sociedade violenta, cínica e sem esperança. Aliás, cínicos e desesperançosos eram também seus detetives, em especial o fumante inveterado Sam Spade, vivido nos cinemas por Humphrey Bogart (veja trailer de “O falcão maltês” com direção de John Huston).

Pena que, assim como a sociedade e seu personagem, Dashiell Hammett também acabou perdendo a esperança. Resta-nos pensar que, diferente de uma cena de filme noir, sua obra jamais ficará nas sombras.

A L&PM publica quatro títulos de Dashiell Hammett.

Quem dá mais?

Quanto vale uma assinatura? A resposta, claro, depende de quem assinou. Mas dando uma olhadinha no catálogo do leilão que a famosa Sotheby´s promoverá no dia 13 de dezembro às 10 da manhã em Nova York, já para ter uma ideia. Batizado de “Fine Books and Manuscripts”, o leilão oferece um catálogo com 352 itens. Demos uma boa pesquisada nele e fizemos a nossa seleção de desejos.

Uma carta em alemão que traz a assinatura “Kafka”, provavelmente de 1920 e endereçada ao poeta Albert Ehrenstein. Estima-se que sairá por um preço que pode variar entre 12.000 e 18.000 dólares.

Clique para ampliar

Se pudéssemos, levaríamos esta edição de “The Big Sleep” (que publicamos na Coleção L&PM Pocket) de 1939 só porque ela traz uma dedicatória dupla na folha de rosto. As assinaturas de Raymond Chandler fazem o livro valer a “bagatela” de 80.000 a 120.000 dólares.

Clique para ampliar

Já que em 2012 vamos lançar mais quatro publicações com o nome de Andy Warhol, não seria nada mal arrecadar estas 18 litogravuras assinadas por ele, com desenhos fofos de gatos com o nome de “Sam”. Provavelmente sairão por um preço que vai variar entre 25.000 e 35.000 dólares.

Clique para ampliar

Pra combinar com um dos nossos livros da Série Encyclopaedia, “Lincoln”, não seria má ideia adquirir pelo menos um dos cheques que levam a assinatura do presidente americano. Este aqui, por exemplo, de 6 dólares, hoje está estimado em um valor que varia entre 5.000 e 7.000 dólares.

Clique para ampliar

Gostou? Veja aqui o catálogo completo. Se você for do tipo que “está podendo”, é possível dar lances pela internet.

Eu gosto de gatos porque…

Se me pedissem para completar a frase “Eu gosto de gatos porque…”, duvido que ganhasse algum prêmio, mas sei o que gosto neles e por quê. Gosto de gatos porque eles são elegantes e silenciosos, e têm efeito decorativo; uns leõezinhos razoavelmente dóceis, andando pela casa. Poderia dizer que eles são silenciosos na maior pare do tempo, porque um siamês no cio não é silencioso. Acredito que os gatos dão menos trabalho do que os cachorros, embora admita que cachorros, em geral, viajam melhor.

Assim começa o ensaio “Sobre gatos e estilo de vida” de Patricia Highsmith, que era assumidamente apaixonada pelos pequenos felinos. Eles não só a inspiram como ganharam dela uma linda homenagem: três histórias, três poemas, um ensaio e sete desenhos que compõem o livro Os gatos (Coleção L&PM Pocket).

Temos que reconhecer que os bichanos têm algo que combina muito com literatura, pois não há outra explicação para o fascínio que alguns escritores têm por eles como bem mostra outro trecho do ensaio de Patricia:

Raymond Chandler gostava de ter um gato roliço junto dele, ou sobre a escrivaninha. Simenon é frequentemente fotografado com algum de seus gatos, em geral um gato preto. Os gatos oferecem para o escritor algo que outros humanos não conseguem: companhia que não é exigente nem intrometida, que é tão tranquila e em contante transformação quanto um mar plácido que mal se move. (…) Gosto de fazer aniversário no mesmo dia de Edgar Allan Poe: 19 de janeiro. Ele é outro não solteirão que aparentemente gostava de gatos.

Bukowski, Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs e outros escritores também adoravam os bichanos, como registramos em outro post aqui no blog.

E você, gosta de gatos? Conta pra gente o porquê aí em baixo nos comentários 😉

Autor de hoje: Raymond Chandler

Illinois, EUA, 1888 –  † Los Angeles, EUA, 1959

Depois do divórcio dos pais, em 1896, Raymond Chandler foi morar com a mãe em Londres. Jamais voltou a ver o pai. Criado na Inglaterra, seguiu sendo cidadão americano, embora sua mãe tenha se naturalizado inglesa. Voltou para os Estados Unidos em 1912 e durante a Primeira Guerra Mundial serviu nas forças canadenses e na britânica Royal Air Force. Tentou ser jornalista, empresário, detetive e até executivo de uma companhia de petróleo. Desenvolveu o gosto pela literatura e devorou livros durante a vida inteira. Em 1933, com 45 anos, conseguiu publicar seu primeiro conto na célebre revista Black Mask, da qual Dashiell Hammett era um dos donos. Imediatamente foi considerado um bom escritor, e seus contos passaram a fazer muito sucesso entre os iniciados na literatura noir. Seu primeiro livro, O sono eterno, foi publicado em 1939. Nele o protagonista já era Philip Marlowe, cujo caráter e personalidade foram desenvolvidos sob várias identidades em seus contos. A seguir publicou os romances Adeus minha adorada Janela para a morte, A dama do lago, A irmãzinha, O longo adeus e Playback. Deixou inacabada a novela Amor e morte em Poodle Springs, que foi concluída pelo escritor Robert Parker com a permissão da família e publicada em 1989. Seus contos foram recolhidos e publicados em dois grandes volumes: A difícil arte de matar e Um assassino na chuva. Escreveu roteiros para Hollywood e teve todos os seus livros adaptados  para o cinema, em filmes nos quais trabalharam grandes astros e estrelas de Hollywood, como Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Robert Mitchum, Charlotte Rampling, James Stewart, Robert Montgomery, James Gardner, Elliot Gould, entre muitos outros. Tornou-se alcoólatra após a morte de sua mulher, em 1956, e morreu em Los Angeles, em 1959, consagrado com um dos maiores escritores americanos de todos os tempos.

OBRAS PRINCIPAIS: O sono eterno, 1939; Adeus, minha adorada, 1940; Janela para a morte, 1942; A dama do lago, 1943; A irmãzinha, 1949; O longo adeus, 1953; Playback, 1958

 RAYMOND CHANDLER por Ivan Pinheiro Machado

Raymond Chandler foi uma das grandes personalidades da literatura americana do século XX. Pontificou no gênero policial noir, uma vertente, digamos assim, mais intimista e realista do que aquele tipo de literatura de “crime e mistério” que surgiu com Poe, Conan Doyle e Chesterton e que teve seguidores célebres como Agatha Christie, Ruth Rendell, Rex Stout e, de certa forma, Georges Simenon. Chandler e seu mestre Dashiell Hammett desprezavam essa comparação. Seus romances não tinham como elemento-chave o investigador superarguto e suas deduções geniais. Em vez de um elegante Hercule Poirot, de um curioso Padre Brown, de um impressionante Sherlock ou de seu pai literário, o inspetor Dupin, de Poe, encontramos homens comuns (ou quase) tentando ganhar a vida trabalhando por “25 dólares por dia mais despesas”.

Philip Marlowe, o fascinante detetive de Chandler, figurou em oito romances como protagonista de tramas complicadas, numa época difícil, nos Estados Unidos em plena pós-recessão, um país marcado por incertezas e por uma legião de losers andando pelas ruas em busca de um meio para sobreviver. Philip Marlowe, como o detetive Sam Spade, de Hammett, é fruto desse país em crise, onde a construção da futura maior nação capitalista do mundo convivia com hordas de desempregados e aventureiros lutando pela vida. São homens da cidade, habituados a tensões e violência. Seus clientes seguidamente freqüentam o mesmo círculo social, e sua atuação nada tem de “genial” no que diz respeito à sagacidade e à técnica investigativa. Marlowe é um cara durão. Aliás, essa tradução de tough guy é um achado dos primeiros tradutores de Chandler, Hammett e seus companheiros da literatura noir. E tornou-se comum a todos os romances, sendo quase uma marca registrada do gênero. Os “durões” agüentavam porrada, toda a sorte de enrascadas, mas, no fundo, eram uns sentimentais. E, além disso, conviviam mal com os tiras que estavam sempre no seu pé. No magnífico O longo adeus, obra-prima de Chandler, o detetive Marlowe finaliza dizendo que “só os tiras não dizem adeus”. Eles estão sempre lá, às vezes de favor, mas quase sempre prontos para impedir ou prejudicar as investigações privadas. Tiras não gostam de detetives particulares.

Parafraseando Nelson Rodrigues, pode-se dizer que nesses romances está “a vida como ela é”. Os crimes, quando existem, são tão factíveis que nos dão a impressão de que são tirados dos tablóides populares. Ou seja, são fruto do lado obscuro do cotidiano em que vivemos. E os personagens andam no limiar daquilo que é legalmente aceitável. No caso de Chandler, temos um interessante retrato da Califórnia em meados do século XX. Los Angeles já é a meca do cinema, e freqüentemente atores de segunda categoria, assim como produtores fracassados, convivem com gângsteres, prostitutas de luxo, tiras corruptos, atrizes decadentes e figurões em busca de uma oportunidade para ganhar um bom dinheiro, seja limpo ou não. Se em O longo adeus temos um inesquecível livro sobre a amizade e a lealdade, em Adeus, minha adorada, A dama do lago e A irmãzinha, temos mulheres que acenam com histórias impossíveis, mas que geralmente balançam o melancólico Marlowe, homem de coração endurecido e esperanças roubadas pelas vicissitudes da vida. Sempre há uma mansão em Palm Beach ou Malibu. Sempre há um cliente recusado que volta uma, duas vezes, até que convence o sentimental Marlowe a aceitar o caso. E ele sempre pensa “eu não devia fazer isso”. E sempre acaba se arrependendo. Irônico, homem de poucas palavras, como convém a um tough guy, o cínico Marlowe vai recolhendo material para desacreditar do gênero humano. E o fascinante é que ele sempre tem uma recaída. Chandler consegue deixar uma fresta de humanismo que faz com seu detetive cure a ressaca de gimlet ou bourbon, faça a barba a contragosto e volte para seu poeirento e antiquado escritório, onde o telefone toca muito raramente.

Guia de Leitura – 100 autores que você precisa ler é um livro organizado por Léa Masina que faz parte da Coleção L&PM POCKET. Todo domingo,você conhecerá um desses 100 autores. Para melhor configurar a proposta de apresentar uma leitura nova de textos clássicos, Léa convidou intelectuais para escreverem uma lauda sobre cada um dos autores.

Já tem companhia para o feriado?

Um chocolate quente, um pijama confortável, música suave em um ambiente silencioso. O dia de hoje pede exatamente isso. Afinal, feriados são pequenos hiatos em meio a uma atribulada rotina e devem ser desfrutados ao máximo. Servem para pensar na vida, passear com um amigo, fazer um programinha romântico ou mesmo ficar deitado deixando-se inundar pelo sol invernal. Outra ideia para quem quer aproveitar o feriado é escolher um companheiro. De Machado de Assis a Raymond Chandler, de Bukowski a Anaís Nïn, de Allen Ginsberg a Agatha Christie.

Já pensou em passar o feriado com eles em um dos ambientes a seguir? 🙂

Biblioteca da Delft University, na Holanda.

Sala de leitura da Biblioteca do Parlamento em Ottawa, no Canadá

Österreichische Nationalbibliothek (The Austrian National Library) em Vienna

Para quem gosta de bibliotecas, este site fez uma seleção de fotos de algumas das mais lindas do mundo!

Beijos literários

Ah, o beijo… Como viver, amar e ser feliz sem ele?

É por isso que, hoje, no Dia do Beijo, separamos alguns trechos de pockets da L&PM que homenageiam esse que pode ser o mais puro ou o mais libidinoso dos atos.

Romeu e Julieta, de Shakespeare: “Beijarei teus lábios. Pode ser que ainda encontre neles um pouco de veneno que me faça morrer com este fortificante. (Beija-o)”.

Kama Sutra, Capítulo 3: “Os locais a serem beijados são os seguintes: a fronte, os olhos, as bochechas, a garganta, o colo, os seios, os lábios e o interior da boca. O povo de Lat também beija os seguintes locais: os quadris, os braços e o umbigo”.

 Drácula, de Bram Stoker: “Mas, logo após, voltou a abrir os olhos com toda aquela doce ternura de outrora. E desembaraçando aos poucos sua pobre, frágil e descorada mão, estendeu-a ao encontro da morena destra de Van Helsing. Este tomou-a entre seus robustos dedos, acariciou-a e beijou-a, na mais comovente das sublimações”.

Para sempre ou nunca mais, de Raymond Chandler: “Eu te odeio – ela disse, a boca contra a minha. – Não por isso, mas porque a perfeição nunca vem sem um intervalo e no nosso caso ela veio logo em seguida. E não quero nem vou voltar a vê-lo. Terá que ser para sempre ou nunca mais”.

Pulp, de Charles Bukowski: “Nós nos abraçamos e juntamos as bocas. A língua dela enfiara-se em minha boca, quente, mexendo-se como uma pequena serpente”.

Trecho de Elegia [de Marienbad] de Trilogia da Paixão, de Goethe: “Como por mim à porta ela aguardava / E felizardo aos poucos me fazia, / Após o último beijo me alcançava  / E ainda mais um dos lábios imprimia, / Assim, movente e clara, a efígie amada / No coração a fogo está gravada”.

Trecho de Versos Íntimos, de Eu e Outras Poesias, de Augusto dos Anjos: “Toma um fósforo. Acende teu cigarro! / O beijo, amigo, é a véspera do escarro, / A mão que afaga é a mesma que apedreja. / Se a alguém causa inda pena a tua chaga, / Apedreja essa mão vil que te afaga, / Escarra nessa boca que te beija!”.

O Dia do Beijo é comemorado em duas datas: 6 de julho (Kissing Day) e 13 de abril.