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Enquanto isso, no Salão do Livro de Paris…

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Começou nesta sexta-feira, 16 de março, e vai até segunda, 19 de março, o Salon du Livre de Paris. Ivan Pinheiro Machado, nosso editor, está por lá e mandou notícias. A edição de 2018 tem a Rússia como país convidado, mas na noite de quinta-feira, ao visitar o Salão, o presidente da França, Emmanuel Macron, acompanhado de sua esposa Brigitte, passou algumas horas visitando os estandes, mas evitou o pavilhão da Rússia, país convidado de honra do evento. “Eu decidi não ir ao pavilhão oficial da Rússia (…) em solidariedade aos nossos amigos britânicos”, disse Macron referindo-se ao caso do espião russo envenenado na Inglaterra.

O presidente da França, Emmanuel Macron, circulou pelo Salão do Livro de Paris, mas evitou o pavilhão da Rússia

O presidente da França, Emmanuel Macron, circulou pelo Salão do Livro de Paris, mas evitou o pavilhão da Rússia

O Salão do Livro de Paris vai destacar a renovação das letras na Rússia e contará com a presença de 38 autores russos. O número de jovens, aliás, chamou a atenção no primeiro dia de evento, circulando aos milhares e com entusiasmo.

SALAO DO LIVRO PARIS 2018

Jovens foram presença marcante no primeiro dia de Salão

L&PM no 33° Salão do Livro de Paris

Por Ivan Pinheiro Machado*

A primavera parisiense começou com um frio próximo de zero grau, céu cinza e chuva fina. Somente hoje, depois de quase 10 dias de chuva e frio, o sol surgiu elevando o astral e a temperatura. E é em alto astral que começa este 33° Salão do Livro de Paris. Apesar do “fantasma” do e-book – ou “numérique” como dizem por aqui -, a abertura do Salão, hoje, às 10 horas da manhã, foi uma verdadeira demonstração de força: uma multidão impressionante invadiu o palácio de exposições de Porte de Versailles para ver e comprar as novidades que apresenta a poderosa indústria editorial francesa. Todas as editoras importantes estão aqui expondo novidades e acervo. O público compra sem desconto e paga 11 euros para entrar.

Com uma representação discreta, os e-books não chamam a atenção. O público se acotovela em frente aos estantes coloridos prestando mais um tributo ao velho e bom livro de papel. A Romênia é o pais homenageado e o Brasil tem um grande estande com um pequeno auditório e livros expostos de Jorge Amado, Vinicius de Moraes e outros autores “exportáveis”. A grande vedete do salão é a “mangá square”, onde milhares de adolescentes disputam espaço em frente aos estandes para conferir a enorme produção de mangás japoneses na França.

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Milhares de pessoas de todas as idades no Salão do Livro de Paris

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A badalada “Mangá Square” cheia de novidades

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Os livros de Melvin Burgess, que acaba de lançar “Kill all enemies” no Brasil pela L&PM

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O estande do Brasil no Salão do Livro de Paris

* O editor Ivan Pinheiro Machado está no 33º Salão do Livro de Paris, que acontece de 22 a 25 de março de 2013 na capital francesa.

Encerra-se uma das melhores entre as 30 edições do Salão do livro


Ao colocar o escritor, e especialmente o escritor francês, como tema central do 30° Salão do Livro de Paris a organização do evento rompeu com uma velha tradição de homenagear países. O Brasil, por exemplo, foi homenageado em 1998. Na prática, todos os principais eventos do salão eram focados na cultura e nos autores dos países homenageados.
Este que é considerado o maior evento cultural destinado ao público da Europa parece ter reencontrado o seu rumo. Ontem falávamos que “Paris celebra os seus heróis”, e é exatamente aí que está a razão do sucesso do salão deste ano. Trinta escritores internacionais e sessenta escritores franceses foram homenageados oficialmente pela organização. Mas centenas de autores confraternizaram com seus leitores e autografaram seus livros no imenso espaço do pavilhão de Porte de Versailles.
Veja aqui a galeria de fotos do evento.
Muitos foram os adjetivos usados para celebrar o sucesso do evento, mas o que ficou como a grande lição deste Salão foi o memorável encontro entre leitores e autores. Por outro lado, a expectativa criada em torno do livro digital deu em nada. Os poucos espaços destinados a “readers” não tinham cor, nem charme, nem gente. A pesquisa do “Le Figaro”  jogou um balde de água fria nas grandes empresas de tecnologia que colocavam suas fichas em convencer o publico a aderir a leitura digital. E o Salão de Paris, nestes 5 dias por Porte de Versailles, provou que o velho companheiro  livro de papel seguirá por muito tempo atraindo e encantando multidões de leitores, como aconteceu entre 26 e 31 de março neste início de primavera parisiense.

Aznavour, Eco, Paul Auster e Salman Rushdie : o lado pop do Salão

Quem achava que os “famosíssimos” escritores internacionais seriam o “must” do salão, surpreendeu-se pelo imenso prestígio junto ao público dos escritores pariesienses e franceses em geral. No outro post já falei das filas enormes e da reverência aos autores locais.
Mas hoje é o grande dia dos astros internacionais. O lado pop do salão começou no domingo mesmo, quando Charles Azanvour baixou em Porte de Versailles para assinar seu livro de memórias. Confesso que não vi Aznavour. Sua presença era prometida no final da tarde, para promover seu livro de memórias. Ele se atrasou, para variar. Mas a fila em frente ao estande da editora Albin Michel era enorme e começara a se formar na abertura do Salão, às 10 horas de domingo. As tietes estavam lá para celebrar o “Frank Sinatra” francês que, com seus 85 anos, ainda quebra corações.
Ontem Umberto Eco deu uma voltinha causando um espetacular burburinho. Mas hoje, às 14 horas, juntamente com os escritores Enki Bilal e Jean-Claude Carrière, ele estará apresentando em grande estilo uma apologia ao “livro papel”. O vanguardista Eco, que encantou os anos 70 com sua transgressora e precursora “Obra Aberta”, está lá garantindo aos seus milhares de admiradores que o livro não vai acabar nunca no seu velho e bom suporte de papel. Sobre isso, a pesquisa promovida pelo jornal “Le Figaro” um dos mais tradicionais da França e divulgada com exclusividade no Brasil por este blog, teve grande repercussão nos debates. A pesquisa diz que apenas 1% dos franceses lêem em “readers”. Um número ridículo, diante das páginas e páginas que os jornais dedicam diariamente à “revolução dos readers. Umberto Eco ao anunciar sua conferência, disse aos jornais de Paris: sobre o quê eu vou falar ? Bom, basicamente que eu amo meus livros em papel”.
Mais tarde, às 17h, acontece o mais aguardado evento de todo o 30º Salão do Livro de Paris. Paul Auster, o grande autor de Trilogia de Nova York, encontrará o indiano-britânico Salman Rushdie. Auster é um velho conhecido dos franceses, morou quatro anos em Paris, e Rushdie ganhou o status de celebridade internacional ao ser “condenado a morte” em 1989 pelo não menos famoso Aiatolá Khomeini, que acusava seu livro Versos Satânicos de trazer ofensas ao Islã.

Paris festeja seus heróis


As fotos que ilustram este post foram tiradas no sábado. A chamada “multidão incalculável”, como diria Eduardo Bueno, acorria ao Salão por todos os meios – metrô, ônibus, táxi, tramway. Cartazes pela cidade anunciavam o salão com o simpático personagem que estiliza um livro e parece saído de uma história em quadrinhos. Ao pé do cartaz o endereço da web e todas os meios de transporte com o número certinho das linhas para chegar a Porte de Versailles.

Franceses lotam os corredores do Salão / Fotos: Ivan Pinheiro Machado

O número de visitantes até aqui foi o suficiente para os organizadores festejarem o grande sucesso deste em relação a outros salões, do tempo em que a organização homenageava países. Homenagear 90 escritores, dentre os quais 60 franceses, foi o golpe de mestre. No bom sentido, é claro. O público parisiense quer saber mesmo é dos seus autores, seus heróis. Enormes filas se formavam em frente aos estandes onde escritores dedicavam uma hora para dar autógrafos aos fãs. Mal comparando, lá em Porto Alegre, a famosa Feira do Livro já foi assim. A fórmula é infalível. E o Salão de Paris pulsa ao reverenciar seus livros e autores. Hoje e amanhã, último dia, os holofotes estarão voltados para as celebridades internacionais como Umberto Eco, Salman Rushdie e Paul Auster. Eles circularão nos estandes de seus editores confraternizando com o público e participarão de conferências e debates.

Bernard Werber durante sessão de autógrafos / Foto: Ivan Pinheiro Machado

Nesse final de semana passaram por lá os mais festejados e populares autores franceses, como Bernard Werber (autor da trilogia “As Formigas”), que, apesar de ter vendido 18 milhões de exemplares em todo o mundo, é literalmente – e reclama disso o tempo todo – ignorado pela critica francesa. Sua fila de autógrafos era digna de um Paulo Coelho, assim como eram também as filas da belga Amelie Nothomb e da nossa querida Nancy Huston, autora do festejado Marcas de nascença. Muitos outros escritores de grande prestígio em Paris como Georges Balandier, Emmanuel Carrère, Patrick Rambaud (se escreve assim mesmo) e Philippe Jaccottet compareceram sob o crivo seletivo dos “convidados especiais” do Salão, e várias mesas redondas desenvolviam o tema “o futuro do romance francês”. Uma questão tão penosa quanto difícil, pois a crítica hegemônica das grandes publicações culturais ainda é dominada pelo intimismo do velho nouveau roman que, apesar de ter perdido muito público nos últimos anos, é quem dá as tintas no “quem é quem” nas letras francesas.

E-books: muito barulho por nada

O mote shakespereano cabe como uma luva depois de se percorrer esse imenso Salão. No final de um corredor secundário perto da praça de alimentação, um estande com meia dúzia de curiosos expõe vários tipos de readers. Ao lado, um auditório alugado pela Sony anunciava uma palestra sobre “a leitura do futuro”. Entrei e vi um japonês falando um bom francês, auxiliado por slides superproduzidos, tentando convencer uma plateia que não ocupava nem um terço dos 150 lugares que o futuro já havia chegado. Afora neste pequeno setor do pavilhão não vi mais nada sobre leitura digital.
Quem passeia pelos acolhedores corredores do grande pavilhão está totalmente alheio ao marketing fabuloso das empresas de tecnologia. A multidão que enfrentou as filas e a garoa parecia se sentir feliz naquele ambiente cheio de cores e formas. Feliz como se fica quando se está entre bons companheiros. A onda digital chegou ao livro apenas pelos jornais via os espetaculares lances de marketing das empresas.
Uma pesquisa – a primeira feita sobre os e-books na França – publicada com estardalhaço pelo influente diário conservador “Le Figaro” comprova exatamente o contrário do que dizia o esforçado japonês da Sony no auditório quase vazio. O instituto Opinionway, contratado pelo jornal, ouviu três mil leitores que responderam a apenas duas perguntas.
– Hoje, sob qual suporte você lê um livro?
– No futuro, pretende ler em que suporte?
Com bom humor a matéria começa dizendo: “O papel está morto! Nos anunciam isso 10 vezes por dia. Mas parece que não é bem assim…” Na primeira pergunta, 91% dos franceses responderam que lêem em papel, 7% lêem na tela do computador e apenas 1% são adeptos dos readers. O restante não respondeu. Quanto à segunda pergunta, sobre onde leriam no futuro: 77% pretendem seguir lendo em papel, 11% lerão na tela do computador, 7% em readers, 2% em audiolivros, 2% no celular e 1% não responderam.
A conclusão é simples. A gigantesca propaganda que vem do vale do silício (quase) conseguiu convencer a imprensa. Mas o leitor gosta e gostará ainda por algum tempo de ler no velho e bom papel.

Paris celebra a paixão pelo livro

Sob um friozinho de 13°C, pancadas de chuva e aparições esporádicas do sol, clima típico do início da primavera parisiense, começou hoje pontualmente às 10h o badalado 30° Salão do Livro de Paris. Desde cedo uma multidão se aglomerava diante das 20 bilheterias do grande pavilhão de Porte de Versailles, motivada pela grande cobertura que a imprensa deu ao evento.
A data cheia motivou a organização a programar uma verdadeira maratona de eventos que mobilizará 30 grandes estrelas da literatura internacional e 60 dos maiores escritores franceses. Estão previstas uma infinidade de palestras, debates e mesas redondas, além de uma programação especial para as histórias em quadrinhos, febre em Paris já há mais de uma década.
São quase 4O mil metros quadrados ocupados inteiramente por livros. Não há nos estandes nenhuma pirotecnia arquitetônica, tão comum nas bienais brasileiras. Por mais poderoso que seja o editor, as estandes são projetadas para expor livros. E este é o fascínio deste Salão: a diversidade. Tudo o que se publica no momento e se publicou nos últimos anos está aqui. Enfim, como disse o conceituado “Le Monde”, Porte de Versailles abriga por cinco dias a maior livraria da França.
Adultos e crianças compartilham igualmente deste ambiente. Os grandes olhos azuis de Dominique, uma das encarregadas do atendimento às crianças e escolas do Salão, brilham ao falar sobre a estratégia do Salão de misturar crianças e adultos. “As crianças tem acesso a todos os livros e os editores de livros infantis estão ao lado dos outros editores, sem se estabelecer guetos onde as crianças ficam longe dos livros que lerão em poucos anos”. Sábia lição.
Os corredores da “maior livraria da França” / Fotos: Ivan Pinheiro Machado

Veja a galeria de fotos do evento aqui.

Rompendo com a tradição de homenagear um país todos os anos, este 30° Salão decidiu se focar na literatura e no negócio do livro, convidando ao debate sobre o futuro da literatura e especialmente o futuro do romance francês, um tema que aflige críticos e autores, conforme está estampado nos jornais e nas inúmeras revistas especializadas que são publicadas aqui.
Para o público é uma grande viagem que compensa os 9€ (tarifa cheia sujeita a descontos para estudante e aposentados, que chegam apagar apenas 2€). Tudo o que se faz por aqui está exposto. Um conjunto imenso de livros tão diferentes entre si que faz deste Salão um verdadeiro banquete para quem gosta de ler.

Momento Jason Bourne: assalto na Calle Layetana

Eu já estava na movimentada Calle Layetana, embarcando minha bagagem no táxi que me levaria ao aeroporto. Dei adeus e abracei minha amiga que incansavelmente me conduziu pelas calles e caves de Barcelona. Isso durou dois minutos. Quando me virei para pegar minha bolsa (onde estava tudo, inclusive passaporte), não havia nada. Centenas de pessoas passavam apressadas e uma me disse, “ele foi por ali”. Por instinto eu saí correndo numa velocidade que faria inveja a um velocista jamaicano. De repente eu vi o sujeito no meio da multidão. Reconheci pela alça que tem cor diferente da bolsa. Acelerei mais ainda diante dos pedestres e turistas perplexos e a uns cinco metros do sujeito gritei “ladron!”. Ele tentou correr e, num instante de irreflexão, pulei na garganta dele. Ele caiu e me olhou apavorado. Arrancou a bolsa, atirou-a em mim e se perdeu a toda velocidade pela Calle Princesa, uma transversal da Layetana. Meus batimentos cardíacos estavam, provavelmente, em 440. Pensei em ligar para o Dr. Lucchese… Alguns transeuntes vieram até mim indagando se estava tudo bem com uma admirada solidariedade. E eu saí passo a passo, agarrado na minha bolsa. Aos poucos as nuvens foram se dissipando e o sol apareceu radiante banhando de luz os telhados de Barcelona. Peguei o táxi finalmente. Meu destino é Paris. Amanhã começa o Salão do Livro. Apesar do incidente saio com as mais gratas lembranças dessa cidade amável, linda, onde quero voltar sempre. E espero que em Paris eu não precise utilizar novamente meu lado Bourne…

As curvas eternas de Gaudí

Cultuado como um mágico das formas, a presença de Gaudí é imensa em Barcelona. Autor da mais célebre obra inacabada do planeta (começou a ser construída e projetada em 1886 e segue em obras), o templo da Sagrada Família, Gaudí é único na historia da arquitetura mundial. Sua obra é baseada na alucinante combinação de curvas e surpresas. Suas criações se estendem pela cidade, em prédios de formas improváveis e beleza sinfônica tal é a profusão de materiais, estilos e invenções.

Park Güell e as torres da ainda inacabada Sagrada Família, ambas projetadas por Gaudí / Fotos: Ivan Pinheiro Machado

Nem Miró, nem Picasso, nem Dalí: o símbolo gráfico da cidade de Barcelona são as torres da Sagrada Família estilizadas num elegante bico de pena que acompanha todas as campanhas e materiais publicitários que promovem a cidade.
Aqui Gaudí é uma presença física constante de qualquer perspectiva que se olhe a cidade. Suas enormes e enigmáticas construções transcendem a arquitetura e têm o impacto de gigantescas esculturas. Mesmo concebidas um século atrás ainda intrigam e deslumbram como só a grande arte é capaz de fazer.

Começa na sexta-feira o 30º Salão do Livro de Paris. E nós estaremos lá.

De 26 a 31 de março próximo, a vida cultural francesa estará voltada com olhos e ouvidos para a realização do 30º Salão do Livro de Paris, num enorme pavilhão em Porte de Versailles. Data cheia, 30 anos, mereceu dos organizadores um “menu” espetacular. Além de ser a maior exposição pública de livros e audiolivros em língua francesa disponíveis para venda, haverá, durante 6 dias, um show de eventos literários e artísticos espetacular (para detalhes da programação veja www.salondulivreparis.com) . O mote deste ano especial será “Descubra 90 autores convidados de honra do Salão”. São 30 autores estrangeiros de primeiríssimo time e 60 franceses. Sob forma de mesas redondas, debates, colóquios e diálogos desfilarão diante do público francês mega-celebridades do mundo literário internacional. Claro, que por ser um evento francês, estamos nos referindo às celebridades do lado dito “culto” no negócio do livro. Nada de grandes best-sellers comerciais. Mas se você estiver flanando pela cidade luz e quiser ouvir os hiper-incensados Paul Auster, Umberto Eco, Salman Rushdie, Yasmina Khadra, Doris Lessing, Antonio Lobo Antunes, Enrique Vila-Matas, Amelie Nothomb e TODOS os autores franceses importantes do momento, eles estarão por lá, em eventos individuais e coletivos, conversando, apresentando e discutindo literatura das 10 da manhã às 19 horas. O único autor brasileiro convidado é o premiado Bernardo Carvalho (Jabuti de 2004 e Prêmio Portugal Telecom), publicado na França e autor, entre outros, dos livros Mongólia, Nove noites e O filho da mãe. Para se ter uma idéia dos eventos planejados, na terça-feira, dia 30 de março, dois amigos de longa data, Paul Auster e Salman Rushdie estarão dialogando diante da platéia. Nem a FLIP tem um cardápio destes…

O Salão deste ano festivo promete centenas de eventos que se realizarão no pavilhão oficial e cercanias. Mas a “peça de resistência” de toda esta grande festa é a imensa feira de livros de língua francesa expostos no pavilhão de Porte de Versailles. São mil expositores ao todo, das poderosas Gallimard, Flammarion, Robert Laffont, Larousse, Hachette ao mais alternativo dos editores franceses, todos estarão lá mostrando o vigor desta indústria editorial que, com Alemanha, Inglaterra e EUA se coloca entre as mais importantes do mundo, com um dos maiores índices de leitura per capta do planeta (11 livros por habitante).

Entre as mesas redondas, os organizadores prometem discutir a questão da democracia na internet. Mas como mostra o a página da internet e o material imprenso, o foco do salão será mesmo o velho e bom livro em papel. Coincidentemente, no país europeu mais desenvolvido e interessado em tecnologia e informática, pouco parece se falar sobre e-book e correlatos. Mas isso veremos mesmo a partir de sexta que vem.

No blog da L&PM, você poderá acompanhar de perto esse 30º Salão do Livro de Paris. Prometemos manter os leitores atualizado e informados sobre tudo – ou quase tudo. Aguarde!