Com o lançamento da nova “Enciclopédia dos Quadrinhos“, de Goida e André Kleinert, este Blog publicará, nos domingos, um verbete deste livro. O de hoje é o brasileiro Sampaulo (1931-1999).
O gaúcho Paulo Sampaio, nascido em Uruguaiana, no dia 3 de maio, ficou conhecido como Sampaulo, pseudônimo que assinava suas charges e tiras na imprensa gaúcha, desde 1954. Trabalhou em Clarim, A Hora, Diário de Notícias, Correio do Povo, Folha da Tarde, Revista do Globo e Zero Hora. Em 1963, foi publicado uma coletânea de trabalhos dele com o título de Humor do 1º ao 5º (Editora Globo), onde pela primeira vez, em meio de piadas essencialmente urbanas, aparecia também muito do folclore gaúcho, veia depois explorada por Santiago (veja em S). Em tiras de quadrinhos, seu personagem mais conhecido – com mais de 25 anos de publicação – chamou-se Sofrenildo e o nome diz tudo. Sampaulo ganhou vários prêmios nacionais e internacionais pelo seu excelente humor cotidiano. Tinha um irmão mais velho, que com o nome de Sampaio criou muitas páginas de humor na Revista do Globo e jornais gaúchos das décadas de 40 e 50. Tiras e histórias escolhidas de Sofrenildo apareceram em dois álbuns, Como eu ia dizendo… (Mercado Aberto, 1991) e Até que um dia (AGE Editora, 1998). De Pedro a Collor – As charges da tragédia, um livro de charges sociopolíticas, foi lançado em 1992, pela editora AGE. Participou ainda dos livros coletivos Separatismo, corta essa! (L&PM, 1993) e 40 anos de humor (RBS Publicações, 2004).