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Criança costuma fazer manha para comer. Alface, brócolis, beterraba e abobrinha ocupam os primeiros lugares na lista de inimigos dos baixinhos. Criança gosta de bolo, chocolate, batata frita e… SORVETE! Na semana das crianças vale o agrado. É o momento dos pais baixarem a guarda e deixarem os pequenos se deliciarem com todas as gostosuras que a cozinha pode oferecer. O sorvete de leite condensado que Celia Ribeiro ensina em 100 receitas de sobremesa é perfeita para comemorar a data. E o melhor: é tão fácil que as próprias crianças podem colocar a mão na massa!

SORVETE DE LEITE CONDENSADO

Ingredientes:
4 xícaras de leite, 1 lata de leite condensado, 3  colheres rasas de chocolate em pó, 1 colherzinha de maizena.
Rendimento: 8 porções

Como preparar:
Ferva o leite com o leite condensado. Agregue o chocolate e a maisena e retorne ao fogo para engrossar o creme. Depois de frio, despeje o creme numa forma e leve ao freezer.

Dica:
Uma ótima combinação para servir sorvete é o waffle que se adquire pronto em lojas de delicatessen.  Aqueça os waffles no forno, coloque um em cada pratinho de sobremesa ou num prato individual maior e apresente ao convidado. Na mesa, uma bandeja com molhos de chocolate, de morango e caldas quentes, creme chantilly, nozes e cerejas ao maraschino em potinhos.

O sorvete é apresentado numa cremeira, em bolas. O convidado prepara então sua própria sobremesa, com o sorvete sobre o waffle e os complementos desejados. Tal sobremesa se come com colher e garfinho e, por ser muito consciente, é adequada como fecho de um cardápio de comidas salgadas leves como peixe ou frango.


Sábado tem sempre uma “Receita do dia” vinda diretamente dos livros da Série Gastronomia L&PM.

Morando na camisa embaixo do chapéu

Por Anonymus Gourmet (José Antonio Pinheiro Machado)*

Anonymus Gourmet, que sobreviveu ao regime militar, inclui entre suas vaidades favoritas a tolerância amável ao direito das minorias. Ele sempre esteve do lado mais difícil, orgulha-se Madame Queiroz, testemunha daqueles tempos. Ela gosta de repetir a frase de Borges (ele, sempre ele): A um verdadeiro cavalheiro só podem interessar causas perdidas. Houve um tempo em que os vegetarianos não passavam de uma minoria ridicularizada. Anonymus, então, não hesitou em empunhar alfaces e cenouras como se fossem estandartes que não poderiam ser calados. Hoje, a carne a carne vermelha como dizem aqueles que desejam estigmatizar nossos bifes, diz a solidária Madame Queiroz é o alvo da Inquisição.

– Ainda bem que os Torquemadas ainda não estão incendiando açougues! – constata Anonymus.

Em pleno mês Farroupilha (no início, era a “data”, com o tempo virou “Semana Farroupilha”, agora é o setembro inteiro), Madame Queiroz gosta de lembrar um dos maiores escritores do Rio Grande, o inesquecível Athos Damasceno: “Ao passo que o Norte flutuava numa doce enseada de calda, nós aqui singrávamos num mar vermelho de sangue – sangue de boi, de ovelha e de carneiro. E não raro, até sangue de homem, tanto nos custou, em diferentes épocas, levantar uma barreira de peitos contra a cobiça dos espanhóis e suas pretensões territoriais”.

Tudo isso adverte que o churrasco dominical rio-grandense tem raízes profundas. Anonymus gosta de lembrar que o gado bovino chegou ao Rio Grande do Sul no século 17, mostrando o recorte já amarelado de uma antiga revista Claudia, no texto excelente da querida amiga Adélia Porto. Era o chamado gado xucro ou gado chimarrão, que vivia à solta, sem cerca e sem controle, caçado pelos índios charruas, nativos da região, que se tornaram grandes mestres da arte do churrasco. Adélia conta que a habilidade e o apetite dos índios espantaram o padre Antônio Seppé, que esteve por aqui em 1691. Seppé escreveu um livro, Viagem às Missões Jesuítas e Trabalhos Apostólicos, onde se lê: “Impossível dizer-se com que perícia e rapidez os índios pegam uma rês, derrubam-na, tiram-lhe o couro e esquartejam-na. Mas muito mais rápidos ainda são no comer”. Perplexo, o padre fala de um casal de índios que, sentindo fome, interrompeu a lavração de uma roça e devorou um dos bois de serviço, utilizando o arado, que era de pau, para principiar o fogo – um insólito churrasco de emergência. Depois dos índios, vieram os comerciantes de couros e os tropeiros, que recolhiam gado para São Paulo e Minas Gerais. Eram os primeiros gaúchos, gente rude, sem governo, que “morava na sua camisa, debaixo do chapéu”.

* José Antonio Pinheiro Machado (Anonymus Gourmet) é autor de diversos livros da série Gastronomia L&PM. Este texto foi originalmente publicado na pg. 2 do Caderno Gastronomia de Zero Hora do dia 16 de setembro.

Dê asas a sua lasanha

Que tal uma lasanha de frango tão leve que nem massa ela tem entre seus ingredientes? Pois a receita de hoje é isso. A “Lasanha voadora” voou diretamente das páginas de Dieta Mediterrânea – Com sabor brasileiro para este blog. O livro inclui pratos cheios de sabor e saúde organizados pelo Dr. Fernando Lucchese e por Anonymus Gourmet.

LASANHA VOADORA (4 pessoas)

Ingredientes: 700g de peito de frango; 1 cebola; 1 tomate; 1 batata; folhas de espinafre; fatias de presunto; fatias de queijo; queijo ralado grosso.

Como preparar: Corte o peito de frango em filés, separando em duas metades como se fossem bifes. Bata-os com um batedor de bifes. Tempere-os com suco de limão, sal e pimenta. Num refratário untado, organize várias camadas, como se fosse uma lasanha convencional: primeiro, cubra o fundo do refratário com finas fatias de batata (crua e com casca); por cima, arrume uma camada de fatias de filé de frango; a seguir, uma camada de fatias finas de cebola; por cima dela, uma camada de presunto; a seguir, folhas de espinafre; depois uma camada de queijo fatiado e, por último, finas fatias de tomate. Leve ao forno por, aproximadamente, 40 minutos.

– Dica do Anonymus: As diversas camadas podem ser repetidas. Monte a sua lasanha voadora do seu jeito.

– Pílula do Doutor: O forno tem uma participação importante na cozinha mediterrânea. Nele são assadas as carnes, as pizzas e os pães. O frango é onipresente, utilizado na dieta de várias formas: assado, em molho, ou em risotos e massas.

Sábado tem sempre uma “Receita do dia” vinda diretamente dos livros da Série Gastronomia L&PM.

Taglierini al funghetto

Sílvio Lancellotti cozinha com personalidade, na primeira pessoa. Suas receitas possuem um inebriante sabor e um gosto que instiga o paladar. A receita de hoje, retirada do livro 100 receitas de macarrão, certamente deixará seu final de semana com um sabor especial.

TAGLIERINI AL FUNGHETTO

Ingredientes para quatro pessoas:

500g de taglierini ou, na sua ausência, fettuccine ou trenette, a massa cozida até um minuto antes do ponto al dente. 1 berinjela, sem as cascas, cortada em dadinhos. Sal. 8 colheres de sopa de azeite de olivas. 4 dentes de alho, micrometricamente picadinhos. 2 colheres de sopa de salsinha verde, bem batidinha. 1 abobrinha, cortada em rodelinhas finésimas, com as cascas. 200g de champignons frescos delicadamente laminados. Orégano, a gosto.

Como preparar:

Coloco os dadinhos de berinjela num escorredor de macarrão. Pulverizo com sal. Misturo e remisturo. Espero que os dadinhos da berinjela transpirem bastante, cerca de quinze minutos. Numa frigideira bem larga aqueço o azeite e, nele, levemente refogo os dentes de alho. Não permito que o alho se doure. Rebaixo o calor. Agrego a salsinha. Mexo e remexo. Incorporo os dadinhos de berinjela. Misturo e remisturo, até que eles comecem a transpirar. Pulverizo tudo com orégano, a gosto. Acerto o ponto do sal. Mexo e remexo. Incorporo o taglierini. Salteio e ressalteio a massa em seu molho. Sirvo, imediatamente, sem nenhum tipo de queijo.

Sábado tem sempre uma “Receita do dia” vinda diretamente dos livros da Série Gastronomia L&PM.

Pé-de-moleque junino

O Brasil está em clima de Festa Junina. Como manda a tradição, não há nada melhor do que comemorar a data festiva com as comidinhas típicas. A receita deste sábado é pé-de-moleque, um doce delicioso e tradicional da data. A dica é do livro Receitas de família, de Anonymus Gourmet. Os desenhos que ilustram as páginas do livro são do Iotti.

PÉ-DE-MOLEQUE

Ingredientes:
3 xícaras de amendoim (sem pele, sem sal e torrado), 3 xícaras de açúcar mascavo, 1 pitada de sal, 1 xícara de leite.

Como preparar:
1 – Leve o açúcar mascavo em uma panela grande ao fogo baixo. Misture sempre e adicione também o sal. Mexa até obter uma calda grossa. Leva uns 15 minutos, mais ou menos. Mexendo sempre.

2 – Quando estiver uma calda e escura, acrescente o amendoim. Misture sempre até desgrudar da panela.

3 – Unte uma tábua de madeira com um pouco de manteiga. Com ajuda de uma colher faça os pés-de-moleque. Faça quando desejar. Deixe-o secar, de preferência de um dia para o outro.
Dica do Anonymus: Torre o amendoim em casa. Arrume-os em uma forma, com as cascas, e leve ao forno quente. Cuide para ver quando estiverem torrados, mas não queimados. Coloque-os dentro de um saco plástico ou pano de prato e mexa bem para retirar as cascas.

Sábado tem sempre uma “Receita do dia” vinda diretamente dos livros da Série Gastronomia L&PM.