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Biblioteca Britânica comemora os 40 anos do movimento punk

“Punk 1976-78” é o nome da exposição que a Biblioteca Britânica, em Londres, preparou para comemorar o 40º aniversário do punk, este “fenômeno musical único e emocionante” como o próprio site da biblioteca define.

Começando com o impacto do grupo Sex Pistols em 1976, a exposição explora os dias iniciais do movimento na capital britânica e revela como a sua notável influência espalhou-se pela música, moda, impressão e estilos gráficos de todo o país. A exposição apresenta uma gama de fanzines, folhetos, gravações e capas de discos junto com um raro material mantido em Liverpool pela John Moores University.

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Exposição traz flyers e zines raros

Flyer do Roxy Club, reduto punk londrino

Flyer do Roxy Club, reduto punk londrino

Ingressos e panfletinhos

Ingressos e panfletinhos

Além da exposição, estão programados eventos, shows, filmes e palestras para comemorar os 40 anos da herança punk e de sua influência em Londres.

“Punk 1976-78” inclui, além da exposição, encontros, shows, filmes e palestras. E a Biblioteca Britânica oferece ainda uma loja temática com artigos ligados ao punk. A função rola até 2 de outubro e a entrada é gratuita.

A loja da Biblioteca Britânica é punk

A loja da Biblioteca Britânica é punk

E já que o assunto é punk, não podemos deixar de falar em Please Kill Me (Mate-me por favor), a história sem censura do Punk contada por aqueles que viveram o movimento na sua forma mais profunda. Publicado na L&PM em formato pocket e convencional.

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O início do grupo punk Sex Pistols

Foi em 6 de novembro de 1975, na St. Martin’s, em Londres, que uma banda chocou a plateia – composta principalmente por estudantes – com seu comportamento enlouquecido. Este foi o primeiro show do Sex Pistols, grupo formado originalmente pelo vocalista Johnny Rotten, o guitarrista Steve Jones, o baterista Paul Cook e o baixista Glen Matlock.

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Desde o início, o Sex Pistols enlouquecia sua plateia

Não tardaria muito para o movimento punk – que plantara suas raízes nos EUA em 1972 com os Ramones – mobilizar a juventude inglesa e influenciar o comportamento, a moda, o cinema, as artes gráficas e, claro, a indústria fonográfica até explodir com força total nos becos londrinos em 1976.

Sid Vicious, que em 1977 substituiu Matlock nos Sex Pistols, viria a se tornar o mártir do movimento – ele morreu de overdose de heroína em 2 de fevereiro de 1979, em Nova York, dias depois de matar a namorada, Nancy Spungen.

O livro Mate-me por favor (Please Kill me) conta a história sem censura do punk com depoimentos de grande parte dos sobreviventes que participaram do início, meio e fim deste movimento (que talvez nem tenha acabado ainda).

Leia o início do capítulo 26:

“Inglaterra tramando”

Bob Gruen: (…) Havia todos aqueles garotos por lá, usando roupas esquisitas e começando a cortar o cabelo daquele jeito espetado esquisito. Uma banda tinha se formado naquela cena, os Sex Pistols. Eles entraram no clube e ficaram fazendo pose, ridículos – como se fossem grandes estrelas. Todos os garotos ficaram parados por lá tipo: “Ooh, são eles, eles são o máximo.” Os Sex Pistols eram o centro total das atenções desse grupo de garotos que incluía Joe Strummer, Mick Jones, Billy Idol, Adam Ant e Siouxsie Sioux. Todos diziam: “Quem me dera ter uma banda.” Então eu disse “Façam uma. Não parece ser muito difícil.” Sabe como é: “Esperto demais pra escola e burro demais pra arranjar um emprego.”

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A L&PM publica Mate-me por favor em diferentes formatos. Veja aqui.

Sid Vicious não era brincadeira

O modelo clássico, quase fiel ao original

Apesar de ter menos de vinte anos quando entrou na roda punk londrina, Sid Vicious não era exatamente alguém que estivesse a fim de brincar, como mostra o depoimento de Jim Marshall no livro Mate-me por favor (Please Kill me): “Todo mundo sabia que Sid Vicious estava no Hurrah´s naquela noite. Quando alguém famoso como Sid está num lugar, você sabe onde ele está, você fica dando umas olhadinhas por cima do ombro, só pra ficar de olho nele pra ver se ele vai fazer alguma coisa bárbara, e, é claro, vi Sid dar uma garrafada em Todd Smith, irmão de Patti Smith”.

Se vivo fosse, Sid Vicious estaria comemorando 54 anos hoje. Nascido John Simon Ritchie-Beverly, foi baterista do Siouxsie & The Banshees e baixista da banda Sex Pistols. Filho de um ex-guarda com uma hippie, aos vinte anos, conheceu Nancy, a namorada que ele acabaria matando em meio a um delírio de drogas. Mas se a vida de Sid não foi exatamente uma brincadeira, isso não é motivo para que não existam muitos bonecos punks para homenageá-lo. Escolha o seu preferido e brinque com ele se for capaz…

Sid com ares de Elvis, mas o olhinho fechado não deixa dúvidas...

Esse é o único jeito de Sid Vicious ser fofo

É um boneco? Uma escultura? Ou Sid João Bobo?

Sid Toy Art parece um Playmobil Punk

Aniversário em ritmo punk: Sid Vicious faria 53 anos hoje

“Todo mundo sabia que Sid Vicious estava no Hurrah´s naquela noite. Quando alguém famoso como Sid está num lugar, você sabe onde ele está, você fica dando umas olhadinhas por cima do ombro, só pra ficar de olho nele pra ver se ele vai fazer alguma coisa bárbara, e, é claro, vi Sid dar uma garrafada em Todd Smith, irmão de Patti Smith”. O depoimento de Jim Marshall é um dos tantos sobre Sid Vicious que ilustram Mate-me por favor (Please Kill me), uma história sem censura do punk, editada em dois volumes pela Coleção L&PM POCKET. Sid Vicious, nome artístico de John Simon Ritchie-Beverly, nasceu em Londres há exatos 53 anos atrás, em 10 de maio de 1957. Ícone da cultura punk, foi baterista do Siouxsie & The Banshees e baixista da banda Sex Pistols. Filho de um ex-guarda com uma hippie, aos vinte anos, conheceu Nancy, a namorada que viria a matar não muito tempo depois. Em homenagem ao aniversário dele, convidamos você a assistir a versão punk de My Way. Cante com ele. Se for capaz, é claro.

Sex Pistols, Sky e o conto do vigário

Por Ivan Pinheiro Machado

No magnífico documentário “The trash and the fury”, sobre a curta vida do “Sex Pistols” nos anos 70, há a cena antológica do último concerto da banda inglesa em Dallas, Texas. O grupo já agonizava, detonado por brigas e muita droga. O ginásio onde seria o show estava superlotado, mas a banda estava tão enlouquecida que não conseguiu subir ao palco; depois de muito tempo de espera, o vocalista Johnny Rotten (Joãzinho Podre) foi comunicar à plateia histérica que eles iam dar o fora e não fariam o show. A platéia urrava, protestava, atirava pedaços de cadeira no palco. Aí então, chapadaço, Johnny pegou o microfone e disse “não estou entendendo, vocês nunca tinham sido enganados antes?”.

Pois estas palavras ficaram reverberando na minha cabeça todo o fim de semana. Não vou chatear com a historia inteira, mas a Sky me passou o golpe do vigário. É o seguinte: um cara me ligou em nome na Sky prometendo mundos e fundos. Me dariam o aparelho HD grátis e mais canais, porque eu era um cliente Vip, dez anos de Sky. Era de graça e eu topei. Foram na minha casa uma semana antes do agendado (já desconfiei). Fizeram o serviço. Mais tarde fui ver TV. Aí então notei que faltavam pelo menos uns cinco dos meus canais favoritos. Liguei para a Sky. Disse que não tinha sido informado que perderia canais e não me interessava o “Up grade” pra baixo que eles tinham me dado, portanto gostaria que voltasse ao pacote que eu tinha antes. Aí a moça do call center me disse: “O pacote que o senhor tinha até hoje pela manhã, a Sky não comercializa mais. Se o senhor quiser os canais que perdeu de volta, vai ter que pagar mais R$ 50 reais”.

O que saiu da minha boca você já viu várias vezes nas histórias em quadrinhos: cobras, lagartos, aranhas, etc… Mais calmo, me lembrei do Johnny Rotten; na real, tão descaradamente, eu nunca tinho sido enganado antes…