Ela nasceu em 9 de janeiro de 1908 em Paris. E se tornou um dos maiores nomes da filosofia do século 20. Simone de Beauvoir foi uma das fundadoras do movimento filosófico que ficou conhecido como Existencialismo, ao lado de Jean-Paul Sartre e outros contemporâneos seus. Além disso, tornou-se ícone feminista no mundo após a publicação de O segundo sexo, em que faz uma profunda análise do papel da mulher na sociedade.
Companheira de Sartre, ela é citada diversas vezes na biografia do filósofo, escrita por Annie Cohen-Solal e publicada pela L&PM:
Em junho de 1929, 76 candidatos se apresentam às provas de mestrado de filosofia: Sartre obtém o primeiro lugar entre os 27 aprovados e depois repete a façanha entre os 17 finalistas. (…) Como primeiro colocado dessa turma de 1929 no mestrado de filosofia, Sartre ganha por pequena diferença de pontos do candidato classificado em segundo lugar e que, casualmente, é uma mulher: Simone Bertrand de Beauvoir. ‘Rigorosa, exigente, precisa e técnica’, conta também [Maurice] Gandillac, ‘era a caçula da turma: tinha apenas 21 anos; três anos mais moça que Sartre, portanto, e havia conseguido realizar a proeza de fazer dois períodos letivos em um só, pois tinha se preparado, ao mesmo tempo, para receber o diploma de estudos superiores e para prestar o concurso de mestrado. Aliás, dois dos integrantes da comissão julgadora, os professores Davy e Wahl, me confessaram mais tarde que ficaram sem saber a quem conceder o primeiro lugar, se a ela ou a Sartre. Pois se Sartre demonstrava qualidades indiscutíveis, inteligência e cultura simplesmente impressionantes, embora por vezes aproximativas, todo mundo estava pronto a concordar que a filósofa era ela.