Será que William Shakespeare era chegado numa erva? A pergunta está no ar desde que foram encontrados resquícios de canabis em cachimbos de barro de 400 anos recuperados do quintal da casa onde Shakespeare viveu. Os cachimbos de mais de quatro séculos foram analisados por um grupo de investigadores sul-africanos, através de uma técnica avançada de espectrometria de massa.
Mais cachimbos foram achados em outros locais de Stratford-Upon-Avon em que o dramaturgo viveu. Neles, havia vários tipos de tabaco e também mais vestígios de canabis.
A partir dessa notícia, o jornal britânico The Independent menciona que existem pistas literárias que indicam que Shakespeare talvez fumasse canabis, mas provavelmente evitava a cocaína. No seu Soneto 76, ele escreveu sobre “invenção numa erva”, em que invenção pode ser interpretada como “criatividade”, o que pode ser visto como um reconhecimento do poder da canabis na escrita criativa.
No mesmo soneto existe ainda uma menção de “compostos estranhos” com os quais o escritor prefere não se associar, o que pode ser uma referência à cocaína.
O artigo sobre a investigação foi publicado na revista South African Journal of Science em julho, e descreve a análise dos compostos encontrados em 24 fragmentos de cachimbos, que foram cedidos pelo Shakespeare Birthplace Trust.