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Verbete de hoje: Stan Sakai

Com o lançamento da nova Enciclopédia dos Quadrinhos“, de Goida e André Kleinert, este Blog publicará, nos domingos, um verbete deste livro. O de hoje é  o japonês Sakai Stan (1953), cujo principal personagem era Usagi Yojimbo, uma espécie de coelhinho da Páscoa samurai.

Radicado nos Estados Unidos há muitos anos, o quadrinista japonês Stan Sakai é formado em artes plásticas pela Universidade do Havaí, além de ter estudado no Art Center College of Design em Pasadena, Califórnia. Seu trabalho mais reconhecido no mundo dos comics é o personagem Usagi Yojimbo, criado por ele em 1982 e que foi publicado pela primeira vez em 1984, na edição especial Critters. Com o passar dos anos, Usagi Yojimbo ganhou revista própria e foi editado pelas editoras Fantagraphics, Mirage e Dark Horse. Usagi é um coelho ronin, e os demais personagens da série também são seres antropomorfizados. As histórias se passam no Japão da virada do século XVII, durante a consolidação do poder do shogunato. Sakai revela em Usagi Yojimbo uma rigorosa e bem estudada reconstituição histórica do período, apresentando ainda um domínio narrativo impressionante na elaboração das sequências de ação. Além disso, o artista traz para a revista uma série de influências marcantes da cultura popular japonesa, como fatos inspirados na vida do célebre samurai Miyamoto Musashi, elementos da lenda do herói Zatoichi e citações ao mangá O lobo solitário. O sucesso de Usagi Yojimbo foi tanto que motivou Sakai, inclusive, a criar em 1991 Space Usagi, que tem como protagonista um descendente futurista do coelho. No Brasil, Usagi Yojimbo foi editadopela Via Lettera (com os volumes Samurai, Ronin e Bushido) e pela Devir (através dos álbuns Sombras da morte e Daisho). Além de Usagi, Sakai também teve participação destacada nas revistas dos Simpsons (Bongo Comics, 2001) e do Boné (desenhando a história Riblet, aqui publicada pela Via Lettera no álbum Estúpidas, estúpidas caudas de ratazana) e na antologia “AutobioGraphix” (Dark Horse, 2003). Ele igualmente é um renomado e premiado letrista, tanto de seus trabalhos próprios como em obras alheias (principalmente Groo, de Sergio Aragonés).