Arquivo da tag: Van Gogh

Quadro desconhecido de Van Gogh é leiloado em Paris por 13 milhões de euros

Mesmo quem nunca foi a Paris deve ter ouvido falar em Montmartre, o bairro boêmio (e turístico) de Paris que foi reduto de artistas como Renoir, Picasso e… Van Gogh!

E é justamente o quadro “Cena de rua em Montmartre”, pintado por Van Gogh em 1887, durante sua curta temporada por lá, que acaba de ser leiloada por 13 milhões de euros – algo em torno de 87 milhões de reais. Detalhe: a pintura era praticamente desconhecida até agora, pois ficou mais de um século nas mãos de colecionadores particulares.

O leilão aconteceu no dia 25 de março, virtualmente, na casa Sotheby’s em Paris. Esperava-se que fosse vendido por algo entre 5 e 8 milhões de euros, mas o preço final ficou bem acima disso e tornou-se um recorde na França.

A tela mostra um casal caminhando e duas crianças brincando, tendo ao fundo o “Moulin à poivre”, um emblemático moinho de vento transformado em salão de dança na época.

É a primeira vez que a obra, que permite perceber a virada de Van Gogh para o impressionismo ao reforçar o caráter das cores, é mostrada em público desde que foi adquirida há um século por uma família francesa, cuja identidade permaneceu oculta.

Até recentemente, a pintura só era conhecida por meio de fotografias em preto e branco contidas em catálogos.

“A venda desta magnífica tela em ambiente virtual faz parte destes momentos mágicos que podem ser vividos numa casa de leilões”, afirmaram em comunicado responsáveis pela venda da Sotheby’s, que organizou este leilão de obras impressionistas e modernas.

“É um testemunho sobre (o bairro parisiense) Montmartre no final do século XIX”, ressaltou Aurélie Vandevoorde, comissária de vendas.

“Os parisienses iam lá para passear e divertir-se (…) mas Van Gogh foi mais sensível ao caráter bucólico do lugar do que à representação dos cabarés”, acrescentou.

A última tela do artista holandês em leilão, “Laboureur dans un champ” (1889), arrecadou US$ 81 milhões em 2017, em Nova York.

VAN GOGH CENA DE RUA AMARELADA

VAN GOGH CENA DE RUA ZOOM

A L&PM Editores publica vários livros sobre Van Gogh, veja aqui.

Carta escrita por Van Gogh e Gauguin é vendida por R$ 1,2 milhão

Basta ler Van Gogh, da série biografias L&PM, para ter a certeza de que Vincent Van Gogh e Paul Gauguin eram muito próximos. Antes de cortar sua orelha, por exemplo, Van Gogh conversou com Gauguin em uma praça.

No final de 1888, ambos estavam juntos em Arles quando escreveram uma carta ao pintor Emile Bernard. Carta esta que foi leiloada na terça-feira (16 de junho), em Paris, por 210.600 euros, o equivalente a R$ 1,2 milhão. A compradora foi a Fundação Vincent Van Gogh, de Amsterdã, que vai colocá-la em exposição.

No manuscrito, Van Gogh e Gauguin contam a Bernard sobre suas discussões envolvendo arte e trabalho e também mencionam os bordéis que andavam visitando:

 “Agora, algo que vai lhe interessar — fizemos algumas excursões nos bordéis, e é provável que eventualmente iremos lá para trabalhar”.

“No momento, Gauguin tem uma tela em andamento do mesmo café noturno que eu também pintei, mas com figuras vistas nos bordéis. Promete tornar-se algo bonito.”

A Fundação Vincent Van Gogh disse que a carta que não estava em nenhum museu e que é muito importante uma vez que é a única carta que Van Gogh escreveu com Gauguin.

CARTA VAN GOGH

A L&PM Editores publica vários livros sobre Van Gogh, veja aqui.

Na Holanda, ladrões fazem a festa no aniversário de Vincent Van Gogh

No exato dia do aniversário de Van Gogh, quando se comemora 167 anos de seu nascimento, ladrões aproveitaram que o museu holandês Singer Laren estava fechado devido à pandemia de coronavírus e fizeram a festa: surrupiaram a obra do pintor holandês intitulada Parsonage Garden at Neunen in Spring e avaliada em torno de 5 milhões de libras.

VAN GOGH ROUBADO

Se foi proposital o roubo acontecer na madrugada do aniversário de Van Gogh não se sabe, mas parece que essa foi a única pintura levada do museu. O alarme chegou a soar às 3h15, mas os ladrões fugiram quando os policiais chegaram.

Durante uma conferência de imprensa transmitida pelo Youtube, o diretor do museu, Jan Rudolph de Lorm, disse estar “incrivelmente chateado” com a perda da pintura, que foi emprestada pelo Museu Groninger, localizado no norte da Holanda e que só possuía este Van Gogh em seu acervo.

A pintura faz parte de uma série de obras de Van Gogh pintadas entre 1883 e 1884.

A L&PM Editores publica vários livros sobre Van Gogh, veja aqui.

Leiloado o revólver que Van Gogh teria usado em seu suicídio

Vincent havia saído para pintar na tarde de 27 de julho, quando nessa hora costumava trabalhar na sala dos fundos do albergue. Deu um tiro de revólver contra o peito, caiu e depois se ergueu para retornar. Caiu três vezes no caminho de volta e notaram sua ausência, pois estava atrasado para o jantar. Sua atitude ao chegar pareceu estranha aos Ravoux: Vincent subiu diretamente ao seu quarto. Depois, como não descia para jantar, o sr. Ravoux subiu para vê-lo, encontro-o estendido no leito e perguntou o que tinha. Vincent virou-se bruscamente, abriu o casaco e mostrou a camisa ensanguentada. “É isso, quis me matar e falhei”, ele diz. (Trecho de Van Gogh, David Haziot, Série Biografias L&PM Pocket).

Vincent Van Gogh não sairia mais da cama. Dois dias depois, em 29 de julho de 1890, morreria nos braços do irmão Theo, aos 37 anos e poucos meses.

Pois na quarta-feira, 19 de junho de 2019, o revólver Lefaucheux calibre 7 mm que o pintor holandês teria usado para dar o tiro contra ele próprio foi leiloado por 162 mil euros (o equivalente a R$ 703 mil). O comprador, que não teve sua identidade revelada, participou do leilão pelo telefone.

revolver suicidio

A arma foi descoberta em 1965 por um agricultor no mesmo campo em que Van Gogh tentou o suicídio, próximo da hospedaria onde, na época, o pintor estava estava instalado em Auvers-sur-Oise. Depois de sua descoberta, o camponês entregou a arma – muito danificada – a Arthur Ravoux, proprietário dessa hospedaria. O objeto teria permanecido na família até ser leiloado, conta a casa de leilões AuctionArt.

Estudos científicos apontam que o revólver permaneceu enterrado por entre 50 e 80 anos, tempo transcorrido até sua descoberta. E, em 2016, o museu Van Gogh em Amsterdã apresentou a arma na exposição “Nos confins da loucura, a doença de Vincent Van Gogh”.

Outra teoria sobre a origem da arma, muito polêmica, foi apresentada em 2011 por dois investigadores americanos. Segundo eles, Van Gogh não se suicidou. Ele teria sido, na verdade, vítima de um disparo acidental por parte de dois irmãos adolescentes que brincavam com uma arma.

A L&PM Editores publica vários livros sobre Van Gogh, veja aqui.

Em Paris, uma viagem luminosa às maiores obras de Van Gogh

Vincent Van Gogh é a estrela da nova exposição digital do Atelier des Lumières, em Paris. Fã do pintor holandês (e responsável pela edição dos tantos livros que a L&PM publica sobre a vida de Van Gogh), o editor da L&PM, Ivan Pinheiro Machado, que está na Cidade Luz para o Salão do Livro, não poderia deixar de passar por lá. Ele, aliás, mandou dizer que é “um fantástico show tecnológico de som e imagem sofisticadíssimas.É o grande hit parisiense neste fim de inverno.”

A exposição criada por Gianfranco Iannuzzi, Renato Gatto e Massimiliano Siccardi, foi batizada de “Van Gogh – Starry Night” (Van Gogh – Noite Estrelada) e explora as numerosas obras de Van Gogh, que evoluíram radicalmente ao longo dos anos e destaca as pinceladas expressivas e poderosas do pintor holandês, iluminadas pelas cores ousadas de suas pinturas únicas.  A exposição imersiva evoca o mundo interior altamente emocional, caótico e poético de Van Gogh e destaca a interação constante de luz e sombra.

O itinerário temático remonta os estágios da vida do artista e suas estadas em Neunen, Arles, Paris, Saint-Rémy-de-Provence e Auvers-sur-Oise. Os visitantes são transportados para o coração de suas obras, desde seus primeiros anos até os mais maduros, e de suas paisagens ensolaradas e paisagens noturnas para seus retratos e naturezas-mortas.

Os visitantes que desejarem conhecer mais sobre as obras durante o tour, podem baixar o aplicativo Baixe nosso aplicativo gratuito “Van Gogh, Starry Night” na AppStore ou no Google Play.

Dê só uma olhada na maravilha que é essa experiência que estará aberta até 31 de dezembro de 2019. Ou seja, dá tempo de conseguir uma passagem promocional e ir lá conferir (não custa sonhar!).

Para completar, Ivan avisa que, no mesmo espaço, há também uma exposição de gravuras japonesas lindíssimas.

***

Conheça todas as obras que a L&PM publica sobre Van Gogh: tem de biografia à graphic novel, passando por cartas e estudos.

 

Van Gogh para toda a eternidade

Depois do sucesso do filme Com amor Van Gogh, que concorreu ao Oscar de melhor animação em 2018, o pintor holandês volta a tela grande para emocionar. O filme No portal da eternidade, dirigido por norteamericano Julian Shnabel, traz Willem Defoe no papel de Van Gogh. O ator está concorrendo ao Oscar de melhor ator pelo papel do pintor holandês.

O roteiro foi escrito por Shnabel e Jean-Claude Carriere (ex parceiro de Buñuel em clássicos como A Bela da Tarde e O Discreto Charme da Burguesia) e mostra toda a vulnerabilidade do artista que não teve reconhecimento em vida e só foi considerado um gênio da pintura após a sua morte.

No portal da eternidade estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira, 7 de fevereiro.

A L&PM Editores publica Vincent – A História de Vincent Van Gogh em quadrinhos, Van Gogh na Série Biografias L&PM, Cartas a Theo em pocket, Cartas a Theo e outros documentos sobre a vida de Van Gogh em formato grande e o recém lançado O capital de Van Gogh – Ou como os irmãos Van Gogh foram mais espertos do que Warren Buffet, de Wounter Van Der Veen, especialista de renome mundial na vida e na obra do mestre holandês.

O capital de Van Gogh quer mostrar que o artista não era nem de longe um artista marginal e miserável; ao contrário, sempre levou uma vida confortável; e os irmãos Van Gogh tinham uma visão quase profética da evolução do mercado de arte, e juntos prepararam um êxito excepcional. Vincent tinha perfeita noção da originalidade e da inovação que significava seu trabalho, capaz de ao mesmo tempo romper e seguir o fio evolutivo da arte moderna iniciado pelos impressionistas.

Van Gogh vem aí

Segundo a coluna de Mônica Bergamo no Jornal Folha de S. Paulo, o MASP (Museu de Arte de São Paulo), planeja para 2023 uma exposição com obras de Van Gogh. A única questão é que o museu se preocupa com as taxas aeroportuárias de armazenamento que antes eram calculadas pelo peso e agora são cobradas sobre o valor das obras. Se fosse assim, o MASP teria que pagar, numa expectativa otimista, cerca de de US$ 7,5 milhões pela vinda de 20 obras de Van Gogh. O valor inviabilizaria a exposição. Até agora, o museu tem conseguido mandados de segurança na Justiça para evitar que a cobrança seja feita desta forma. Vamos torcer para que dê tudo certo.

A L&PM Editores publica Vincent – A História de Vincent Van Gogh em quadrinhos, Van Gogh na Série Biografias L&PM, Cartas a Theo em pocket e Cartas a Theo e outros documentos sobre a vida de Van Gogh em formato grande. Além disso, será publicado, ainda em 2018, o livro O capital de Van Gogh – Ou como os irmãos Van Gogh foram mais espertos do que Warren Buffet, de Wounter Van Der Veen, livro que mostra que, através da aquisição de obras de muitos artistas, bem como a criação de pinturas de Vincent, os dois irmãos pacientemente reuniram uma coleção de valor inestimável. Ao fazê-lo, criaram uma empresa inigualável que até hoje emprega milhares de pessoas em todo o mundo e assegura bilhões de dólares.

Van Gogh Capital capa primeira

Van Gogh e o tiro no peito

Vincent havia saído para pintar na tarde de 27 de julho, quando nessa hora costumava trabalhar na sala dos fundos do albergue. Deu um tiro de revólver contra o peito, caiu e depois se ergueu para retornar. Caiu três vezes no caminho de volta e notaram sua ausência, pois estava atrasado para o jantar. Sua atitude ao chegar pareceu estranha aos Ravoux: Vincent subiu diretamente ao seu quarto. Depois, como não descia para jantar, o sr. Ravoux subiu para vê-lo, encontro-o estendido no leito e perguntou o que tinha. Vincent virou-se bruscamente, abriu o casaco e mostrou a camisa ensanguentada. “É isso, quis me matar e falhei”, ele diz. (Van Gogh, David Haziot, Série Biografias L&PM Pocket).

Vincent Van Gogh não sairia mais da cama. Dois dias depois, morreria nos braços do irmão Theo, aos 37 anos e poucos meses.

VAN GOGH FOTO ALTA

Deu no New York Times

Antes de depois” é um livro importante escrito pelo pintor Paul Gauguin no fim da sua vida. A L&PM Editores publicou-o pela primeira vez no Brasil em 1997, quando lançava o projeto revolucionário da coleção L&PM POCKET que hoje conta com mais de 1.200 títulos. O livro é um depoimento impressionante deste que foi um dos pilares fundadores da arte moderna.

Entre outras revelações e informações importantes para a compreensão do surgimento da arte moderna, em “Antes e depois” está narrado o célebre episódio do corte da orelha de Van Gogh em 15 de dezembro de 1888. Paul Gauguin vivia na mesma casa que Van Gogh em Arles no sul da França, a famosa “Casa Amarela” e foi testemunha da crise que culminou com a automutilação de Van Gogh. Ele narrou o incidente  no seu livro, sendo a fonte primária que revelou ao mundo os detalhes deste episódio que até hoje desperta controvérsias e alimenta versões.

antes_e_depois_capa

Gauguin morreu em 1903, na mais completa miséria, doente, dilacerado pela solidão e a incompreensão de seus contemporâneos. “Antes e depois” foi concluído meses antes da sua morte.

Pois até ontem, 3 de julho de 2017, o quadro de 1892, “Nafea Faa Ipoiop” (Você não vai casar?) de Paul Gauguin, num destes paradoxos monumentais, comuns na história da arte, era tido como a obra que atingira o valor mais alto de todos os tempos. Segundo as notícias da época, um sheik do Catar pagou em 2014 nada mais nada menos do que 300 milhões de dólares pelo quadro. Hoje o New York Times informa em sua edição digital que,  graças à uma disputa judicial em um tribunal de Londres, onde se discutia o valor da comissão devida ao marchand que intermediou o negócio soube-se que, na verdade, o quadro foi vendido por “apenas” 210 milhões de dólares… Portanto os dois quadros mais caros da história seguem sendo “Interchanged”, do pintor norte-americano Willem de Kooning  (300 milhões de dólares em 2016) e “Jogadores de carta” de Paul Cèzanne (250 milhões em 2011).

Paul_Gauguin,_Nafea_Faa_Ipoipo

Você não vai casar, de Paul Gauguin

Inédito: leia trecho da única crítica que Van Gogh recebeu em vida

Em janeiro de 1890, o primeiro número da legendária revista Mercure de France, trazia um texto intitulado Os isolados. Escrito pelo poeta e crítico de arte Gabriel-Albert Aurier, foi o primeiro – e único – texto crítico sobre Van Gogh, publicado em vida do artista.

(…)

Sob céus ora talhados no ofuscamento das safiras ou das turquesas, ora feitos de não sei que súlfures infernais, quentes, deletérios e cegantes; sob céus como moldes de metais e cristais em fusão, onde, por vezes, propagam-se, difusos, tórridos discos solares; sob a incessante e formidável correnteza de todas as luzes possíveis, em atmosferas pesadas, flamejantes, abrasadoras, que parecem exalar de fantásticas fornalhas onde se volatilizariam ouros, diamantes e gemas singulares – este é o mostruário inquietante, perturbador, de uma estranha natureza, verdadeiramente real e ao mesmo tempo quase sobrenatural, de uma natureza excessiva onde tudo, seres e coisas, sombras e luzes, formas e cores, se empinam, se erguem numa vontade raivosa de gritar sua essencial e própria canção, com o timbre mais intenso, o mais ferozmente superagudo; são árvores, retorcidas como gigantes em batalha, proclamando com o gesto de seus braços nodosos que ameaçam e com o trágico esvoaçar de suas verdes cabeleiras, sua força indomável, o orgulho de sua musculatura, sua seiva quente como sangue, seu eterno desafio ao furacão, ao relâmpago, à natureza nociva; são ciprestes erguendo suas pesadelares silhuetas de labaredas, que seriam negras; montanhas arqueando dorsos de mamutes ou de rinocerontes; pomares brancos, rosados e amarelados, como ideais sonhos de virgens; casas acocoradas, que se contorcem apaixonadamente como indivíduos que gozam, sofrem, pensam; pedras, terrenos, arbustos, gramados, jardins, rios que parecem esculpidos na forma de minerais desconhecidos, polidos, reluzentes, irisados, feéricos; são flamejantes paisagens que parecem a ebulição de multicoloridos vernizes em algum diabólico cadinho de alquimista, folhagens que parecem bronze antigo, cobre novo, vidro filetado; canteiros de flores que parecem menos flores do que riquíssimas joalherias de rubis, ágatas, ônix, esmeraldas, coríndons, crisoberilos, ametistas e calcedônias; é a universal, louca e ofuscante fulguração das coisas; é a matéria, a natureza inteira retorcida freneticamente, paroxizada, levada ao auge da exacerbação; é a forma que se torna pesadelo, a cor que se torna labareda, lava e pedraria, a luz que se faz incêndio, a vida, febre ardente.

Tal é a impressão, nada exagerada, ainda que assim se possa pensar, deixada na retina pelo primeiro olhar sobre as obras estranhas, intensas e febris de Vincent Van Gogh, compatriota e não indigno descendentes dos velhos mestres holandeses.

(…)

Trecho de Os isolados, tradução de Julia da Rosa Simões

Este texto nunca foi traduzido e publicado no Brasil na íntegra, mas ele será acrescentado à próxima edição de Cartas a Theo e outros documentos sobre a vida de Van Gogh.

Cartas_a_Theo_e_outros_CONV

Ao que tudo indica, foi somente cinco meses depois da publicação do artigo de Aurier, e da resposta quase imediata do pintor por carta, em fevereiro, transmitida por Theo, que ele e Van Gogh conheceram, na casa deste, no domingo, 6 de julho, na presença de Émile Bernard e Toulouse-Lautrec. Depois da morte de Vincent, Théo convidou Aurier a escrever o catálogo das obras do pintor e um livro sobre ele. Mas o projeto não se concretizou.

Após sua morte, em 5 de outubro de 1892, vítima de uma febre tifóide,  Paul Gauguin escreveu a Daniel de Monfreid: “O pobre Aurier está morto. Decididamente, não estamos com sorte. Van Gogh, depois Aurier, o único crítico que nos compreendia e que um dia nos teria sido útil”.

Aurier,_Albert,_BNF_Gallica

Clique para ampliar a foto e impressione-se com o olhar de Aurier