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Em Paris, uma viagem luminosa às maiores obras de Van Gogh

Vincent Van Gogh é a estrela da nova exposição digital do Atelier des Lumières, em Paris. Fã do pintor holandês (e responsável pela edição dos tantos livros que a L&PM publica sobre a vida de Van Gogh), o editor da L&PM, Ivan Pinheiro Machado, que está na Cidade Luz para o Salão do Livro, não poderia deixar de passar por lá. Ele, aliás, mandou dizer que é “um fantástico show tecnológico de som e imagem sofisticadíssimas.É o grande hit parisiense neste fim de inverno.”

A exposição criada por Gianfranco Iannuzzi, Renato Gatto e Massimiliano Siccardi, foi batizada de “Van Gogh – Starry Night” (Van Gogh – Noite Estrelada) e explora as numerosas obras de Van Gogh, que evoluíram radicalmente ao longo dos anos e destaca as pinceladas expressivas e poderosas do pintor holandês, iluminadas pelas cores ousadas de suas pinturas únicas.  A exposição imersiva evoca o mundo interior altamente emocional, caótico e poético de Van Gogh e destaca a interação constante de luz e sombra.

O itinerário temático remonta os estágios da vida do artista e suas estadas em Neunen, Arles, Paris, Saint-Rémy-de-Provence e Auvers-sur-Oise. Os visitantes são transportados para o coração de suas obras, desde seus primeiros anos até os mais maduros, e de suas paisagens ensolaradas e paisagens noturnas para seus retratos e naturezas-mortas.

Os visitantes que desejarem conhecer mais sobre as obras durante o tour, podem baixar o aplicativo Baixe nosso aplicativo gratuito “Van Gogh, Starry Night” na AppStore ou no Google Play.

Dê só uma olhada na maravilha que é essa experiência que estará aberta até 31 de dezembro de 2019. Ou seja, dá tempo de conseguir uma passagem promocional e ir lá conferir (não custa sonhar!).

Para completar, Ivan avisa que, no mesmo espaço, há também uma exposição de gravuras japonesas lindíssimas.

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Conheça todas as obras que a L&PM publica sobre Van Gogh: tem de biografia à graphic novel, passando por cartas e estudos.

 

Willem Dafoe será Van Gogh

Em um primeiro momento, a notícia de que Willem Dafoe interpretará Van Gogh causou um certo estranhamento por aqui. Afinal, o ator norte-americano tem 61 anos, enquanto Van Gogh morreu com apenas 37. Mas analisando as imagens abaixo a escolha não parece tão surreal. Sem contar que Dafoe sabe como ninguém interpretar personagens desequilibrados.

Van Gogh Defoe

O longa-metragem, que terá direção de Julian Schnabel se chamará ‘At eternity’s gate’, título de um dos últimos quadros de Van Gogh. “É um filme sobre um pintor e sua relação até o infinito”, disse diretor premiado por ‘O escafandro e a borboleta’.

“É narrado por um pintor. Contém o que me pareceram momentos essenciais de sua vida. Não é a história oficial, é a minha versão”, completou Schnabel.

O filme se concentra no período que Van Gogh passou em Arles, sul da França, e em Auvers-sur-Oise, perto de Paris, onde morreu. Ainda não há previsão de estreia.

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Sobre Van Gogh, a L&PM publica, além de sua biografia, o livro Cartas a Théo em pocket, com a correspondência entre o pintor e seu irmão; o grande livro Cartas a Theo e outros documentos sobre a vida de Van Gogh e a HQ Vincent.

30 de março de 1853, nasce um gênio

Vincent Van Gogh aos 13 anos

“Desde o seu nascimento, Vincent Willem Van Gogh viveu em dificuldade. Nasceu em 30 de março de 1853, exatamente um ano após uma criança natimorta chamada, como ele, Vincent Willem Van Gogh. O túmulo desse primeiro Vincent se achava a poucos passos da igreja onde o pai oficinava como pastor de Groot Zundert, pequena aldeia rural de uma centenas de habitantes no sul da Holanda. Assim, tão logo aprendeu a ler, o pequeno Vincent pôde ver seu nome como em seu próprio túmulo. Ele seria um eterno substituto.

(Trecho inicial de Van Gogh, premiado livro de David Haziot que faz parte da Série Biografias

O gênio atormentado, o pintor fervoroso, o observador louco, o desenhista libertário, o artista sem igual que usou o próprio corpo como a matéria-prima de sua arte. Assim foi Vincent Van Gogh. Hoje cultuado, esse pintor de sóis silenciosos e girassóis de ouro nunca vendeu um quadro quando vivo. Hoje, suas obras valem milhões.

vincent van gogh - auto-retrato e retrato do pintor

Sobre Van Gogh, a L&PM publica, além de sua biografia, o livro Cartas a Théo em pocket, com a correspondência entre o pintor e seu irmão; o grande livro Cartas a Theo e outros documentos sobre a vida de Van Gogh e a HQ Vincent.

 

Loving Vincent: mais do que um filme, uma verdadeira obra de arte

8 anos, 860 pinturas, 1026 desenhos, 800 cartas e 20 pessoas, contando a história de um homem: Vincent Van Gogh. Assim é o filme “Loving Vincent” (Amado Vincent), cujo trailer foi divulgado esta semana. Basta assistir para ver que se trata de uma verdadeira obra de arte em movimento.

Segundo o site oficial do filme, este é o primeiro longa-metragem do mundo em que cada frame foi pintado à mão com tinta à óleo, seguindo o mesmo estilo de Van Gogh. “Loving Vincent” é dirigido pelo polonês Dorota Kobiela e por Hugh Welchman, vencedor do Oscar de animação com “Pedro e o Lobo”.

A equipe de artistas do filme

A equipe de artistas do filme

Artista em ação

Artista em ação

A L&PM Editores publica vários livros sobre Van Gogh: cartas, biografia e HQ.

Barbara Stok, autora de “Vincent”, participará de evento no Rio e em São Paulo

A Holanda tem escritores produzindo literatura de alta qualidade, mas ainda pouco conhecidos mundo afora. Para divulgar seus autores, o governo holandês criou um evento itinerante no qual escritores holandeses são levados para diferentes países com o objetivo de falar sobre sua obra, ministrar oficinas e discutir literatura junto a escritores locais. Depois de passar pela China, Itália, Espanha, Alemanha, Argentina, República Checa e Franca, o evento “Café Amsterdã” estará no Brasil entre os dias 26 de agosto e 5 de setembro em São Paulo e Rio de Janeiro.

Oito escritores virão da Holanda, entre eles, Barbara Stok, autora de Vincent, a bela graphic novel lançada pela L&PM que conta parte da vida de Van Gogh e que foi adotada pelo próprio Museu Van Gogh.

Em matéria publicada no jornal O Globo, Barbara conta que, durante três anos, mergulhou em fontes deixadas pelo artista e que queria escrever um livro que não repetisse clichês sobre o pintor.

— Ele não era tão trágico quanto pintam, lendo as cartas a gente percebe. Tinha momentos alegres. Há também um senso comum de que ele jamais teria vendido uma tela em vida; não é verdade. Nos últimos anos, ele recebeu excelentes críticas — diz Barbara, que usou na graphic novel a mesma paleta de cores das telas do artista. — Após tanto tempo de pesquisa com as mudanças de humor e a paixão com que ele produziu, eu me envolvi muito. Posso dizer que amo Van Gogh. Disse ela a O Globo.

BARBARA STOK NO BRASIL:

São Paulo – 30 de Agosto, 16h – Livraria Martins Fontes Avenida Paulista. Evento: “Emoções e imagens: Uma conversa sobre Graphic Novel com Barbara Stok e Rafael Coutinho. Moderador André Conti.

Rio de Janeiro – 3 de setembro, 18h – Livraria da Travessa Sete de Setembro, Centro. Evento: “Uma adaptação da vida de Vincent Van Gogh para quadrinhos: a cartunista Barbara Stok conta tudo. Moderador: Adão Iturrusgarai.

Barbara Stok, autora de "Vincent", estará no Brasil em agosto e setembro

Barbara Stok, autora de “Vincent”, estará no Brasil em agosto e setembro

 

Obra de Van Gogh feita em Arles voltará a ser exibida depois de 100 anos

A bela HQ Vincent – A história de Vincent Van Gogh foi criada pela artista holandesa Barbara Stok. O livro em quadrinhos começa com Van Gogh indo morar em Arles, no sul da França em 1888.

E eis que esta semana, a notícia de uma obra de Van Gogh que foi pintada em Arles está chamando a atenção do mundo depois de mais de um século longe dos olhares do público. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, a pintura “Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille”, que foi exposta pela última vez na Alemanha em 1910, voltará a ser exibida depois de ficar escondida em coleções particulares da Europa.

Recentemente, o quadro foi atestado como sendo realmente de Van Gogh. O que levou pesquisadores britânicos a esta conclusão foram dois números manuscritos que estavam rabiscados atrás da tela e que são quase imperceptíveis. Eles correspondem precisamente aos números de duas listas elaboradas pela cunhada do pintor, Johanna, esposa de Theo, que cuidou da obra de Vincent após sua morte.

“Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille” retrata videiras de um verde vívido que levam até um moinho de vento que está com suas pás quebradas. A investigação sobre a autenticidade desta obra foi conduzida por James Roundell e Simon Dickinson, especialistas do mercado de arte, que contaram com a colaboração com o Museu Van Gogh, de Amsterdã (que também apoiou o livro de Barbara Stok).

“Le Moulin d’Alphonse à Fontvieille” será exibido nesta sexta-feira 13 (!) na abertura da Feira de Arte TEFAF Maastricht, na Holanda. A obra foi avaliada em cerca de 10 milhões de dólares.

“Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille”, de Vincent Van Gogh

“Le Moulin d’Alphonse Daudet à Fontvieille”, de Vincent Van Gogh

O mês de  julho de 2015 marca os 125 anos da morte de Van Gogh e a L&PM prepara uma nova edição de Cartas a Theo.

 

Grupo de dança dá movimento às telas de Vincent van Gogh

A Cia. Druw apresenta gratuitamente, no dia 28 de março, o espetáculo de dança “Girassóis”, inspirado na vida e na obra de Van Gogh, na Galeria Olido, em São Paulo.

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Com trajes semelhantes aos da tela “Autorretrato com Chapéu de Palha”, de 1888, um bailarino interpreta Van Gogh. Outro, por sua vez, narra a história, com texto retirado de cartas escritas pelo artista. Enquanto isso, suas célebres telas ganham vida através de movimentos de dança e de vídeos projetados no palco. Gestos suaves marcam a aparição de trabalhos como “Os Comedores de Batata”, “Quarto em Arles”, “Campo de Trigo com Corvos”, “A Casa Amarela” e “Noite Estrelada” em sequências bem amarradas. Também surgem o amigo pintor Paul Gauguin e os personagens dos retratos “O Carteiro Roulin”, “O Escolar”, “A Arlesiana”.

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A apresentação única acontece na sexta-feira, dia 28/3, às 20h, e faz parte de uma temporada de espetáculos da Cia. Druw inspirados em grandes pintores. Leia mais sobre a temporada no Guia Folha.

Van Gogh e o mistério do cádmio

Ao terminar a tela “Flores em azul”, Vincent Van Gogh – como de costume – não protegeu a superfície da pintura com verniz. Isso só foi feito muitos anos depois de sua morte por um colecionador, na intenção de conservar melhor a obra. No entanto, o pequeno “desleixo” de Van Gogh somado à boa intenção do colecionador viraram um problema cheio de mistério…

Em 2009, notou-se que algumas das flores estavam ficando vermelho-acinzentadas. Sabia-se que o amarelo das flores vinha de um pigmento baseado em compostos químicos com o metal cádmio – só que o amarelo à base de cádmio pode até desbotar com o tempo, mas não mudaria de cor. Foi preciso submeter uma amostra diminuta da tinta afetada a potentes raios X gerados por aceleradores de partículas para desvendar o mistério: a culpa era do verniz.

Descobriu-se que reações químicas na camada de contato com o pigmento produziram oxalato de cádmio, o responsável pelos tons de vermelho e cinza. A saber: oxalatos são substâncias que se formam em outros pigmentos, mas nunca antes haviam sido detectados no material de cádmio.

O diagnóstico, porém, não prevê uma forma de reparo na obra, pois os átomos de cádmio no oxalato, vindos da tinta, estão entranhados no verniz, o que impede que este seja removido da tela. O processo implicaria alterar a camada original de pintura, o que ninguém se dispõe a fazer.

Só restou aos cientistas mapear a distribuição de cádmio na tela e ressuscitar de forma digital as flores flamejantes de Van Gogh. Eis o resultado:

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Para entender melhor a vida e a obra de Vincent Van Gogh, vem aí uma edição especial de Cartas a Théo seguido de Biografia de Vincent Van Gogh por sua cunhada, Cartas de Théo a Vincent e de Vincent a Émile Bernard, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2014.

via Folha

Tela inédita de Van Gogh é descoberta na Holanda

A semana começou com uma novidade impressionante no mundo das artes: uma tela recém descoberta e até então inédita de Vincent Van Gogh passa a integrar o acervo do Museu que leva seu nome, em Amsterdã. O quadro batizado de “Pôr-do-sol em Montmajour” estava guardado há anos no sótão da casa de um industrial francês, dono da obra, e só agora teve a autoria reconhecida.

gogh

O Museu Van Gogh fora acionado nos anos 90 para avaliar a pintura, mas negou sua autenticidade. No entanto, novas pesquisas e uma das cartas enviadas pelo artista a seu irmão Théo levaram à conclusão de que se trata, sim, de uma obra autêntica. Na carta escrita por Vincent em 1888, ele descreve a cena retratada na tela, relatando sua insatisfação com a obra terminada.

Ontem ao pôr do sol eu estava numa charneca pedregosa onde crescem carvalhos bem pequenos e retorcidos, ao fundo uma ruína sobre a colina e trigais no pequeno vale. Era romântico a mais não poder, à Monticelli o sol derramava raios muito amarelos sobre as moitas e o solo, exatamente como se fosse uma chuva de ouro. E todas as linhas eram belas, o conjunto de uma nobreza encantadora. Não seria nada surpreendente ver surgirem de repente cavaleiros e damas voltando de uma caça ao falcão, ou ouvir a voz de um velho trovador provençal. Os solos pareceriam violetas, os longes azuis. Aliás, eu trouxe um estudo, mas que está muito abaixo do que eu teria gostado de fazer.

Eis  aqui um novo tema – um canto de jardim com moitas redondas e um chorão e ao fundo tufos de loureiros-rosa. E a relva recém-ceifada com vários feixes de feno secando ao sol, um cantinho de céu azul-verde no alto. (…)

Esta é a carta número 508 e faz parte do livro Cartas a Théo, da Coleção L&PM Pocket. E todas as cartas trocadas entre os irmãos Théo e Vincent Van Gogh serão publicadas pela L&PM num só livro em outubro. Aguarde!

Afinal, por que e como Van Gogh cortou sua orelha?

A automutilação de Vincent Van Gogh, cortando a própria orelha, é um dos acontecimentos mais célebres da história da arte e, como tal, sujeito às mais variadas versões. Na verdade, existem duas vertentes historicamente aceitas e que muito se assemelham. A da chefatura de polícia da cidade de Arles, no sul da França, e o depoimento de Paul Gauguin, ambos tidos como “fontes primárias” confiáveis e que descrevem o drama da amputação da orelha. No caso de Paul Gauguin, veremos que, muito mais de que uma testemunha, ele foi praticamente um protagonista.

Autorretrato de Van Gogh com a orelha mutilada

Naquele final de ano de 1888, Gauguin compartilhava com Van Gogh a famosa Casa Amarela em Arles, uma espécie de estúdio moradia que Théo Van Gogh alugara para os dois pintores. 

Van Gogh pintou a Casa Amarela em Arles

No dia 25 de dezembro, Vincent tem um ataque de loucura e faz com que exploda a crise que se armava entre ele e seu amigo Gauguin. Van Gogh corta com uma navalha a própria orelha e entrega à um policial (segundo Gauguin).  

"Vincent Van Gogh Painting Sun Flowers", a pintura de Gauguin em que Van Gogh se viu como um louco e que teria despertado uma de suas mais terríveis crises (leia o texto em anexo do livro "Antes e Depois)

A relação entre ambos estava extremamente tumultuada e terminou exatamente quando Van Gogh cortou sua orelha. O testemunho de Paul Gauguin está imortalizado no seu livro “Antes e Depois” (Coleção L&PM Pocket). É um longo e riquíssimo depoimento, onde Gauguin faz considerações sobre o estado mental àquela altura já bastante deteriorado de Van Gogh. Abaixo, selecionamos exatamente o trecho em que ele o descreve jornalisticamente e reconstitui a noite em que se deu o célebre drama (clique sobre a imagem para folhear as páginas).