Paris é imbatível quando trata-se de montar magníficas exposições ou retrospectivas dos grandes artistas da história. Nenhuma capital do mundo tem os espaços que a cidade disponibiliza para expor seus tesouros; Louvre, l’Oragerie, Grand Palais, Quai d’Orssay, – só para citar alguns. São museus e galerias que abrigam algumas das mais importantes obras de arte produzidas pela humanidade em toda a sua história. E, mais ainda, nenhuma grande cidade possui a estrutura de organização e pesquisa que é a alma destes mega-eventos artísticos. Afinal, uma equipe altamente preparada pesquisa e busca nos museus, galerias e coleções particulares de todo o mundo os quadros necessários para realizar uma mostra significativa e completíssima como costumam ser as grandes exposições “oficiais” em Paris. O destaque entre as grandes amostras é sem dúvida a mega-retrospectiva de Edward Hopper (1882-1967) um ícone americano, pintor da solidão, dos silêncios e da melancolia. Mas sobretudo o pintor que, em cenas de admirável imobilidade, revela a estética da América da primeira metade do século XX. Enorme, completíssima, cobrindo todos os períodos de sua vida produtiva (inclusive, “ça vas sens dire”, a temporada em Paris) nos EUA – especialmente no Withney Museum, que guarda a grande coleção doada pela viúva Hopper – jamais foi feita uma retrospectiva com a pompa e a circunstância que Paris dedica ao grande pintor. Inaugurada na semana passada, dia 8 de outubro, a exposição encerra em 25 de janeiro de 2013 quando então segue para o maior museu americano, o Metropolitan Museum of Arts de Nova York. (Ivan Pinheiro Machado)
Um ícone americano em Paris
3 respostas