Era 20 de outubro de 1854 quando Vitalie Rimbaud pariu seu segundo filho, o qual batizaria de Jean-Nicolas Arthur Rimbaud. O menino, que ficaria conhecido simplesmente como Arthur Rimbaud, nasceu de forma pouco poética, na cidade de Charleville, nas Ardenas francesas, mais precisamente na Rue Napoleón, número 12. Filho de uma mãe católica fervorosa e de um pai ausente, soldado do exército francês, Arthur já demostraria em sua infância que era diferente dos outros:
Ao longo das páginas de seus cadernos, ele também esboça toda uma série de desenhos à tinta aos quais acrescenta comentários cômicos e legendas melodramáticas. Por exemplo, um garoto puxando um carrinho com uma garotinha dentro, duas meninas ajoelhadas em um genuflexório, como se assistissem a algum ofício religioso, um barquinho no qual se encontram dois rapazotes com os braços erguidos gritando “Socorro! Vamos afundar!”… Ou ainda uma cena que batiza de Le Siège [O cerco] e que representa um homem, uma mulher e dois meninos lançando projéteis sobre pessoas na rua, enquanto um homem de cartola ergue os braços e brada: “Vamos ter de reclamar disso”. (Trecho do recém lançado Rimbaud, de Jean-Baptiste Baronian, Série Biografias L&PM)
Já falei aqui o quanto quero ler a biografia do Rimbaud, creio qu vou encomendá-la até o fim do mês 😉