Como Goethe, só Goethe. Tanto que a literatura alemã divide-se em antes e depois de Os sofrimentos do jovem Werther, livro escrito por ele em 1774.
Goethe era uma celebridade, um pop star da sua época. Escreveu Os sofrimentos do jovem Werther em apenas quatro semanas e sempre se gabou de que Napoleão havia lido o livro sete vezes e o carregava consigo em sua Biblioteca de Campanha. Quando o escritor e o imperador se encontraram, aliás, em 2 de outubro de 1808, Napoleão o louvou, afirmando “Eis um homem”, ao que Goethe, descontente pela invasão francesa na Alemanha teria respondido laconicamente. Ao final do encontro, Napoleão convidou-o para visitá-lo em Paris, mas o encontro jamais aconteceu.
Em 1831, já com mais de 80 anos, Goethe terminou sua obra-prima, aquela que ocupou por muito tempo: Fausto. O manuscrito da parte final foi então selado e guardado para ser publicado apenas depois de sua morte, o que viria a acontecer cerca de um ano mais tarde, em 22 de março de 1832, há exatos 180 anos.