Jung decidiu se tornar psiquiatra no final dos seus estudos médicos, quando folheava o Manual de Psiquiatria, de Krafft-Ebing. Já o prefácio teve tamanho impacto sobre Jung que seu coração acelerou e ele teve de se levantar para tomar fôlego. O que o deixou mais interessado foi a descrição feita por Krafft-Ebing sobre as psicoses (transtornos mentais de grande magnitude, como a esquizofrenia e a psicose maníaco-depressiva severa, nos quais os indivíduos são privados da razão) como “transtornos de personalidade”, e sua declaração de que os livros de psiquiatria deveriam, inevitavelmente, ser impressos com um caráter subjetivo. Jung nos conta que, “num relance, como que através de uma iluminação”, viu a psiquiatria como a única profissão possível. “Somente nela poderiam confluir os dois rios do meu interesse, cavando o leito num único percurso. Lá estava o campo da experiência dos dados biológicos e dos dados espirituais, que até então eu buscara inutilmente. Tratava-se, enfim, do lugar em que o encontro da natureza e do espírito se torna realidade. (Trecho de Jung, Série Encyclopaedia)
Jung: o encontro da natureza com o espírito
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