Uma breve história da filosofia é um “manual da existência humana”. Assim Sarah Bakewell, filósofa e escritora, autora do sucesso internacional Como Viver – uma biografia de Montaigne definiu este grande livro, e acrescentou: “poucas vezes a filosofia pareceu tão lúcida, tão importante, tão válida e tão fácil de nela se aventurar. É um livro maravilhoso para introduzir na filosofia aqueles que já se sentiram curiosos em relação a quase tudo”.
Esta é a grande sacada do livro de Nigel Warburton. Ele identifica a filosofia como a primeira e mais importante de todas as ciências, pois ela tenta ensinar a pensar. Sendo assim não pode ser algo só para “eleitos”, “mega-letrados”. Não. A filosofia, sendo o princípio de tudo, tem que ser compreendida por todos.
A angústia e a euforia de viver, a existência e o sentido da vida. A relação entre as pessoas e a relação das pessoas com o mundo. Felicidade e tristeza. Amor e ódio. Tudo é filosofia. E para compreender tudo isto é preciso pensar. Uma breve história da filosofia não faz este milagre. Mas seguramente mostra o caminho. E além de maravilhosamente esclarecedor, este livro acrescenta um ingrediente irresistível: o prazer de ler.
“Uma andorinha só não faz verão”. Provavelmente você deve pensar que essa frase é de William Shakespeare ou de algum outro grande poeta. Até poderia ser. Mas na verdade ela é de um livro de Aristótoles chamado Ética a Nicômaco, que recebeu esse título por ser dedicado ao seu filho, Nicômaco. Aristóteles queria dizer que, para provar que o verão começou, é preciso mais de uma andorinha ou mais de um dia quente. Do mesmo modo, pequenos prazeres não representam a verdadeira felicidade. Para ele, a felicidade não passava de alegria momentânea.” (trecho inicial do capítulo “A verdadeira felicidade” sobre Aristóteles)